Quer brincar comigo? Prometo ser sua melhor amiga. Eu
cuidarei de você, irei pentear seus cabelos, dar comida, arrumar suas
roupas e te dar muito amor. Você será minha querida bonequinha e
brincaremos juntas todas as noites.
Então, quando a brincadeira
acabar, pegarei o que sobrar de você e guardarei muito bem no fundo do
armário, onde ninguém irá lhe encontrar. Será o meu tesouro secreto.
Sim, essa vai ser sinistra, então segurem-se nas suas cadeiras!
Com vocês, minha nova fanfic de halloween: quer brincar comigo?
Estava olhando os comentários do blog e percebi que o
pessoal costuma falar coisas bem interessantes, algumas eu nem tinha notado na
história. Sim, sou ruim para perceber detalhes e sutilezas. Especialmente se
estiver nas imagens, já que eu foco mais no texto. A primeira é sobre a
verdadeira identidade da Sofia:
Pois é. Ela ser ignorada pelos infectados até que tem lá
alguma explicação. Lembram quando eu falei do filme Guerra Mundial Z? No filme,
os zumbis não atacavam pessoas doentes. Então pode ser que na história aconteça
a mesma coisa ou então Sofia esteja vacinada ou seja imune. Talvez ela até seja
o paciente 0, não sei.
Mas confesso que não encontro explicação para a passagem do
posto de gasolina, onde o atendente pareceu não tê-la visto. Releiam essa parte
e vão perceber isso:
Tem outra coisa que eu não tinha reparado no início quando
vi o desenho dela. A mãe com asas de anjo eu já tinha visto, conforme falei. Só
que eu não tinha reparado na roupa de hospital que ela estava usando. E também
não tinha reparado que a criança do meio também usava roupa de hospital igual a
da mãe. Outra coisa é que a criança do desenho não parece com a Sofia. Na
verdade, tem cabelos de menino, não de menina. Talvez seja o irmão mãos novo
dela que também esteja doente.
As asas de anjo na mulher podem significar que ela já
morreu, sobrando apenas o menino. O homem de jaleco pode ser o pai dele
tentando encontrar a cura. Porém... tem um pequeno furo aí:
Quando uma criança desenha sua familia, ela geralmente se
inclui no desenho. Mas só tem três pessoas nesse desenho. Muitos devem ter
pensado que a criança era a Sofia, eu também
pensei isso até reparar melhor e ver que a criança tem cabelo de menino. Se
fosse a Sofia, o desenho teria aquela franja partida, com duas mechas caindo
pelo rosto e o rabo de cavalo no alto da cabeça.
Então tá. Por que a Sofia iria
desenhar a família dela sem incluir a si mesma? Então pensei em duas coisas:
1 – O desenho não foi feito
por ela. Lembram da parte onde ela fala onde ela fala “eu e o homem de branco”?
Por que ela não disse “eu e meu pai”? E por que ela sempre desconversa quando o
Chico pergunta sobre os pais dela?
2 – O desenho pode ter sido
feito pelo menino, não por ela. Aí vem outra intrigante e instigante pergunta:
como o desenho foi parar nas mãos dela?
A alternativa mais fácil é
pensar que o menino seria o irmão mais novo dela, que ainda está doente. Talvez
seja por isso que ela esteja contando com a ajuda do Chico, para ajudar o homem
de branco a salvar o menino. Só que ainda tem algumas peças soltas. Por que ela
iria querer salvar o menino?
Como falei antes, se fosse a
família dela, ela estaria incluída no desenho também. Mas aparentemente não
está porque a criança não parece com ela.
Então quem é a Sofia e por que
esforça tanto para ajudar essa família? Porque está sem memória? A tal luz que
ela tinha visto era só do farol do carro do Chico ou seria algo mais? Então vem
minha teoria maluca:
Lembram quando foi levantada a
hipótese de ela ser um fantasma? Pois é. E se ela for mesmo um fantasma? E se
ela for, na verdade, a mulher do desenho que foi feita com asas de anjo?
Acompanhem.
Era uma vez uma família feliz
com um casal e um filho pequeno. Mas a mãe e o filho adoecem e o pai tenta
desesperadamente encontrar a cura. Só que a mulher acaba morrendo, sobrando
somente o menino. Esse pai trabalha para uma organização poderosa que financia
sua pesquisa e ele trabalha para salvar o que restou da família sem saber que
na verdade está trabalhando para uma organização bem sinistra. Lembrem do tal
olho-que-tudo-vê.
Essa mulher que morreu deve
ter chegado no outro lado e visto o perigo que seu marido e filho estavam
passando e por isso resolveu voltar para ajudá-los. Só que por ter morrido,
sabe lá o que aconteceu, ela deve ter perdido a memória de quem foi em vida,
por isso a Sofia só estava lembrando de alguns fragmentos. O desenho que ela
carregava na mochila devia ser do filho dela que ela pegou por alguma razão.
Tá, mas por que ela voltou
como uma criança? É um pequeno furo difícil de resolver. Talvez para ter mais
facilidade em conseguir ajuda, já que as pessoas tendem a ter mais compaixão
por uma criança do que por um adulto. Por outro lado, ficou subtendido que ela
estava procurando especificamente pelo Chico e nós sabemos que ele a teria
ajudado mesmo sendo adulta.
Talvez ela tenha sido
transformada em criança porque perdeu a memória e esqueceu de quem era, não
sei. Ou simplesmente não é a mulher do desenho no fim das contas. Talvez a irmã
mais velha do menino que morreu antes de ele nascer e por isso o garoto não a
incluiu no desenho porque não a conhecia. Ou alguma entidade interessada em
proteger a família.
Tudo isso, claro, supondo que
ela seja um fantasma. No fim das contas ela pode ser humana mesmo.
Outros leitores também
observaram coisas interessantes:
Eu nem tinha percebido o lance
de ler de trás para frente. E já tinha esquecido da CBM 23, que eu li meio na
pressa e não pude prestar atenção a muitos detalhes. Pelo visto essa tal Savert
tem mais mistérios do que aparenta. Quer dizer, na ed. 23 tinha uma criatura
trevosa trabalhando para ela, então sabe-se lá o que eles andam escondendo? A
ed. 26 tem tudo para não ser só uma história de zumbi (que na verdade nem são
zumbis mesmo).
