Pois é... dessa vez demorei muito para publicar a crítica.
Mas como falei antes, tenho andado sem tempo e inspiração para escrever. E
também vou confessar uma coisa: Por acaso já aconteceu de vocês chuparem uma
bala doce e de repente ela ficar azeda?
Foi essa a sensação que eu tive ao ler a TMJ desse mês. Tá,
sei que pode parecer chatice minha, mas foi exatamente assim como eu me senti.
No início, eu estava rachando de rir com a história e bem satisfeita. “Puxa, a
história desse mês está boa mesmo!”, eu pensei enquanto lia.
Mas aí a bala ficou azeda quando transformaram tudo, mais
uma vez, na eterna pendenga entre a Mônica com o Cebola. Me pegaram de surpresa
porque eu pensei que dessa vez os dois fossem trabalhar juntos para resolverem
o mistério, entendem? Mas não. Outra vez aquele papo maçante, repetido ad nauseam, de derrotar a Mônica.
Sem falar que meu estômago embrulhou terrivelmente quando o
Cebola falou que a Mônica não sabia pensar por si mesma. Quer dizer, ele acha
ruim quando ela o subestima, mas ele pode subestimá-la? Ridículo e de virar o
estômago. Vocês acham ruim de eu não gostar do Cebola, mas caramba! A Petra bem
que podia colaborar um pouco, né? Um pouco de simpatia não faz mal a ninguém.
Pelo menos eles colocaram a Mônica usando bem o cérebro,
mostrando que tem até boas noções de direito a ponto de poder responder todas
as perguntas e rebater as criticas e argumentos do Cebola. Até alguns termos
jurídicos ela soube usar.
Adorei ver como ela conseguia rebater cada argumento do
Cebola, cada “prova” que ele fornecia e até foi capaz de desmentir o testemunho
furado da Denise Creuza Maria (kkkkk!). Para falar a verdade, foi a parte mais
engraçada da história com a Denise viajando legal na maionese e no fim sendo
desmascarada pela Mônica. Sem falar que foi muito bom ver o Cebola se achando
por cima em alguns momentos para no fim ser derrubado pela Mônica. Isso
compensou qualquer crítica negativa que eu tenho contra a história.
Claro, não posso esquecer também a participação do Licurgo.
Está certo que ele pisou na bola acusando o Toni injustamente, mas que foi hilário
foi. Eu sempre gosto quando ele participa das histórias. No fundo ele não fez
por maldade, já que não pretendia punir o Toni severamente. Só queria disfarçar
para não pagar um mico horroroso. E pensando bem, seria uma tremenda vergonha
ele venerar tanto a estátua para acabar arrancando a cabeça dela depois. Eu
também ficaria sem saber onde enfiar a cara.
Surpresa mesmo foi saber que ele é o diretor do colégio.
Quando ele fez a “grande” revelação, logo de cara eu lembrei daquela animação
da TMJ, onde a diretora do colégio era uma mulher. Por isso achei estranho, mas
tranqüilo. A tal animação não deve fazer parte da TMJ oficialmente, foi só para
uma campanha.
Outra coisa que me causou estranhamento foi que na sinopse
da história, falaram que a Mônica teria que provar a inocência de alguém
enquanto o Cebola deveria encontrar o culpado. Até aí tudo bem. Ou não? Quer
dizer, a Mônica conseguiu provar a inocência do Toni. Mas o Cebola não
encontrou o culpado, quem encontrou foi a Mônica. Ela teve o insight primeiro e
ele apenas acompanhou depois de pensar um pouco. Seja como for, ela pensou primeiro.
Confesso que decepcionei um pouco porque imaginei os dois
trabalhando juntos e ao invés disso, tive que aturar o Cebola mais preocupado
em derrotar a Mônica e satisfazer seu ego do que em descobrir a verdade.
Mas tirando isso, eu admito que gostei muito da história
porque mostrou bem que a Mônica tem vocação para ser advogada. Talvez seja uma
prévia ou dica da profissão que ela seguirá no futuro. Afinal, ela mesma disse
que quer defender os inocentes e ajudar as pessoas. Como advogada, ela poderia
ajudar e proteger muitas pessoas e acho que fica bem na personalidade dela.
Sei que vocês devem ter estranhado ela ter acreditado na
inocência do Toni assim logo de cara, mas eu não vi nada de absurdo nisso. Foi
em parte uma questão de lógica. Estragar a estátua não fazia parte do perfil do
Toni e não ia trazer nenhum benefício a ele. Em parte, foi intuição também. Se
até grandes homens de negócio e cientistas usam a intuição, por que a Mônica
também não podia usar?
Não subestimem o poder da intuição. Quando aprendemos a
usar, ela pode ser uma poderosa ferramenta. É graças a intuição que nossa mente
sai da caixa e foge do senso comum. Com ela, vemos além das aparências. Seguir
a intuição não tem nada de vergonhoso, muito pelo contrário. Vergonhoso é se
deixar levar por dogmas e aparências, aceitando tudo passivamente ao invés de
pensar por conta própria.