Saiu a capa da ed. 86 e devo dizer que foi uma surpresa. A
cena é dramática: Mônica segurando um DC moribundo com Sarah e Vitor ao fundo
mostrando visível pesar. Sombrio, mas eu gostei.
Como vocês sabem, Sarah previu um destino terrível para a
turma e agora vamos saber que destino é esse. Como falei na minha crítica da
ed. 85, a
carta da morte nem sempre pode ser interpretada ao pé da letra.
Essa carta pode significar mesmo uma fatalidade ou morte,
mas também pode simbolizar mudança, fim de uma fase e começo de outra.
Dependendo do contexto, pode até ser algo positivo. Aí falta saber se a
história vai se apegar ao significado literal ou mais simbólico da carta. Pela
imagem do DC na capa, a gente acaba pensando que é literal, mas pode ser que
haja alguma surpresa ou reviravolta simbolizando que no fim das contas, a carta
significa grande transformação na turma, não uma tragédia.
Sarah e Vitor devem pensar que o destino é algo inevitável e
que não pode ser mudado. Para ser sincera, eu discordo. É meio complicado, mas
não acredito que o futuro seja algo escrito no mármore. É mais fluido, que pode
mudar a cada instante e pode ser que eles aprendam isso na história, que nem
sempre o mal é inevitável.
Nós ainda não sabemos quem é o Vitor. Na minha crítica eu
imaginei que fosse um fantasma por causa da análise do Emerson, mas na capa ele
aparece de cabelo vermelho e bem normal, então eu não sei.
No desenho onde a Sarah aparece criança e atraindo um copo
d’água, aparece a silhueta dele na parede, o que reforça um pouco a teoria de
que ele não é humano. Se não for fantasma, pode ser algum tipo de anjo da
guarda ou outra entidade que quer protegê-la. Ele pode ter morrido no hospital
onde ela esteve internada e desde então resolveu segui-la para ajudar e guiar.
Na ed. passada ele mostrou uma atitude bem protetora com ela, inclusive ficando
preocupado quando ela contou sobre seus poderes para Mônica e Cebola.
E falando neles... parece que o ciúme do DC vai render um
bocado nessa história. Ele terminou a ed. passada preocupado da Mônica ter ido
atrás do Cebola e agora aparece na capa nos braços dela e com cara de morto.
Será que alguma coisa de ruim vai acontecer com ele? Pode ser que, motivado
pelo ciúme, ele acabe fazendo alguma besteira.
Será que eles vão ter uma briga séria? Mesmo ele não pode
agüentar muito tempo a Mônica junto com o Cebola, mesmo que sob pretexto de
ajudar uma amiga. Então a confiança dele terá que ser testada e ele precisará
aprender a lidar com esse sentimento tão novo. Pode ser que essa carta
signifique essa transformação para ele, a morte de um sentimento ruim que dará
lugar a mais confiança. Ou então o namoro deles vai desandar de vez e caminhar
para o fim. Como falei na última crítica, a carta da morte pode significar isso
também.
O Cebola eu imagino que irá se entender melhor com a Sarah e
deixar o preconceito de lado. Se ele finalmente vai desencalhar ou não é outra
história, não sei o que pretendem com o personagem. Mas como ele é muito
preocupado com beleza física e aparência da garota, é pouco provável que vá
querer namorar alguém tão fora dos padrões que além de não ser magrinha, ainda
tem cicatrizes de queimadura. De qualquer forma, ele precisa dar outro passo na
direção do amadurecimento e aprender a respeitar a decisão da Mônica. Ou ele
toma jeito, ou então decide atrapalhar tudo de vez. Se a Mônica e o DC
brigarem, o que será que ele vai fazer? Ficar quieto? Jogar lenha na fogueira
para que os dois terminem? Ou quem sabe ter uma crise de consciência e fazer
com que os dois reconciliem novamente?
Afinal, ele já deve ter percebido que a Mônica está feliz.