Outro detalhe que perceberam é que parece ter um errinho no desenho da Sofia:
Pode ser apenas o volume da blusa, mas realmente ficou estranho.
Geralmente eu não costumo fazer teorias sobre as histórias do Chico, mas essa foi bem interessante, não acham?
Meldels, parece que finalmente saiu a animação da TMJ.
Quando vi, nem acreditei. Pensei que fosse só o anúncio, sei lá. Então eu
resolvi fazer uma crítica da ed. 9 – o príncipe perfeito, antes de comentar a animação.
Essa história foi bem lá no início da TMJ, edição 9. Bem
antiga mesmo, né? Até os traços eram diferentes.
Tudo começou quando a escola resolveu fazer uma apresentação
de Romeu e Julieta. Como queria ser a Julieta, Mônica resolveu fazer o teste
junto com o Cebola, que como era de se esperar, chegou atrasado porque estava
jogando. Sim, Cebola fazendo cebolice desde sempre. Por causa disso, a Carmem
ficou com o papel de Julieta enquanto a Mônica terminou furiosa com as mancadas
do Cebola, desejando que ele fosse diferente.
Nessa edição a gente já vê que o relacionamento entre eles
sempre foi complicado e sem nenhuma perspectiva de melhorar. A Magali já tinha
percebido isso há bastante tempo: que o Cebola era vacilão por natureza, então
a Mônica tinha que aceitar ou pular fora.
Afinal, o relacionamento entre os dois estava meio que no
início, talvez saindo da fase em que ela dava coelhadas para começar a
adolescência. Então ele ainda devia ter algum medo dela, sei lá.
Por causa desse incidente, os dois se afastaram. Mônica
porque ficou chateada e ao tentar fazer as pazes, ele fugiu. E ele por medo, já
que ainda vivia com a cabeça no passado e não percebeu que ela tinha crescido.
Então aparece o Toni, um garoto aparentemente perfeito em
todos os aspectos. Ótimo aluno, excelente atleta, se dava bem com todo mundo e
era gentil com a Mônica. Engraçado o Cebola ter ficado tão desconfortável com
essa última parte. Acho que a cabeça dele não conseguia entender que era
possível um rapaz não ter medo da Mônica. Sim, ainda ia levar muito, mas muito
tempo até que ele enxergasse que a Mônica tinha crescido e superado muitos
defeitos.
E, claro, ele estava com ciúmes. Aos poucos os sentimentos
deles estavam sendo definidos e fortalecendo, superando as brigas da infância e
gradualmente saindo da fase de amizade para entrar na de eterna enrolação.
Bom, confesso que eu realmente fiquei meio que com o pé
atrás com o Toni quando li essa história. Não por suspeitar da perfeição dele
em si, mas por saber que quando algo é bom demais para ser verdade em uma
história, geralmente é. Estava só esperando a hora em que o Toni ia revelar sua
verdadeira face.
Mas até que foi engraçado ver o Cebola tomando meio que um
susto ao ver que era possível a Mônica se interessar por outro rapaz e tentando
fazer algo para mostrar que ele não era tão perfeito assim só para ver se ela o
deixava de lado. Claro que os planos foram meio infantis, mas vá lá. Valeu a
intenção.
As coisas entre eles ficaram bem tensas em determinado
momento quando ele chegou atrasado e acabou sendo substituído pelo Toni. Nessa
hora, a Mônica foi bem dura com ele e eu achei que foi merecido. Sim, ele
precisava cair na real. E tem uma frase dela que eu achei ótima e acho que
agora vemos o quanto ela faz sentido:
“E se ele não mostra interesse, não pode ficar chateado por
ser substituído.”
Seria algum tipo de profecia? Quem sabe?
Numa reviravolta (bem esperada, eu diria), Mônica acabou
ficando com o papel de Julieta e Toni de Romeu. E Cebola com cara de quem
chupou limão. Só que no fim da peça o Toni acabou se revelando e então
descobrimos que ele não era um personagem novo e sim o primeiro a retornar dos
gibis (além da turma): o Tonhão da rua de baixo. Sim, eu nem imaginava isso.
Ele queria se vingar da Mônica pelas surras que tinha levado
(outro rancoroso), mas seu plano falhou porque Cebola descobriu tudo. Então o
Toni se dá mal, Mônica faz as pazes com o Cebola e tudo termina bem.
O que eu gostei na história foram os diálogos. A conversa da
Mônica com o Toni sobre a palhaçada que ele tinha feito, de que não era
necessário tudo aquilo porque só bastava conversar, foi muito boa. Acho que ela devia ter falado algo parecido com o Cebola também para ver se ele refletia um pouco sobre essa neura em derrotá-la.
Sem falar que ela sempre reconheceu seus defeitos quando
questionou se merecia um príncipe perfeito, já que ela tinha muitas falhas e
não podia exigir perfeição de ninguém. Já o Cebola mostrou muita maturidade ao
criticar a atitude do Toni. Afinal, ele também levou coelhada a vida inteira e
não partiu para a vingança como o Toni tinha feito. Se bem que ficou com aquela
eterna neura em derrotá-la e isso causou sofrimento para ambos, mas é outra
história.
E foi interessante o que o Cebola tinha falado com o Toni
sobre confundir os sentimentos, só que isso acabou trazendo um efeito colateral
que ia lhe dar dor de cabeça no futuro: no fim, Toni descobriu que gostava da
Mônica.
O Toni começou como um Zé ruela fingido que só queria
derrotar a Mônica. Eu achei que ele nunca mais fosse aparecer, mas depois foi
aparecendo em outras edições. No início era só um vacilão, mas aos poucos foi
se consolidando como vilão, cafajeste, machista, tosco, grosso, etc. etc. etc.
A personalidade dele mudou um pouco, ele deixou de lado o lance de príncipe
perfeito e foi aceitando sua fama de mau.
A relação dele com os estudos também mudou muito já que na
ed. 9 ele era excelente aluno e na 86 tinha a maior preguiça de estudar e
estava sempre enrolando. Ninguém na sala, tirando o DC, queria fazer trabalho
com ele.
Nessa história vemos que o relacionamento da Mônica com o
Cebola vai caminhando aos poucos, um vai tomando mais consciência do que sente
pelo outro mas nenhum dos dois toma uma atitude. Mônica espera que ele faça
alguma coisa, mas o Cebola ainda tem aquela neura por causa do passado e não
consegue superar (acho que até hoje não conseguiu).
Lembram quando a Mônica disse que se o Cebola não tinha
interesse, não podia importar em ser substituído? Engraçado que na época a
gente achava que ela estava meio que falando do Toni, tipo substituir o Cebola
por ele, que mostrava mais interesse e comprometimento. Mas...
Agora fico pensando com meus botões... será que naquela
época eles já não tinham planos de fazer a Mônica desistir do Cebola e ficar
com o DC? No início, eu pensei que o namoro da Mônica com o DC fosse apenas
porque todo mundo já estava de saco cheio do eterno chove e não molha do Cebola,
mas não queriam decidir as coisas tão cedo. Afinal, eles só tinham duas
alternativas: continuar com a eterna enrolação (e desagradar os fãs até que
ninguém agüentasse mais e parasse de comprar a revista) ou dar um jeito de
reatar o namoro deles. Só que nenhuma das duas alternativas era viável.
A primeira por motivos óbvios e a segunda porque é o eterno
drama deles que, em parte, faz com que os leitores continuem comprando
revistas. Se o drama acabar, o que sobra? Daí decidiram fazer com que a Mônica
desistisse do Cebola e ficasse com o DC e assim ganhariam mais tempo.
Só que lendo essa frase fiquei pensando se eles já não
tinham isso em mente desde o início. Afinal, o sentimento do DC não surgiu da
noite para o dia. Apesar de não ter recebido o devido destaque, já que o DC só
mostrava gostar da Mônica uma vez na vida e outra na morte, dá para ver que já
era um sentimento mais antigo. Talvez não tanto quanto o do Cebola, mas ainda
assim já tinha bastante tempo.
A gente pensava que era só para fazer triangulo amoroso, mas
quem sabe eles já não tinham a intenção de juntar os dois? É só uma teoria, não
sei. Pode ser que tenham decidido isso de repente, já que o Emerson tinha sido
pego de surpresa e acabou tendo que mudar algumas coisas de Umbra. Ainda assim
é para se pensar.
Bom, eu resolvi fazer a crítica por causa da animação da TMJ
que finalmente saiu (eu pensei que ia ser para 2020, por aí).
Não vou falar muita coisa porque acho que é o primeiro
episódio e espero que vá melhorando com o tempo porque esse ficou bem ruinzinho
e sei que podia ter sido melhor.
A história foi dividida em várias partes e eles alteraram
algumas coisas, cortaram outras e mudaram a seqüência de alguns acontecimentos,
o que eu achei uma pena. Mas entendo que para televisão tem que adaptar alguma
coisa mesmo. Pelo menos as vozes ficaram boas.
Agora, fico imaginando se algum dia farão a animação de
sombras do passado, Umbra ou festa na praia. Será que vão fazer com herdeiros
da Terra também? Mal posso esperar! Ou então a estranha história de Sarah, a
saga do circo macabro... tem muita história boa que eu gostaria de ver sendo
animada, espero que eles façam com todas, mas estou com algumas dúvidas, afinal
eles começaram na ed. 9 e pularam as outras não sei porque. Deviam começar
desde o início mesmo. Vamos ver como a animação evolui. Tomara que dêem
continuidade.
Para finalizar, tem duas imagens que eu tinha feito com a capa a um tempo atrás. Eu adaptei a capa com o Cebola e o DC, não sei se alguém se lembra. Aqui tem a imagem com o DC. Os pngs estão na galeria.
Aqui também tem a crítica feita pelo Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:
E aí, beleza? Hora de fazer a crítica da ed. 25 da CBM. O
que acharam da história? Eu adorei.
Foi tensa, movimentada e com algumas referencias a filmes e
séries. Aliás, a história foi animada praticamente desde o começo, com o
pessoal batendo papo dentro dos carros, tensão entre Rosinha e Chico por causa
da Fran (que está se tornando um pé no saco), Zé Lelé se entendendo bem com os
rapazes...
E a piada do Jácomo sendo um zumbi que ao invés de cérebro
prefere um dogão também foi muito legal e também um prelúdio do que estava por
acontecer.
Bem... a história me lembrou a série the walking dead e
também o filme guerra mundial Z. Acho que o roteirista pegou elementos dos
dois.
A semelhança com TWD vem da jornada do Chico e da Sofia
juntos pela estrada tentando fugir dos zumbis e encontrar a Rosinha. A série
foca nessa caminhada de sobrevivência, lutando um dia de cada vez para se
manter vivo em meio a uma multidão de zumbis que vem de todos os lados.
Mas também vi elementos do filme guerra mundial Z.
1 – Os zumbis não comem gente. Eles apenas perseguem as
vítimas para transmitir o vírus e fazem isso através da mordida. Depois que
mordem, vão embora e quando a pessoa já está infectada, eles a ignoram.
2 – A infecção é rápida tal qual acontece no filme. Em TWD
pode levar até dias até que a pessoa morra e vire um zumbi. Em guerra mundial
Z, é coisa de poucos minutos e dependendo do caso, alguns segundos.
3 – Em determinada parte da história, vemos ampolas onde
está escrito Z-Vírus.
4 – Os zumbis são atraídos pelo cheiro do medo das pessoas,
enquanto no filme são atraídos por som. O ponto em comum é que alguma coisa os
atrai, mas o roteirista deve ter feito diferente para não parecer uma imitação.
As principais semelhanças com o filme são essas. Eu falo sobre
esse filme aqui: Guerra Mundial Z quem quiser, pode dar uma olhada.
No filme, o galã acaba resolvendo tudo, então acho que o
Chico também irá salvar o dia, como sempre.
Outro detalhe no filme (foi mal o spoiler) é que os zumbis
ignoravam pessoas doentes ou muito feridas e no final usaram isso para inventar
uma vacina que funcionava como camuflagem que fazia com que a pessoa parecesse
estar doente. Mas não acho que vão usar isso na história, seria muita imitação.