Se o namoro terminar, ela ficará muito triste e magoada e no fim ele pode
perceber que não quer nada disso para ela. O Cebola ainda não chegou ao estágio
da aceitação, pode ser que dessa vez avance mais um passo e resolva deixá-la em
paz.
Outra coisa que fico pensando é se a tal tragédia que a
Sarah previu é só para o DC ou se vai atingir o resto da turma. Eu gostei de a
Magali e o Cascão terem aparecido um pouco mais na ed. passada, ainda que como
figurantes. Seria bom se eles tivessem um pouco mais de destaque nessa também.
A Sarah terá que usar seus poderes para ver se consegue
evitar a tal tragédia. Será que são só poderes de adivinhação ou ela teria mais
algum outro escondido? Talvez um que ela nem conheça? E o que vai acontecer com
ela depois que tudo acabar? Quer dizer, os poderes dela vão se manter ou irão
desaparecer de vez depois de um último esforço? E o Vitor? Caso seja um
fantasma ou qualquer outro tipo de entidade, ele vai continuar ao lado dela ou
irá embora ao ver que agora ela não precisa mais dele porque conseguiu fazer
amigos?
Ouvi dizer que ela vai ficar permanente, o que não deixa de
ser legal porque é bom ter uma personagem que foge do clichê personagem magra-corpo-de-boneca-dentro-dos-padrões.
O problema é que vai ser mais um personagem para ser esquecido junto com os
outros porque a direção da MSP só quer histórias com Mônica-Cebola-DC. Nem sei
como eles permitem as histórias do Emerson, já que elas saem bastante desse
trio e dão mais destaque a outros personagens.
Eu gostei da Sarah, é sério. Realmente gostaria de ver mais
histórias dela no futuro. Mas fico pensando se a direção não deveria pensar em
aproveitar melhor os personagens que já existem ao invés de ficarem criando
outros para serem descartados ou esquecidos depois que a história acaba. De qualquer
forma, espero que da próxima vez que decidirem colocar mais um personagem, que seja
um garoto porque esse clichê de “garota nova que chega na escola e causa
rebuliço” já deu.
By the way, por que eles não trazem de volta o rapaz da história
reencarnação para ele namorar com a Magali? Aí sim!
Quanto a capa, eu gostei bastante do clima sombrio e dramático.
Mas o cenário... sei lá... ficou bonito, mas dá para ver claramente que a grama
foi feita com um brush padrão do Photoshop. Fora isso, eu gostei bastante. Como
devem ter percebido, eu fiz um desenho da Sarah tipo Lolita e também um do Vítor.
Confesso que preferia ele de cabelo preto e camisa vermelha, mas acho que assim
também ficou bom.
Já tem png e quebra cabeça, divirtam-se!
Aqui tem mais palpites do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:
É isso aí, hora da crítica. E que história boa, viu?
Realmente gostei muito! Fica até difícil falar pouco porque foram muitas partes
que me chamaram a atenção!
O lance do prof Rubens quase falar que o Licurgo estava
sendo avaliado no hospício me fez rachar de rir. Começou muito bem! O clima da
sala de aula foi familiar para mim, com todo mundo conversando e não prestando
a menor atenção no professor. Onde foi que vi isso mesmo? Tipo assim... minha própria
vida!
A paixonite da Magali pelo professor continua firme e forte.
Falando em paixão, Mônica e DC ainda continuam como dois pombinhos, para
desagrado total do Cebola que olhava os dois como se quisesse despedaçar o DC
com uma serra elétrica.
A partir daí, foi uma sequencia bem feita de referencias a
edições passadas. Gostei de ver como cada edição foi sendo lembrada de acordo
com o que estava sendo conversado no momento e sem forçar a barra.
O primeiro flashback foi a ed. 67, par perfeito. Eu estava
mesmo perguntando como andava a cabeça da Cascuda depois dessa história, parece
que ela não esqueceu e ainda tem ciúmes da Magali com o Cascão. E de certa
forma, parece que há razão para ter um ciuminho. Vocês devem ter notado aquele
coraçãozinho saindo do Cascão enquanto falava com a Magali, não é? Para falar a
verdade, não tinha notado de primeira, só depois. Uns gostaram, outros nem
tanto. Já eu prefiro a Magali com o carinha da história Reencarnação.