Eu gostei muito do andamento, sempre dinâmico e movimentado.
De um lado, Chico encontrou uma garotinha assustada no início, mas que depois
se mostrou corajosa e de personalidade muito forte. A discussão deles sobre
voltar para pegar o ursinho foi muito engraçada. Tipo, o Chico se fez de mandão
e segundos depois estava se contorcendo na janela do banheiro para pegar o
ursinho. E ainda teve que pedir desculpas para que a Sofia o salvasse.
A menina é meio pentelha, mas ao mesmo tempo é forte, tem
personalidade e parece que sabe de alguma coisa, mas sua memória foi bloqueada
pelo trauma. Só ficou aquele papel que o Chico tinha achado na mochila dele com
o desenho dela com os pais e aquele olho misterioso.
A propósito, vocês notaram que o desenho da mãe dela tem
asas de anjo? E que o tal ursinho aparece entre elas? Isso pode significar que
a mãe da Sofia morreu e que o ursinho Bilu foi um presente dela, por isso a
Sofia tinha tanto apego por ele.
Seu pai pode ser o típico viúvo que perde a esposa e se
afunda no trabalho para esquecer a dor, por isso se comprometeu tanto com
aquele laboratório. Quando começou a infecção, ele deve ter ajudado a filha
escapar na esperança de que a praga fosse contida lá dentro e não saísse para o
exterior. Assim ela estaria salva. Mas algo deve ter dado errado e o vírus se
espalhou. Ou então ela escapou sozinha, não sei.
Outro detalhe é o tal “olho-que-tudo-vê” que é um dos
símbolos dos Ilumminati. Para quem não sabe, Illuminati é o nome de um grupo secreto que tem como objetivo
dominar o mundo através da fundação de uma Nova Ordem Mundial. Há várias teorias sobre eles, umas negando,
outras comprovando. Quem quiser saber mais, tem muito material pela net afora.
Acredita-se que eles são um grupo muito grande e poderoso, que tem muita
influência e controla muitas coisas, por isso o tal olho que tudo vê. Outro
detalhe é que esse olho é também símbolo da maçonaria, porque eles acreditam
que estão sendo sempre vistos por alguém.
Deve ser tipo uma brincadeira com as teorias da conspiração
que muita gente acredita. E também um ótimo símbolo para uma corporação
poderosa e influente como essa tal de Savert deve ser.
De outro lado, temos Rosinha liderando os rapazes para
procurar o Chico. Impressionante como ela foi forte e inteligente, mas ao
mesmo tempo usou charme e meiguice para levar o guarda e o motorista do
caminhão na conversa. Quem resiste toda aquela seduzência?
Legal foi que graças a ela, eles conseguiram entrar no
laboratório. Uma pena ela ter sido infectada depois, mas acho que foi para dar
mais drama a história. Aposto que o Chico vai ficar de coração partido quando
ver que ela foi transformada em
zumbi. E a cara de zumbi dela ficou realmente muito boa, deu
até um medinho!
O laboratório todo destruído já respondeu uma parte do mistério:
uma experiência deu errado e o vírus saiu se espalhando para todo lado. Só não sabemos
que tipo de experiência era aquela e porque fizeram aquele vírus maluco.
A história acaba com os rapazes contendo a Rosinha para ela não
infectar mais ninguém enquanto Chico e Sofia estão presos no carro com uma
horda de zumbis ao redor. A próxima edição será a conclusão da saga e mal posso
esperar.
Zumbi não é o meu gênero preferido, mas de vez em quando, uma vez ou outra, eu
gosto. Eu adorei o filme guerra mundial Z porque saiu um pouco do clichê de zumbis
comedores de gente. E por algum tempo também assisti TWD, apesar de ter perdido
o interesse lá pela quarta temporada. Sei lá, acabou perdendo a graça.
Mas eu não sei se os infectados dessa história podem ser
chamados de zumbis. Normalmente zumbis são mortos que andam e nessa história as
pessoas infectadas ainda devem estar vivas e o vírus pode ser curado. Tem que ser
assim porque senão a Rosinha vai morrer de vez. E é uma história do Chico Moço,
né? Tem que ter final feliz onde tudo se resolve, os infectados são curados, Sofia
reencontra seu pai, o laboratório é fechado, a experiência nunca mais será
retomada e a turma continua seu caminho para Vila Abobrinha.
Agora, cá entre nós... é impressão minha ou a Rosinha tem
andado muito zicada ultimamente? Primeiro ela é esfaqueada na ed. 18, depois passa
mais da metade da ed. 21 morrendo. Aí vem a história dos herdeiros da Terra onde ela
engole sombra líquida e é levada embora para o planeta Tumba. E agora foi
zumbificada.
Querem saber? Eu até que estou gostando. Calma, não sou sádica
e não quero o mal da Rosinha. O que eu estou gostando é de vê-la sendo mais
atuante e não somente como a personagem bonitinha cuja única função é ser
namorada do Chico. Apesar de tudo, ela tem se mostrado forte, ativa e
inteligente ao longo das edições e estou adorando ver isso. Eu sei que o foco das
histórias é o Chico, mas acho que ela merece mais protagonismo também.
Sei que não devia estar falando assim, mas a diferença entre
ela e a Fran até agora é gritante. Rosinha é forte e corajosa enquanto Fran é
fraca, chorona e mimizenta. Mas até que seria bom se as duas deixassem essa
briguinha por causa do Chico de lado e se tornassem amigas. Mulher não tem que ficar
estapeando uma com a outra por causa de homem. Elas precisam entender que não compensa
perder a dignidade nem mesmo por um rapaz como o Chico.
Bom, essa foi a crítica e confesso que fiquei surpresa
porque escrevi mais do que a média da maioria das histórias. Mas foi porque eu
realmente gostei da edição, aí acabo tendo mais coisas para falar. Também gostei muito da capa da edição porque ficou bem aquela coisa de terror, especialmente com o Chico de roupa suja com manchas que parecem sangue. Assustador, não? A capa da ed. 26 também ficou ótima e gostei bastante do Chico e da Rosinha querendo ficar juntos, mas sendo separados por causa da praga Zumbi. O desenho até lembra um pouco aquela pintura "a criação de Adão", de Michelangelo. A diferença é que na capa os braços deles estão entrelaçados, mas ainda tem aquela pegada meio barroca. Geralmente vemos as pessoas sendo carregadas por anjos nas pinturas, só que nesse caso são zumbis. A cena até poderia ser romântica por causa da expressão deles e o céu de crepúsculo ao fundo, com o sol brilhando entre as nuvens de fim de tarde.
E vocês repararam que um dos zumbis tem cabelo rosa? Ela meio que parece Atena, mas também pode ser Diana ou a enfermeira bonitinha da TMJ 87. Huahuahua!
Aproveitando o lance dos zumbis, refiz essa imagem do DC
todo estropiado da TMJ 86, só que zumbificado e segurando um tomate na mão. Sim,
gente. É um tomate. Por quê? Simples: é o DC. Zumbi comedor de carne humana ou
cérebro é clichê e nós sabemos que ele odeia os clichês e pretende ser do
contra até o final. Então virou um zumbi comedor de tomates, verduras e
hortaliças. Sinistro, não?
Essas foram as críticas desse mês. Não deixem de conferir a crítica do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem. É sempre bom ver pontos de vista diferentes:
O que aconteceria se o DC virasse um zumbi? Normalmente zumbis comem carne ou cérebro, então é de se esperar que ele resolva contrariar e ir na direção contrária, certo?
Aqui está o nosso zumbi contrariado num novo quebra-cabeça:
A capa da TMJ 87 já saiu faz tempo, mas só agora consegui
escrever alguma coisa. sabe... confesso que não tenho assim muito o que falar
dessa história.
No face o pessoal levantou a teoria de que Cebola e Mônica
vão visitar o DC no hospital e então ficam presos ali tentando lidar com uma
praga. Basicamente isso.
O tal médico rabugento deve ser o mesmo da ed. 86 que é uma
paródia do Dr. House.
E, claro, tem a enfermeira bonitinha do cabelo rosa pela
qual o Cebola vai ficar babando feito um mané. Pelo menos desta vez (eu espero)
a Mônica não vai se descabelar de ciúmes.
Primeiro: que praga é essa? Algum experimento que deu
errado? Algum tratamento que teve efeito colateral nos pacientes e virou uma
praga? Ou seria um vírus de computador que evoluiu e adquiriu a capacidade de
infectar seres humanos? Eu pensei nisso por causa do robô na capa. O que seria
esse robô? Talvez a central de controle do hospital? Ele pode ser uma
inteligência artificial encarregada de controlar o sistema do hospital, mas
saiu do controle e acabou criando esse vírus que se tornou uma praga.
Ele pode ser uma entidade real e material, ou então pode ser
apenas uma imagem dentro do computador (tipo a Diana) que adquiriu inteligência
e vontade própria. Pelo menos essa é a alternativa mais óbvia, porque existe a
possibilidade de o roteirista ter criado algo diferente e no fim o robô não ser
o responsável pela praga e sim alguém tentando contê-la. Quem seria o
responsável então?
O segundo suspeito é a enfermeira bonita do cabelo rosa. Eu
ainda não sei se ela é humana ou outra inteligência artificial. O mais provável
é que seja humana mesmo, talvez uma médica ou enfermeira tentando ajudar a
conter o vírus. Mas é claro que fica a possibilidade de ela ter disseminado a
praga por algum motivo, talvez uma experiência dela que deu errado ou então foi
intencional mesmo, sei lá. De repente ela infectou as pessoas porque queria
testar alguma coisa ou achou que estava fazendo algo bom.
Então, Mônica e Cebola vão ter que trabalhar juntos para dar
um jeito nessa praga, coisa que o DC não vai gostar muito. Mas é provável que
não aconteça assim muita coisa porque a história não é da Petra, então não vai
ser dessa vez que a Mônica irá terminar com o DC e voltar para o Cebola. Sorry
(SQN).
Ainda assim pode causar alguma tensão entre os dois, já que
o DC sabe que a Mônica tem uma longa história com o Cebola e ainda não está
acostumado a lidar com os ciúmes. Ele fala que confia nela, mas até onde vai
essa confiança? É forte o bastante ver os dois trabalhando juntos e em
cumplicidade? E se eles ficarem sozinhos em alguma sala em determinado momento?
Será que o Cebola vai tentar algo? O DC vai confiar que realmente não houve
nada? Mistéeeerio!
Bom, o desfecho a gente sabe: a praga vai ser contida,
descobrirão o verdadeiro culpado, o relacionamento da Mônica com o DC vai ficar
mais fortalecido (ou abalado), o Cebola vai sair com cara de quem chupou limão
por mais um dia sem conseguir nada com a Mônica, fim.
No início eu até pensei que alguém fosse arrumar uma
namorada humana para o Cebola, mas duvido que a médica tenha idade para ficar
com ele, apesar de ela ter a aparência jovem. Só mesmo se for uma estagiária,
ainda assim ela seria mais velha que ele. Acho que ele vai ficar encalhado por
mais um tempo.
À princípio eu tenho esperanças de que não coloquem a Mônica se descabelando de ciúmes por causa da médica. Mas pode acontecer de ela ficar desconfiada e tentar alertar o Cebola, mas ele vai achar que é ciúmes e vai ficar fazendo pirraça, tentando provocá-la, talvez esnobar e no fim irá quebrar a cara e pedir desculpas. É algo que eu gostaria de ver.
Quanto à capa, eu gostei bastante apesar de a cara da Mônica
ter ficado assim meio estranha. E mais uma vez temos outra garota misteriosa de
cabelo rosa que talvez esconda algum segredo. Sério, não podiam pensar em outra
cor para o cabelo dela? Tem sempre que ser rosa? Foi isso que me fez duvidar um
pouco de que ela fosse humana. A não ser que seja a Diana com alguma mudança na
imagem.