Eles também relembraram a ed. em que o Cebola ficou caçando
namorada feito maluco e a do circo.
E mais alguém aí notou o professor mandando ver no panelaço?
Haha, até na TMJ tem protesto!
Tudo estava bem normal quando a Sarah chegou. E a reação da
turma foi tipo: “meldels, entrou um ET gosmento e cheio de tentáculos dentro da
sala!” as reações do Titi, Carmem e Jeremias foram bem nojentas. Dos dois
primeiros eu esperava isso, mas o Jeremias foi meio que uma surpresa. Se bem
que ele aparece tão pouco que quase não conhecemos a personalidade dele.
O DC está mesmo certo. É só aparecer alguém diferente que
todo mundo tem ataque de recalque. Com a Isa foi a mesma coisa.
Uma pergunta: se o Rubens estava substituindo o Licurgo, por
que estava dando uma pesquisa sobre doenças sanguíneas? Eu não sei qual é a
matéria que o Licurgo leciona, mas o tema do trabalho foi um tanto comum para
os padrões dele.
As reações dos alunos também me trouxeram muitas lembranças.
Eu não tinha medo de fazer trabalho na escola, mas meu sangue gelava quando era
para fazer em grupo ou dupla. Quando podia escolher, preferia fazer sozinha.
Falando em trabalho, eu ainda estou me perguntando o que
Titi e Jeremias faz na classe dos alunos mais novos. Há quem diga que foram
reprovados repetidas vezes, mas para mim eles apenas erraram colocando os dois
no lugar errado e agora não querem consertar.
O Cebola ainda tenta rodear a Mônica, mas ela continua se
esquivando dele. O que o DC teria pensado caso ela tivesse aceitado fazer o
trabalho com o Cebola? Bem, pelo visto ele ainda não consegue aceitar que a
vida da Mônica não gira mais ao redor do umbigo dele. Afinal, é natural que ela
dê preferência ao namorado. O Cebola vai ter que aceitar isso caso queira
continuar com a amizade.
Uma coisa desagradável nos trabalhos em dupla é quando não
conseguimos ninguém para trabalhar com a gente e temos que ficar procurando.
Tipo o Cebola que não conseguiu fazer nem com a Sarah e ainda foi dispensada
por ela. Por um instante eu achei que os dois fossem acabar juntos, por isso
fiquei surpresa. Parece que não é dessa vez que ele vai desencalhar.
Sabe, nesse ponto eu me identifiquei bastante com ela porque
nesses momentos preferia ficar sozinha. Sei lá, nunca fui exatamente sociável.
O Toni, é claro, foi um nojento ao achar que estava fazendo um favor ao querer
fazer dupla com ela. E será mesmo que ele ia partir para a ignorância? Foi bom
a Mônica ter entrado no meio, porque ele só respeita mesmo quem é mais forte.
Uma pena não ter levado uns sopapos.
E no fim a Mônica foi meio que forçada a fazer dupla com
quem não queria graças ao Cebola. Sério, eu pensei que ele tinha evoluído
alguma coisa, mas acho que andou regredindo. Parece que ele ainda não é capaz
de respeitá-la.
Pelo menos ele ganhou um castigo merecido: trabalhar com o
DC, seu maior rival. Agora quero ver ele querer rodear a Mônica com o DC
marcando em cima. Haha,
essa lavou a alma!
A Sarah, pelo visto, tem grande preferência em ficar sozinha
e não é porque gosta de solidão, talvez por causa dos seus poderes estranhos.