O robô ficou bem legal e aquelas minhocas saindo dele dão um
aspecto de que ele infecta as pessoas, espalha vírus, sei lá. Por um instante
eu cheguei a pensar que fosse aquele robô que apareceu na ed. 77, mas a cara
dele é diferente.
Bem, vamos ver se a história será boa mesmo. Às vezes
acontece de eu não dar muita coisa pela história e ela acabar me surpreendendo.
Espero que seja esse o caso da ed. 87.
Dessa vez, como é Halloween, eu fiz uma capa, digamos,
diferente para o blog. Espero que não fiquem muito assustados. Já tem PNG e
quebra-cabeça. Também estou escrevendo uma fanfic para publicar no dia das
bruxas. Alguém consegue ter alguma idéia do que seja?
Para quem quiser mais palpites, confira o vídeo do Canal Opinião
Turma da Mônica Jovem:
E aqui temos a conclusão da estranha história de Sarah. Que
história tensa, não? Pois é!
Não foi só a história principal como também outras pequenas
coisas acontecendo ao mesmo tempo, o que enriqueceu o roteiro e não deixou tudo
focado numa coisa só. Gosto bastante desse tipo de narrativa.
Mas sabe... confesso que ao ler a história, especialmente a
primeira parte, uma coisa me pareceu estranhamente familiar. Então eu pensei,
refleti e finalmente me toquei que a história dela tem muitos pontos em comum
com um filme que todos devem conhecer ao menos de nome: Edward Mãos de Tesoura.
Masoquê? Sim, algumas coisas nessa história me lembraram o filme.
Veja bem:
Edward
Sarah
É diferente de todos por causa das suas mãos.
É diferente por causa das cicatrizes de queimaduras.
Vive isolado.
Se isola dos outros e geralmente foge das pessoas.
Tem uma incrível habilidade com suas mãos que o torna
capaz de fazer lindas esculturas com arbustos, gelo e também de cortar
cabelos.
Tem uma habilidade sobrenatural de prever o futuro através
das cartas de tarô.
Por causa das suas habilidades, passou a ser adorado por
todos (e usado por alguns). Ficou famoso, todos queriam seus serviços e por
um tempo ele se sentiu aceito e admirado. A família que o adotou passou a
ganhar dinheiro à custa dele.
Por causa da sua habilidade de prever o futuro, ela ficou
popular na escola, todo mundo lhe procurava para fazer previsões e de certa
forma os alunos pareciam mais preocupados na sua habilidade do que na sua
amizade propriamente dita. E ela também foi usada pela Denise, que ganhava
dinheiro à custa dela.
Quando algo deu errado, todos passaram a virar o rosto
para ele e até a hostilizá-lo. Então ele deixou de ser interessante para se
tornar um monstro perseguido por todos.
Quando as previsões da Sarah começaram a não dar o
resultado que as pessoas queriam, todo mundo ficou de cara virada com ela e
uns até brigaram. Então ela deixou de ser interessante e popular.
Assim como Edward, Sarah só queria ser aceita, levar uma
vida normal e ter amigos. Mas ela não é igual a todos, não é uma garota dentro
dos padrões e isso acaba dificultando sua vida. Ela sabe que é diferente, mas
não sabe o que fazer com seu dom, por isso acaba cometendo alguns erros no
início da história. Afinal, pela primeira vez ela se sentiu aceita e admirada.
Para quem viveu em isolamento por tanto tempo, isso foi uma tentação muito
grande. Mas infelizmente a maioria das pessoas que se aproximaram dela eram
apenas interesseiras, a começar pela Denise.
Gente, foi mal, mas acho que a Denise só presta nas
histórias do Emerson. Nas mãos dos outros roteiristas, ela vira uma fofoqueira
fútil e sem respeito por ninguém. Sim, porque até então ela nem falava com a
Sarah direito e de repente passou a se achar dona do poder dela, já estava
agendando consultas (sem nem perguntar se podia ou não), lhe sobrecarregava e
duvido que dava a ela alguma parte do pagamento.
Acho que de amigos de verdade ela só teve a Mônica, DC e
Cebola (apesar do medo inicial dele). Especialmente a Mônica, que pelo menos
tentava protegê-la dos outros alunos que lhe procuravam para fazer previsões
mesmo ela falando que estava cansada.
Sabe, eu achei bem interessante as previsões que a Sarah fez
para o Xaveco, Titi e Jeremias. E meldels! O Jeremias apareceu em mais que uma
página! Teve mais falas! Nossa, acho que nessa edição ele bateu o recorde em
participação nas histórias. Voltando ao assunto, eu não acredito em prever o
futuro. Acho que no máximo algumas pessoas mais sensíveis conseguem prever aquilo
que tem mais probabilidade de acontecer, mas não é uma ciência exata e nem tem
como ser, porque o futuro pode mudar a todo instante.
O problema de uma pessoa ter a capacidade de prever o futuro
mais provável é todo mundo achar que ela deve ser capaz de prever tudo. Se
acontece qualquer coisa que a pessoa não pode prever, povo já se acha no
direito de brigar.
No caso do Xaveco, bem... ele é azarado mesmo, então não
havia muito o que a Sarah pudesse fazer. Ela previu uma situação perigosa que
podia acontecer no caminho normal dele para casa, mas não tinha como saber que
poderia haver mais gente perigosa circulando pelo bairro. Talvez no caso dele
fosse algo que não tinha como evitar. Ou então ele devia ter tentado procurar
outro caminho, talvez chamar um dos pais para lhe buscar.
O do Jeremias foi bem interessante porque nesse caso tivemos
um efeito pigmaleão, ou profecia auto-realizável. É tipo: se achamos que algo
vai acontecer, nossa expectativa acaba fazendo com que realmente aconteça. No
caso do Jeremias, ele decidiu que não ia fazer nada e foi esta atitude que
causou a derrota do seu time.
A previsão da Sarah não estava errada, somente incompleta.
Mas é exatamente esse o problema de quem prevê o futuro. É muito raro alguém
capaz de fazer previsões completas e com exatidão. Ela não viu o quadro todo,
de que o time do Jeremias ia perder caso ele não participasse.
E para piorar, ele ainda colocou a culpa nela sendo que a
decisão de não participar do jogo foi dele. A Sarah deu a previsão, mas cabia a
ele escolher o que fazer a respeito. Ele poderia ter dado mais motivação ao
time, ter se esforçado para ver se mudava alguma coisa, só que decidiu não
fazer nada. Então o erro foi dele, não dela.
O caso do Titi, vou ser sincera, me deu um pouco de medo.
Pode parecer exagero meu, mas ele se comportou como esses ex-namorados que não
se conformam com o fim do namoro e perseguem as mulheres achando que são donos
dela. É esse o sentimento que ele tem pela Aninha: de posse. Tanto que se achou
no direito de querer brigar com o outro rapaz. Sabe, eu fico preocupada ao ver
coisas assim sendo retratadas em revistas porque as garotas podem achar que é
normal.
Mas não, gente, isso não é normal. Na vida real, casos assim
costumam acabar na morte da mulher. Com essa cena, o Titi mostrou que tem
potencial para se tornar agressivo e perigoso. Se hoje ele quis brigar com o
rapaz, o que ele vai fazer amanhã? Vai bater na Aninha? Tentar ficar com ela à
força? Então toda vez que ela tentar ficar com outro rapaz, ele vai aparecer
para brigar e armar barraco? O pior é que ele não entendeu por que ela ficou
tão zangada. Sério mesmo? Jura? E depois foi achar ruim com a Sarah como se ela
tivesse culpa de algo.
Outro problema enfrentado pela Sarah foi as pessoas acharem
que ela também tinha que resolver seus problemas, como no caso do Toni.
Acho que foi por isso que eu acabei lembrando do filme do
Edward mãos de tesoura. No início, ele era novidade e todo mundo achou bacana,
descolado, era moda. Mas quando as coisas começaram a dar errado, essas mesmas
pessoas que o admiravam no início passaram a hostilizá-lo.
Era isso que Victor tentava dizer, mas claro que no início
Sarah não deu ouvidos. Falando no Victor, o Emerson acertou em cheio: ele é
mesmo um fantasma! Sério, eu nunca teria percebido sozinha. A participação dele
foi muito legal nessa história, apesar de ele fazer o tipo misterioso e ninguém
conhecer a história dele. E já que a Sarah vai ficar permanente, eu espero que
ele também fique e um dia contem a história dele.
Bom, no início tudo parece ficar bem com a Sarah e depois de
um tempo tudo começa a desandar a ponto de ela nem querer mais prever o futuro.
Só que essa habilidade não estava nas cartas e sim nela mesma. Não tinha como
fugir disso. Mesmo depois de ter jogado as cartas fora, ela ainda teve aquele
sonho sinistro onde aparecem aqueles olhos raivosos e cheios de sangue
culpando-a por algo muito ruim.
Essa parte me deixou muito intrigada, sabe? Quer dizer, no
início eu pensei que esses olhos eram do Victor, mas depois eles apareceram num
sonho prevendo que algo de ruim ia acontecer com o DC. Só que nesse sonho, a
coisa culpava Sarah pelo que tinha acontecido. Aí fica a dúvida:
Aqueles olhos eram só uma imagem ou alegoria dos sonhos da
Sarah ou representavam uma entidade real? É viagem na maionese, eu sei, mas
poderia ser alguém do passado, talvez de outra vida, que tenha morrido com
muita raiva da Sarah. Talvez o Victor. Eu acredito em reencarnação, então para
mim não seria nenhum absurdo se eles tivessem se conhecido em uma vida passada
e o Victor tivesse morrido porque ela se omitiu ou não soube usar seus poderes.
Depois de um tempo ele deve ter perdoado e decidiu andar
junto com ela para ajudá-la. A princípio parece que o sonho era somente por
causa do DC e por ela não ter contado o que podia acontecer com ele. Mas tem
alguns poréns aí. Ela já tinha falado para Cebola e Mônica sobre a carta da
morte e que algo ruim poderia acontecer caso eles continuassem andando com ela.
Então o alerta já tinha sido dado.
O sonho aconteceu depois que ela não quis mais fazer
previsões e uma voz a culpava por tudo. Só que não faz sentido culpá-la pelo
acidente do DC. Qualquer um que atravesse uma avenida movimentada sem olhar
para os lados está sujeito a ser atropelado.
Por isso eu deduzi que o sonho não se tratava só de DC e sim
de alguma culpa que ela poderia ter no passado, em outra vida, quando deixou
alguém morrer porque não quis ou não soube usar seus poderes.
Bom, essa foi minha viagem na maionese, vamos voltar a
história. O DC, coitado, se lascou bonito. Acho que namorar com a Mônica dói um
bocado. Primeiro foi na história do circo, onde ele foi feito de escravo e até
levou algumas chicotadas (se bem que isso foi meio que culpa dele). Depois, em
herdeiros da Terra, ele foi raptado pelos aliens do planeta Tumba, feito de
cobaia, torturado e deixado pendurado com correntes estilos Hellraiser (isso
foi culpa dele também). Agora ele foi atropelado. Será que a Denise está certa?
Será que a Mônica só traz zica? Hahaha, só estou zoando, gente. Acho que não
tem nada a ver com a Mônica. Ele só tá aparecendo um pouco mais, então é normal
que mais coisas boas (e ruins) aconteçam com ele.
Como é necessário algum drama na história, ele precisou de
um tipo muito raro de sangue. E sim, gente, O negativo é super raro. Uma pessoa
que tem esse sangue pode doar para todo mundo, mas só pode receber de quem tem
do mesmo tipo. Sangue de RH negativo já é raro, o tipo O negativo é mais raro
ainda. Sério, o DC tem mesmo que ser diferente em tudo? Nossa! A Mônica ralou
um monte para conseguir sangue para ele e não conseguiu.
A ajuda só veio da pessoa mais improvável de todas. Ou não
tão improvável assim, né? Tinha que ter alguma situação em que o Cebola faz
algo para ajudar o DC. Mas antes, vocês repararam como o safadenho tentou se
fazer de dengoso para consolar a Mônica? Sei lá, pela expressão dele não me
pareceu que ele só queria oferecer o ombro amigo. Pelo menos dessa vez o
roteirista fez a Mônica tomar a atitude certa: se afastar. O DC confia nela e
não tem crises de ciúme, tanto que ficou de boa mesmo vendo os dois de mãos
dadas, mas é sempre bom não abusar.