O passeio no parque com a Magali foi bem legal. Mostra que a
Mônica está mais de bem consigo mesma. Pois é, quando eu falava que o
relacionamento com o Cebola fazia mal para ela, ninguém acreditava. Mas olha aí
a prova: sem essas neuras e encucações, ela parece mais em paz, disposta,
cuidando melhor de si mesma. Com o Cebola ela se sentia para baixo. E não era
para menos porque ele só via defeitos nela, só queria saber de derrotar,
xavecar outras meninas e depois dizer que ela era uma chata ciumenta e
autoritária. Outra coisa legal foi a Mônica ter falado “toda vez que demonstro
meu amor pelo DC”. Pois é, gente. Ela ama o DC. Dura e triste realidade. Vamos ver
se isso ajuda o pessoal a sair do estado de negação e aceitar que ela pode amar
outro rapaz além do Cebola e ser feliz com ele.
Mas é claro que a dificuldade dele em aceitar o namoro da
Mônica está atrapalhando a amizade deles. A Magali está mais do que certa: se
ele não consegue aceitar, é problema dele. A Mônica está em outra e ele ficou
livre para seguir seu próprio caminho. Se ele fica sofrendo, é porque quer já
que a Mônica nunca mais prometeu nada e nem deu esperanças.
Agora, tem outra questão que a Mônica colocou e eu não tinha
pensado antes. E se o Cebola resolver mesmo fazer um plano para acabar com o
namoro dela? Quer dizer, eu pensava que ele não pretendia mais fazer planos
infalíveis, mas o lance do trabalho em dupla mostrou que ele não tinha mudado
tanto quanto a gente imaginava. É difícil desfazer em pouco tempo hábitos de
quase uma vida inteira.
Só que isso é muito triste porque estraga a amizade, abala a
confiança. A Mônica quer confiar nele, mas desse jeito está muito difícil. Como
confiar numa pessoa que a qualquer momento pode te apunhalar pelas costas e
estragar seu namoro?
A cena em que o ladrão roubou o celular da Mônica foi bem
tensa. Caramba, eu estava mesmo torcendo para a Mônica dar uma surra nesse
cara, mas ela acabou ficando sem o celular e ainda levou um tombo de bicicleta.
O interessante é que esse evento, aparentemente sem
importância, chamou a atenção do Cebola que está sempre atento aos detalhes.
Mas é claro que as desconfianças iniciais dele não eram nada a ver, só que a
mente dele é bem lógica, então um pouco de ceticismo é normal apesar das
esquisitices que ele viu ao longo da vida.
A observação do Cascão sobre as desconfianças do Cebola me
fez rir. Tipo assim, será que ele está mesmo certo? Será que o Cebola, no
fundo, só está sentindo falta de alguém para implicar, encher o saco e jogar
para baixo num relacionamento neurótico e prejudicial? Será mesmo que ele gosta
da Sarah? Quem sabe é uma dica do futuro desencalhe dele?
Engraçado mesmo foi ele fazer todo aquele discurso sobre
proteger a Mônica, toda aquela pose de herói e tal e no fim dar com a cara no
chão por causa do DC. Gente, pelo visto a rivalidade deles está ficando um
pouco mais evidente e aposto que o DC adorou fazer isso. Viram a alfinetada que
ele deu depois?
Engraçado também foi o Cascão perseguindo a Sarah e caindo
em uma tumba vazia. Eu fiquei com pena porque no fundo, ele não estava mal
intencionado, mas o Vitor não deixou de ter razão.
Ah, sim, não podemos esquecer do Vítor, um personagem bem
misterioso embora não pareça no início. Por que? Bem... eu tentei fazer um
desenho dele e fiquei com dúvida sobre a cor dos cabelos. Quando postei o
preview do desenho, o Emerson respondeu que poderia ter tipo esse padrão de
cores:
No início achei que fosse zoeira, mas ele explicou o seguinte:
E fez todo sentido. Quer dizer, até agora o Vítor não
interagiu com mais ninguém além da Sarah. Eu pensei que as pessoas estavam
olhando torto para eles por causa das roupas, mas pode ser porque ela estava falando
sozinha. Na página 41 o Cebola aparece falando que "esses pseudo-góticos
são mesmo esquisitos". Na hora eu achei que fosse preconceito dele, mas
talvez ele tenha falado isso porque ele viu somente a Sarah conversando e mais ninguém.
Aí não deixa de ser estranho mesmo. Além do mais, ele insiste muito para que ela tenha amigos, que não dependa só da amizade dele. E quando ele chegou perto dele e fez "buuu", também pode ter sido uma dica, pois é geralmente o som que os fantasmas das histórias em quadrinhos fazem. Se fosse uma pessoa de carne e osso, acho que teria feito somente "bu!".
Ela disse que seus poderes agora são o de
prever o futuro nas cartas, mas pode ser que ela também tenha mediunidade.Vou falar mais
disso nos palpites, vai render bastante!
Enquanto isso, DC e Cebola estão se degladiando para fazer o
trabalho. Pensando bem... acho que de certa forma o Cebola acabou fazendo um
favor para a Mônica. Eu teria surtado se tivesse que fazer um trabalho com ele.
E cá entre nós, as coisas ficaram tensas ao quadrado. Na verdade, estava mesmo
sentindo falta de um confronto direto entre os dois, porque antes estava bem esquisito
esse triângulo amoroso onde os rivais parecem viver quase numa boa.
O DC, por ser diferente ou por maturidade, quer ficar bem
com o Cebola, mas a recíproca não é verdadeira. Finalmente o Cebola pôde ser
sincero e colocar para fora tudo o que ele sentia durante esse tempo inteiro.
Porém a motivação do DC para fazer as pazes com o Cebola foi bem estranha.
Parece que ele não consegue lidar com a sensação de ter ciúmes. Um tanto
egoísta, devo admitir. No início eu pensei que ele fazia isso pela Mônica,
porque ela aceitou o Cebola como amigo e por causa dela, DC queria se dar bem
com ele para que tudo ficasse numa boa.
Ainda assim é bem estranho ele achar que ficar bem com o
Cebola poderia afastar o perigo. Ledo engano, um cara pode fingir de amigo do
outro e apunhalar pelas costas. Pelo menos dessa vez o Cebola está sendo
sincero ao invés de se fazer de bonzinho enquanto conspira nas sombras.
Sem falar que está faltando um pouco de confiança na Mônica.
Se ela quisesse voltar para o Cebola, teria feito isso numa boa. Esse pode ser
o início de um rompimento, ou algo que irá fortalecer o laço entre eles. Só o tempo
dirá.
E meldels, as tretas não param de surgir! Como se não
bastasse o Cebola tretando com o DC, ainda temos a Cascuda quase partindo para
cima da Magali por causa do acidente do Cascão. Na boa, a Magali foi muito sem
noção ao falar daquele jeito com a Sarah sem nem ao menos saber o que
aconteceu, acreditando somente na fofoca do Cebola sem saber de mais nenhum
detalhe.
Quando o Cebola tentou confrontar a Sarah, fiquei com
vontade de dar uns sopapos nele, é sério. Ela não fez nada de errado. Foi ele
quem mandou o Cascão ir atrás dela e ainda a coloca como vilã?
Tenso mesmo foi quando ele tirou a jaqueta dela sem querer e
mostrou as cicatrizes. Caramba, foi uma tremenda humilhação em público. Sabe, vocês
vão achar estranho, mas quando vi a Sarah sem jaqueta, a primeira coisa que me
veio a cabeça foi: "Meldels, ela brilha que nem o Edward!" Sim, eu
sei, sou muito distraída. Na hora eu nem imaginei que aquilo era marcas de
queimadura. Primeiro porque o desenho não parece muito com marcas de
queimadura. Segundo porque nunca me passou pela cabeça que poderiam mostrar
algo assim na TMJ. Parece que a MSP está perdendo a frescura aos poucos, o que
é bom.
Após muita peleja, perseguição, DC com ciuminho e o Cebola
quase morrendo (de novo) atropelado, eles descobrem o estranho segredo da
Sarah, seus poderes e sua capacidade de prever o futuro.
Eu me identifiquei bastante com a parte onde ela fica no hospital,
porque eu também fiquei internada um tempão quando era criança e devo dizer que
não é nada fácil. E assim eles foram se entendendo aos poucos, mas ela ainda
reluta em aceitar a amizade deles porque teme que algo terrível aconteça. Aí a
história acaba com ela mostrando a carta da morte do baralho de tarô.
Bem, a história foi muito legal, muito mesmo. É aquele tipo
que a gente vai lendo, vai lendo sem perceber o tempo e as páginas passando.
Aí, quando chega no fim, a gente fica tipo “meldels, já acabou? será que não
pulei nenhuma parte?”
Os temas abordados, como acidentes terríveis, uma pessoa com
o corpo quase todo queimado, uma criança no hospital quase a beira da morte e
outras tensões foram bem originais e saíram um pouco do lugar comum.
A explicação do fogo que sai do corpo dela na capa foi bem
sinistra a meu ver. Nunca imaginei que fosse isso e vejo que errei na maior
parte dos meus palpites. Mas beleza. Eu sempre digo que prefiro errar tudo e
ter uma boa surpresa do que acertar e ficar decepcionada com a história.
Nós sabemos que isso vai ter continuação. Qual é a grande
tragédia que aguarda todos aqueles que são amigos da Sarah? Será que é por
causa dessa amizade mesmo ou é algo que iria acontecer independente de qualquer
coisa? Esse negocio de prever o futuro é meio complicado porque as coisas podem
mudar a qualquer instante. Prefiro dizer que é possível prever possibilidades. Umas
têm mais chances que outras, mas não acredito em destino, algo escrito no
mármore e que não pode ser mudado.
Gostei das tretas, brigas e conflitos dos quais estava
sentindo falta. Não só entre Cebola e DC como também entre Cascuda e Magali.
Não acredito que tenha sido culpa da Sarah, ela apenas previu os eventos, mas
não causou. E sejamos sinceros: o pessoal se envolve em confusão o tempo inteiro,
é o estilo de vida deles.
Tipo, as coisas entre Magali e Cascuda já deviam estar
tensas, era só questão de tempo até tudo explodir. O Cascão estava nervoso
diante do cemitério e isso pode ter tirado sua concentração e feito com que
perdesse o equilíbrio. A não ser, é claro, que o amigo da Sarah também tenha
algum poder estranho, mas só vamos saber isso na próxima edição. Quanto ao
acidente do Cebola, well... qualquer um que atravesse uma avenida movimentada
correndo e sem olhar para os lados está sujeito a ser atropelado.
Outro ponto positivo foi mostrar um pouco mais de variedade
apresentando personagens góticos. E além de gótica, ela tinge os cabelos de
azul, é gordinha e ainda tem marcas de queimadura. Tipo, uma garota fora dos padrões. Sabemos que a Petra gosta
de tingir os cabelos, então deve ter gostado da oportunidade de colocar uma
garota com os cabelos tingidos, algo que muita gente olha torto. Vocês sabem
como as coisas são. Pode tingir de preto, loiro, castanho, ruivo, whatever, mas
se tingir com qualquer cor fora do convencional, povo já quer tacar pedrada.
Eu sei que fui meio severa com o Cebola, mas no fundo
entendo que as pesoas melhoram por etapas.
“Ain, mas o Cebola foi vilanizado outra vez,
mimimi-mómómó-nhenhenhe!”
Não, pessoal. Ele agiu feito um idiota, mas de jeito nenhum
tinha a intenção de ferir os outros, que fique claro. Apesar de tudo, ele é
capaz de reconhecer os erros e voltar atrás.
Outra coisa que vai render bastante é o ciúme do DC com o
Cebola. Será que ele vai brigar com a Mônica por causa disso? Seria meio
infantil uma vez que a Mônica já demonstrou em vários momentos que prefere
ficar com ele do que com o Cebola. Mas por outro lado, ele não está acostumado
a lidar com um sentimento tão comum, então vai ser interessante ver o
desenrolar dessa história.
Aliás, qual será esse futuro terrível que a Sarah estava
prevendo? As cartas de tarô não devem ser interpretadas literalmente, elas
podem ter significados mais abstratos do que parece. Tipo, a carta da morte
pode não ser a morte no sentido literal e sim algo simbólico e dependendo do
caso, até positivo. Eu vou falar sobre isso nos palpites da próxima edição, já
que é um assunto interessante e vai render uns bons chutes.
Aqui tem o desenho que estou fazendo do Vítor e da Sarah, mas eu ainda não sei qual é a cor dos cabelos dele, se é mesmo esse lance "cor do universo". Seria bom se o colocassem na capa da próxima edição, ajudaria bastante. Se bem que ele fica melhor de cabelo escuro.
Para outra opinião, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:
Bom, eu sei que estava devendo a crítica da CBM 23. É que eu
tinha lido a ed. numa livraria, sabe? Algo assim meio clandestino. Estava esperando
a chance de ler de novo com mais calma, só que a chance não apareceu, daí a
demora em fazer a crítica. Mas enfim...
Acho que não há muito o que falar da história. Foi algo místico,
tipo uma jornada espiritual, com direito a árvores centenárias protegendo uma
floresta, druidas em forma de animais místicos, mágica, cura, e um espírito
maligno tentando detonar com tudo e o Chico lutando para impedir. Tema ecológico,
consciência de preservação, luta do bem contra o mal... coisas assim. Mas a
história foi boa, teve um desenvolvimento legal, criou tipo um mistério e
gostei do lance da pipa misteriosa que aparentemente voava com o vento mas na
verdade guiava o Chico para onde fosse preciso.
Outra coisa de que gostei foi ver uma Rosinha forte,
corajosa, correndo para ajudar o Chico ao invés de ficar só assistindo ou
esperando para ser resgatada. Também gostei da aparição do Bravo, cavalo de estimação
do Chico. É um cavalo de personalidade e espero que não seja esquecido
futuramente.
O vilão foi... o de sempre: uma pessoa maligna querendo
detonar com tudo sem nenhum motivo racional aparente. Típico vilão que faz o que
faz só porque é assim. Mas foi legal o lance de ele virar uma pantera negra (ou
sei lá o que). Bem assustador e sinistro.
A luta final foi bem bacana também, apesar de a tal árvore
ter se sacrificado para salvar o Chico. Mas fiquem tranqüilos porque sobrou uma
semente que vai crescer no futuro e voltar a proteger a floresta enquanto o caipiroto
foi mandado de volta para o lugar dele e tudo voltou ao normal. Ao normal
mesmo, tanto que no fim, Rosinha e Zé Lelé nem lembraram de nada, foi como se não
tivesse acontecido. Fim. Nada mais a falar, sinto muito.
Em parte é porque me esqueci de alguns detalhes, e também porque
a história não foi assim excepcional apesar de ter sido boa.
A próxima história, onde finalmente o Chico volta às aulas
(mas é final de semestre. A passagem do tempo é realmente estranha na CBM). Eles
vão investigar outra esquisitice acontecendo em outro laboratório (onde foi que
vi isso mesmo?) e vamos ver no que vai dar. Tomara que apareçam os monstros
gigantes que vi na capa, até que seria legal.
É isso, gente. É meio difícil fazer as críticas da CBM
porque as histórias, verdade seja dita, não me inspiram muito. Mas a da Sarah
inspirou bastante e estou terminando de fazer a crítica. Amanhã mesmo eu posto.
E podem ir se preparando porque ficou grande, viu? Tem muita coisa para falar,
muitos detalhes e eu acabei escrevendo demais. Até amanhã!
Bem, muitos já devem saber que a MSP está lançando um livro
da TMJ sob o título “A Guerra de Troia em Versos de Cordel”. Tá, mas o que são
versos de cordel?
É um tipo de poesia que tem um linguajar mais despreocupado,
algo mais regional e sem se prender muito a regras. Antigamente os mais
letrados torciam o nariz para esse tipo de poesia, hoje é uma arte bastante
respeitada. Acho que surgiu lá pelo séc. XVI.
Aqui no Brasil era conhecido como folheto, já que eram
vendidos como folhas soltas, mas chamam de cordel porque em Portugal esses
folhetos eram pendurados em cordéis ou barbantes, daí o nome literatura de
cordel.
Esses poemas falavam de várias coisas diferentes. Eram
lendas, histórias de amor, aventura, comédia, etc. Também casos que aconteciam
nas redondezas, alguns criticavam a exclusão social e o preconceito, outros
falavam de religião, temas profanos... era bem variado mesmo.
Eles foram muito populares e ajudou no surgimento de
trovadores. Aqui no Brasil vocês já devem ter visto aquelas duplas de homens
tocando viola e fazendo versos, tipo um desafiando o outro. Se não viram, vejam
porque é muito legal e engraçado também porque é tipo uma competição para ver
quem improvisa melhor. Muitas vezes são uns insultos e provocações, mas tudo na
base da zoação.
Para ilustrar, aqui vai um exemplo de uma poesia de cordel
para vocês terem uma idéia:
Eu me chamo Zé Limeira
Da Paraíba falada
Cantando nas escrituras
Saudando o pai da coaiada
A lua branca alumia
Jesus, Jose e Maria
Três anjos na farinhada.
Napoleão era um
Bom capitão de navio
Sofria de tosse braba
No tempo que era sadio,
Foi poeta e demagogo
Numa coivara de fogo
Morreu tremendo de frio.
Voltando ao
livro, parece que a história vai ser narrada nesse tipo de poesia, só que
também será ilustrada. O tema é a Guerra de Tróia, uma treta muito maligna entre
gregos e troianos, que ocorreu mais ou menos entre 1300 a.C. e 1200 a.C.
Dizem as más
línguas (na verdade, foi o poeta Homero) que um tal Páris foi a Esparta em
missão diplomática e chegando lá, cresceu o olho gordo em Helena de Tróia, a
esposa de Menelau e a mulher mais linda de todas. Como ainda não tinha o
mandamento de não cobiçar a mulher do próximo, Páris levou Helena embora
deixando Menelau muito p da vida e isso deu início a Guerra de Tróia. E também
tem aquele lance do cavalão de madeira que vocês ao menos já devem ter ouvido
falar.
Bom, acho que
a imagem do Cebola e DC na capa quase empalando um ao do outro já dá uma idéia
de como é a história. E não é preciso pensar muito para chegar a conclusão de
que Helena será a Mônica, mas fico pensando quem será o Menelau e quem será o
Páris.
Até que seria
uma bela ironia se Menelau fosse Cebola e Páris fosse o DC, que acabou fisgando
a Mônica. Se isso serve para animar os Cebônicos, a lenda diz que no fim
Menelau venceu a guerra e pegou a mulher de volta. Não sei se eles serão fiéis
a história, mas seria algo interessante de ler.
Também vai
ter outros personagens, pelo que vimos na capa. Imagino que teremos Ângelo como
Zeus, Magali e Dona Cebola como deusas (que ainda não sei qual) e o Chico...
talvez.... como Incrível Hulk? Bom, eu não conheço nenhum deus da mitologia
grega que seja todo verde. Acho que vão aparecer outros personagens da
mitologia grega também, o que pode ser legal porque aparecerão como personagens
da TMJ.
É uma
história de universo alternativa bem legal, ilustrada e que pode ser
interessante de ler. Mas o que não
parece nada legal é o preço, que varia entre 40 e 45 reais por um livro de
apenas 65 páginas. Tipo assim... quantos leitores vão ter todo esse dinheiro
para comprar algo assim? Pois é. Não sei se vai vender muito. Eu mesma não me
animei a comprar.
Como eu
gostei bastante da capa, refiz o desenho da luta em tamanho menor e completando
as partes que faltavam. Não sei se ficou bom, especialmente o DC já que
precisei encaixar um pé e uma perna nele. Também desenhei a Mônica usando como
referencia a capa de outro livro “Sonho de uma Noite de Verão.” Tem png e
quebra cabeça, espero que gostem.
Eu já li a
ed. 85 e adorei a história, mas as críticas só vão sair lá pelo dia 15 porque,
como sempre, tem muito spoiler e não quero estragar a leitura de ninguém. Podem
ir se preparando para um texto bem longo, viu?