E para a surpresa geral, ele tinha o mesmo sangue que o
Cebola, numa grande coincidência, e acabou fazendo a doação. É a primeira vez
que ficamos sabendo da idade do Cebola desde a ed. 48. Esse lance de idade da
turma é uma baita maçaroca, porque se formos contar pelas histórias do Emerson,
o Cebola teria uns 17 anos, não quase 16. Tá, tá, não vamos pensar nisso.
Tudo terminou bem. O DC recebeu sangue, sobreviveu ao
acidente, ficou com a Mônica ao lado dele toda cheia de dengo e o Cebola
conseguiu reconquistar a confiança dela, ganhando muitos pontos que podem ser
úteis no futuro.
A Sarah finalmente entendeu o propósito dela e como usar
seus poderes sabiamente e ficou numa boa com o Victor. No fim, ele deu a
entender que ela ainda ia descobrir mais sobre seus poderes com a ajuda dos
amigos.
Interessante esse final e eu fiquei pensando... a Sarah sabe
ou não que o Victor é um espírito? Quer dizer, ela conversa com ele como se
fosse uma pessoa de carne e osso sem importar se os outros olham atravessado. E
quando o Cebola diz que ela estava falando sozinha e ela respondeu que não,
ficou parecendo que ela sabia sim que o Victor é um fantasma.
Se ela não soubesse, deveria ter estranhado as pessoas a
olharem atravessado quando ela conversa com o Victor na rua. E o teria
apresentado ao Cebola também, o que não aconteceu. Se ela não fez isso, então
devia saber que ele é um espírito. Por outro lado, ele deu a entender que ela
não sabia de todos os seus poderes ainda, o que pode ser uma pista de que ela
também não sabe quem ele é.
Ainda falando no Victor, confesso que eu o achei um tanto
fatalista por acreditar em destino e dizer que não se pode ir contra ele. Eu
não acredito em destino, acredito em possibilidades. Umas
são mais possíveis do que as outras e podem mudar a qualquer instante. Não acho
que nossa vida já esteja escrita no mármore e que nada possa ser mudado.
Outra coisa que achei muito legal na história foi a tensão
entre Cascão, Cascuda e Magali. Repararam na fala da Cascuda dizendo que a
Sarah não era a única a ter premonições. Será que isso é uma indicação de que o
namoro do Cascão vai acabar no futuro e ele irá ficar com a Magali? O mais
interessante é que ele parecia mais preocupado em saber quando sua perna ia
sarar do que em resolver as coisas com a namorada dele. Já vi que isso vai
render bastante no futuro e tomara que renda mesmo. Se bem que eu prefiro a Magali
com o rapaz da história Reencarnação.
Sei lá, o Cascão é muito avoado para ela, que gosta de
receber mais atenção. Sem falar que ele precisa de alguém com pulso firme ou
não vai a lugar nenhum e Magali não é do tipo que pega no pé. A Cascuda é mais indicada
para ele. Bem, vamos ver no que vai dar, certo?
Essa foi minha crítica. Sim, escrevi um texto enorme e muita
gente deve estar até com medo de ler. Eu também fiz um desenho do Victor, tem
Png e quebra-cabeça. Espero que gostem!
Para ouvir outra opinião, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:
Ultimamente estava assim meio desanimada de ler a CBM. As
histórias não me empolgam, não é aquela coisa de ir lendo sem perceber as
páginas passando. A história desse mês não chegou a me dar essa sensação, mas
posso dizer que a história foi boa.
Pelo menos mostrou algo diferente ao contar a história sob o
ponto de vista de uma câmera, como algo que estava sendo assistido depois que
tudo aconteceu.
Teve suspense, um pouco de mistério (o que eram aqueles
bichos estranhos?) e até deu um pouquinho de medo do pessoal andando no meio do
escuro. Sim, eu tenho medo de escuro.
O Vespa, como sempre, estava um chato. Mas acho que gostamos
dele assim, né? Especialmente quando ele implica ainda mais com o Chico por
causa da Fran. E até que a participação dele na história foi legal,
especialmente na parte onde ele foi transformado em bicho e mesmo assim se
preocupou em manter a Fran segura. Por outro lado, não foi explicado direito
por que a picada de um dos bichos o transformou naquela coisa bizarra e nem
como ele conseguiu voltar ao normal.
O clima foi um pouco de filme de terror, com os personagens
sumindo um a um. Bem, até aí nada de novo. Eles morrem de medo, gritam, correm,
procuram pelos desaparecidos, o Chico se desespera pensando que não vai
conseguir salvar os amigos e no fim descobrem o mistério dos bichos estranhos,
encontram o ninho, mata todos com água (devem ter o DNA do Cascão) e fim. Todos
escapam com vida, felizes e contentes com um belo vídeo na mão.
Pelo menos o final foi engraçadinho com o Vespa chamando o
Chico pelo nome. Será que existe chance de a treta acabar? Por um lado seria
legal, mas por outro o Chico meio que precisa de um bom antagonista, ainda que
não seja inimigo declarado.
Eu sei que o Vespa é meio Zé ruela, mas eu até que estou torcendo
por ele, apesar de não gostar da Fran. Muito chatinha, cheia de nhenhenhe e
ainda por cima desrespeita o Chico. Mas vá lá, de repente podem formar um belo
casal.
A próxima ed. é com zumbis, o que eu adoro. Ainda não tive a
chance de ler, mas quando puder eu faço a crítica. Aposto que a história vai
ser ainda melhor, já que a ed. 24 não me deixou assim muito inspirada. Já a 25
promete uma boa história. Claro que não será nos moldes de the walkind dead,
mas ainda assim teremos uma boa história. E pelo que sei, é de duas partes, o
que adoro porque sagas costumam ser melhores.
Eu já li a ed. 86 da TMJ, só que o tempo foi passando e eu
esqueci (pois é, esqueci) de fazer a crítica. Vou ver se publico amanhã.
Para quem quiser outra opinião sobre a ed. 24, confiram o vídeo
do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem: