Sabe, uma coisa ruim de a revista ter classificação +10 é que existem certas coisas que o público mais velho gosta e não pode ver nas histórias. Mas de vez em quando os roteiristas nos presenteiam com algumas pérolas. Não chegam a ser realmente indecorosas, só usei essa palavra por brincadeira, mas não deixam de ser engraçadas.
Inicialmente era Top 10, mas adicionei mais três itens a lista que devia ter adicionado antes, mas não tinha lembrado deles. Então nossa lista ficou mais indecorosa ainda!
13 -Xavecão, TMJ#78 – Férias na praia
Eu não diria que é indecente, mas considerando que é uma revista para crianças, eu acho que o corpo dele está um tanto... exposto. Sim, eu sei que o Titi aparece do mesmo jeito na ed. 54, só que não vemos tantos "detalhes" no corpo dele como vemos no Xavecão. E olhem que no esboços do Emerson tinha mais "detalhes" ainda!
Para quem quiser reler a crítica, TMJ#78: Férias na praia - Críticas
12 -Mônica e Cebola, TMJ#8 – O brilho de um pulsar, parte final
O nono lugar vai para o Cebola que não consegue ver pedaço de pele à mostra que logo fica todo assanhado. Pelo menos ele levou uns cascudos para aprender a ser gente.
11 - Cebola, TMJ#54 – Cheia de onda
Para onde será que o Cebola está olhado? Puxa, não faço a menor idéia. De repente, ele só está admirando os cabelos das meninas. SQN! A propósito, vocês repararam que a garota da direita parece não estar usando a parte de cima do biquíni? Eu achei que os cabelos estavam cobrindo, mas olhando bem parece que ela está fazendo topless na praia. Meldels!
Quantas vezes vemos uma mulher aparecendo só de calcinha na TMJ? Aainda mais na frente de um garoto? Ah, bons tempos... bons tempos... apesar de tudo, eu não vejo maldade nessa cena porque Xabéu sempre viu o Cebola como um garotinho, talvez um irmãozinho mais novo ou algo parecido e acho que não imaginava que ele a via de outra forma .
9 -Chico, TMJ#83 – Herdeiros da Terra, parte 1
Me perguntaram por que eu não tinha incluído o Chico e eu achava que não fazia sentido já que ele não estava tão despido quanto o Xavecão. Porémmmmm... com tantos detalhes e músculos, eu pensei bem e achei que ele precisava fazer parte da lista.
Só mesmo nas histórias do Emerson para aparecer tantas coisas “indecorosas” numa revista só. E ainda tem gente que não entende por que povo gosta tanto das histórias dele. Eu não acho que seja indecente, mas muita gente ficou indignada com essa imagem. Tipo assim, ela está na praia, é uma garota de 15/16 anos, não podemos querer que se vista como freira, né?
7 -Xaveco, TMJ#35 – Baile a fantasia
Claro que eles não iam mostrar a “imagem” toda, mas é óbvio que o Xaveco não estava usando nada por baixo da fantasia. Como assim o sujeito anda por aí usando uma saia sem nada embaixo? Parecem até aqueles escoceses que usam kilt, bate um vento mais forte e a gente acaba vendo o que não queria.
6 -Amanda e DC, TMJ#54 – Cheia de onda
Uia! Acho que não precisa falar muito, precisa? Só achei o DC um tanto magrelo, mas beleza.
5 -Cascão, TMJ#6 – O brilho de um pulsar, parte 1
Algo que poucos devem ter notado é o cofrinho do Cascão aparecendo quando ele tem um chilique por causa da "água em pó" que as pessoas na nave Hoshi usam para tomar banho. Bem sutil e discreto, mas muito engraçado.
4 -Mônica e Cebola, TMJ#1 – Eles cresceram!
Olha a mão boba aí geeeeeente! Essa imagem também mostra a grande diferença entre os traços daquela época e os de hoje. Como mudou, hein!
3 -Mônica e Cebola, TMJ#1 – Eles cresceram!
Nessa mesma edição temos a Mônica dando um abraço... caloroso... no Cebola. Duvido que ele não tenha gostado.
2 -Xavecão e Denise, TMJ#78 – Férias na praia
O superataque omelete do terror não seria assim tão indecoroso se fosse atingido no rosto ou no estômago. Mas parece que Denise escolheu acertar num ponto assim mais complicado, que pode inclusive atrapalhar o nascimento de Xavequinhos e Xavequinhas no futuro.
1 -Zé Beto, TMJ 76 – Umbra, parte final
Uma jumenta satânica psicopata aparece, destrói tudo ao redor e ameaça matar todo mundo. O futuro sofre grande ameaça e ainda tem o problema da serpente que está voltando (mas não chega nunca). Em momentos assim, de grande crise mundial iminente, só há uma coisa sensata a fazer:
Correr pela floresta pelado com a mão no bolso e ainda esfregar na cara da sociedade. Não tem remédio melhor para evitar um apocalipse.
Para quem quiser reler, TMJ#76: Umbra, a última batalha - Críticas
E aí, gente? Pois é, eu até
tinha lido a ed. 31 antes, mas pensei com meus botões que seria melhor esperar
sair a capa da ed. 32 porque assim faço crítica e palpite ao mesmo tempo.
Pois bem: a história foi
assim... meio café com leite. Nada de extraordinário, nenhuma aventura com
batalhas, nem sobrenatural, alienígenas, nada. Somente um passeio na praia numa
história de tema ecológico e as garotas endoidando o cabeção com o Chico sem
camisa. Bem... não podemos culpá-las, certo? Não é todo dia que a Fran pode
apreciar aquele tanquinho.
Mas cá entre nós, foi
engraçado ver o Chico tão sem jeito diante do pessoal que foi tirando a roupa
para aproveitar a praia e o medo de a Rosinha comer seu fígado. Deve ser
difícil não ficar com ciúmes de ver o namorado cercado de garotas sendo que uma
delas vive dando de cima dele.
Também foi abordado um pouco
as investidas da Fran tentando conquistar o Chico. Eu particularmente acho que
ela está sendo um tanto desrespeitosa, já que ele disse não e deixou bem claro
que quer ficar com a Rosinha. Mas enfim... eles precisam disso para melhorar um
pouco as histórias (embora eu prefira a volta das sagas que são bem mais
emocionantes).
Eu até fiquei com um
pouquinho de pena do Vespa que apesar de ser chato, parece gostar mesmo dela a
ponto de ter conseguido resistir o canto da Iara na ed. 11. Só achei um tanto
esquisito sua fala de não desistir da Fran, uma vez que ela também não desistia
do Chico. Até entendi, certo. Mas temos cá um pequeno problema de lógica:
enquanto ela continuar fixada no Chico, o Vespa não vai ter nenhuma chance.
Logo, temos aí meio que um loop infinito. Vespa não desiste da Fran, que não
desiste do Chico e não dá nenhuma atenção ao Vespa, que não desiste dela,
que...
Em programação, loop infinito
é quando um programa repete algum comando infinitamente e nunca para. Aí fica
executando a vida inteira até ser parado na marra (desligando o computador,
ctrl+alt+del, etc.)
Outro detalhe é a
participação do Pessoa, que também apareceu na TMJ 54 (tirando onda). Mas uma
coisa me preocupa nesse personagem... será que ele não fica com câimbra na cara
de tanto ficar rindo? Eu tenho a impressão de que ele é baseado em
alguém, só que eu nunca descobri quem é. Também acho um tanto estranho ele
falar de si mesmo na terceira pessoa, mas tranquilo. Só acho um tantinho chato
ele ficar repetindo o tempo inteiro “Pessoa sabe, vai pelo Pessoa”.
Tirando isso, o ponto central
da história é a visita deles numa fazenda de peixes administrada pelo Zé ruela
do Genesinho. E se até o Vespa acha isso, é porque o grau de babaquice dele
atingiu níveis exorbitantes. No início, o Genesinho até pareceu estar assumindo alguma responsabilidade na vida, mas foi tudo uma ilusão. Ele continua cretino como sempre e ainda se achando melhor que todo mundo. O pai dele fez um péssimo trabalho.
Mas nada supera ele ter
mentido o tempo inteiro sobre cuidar da fazenda de peixes só para ficar
surfando o tempo inteiro. Como a lei do retorno sempre funciona mais cedo
ou mais tarde, ele acabou levando um castigo merecido de uma água viva. Já vi
documentários na TV sobre esse bicho e alguns casos não acabaram muito bem. O
Genesinho até que teve sorte porque muitas pessoas acabam não resistindo.
Eu achei muito fofo o Vespa
tentando consolar a Fran e isso fez com que ela reparasse que no fundo ele é
gente boa. Já é um bom começo ela começar a ver as qualidades dele. De repente,
no futuro... e viram como ele ficou todo alegrinho? Coitado, fiquei até com
pena dele quando o Chico apareceu com o helicóptero e estragou sua alegria.
E tudo terminou bem. O
Genesinho se lascou, todos ganharam mais um dia na praia e o Chico pode pescar
sossegado com o Pessoa. Fim. Uma história boa, não nego, mas nada de
extraordinário. Pelo menos foi educativa e sempre acho importante passar a
mensagem sobre preservação ambiental. As pessoas precisam entender que só temos
um planeta. Se ele for detonado, não vai ter outro para morar. Só faltou colocarem o Chico em cima de uma prancha de surf, o que não aconteceu. Se bem que eu tinha estranhado bastante a quarta capa dessa edição porque não tem como ele saber surfar já que nunca aprendeu e nem era muito chegado a praia. Acho que foi só para fazer a ilustração mesmo.
Agora, tem uns errinhos na
explicação da Yo porque ela citou medusa, caravela e vespa do mar como se
fossem a mesma coisa e não são.
Medusa é tipo um nome
genérico, assim como água viva ou alforreca. O corpo desses animais tem a
forma de um guarda-chuva rodeado por tentáculos na borda e com a boca na
parte central inferior.
A caravela não é uma medusa
ou água viva e sim uma colônia de quatro animais que vivem juntos, já que
separados não podem sobreviver. Ela não se move, apenas flutua na água levada
pelo vento. Vocês podem ver pela imagem que o corpo dela parece tipo um balão
cheio de ar. Elas são pequenas e muito bonitas, o que causa acidentes porque as pessoas vêem e logo querem
pegar. Especialmente as crianças.
Aliás, se vocês estiverem na
praia e verem uma dessas, corram que é cilada! Os tentáculos delas são muito
venenosos e a fisgada é super dolorosa. Dependendo do caso, pode até matar.
A vespa do mar é sim uma
medusa ou água viva e sua picada é muito mais perigosa que a caravela. Seu
veneno é tão forte que pode matar rapidamente, é por isso que na Austrália os
salva-vidas já levam o antídoto em caso de ataque, assim a pessoa recebe
atendimento mais rápido. Dizem que o veneno de uma só pode matar até 60
pessoas. Elas vivem na Austrália, Nova Guiné e Filipinas e são bem pequenas,
mas os tentáculos muito longos.
Eu achei importante falar
sobre isso porque:
1 – Vespas do mar não ocorrem
nas praias brasileiras. Só se essa aí se perdeu, o que eu acho pouco provável.
2 – Se o Genesinho tivesse
sido atacado por uma vespa do mar de verdade, não teria aguentado nem dez
minutos.
Pelo que eu pesquisei, as
espécies brasileiras podem machucar sim, mas não chegam a ser mortais. A não ser
que a pessoa seja muito exposta. As caravelas também podem aparecer nas nossas
praias, aí sim é bom ter muito cuidado com elas. Só que na história o Genesinho não foi atacada por uma caravela e sim por uma espécie de água viva que não foi especificada.
Eu sei que é só uma história
em quadrinhos, mas o tema é ecológico e foi feito com o objetivo de educar,
então nesse caso as informações deveriam ser verificadas com mais cuidado
porque pode induzir as pessoas ao erro.
Essa foi a crítica do mês. Na
próxima edição temos uma história chamada a onça e o ouriço. O Chico vai
visitar a Rosinha, mas como nada é simples e tranquilo nas histórias dele, há
um terrível segredo na região que ele vai ter que resolver. Só fico pensando no
que isso tem a ver com uma onça e um ouriço. Sério, é alguma onça que fugiu do
circo? Um animal selvagem nas redondezas? Algum fantasma? Espírito da floresta?
Assombração? Ou é aquele vilão trevoso careca que resolveu voltar para se
vingar? E onde o ouriço entra na história?
Sei lá, essa combinação me
pareceu meio estranha. Uma onça e um ouriço? São inimigos? Aliados? Sei lá,
coisa mais esquisita. Mas acho que é por isso que estou ansiosa para ler a história,
já que não consigo nem imaginar o que vai acontecer nela. Então essa deve ser
mesmo boa.
Eu quero começar com essa por ser dos bons tempos quando os desenhistas se importavam em fazer roupas bonitas para a Mônica, porque agora ela veste cada roupinha uó que só vendo.
9 -Magali, TMJ#78 - Férias na praia
Aqui temos a Magali poderosa, diferentona e arrasando com os cabelos soltos num visual feito especialmente pela Denise para a grande festa na praia da ed. 78. Normalmente listras horizontais engordam um pouco, mas no caso dela pode usar sem medo.
Para quem quiser reler, TMJ#78: Férias na praia - Críticas
8 -Maria Mello, TMJ#31 - Divisão por dois
Nessa imagem Maria Mello arrasa na produção graças às dicas da Aninha que ficou talentosa por não ter mais o Titi lhe vampirizando emocionalmente todos os dias. Eu usaria algo assim para ir a uma balada, não para a escola. Mas no Colégio do Limoeiro os alunos podem ir vestidos como quiserem, então tranquilo.
7 -Carmem, TMJ#31 - Divisão por dois
Ainda na ed. 31, temos um visual chiquérrimo da Carmem Frufru composto por um conjunto super elegante que inclui até lenço, bolsa e botas de cano longo, que parece ser preferência da Carmem. Não esqueçam os cabelos esvoaçantes e encaracolados, nem da pose esnobe/dona do mundo/não ligo para plebeus.
6 - Aninha, TMJ#31 - Divisão por dois
Claro que não podia deixar de mencionar a mega-produção da Aninha depois que ficou livre do traste do namorado controlador/ciumento/machista/galinha inveterado. Sim, essa foi sua libertação, quando ela percebeu que ia ficar muito melhor sem um atraso de vida controlando suas roupas o tempo inteiro.
5 -Nome desconhecido, TMJ#40 - O jogo dos reis
Eu não sei o nome dessa personagem, mas há teorias de que ela é a morte por causa do visual sombrio e assustador que ela adota quando vai jogar com o Cebola. Mas quando não está aterrorizando ninguém, ela prefere algo mais descolado e jovial tipo um vestido mais justo, meias rasgadas, botas e um belo laço nos cabelos soltos e ondulados. Eu achei os braceletes um tanto pesados, mas ainda assim gostei muito da produção. E pelo visto, o Cebola gostou também.
4 -Denise, TMJ#21 - No País das Maravilhas
O que me chamou a atenção foram os detalhes como os acessórios, broches, firulas nos cintos, anéis, pulseiras, e também as botas (olhem o coração no topo de cada uma e também nas pontas), gravata com estampa de estrelas, penduricalhos no cinto meio largo que cai um pouco para o lado e a jaqueta levemente caída para dar um ar despojado.
3 - Penha, TMJ#51 - Sombras do passado
Eu seria louca se deixasse de fora o visual super chique, requintado, parisiense e elegante da Penha que teve sua estréia na ed. 51 “sombras do passado”. Por acaso alguém consegue imaginá-la usando outra roupa? Somente aquele vestido vermelho e mesmo assim ela não dispensa o chapéu de jeito nenhum.
Para quem quiser reler, TMJ#51 - Sombras do passado: críticas
2 -Agnes, TMJ#51 - Sombras do passado
Quem aqui não ficou de queixo caído com a aparição da Agnes também na ed. 51? Pois é. Olhem o estilo e a elegância desse casaco longo, botas que vão até os joelhos e terminam em pele que também aparece na gola do casaco. Reparem no belo gorro e no cachecol. O antigo visual dela quando criança foi totalmente repaginado, atualizado e o resultado ficou incrível. Pelo visto, ela está livre da repressão dos pais porque agora parece importar com a aparência. Várias vezes já desejei que houvesse neve no Brasil e temperaturas abaixo de zero só para eu ter a chance de usar roupas assim. Até Denise deu o selo de aprovação.
Ah, também não podemos esquecer do livro que ela sempre carrega. Aposto que o selo de Ior ficou bem econdidinho para a gente não ver. Com isso, o visual dela também ficou um nerd charmoso, cara de garota estudiosa e aplicada, mas que ainda se preocupa em estar na moda.
Para quem quiser reler, TMJ#51 - Sombras do passado: críticas
1 -Denise do futuro, TMJ#78 - Férias na praia
Esse é o meu preferido: a Denise do futuro com seu visual meio dark, vestida predominantemente de roxo (cor que eu gosto muito), cabelos coloridos e batom verde. Também adorei como deixaram as Maria-quiquinhas mais longas, dando fluidez e movimento aos cabelos.
E não é só pelo visual em si, mas pelo que ele representa: a Denise do futuro, misteriosa, sombria, diferentona, que parece saber muita coisa sobre a serpente e até agora todos estão especulando sobre o papel dela na saga, se vai ser de mocinha ou vilã. Alguns até especulam se ela não seria o cavalo da fome.
Para quem quiser reler, TMJ#78: Férias na praia - Críticas
Ufa! Acho que depois de tantas emoções, sustos, reviravoltas
e situações angustiantes, acho que vai fazer bem uma história mais leve e próxima
do dia a dia.
Para começar, a capa ficou excelente. Coisa do Zazo mesmo.
Li em algum lugar que capas onde a Mônica aparece vendem mais. Se for assim,
acho que essa edição vai vender bastante. Foi inteligente colocar o rosto dela
no céu acima da cidade, como algo que pode se desvanecer a qualquer momento e o
resto da turma correndo atrás para evitar que isso aconteça.
E lógico que o Cebola tinha que ficar na frente, já que é o
maior interessado em evitar que a Mônica suma ou qualquer coisa parecida. Não
entendo muito do assunto, mas para mim o desenho e os traços ficaram bons, a
paisagem urbana ficou legal e adorei o céu noturno. Só estranhei um pouco ver o
Cebola de bota e um rasgão na calça porque não é bem o estilo dele. A não ser
que ele tenha rasgado a calça por acidente. Mas não pude deixar de notar o Toad
(do jogo Super Mário) na blusa do Cebola. Sabemos que o Cassaro gosta de jogos,
então acho que isso foi ou por causa dele, ou foi idéia dele mesmo.
Podemos ver que cada um tem sua cor nas roupas. Cebola de
verde, Magali com blusa amarela e Cascão com uma blusa alaranjada, acho que na
versão jovem adotaram essa cor para ele, o que foi uma boa idéia porque é um
intermediário entre vermelho e amarelo, cores que Mônica e Magali já usam. E ao
fundo vemos Mônica usando vermelho, como sempre. Foi uma boa escolha das cores.
E o título tem um quê de drama, de algo muito triste que poderia acontecer e
nunca mais poder ser consertado. Tipo uma pessoa indo embora para sempre.
Nessa edição, Cebola ainda tenta recuperar o amor da Mônica,
mas esbarra com um probleminha simples e corriqueiro: ela some da memória de
todos. Tranqüilo e fácil (SQN). Então eu fiquei pensando com meus botões...
Essa sinopse me lembrou alguma coisa. Onde eu vi isso? Ah, sim! Na revista das
500 edições da Mônica. Aí fui dar uma olhada e tem uma parte onde os outros
personagens tinham mesmo esquecido a Mônica.
Talvez a ed. 93 seja baseada nessa parte. Ou talvez seja só
coincidência. Olha, infelizmente vou ter que dar spoiler da história do gibi
porque não tem jeito, senão fica difícil dar os palpites dessa.
Na verdade tem mais de uma história no gibi da Mônica 500 e
numa delas (outros 500) a realidade é mudada e o Xaveco é dono da rua ao invés
da Mônica. Daí ela meio que é esquecida pela turma, tanto que numa parte o
Cascão nem sabia quem ela era porque acabou virando personagem secundária, ou
terciária mesmo. Com isso, Cebolinha tenta ajudá-la voltando ao passado e
fazendo com que ela recuperasse o protagonismo de cada historinha ao invés do
Xaveco.
No fim ele consegue salvar as histórias da Mônica, mantê-la
como protagonista e frustra os planos do Xaveco. Só que no final, ele não era o
vilão e sim a Boneca Tenebrosa. Bizarro, não? Só por curiosidade, o Emerson fez
parte da equipe de redação das histórias. Agora é só ligar os pontos.
É só um palpite mesmo, talvez nem seja isso porque a ed. 93 é
do Cassaro e eu não vi o nome dele na lista de roteiristas da Mônica 500. Mas
isso não impede que ele se inspirado nessa história para criar a dele.
Se a ed. 93 foi mesmo
inspirada nesse gibi, então pode ser que alguém tenha feito com que a turma
esquecesse da Mônica para ocupar o seu lugar. Na ed. colorida da Mônica,
“Lembranças”, a Tonica tentou fazer algo parecido. Então pode haver uma
possibilidade de acontecer o mesmo na ed. 93. De qualquer forma, pode ser
alguém interessado em apagar a Mônica da memória de todos.
Isso até lembra um pouco a
segunda parte da saga do circo macabro, onde Telepax tentou apagar a Mônica da
memória de todos e acabou morrendo no final por causa do esforço.
Se é mesmo uma pessoa que
está fazendo isso, imagino que a motivação seja vingança ou então uma tentativa
de tomar o seu lugar na turma. Ou algum plano maluco onde seja importante que
ninguém se lembre da Mônica.
Mas pode ser outra coisa,
como um feitiço, maldição, acidente ou alguém fez algo no cérebro do pessoal
apagando as lembranças da Mônica. Pode ser que alguém tenha voltado no passado
e evitado o nascimento da Mônica de alguma forma e o pessoal tem que consertar
isso antes que a mudança afete o presente e se torne definitiva.
Sabe, por mim tudo bem que a
história seja inspirada na ed. 500 da Mônica. O problema para mim é quando
ficam falando que a TMJ é só história, mangá, etc. A meu ver, isso meio que
quebra um pouco o encanto e causa um certo afastamento do leitor. Pelo menos
comigo é assim, não sei se com os outros é a mesma coisa. Só espero que não
façam isso nessa história.
Bom, vamos ao que interessa
muitos fãs: a imagem da sinopse onde Cebola beija a Mônica. Sim, muita gente já
deve estar arrancando os cabelos de tanta ansiedade achando que eles podem
voltar nessa história. Mas não vai ser dessa vez, pessoal. Antes de voltar para
o Cebola, a Mônica tem que terminar com o DC e só Petra pode separá-los.
O que vamos ver é o Cebola
ainda lutando pela Mônica e de quebra tentando salvá-la do esquecimento. Mas no
fim ela vai continuar com o DC enquanto ele termina a história com cara de
cachorro que caiu do caminhão de mudança. A não ser que por algum motivo ele
desencane dela, não sei. Mas acho que seria complicado fazer isso porque
poderia atrapalhar as histórias da Petra. Eu sou da opinião de que somente ela
poderia cuidar do Cebola, decidir se vai ou não arrumar uma namorada e esquecer
a Mônica. Assim garante mais coerência entre as histórias.
Quem leu a ed. 92 já deve
saber que o romance do Cebola com Denise não deu em nada, o que salva as
histórias futuras. E imagino que aquela fala do Cebola sobre ter se conformado
em perder a Mônica pode também ter sido influência do círculo da paixão, logo é
normal que ele continue tentando reconciliar com ela em outras histórias.
Sabe, como é meio difícil de
saber como o pessoal vai esquecer a Mônica, também não posso dar muitos
palpites de como Cebola vai ajudá-la. Magali e Cascão aparecem na capa, mas
será que eles também vão continuar lembrando dela ou só o Cebola enquanto o
restante esquece. O esquecimento será gradual ou repentino? E o DC? Ele vai
esquecer dela também?
Aliás, a Mônica aparece na
capa mais parecendo uma lembrança ou pensamento na cabeça dos outros, não é
tipo “em carne e osso” como os outros três. Será que ela vai desaparecer? Ou
vão prendê-la em algum lugar até que todo mundo esqueça dela? Será que vai
ficar muito debilitada, tipo enfraquecendo e desaparecendo aos poucos até
sumir?
No filme “de volta para o
futuro”, quando McFly interfere no relacionamento dos seus futuros pais sem
querer, ele vai desaparecendo aos poucos, assim como os irmãos dele numa foto.
Pode ser que algo assim aconteça com a Mônica. A medida que ela some
fisicamente, também vai sumindo das lembranças dos outros.
Só falta saber por que o
Cebola ainda continuará lembrando dela. Será que é por causa da ligação que
tiveram ao longo da vida? Apesar de não ter dado certo, não podemos negar que
eles tem muita história juntos e isso pode fazer com que as lembranças dele
sejam mais fortes e marcantes, portanto mais difíceis de desaparecer.
E imagino também a angustia
dele imaginando que pode chegar uma hora em que não vai mais lembrar da Mônica.
Por um lado poderia até ser libertador, assim ele estaria definitivamente livre
para ficar com quem quiser ao invés de continuar correndo atrás de quem já está
em outra. Por
outro lado, pode ser que o amor dele ainda seja forte demais para querer que
algo assim aconteça. Sem falar que ele jamais iria querer que ela desaparecesse
independente de qualquer coisa.
E falando em desaparecer,
acabei de lembrar de uma história do gibi onde Cebolinha e Cascão voltam no
tempo para impedir que os pais da Mônica se conheçam e assim evitar o
nascimento dela. (ah, o amor...). Ele só consertou as coisas porque outra
menina pior que a Mônica apareceu no lugar dela. Caso contrário, teria deixado
quieto. Mas vamos partir do principio que agora ele não quer mais que isso
aconteça.
Como a história não é da Petra,
não sabemos como essa ed. vai influenciar os dois no futuro. Tipo, será que no
fim a Mônica vai começar a gostar do Cebola de novo ou irá terminar feliz com o
DC, porém agradecida ao Cebola e confiando mais nele?
E aquela cena do beijo que aparece
na sinopse? Eu imagino que deve ser só uma lembrança do Cebola, algo a que ele
se apega para não esquecê-la de vez. Parece com a cena da ed. 34 onde eles se
beijaram pela última vez depois que o Cebola estragou terminou tudo.
Vocês devem ter notado que
fiz algumas mudanças no visual do blog. Mudei as cores, umas coisinahas aqui,
outras ali e reduzi o tamanho da imagem de capa do blog porque antes estava
muito exagerado. Espero que tenham gostado. Também tem png novo e quebra
cabeça.
Quando terminei de ler a ed. 92, fiquei tipo... meldels, e
agora? Como é que vou conseguir fazer a crítica? Sim, porque uma história como
essa, com tantos detalhes, voltas e reviravoltas precisaria de pelo menos dois
posts para cobrir cada coisa que aconteceu. E vocês sabem que eu falo bastante!
Gostaria de falar primeiro de uma coisa que eu realmente
gostei na história: a forma como as perguntas foram sendo respondidas. Às vezes
vejo uma história que é assim: o autor levanta um mistério, faz aquele suspense
e no final dá uma solução tipo “vou acabar com essa porcaria de qualquer
jeito”. Felizmente não foi esse o caso da saga.
Ficou muito bom o início de todos aflitos com a Magali descontrolada
e como Penha resolveu tudo com um tratamento de choque do seu olhar do
desprezo. Eu não sabia que podia haver um lado bom para esse poder que pode ser
destrutivo. E isso mostra também que a Magali é mais forte do que a gente
pensa, caso contrário ela não teria conseguido superar.
Agora, parece que tem um errinho
de seqüência nas imagens, embora seja algo sem importância. Quando Magali diz
ao Cascão que está bem, seus cabelos estão soltos. Mas quando ela agradece a
Penha, os cabelos estão presos num rabo de cavalo. Depois, na na pag. 17, seus
cabelos estão soltos novamente e só no primeiro quadrinho da pag. 18 ela os
prende com um elástico. Pode ter sido algum erro do desenhista.
Para mim foi um tanto assustador ver essa nova Magali forte,
poderosa e que tinha eliminado tudo o de frágil e delicado de sua
personalidade. Mas cá entre nós, achei fofo ver o Cascão babando por ela
(Cascuda que se cuide!).
Outro momento de grande tensão foi quando a tal da Venerusa
apareceu (o visual dela por si só já nos deixa sem palavras. Simples e assustador
ao mesmo tempo). o Dr. Stavros ainda insiste em manter seu ceticismo cego, mas
parece que aos poucos essa barreira vai caindo a medida que ele é confrontado
com os fatos. E o primeiro deles é a confissão forçada de que ele sabia o tempo
inteiro qual era a verdadeira identidade do seu Samir.
Só não gostei muito da Magali ter
acordado antes que o Cascão pudesse lhe fazer um boca-a-boca. Que maldade,
gente!
E como as revelações bombásticas não param de aparecer,
também descobrimos do que se trata a torre inversa, segredos ocultos do
hospital e também os planos daquela turma do seu Malacai. Curioso essa
organização se chamar Casa de Asclépio, um deus que leva um bastão onde tem uma
serpente enrolada. Vocês devem ter visto a estátua dele na ed. 91, pagina 105.
Interessante também foi falarem em Casa de Alclépio e Casa
de Hécate, que era uma deusa associada à lua. O poder da Magali vir da casa de
Hécate faz sentido, mas fico pensando por que a turma dos reaças liderada pelo
Malacai tinha adotado o nome do deus da medicina. Será que eles acreditavam que
podiam “curar” o mundo e por isso adotaram esse nome? Ou será que não teria por
aí alguma bruxa ou bruxo da casa de Aclépio? Será que existem outras casas
também?
Falando em consertar o mundo, vemos aí um ponto em comum
entre os objetivos do Feio e da turma dos reaças: acabar com o caos no mundo e
instaurar a ordem.
E só eu senti um cheirinho de
facismo quando Magali falou que o objetivo verdadeiro do orfanato era doutrinar
as crianças para a nova ordem mundial?
E onde o Malacai arrumou o
mini-quadrivium? Andou fazendo algum pacto com a serpente ou tirou de outro
lugar? E onde eu arranjo um desses? Tem umas pessoas que eu gostaria de sumir
com elas.
A explicação da Magali sobre a torre inversa e cada um dos
seus círculos também foi muito legal e reveladora. Relembrem uma das falas da
Magali:
“Sim! Cada círculo afeta a mente
das pessoas de uma maneira única. É como uma doença infectando nossas almas...
trazendo à tona as nossas maiores falhas como seres humanos!”
Logo depois ela fala sobre o primeiro círculo, onde era o
limbo e talvez isso explique a aparição da Melissa. Na divina comédia o inferno
é descrito como tendo nove círculos e o primeiro deles é o limbo, para onde vão
as crianças e as pessoas boas e que não foram batizadas e não seguiam o
cristianismo. Nesse círculo elas vivem na escuridão (isso porque foram
boazinhas, né?).
Depois fala do círculo da paixão e aqui já temos uma dica de
que o romance da Denise com o Cebola não tem futuro. E a fala dela, de que esse
círculo cria amores absurdos já diz tudo: o sentimento deles não era real. Tudo
aconteceu por influencia do tal circulo da paixão. Vocês notaram que mesmo sob a influência desse círculo, o Cebola ainda se preocupava com a Mônica? Pois é!
Boa explicação, né? Assim tudo
pode terminar sem grandes traumas ou brigas e os cebônicos podem dormir em paz
sabendo que nunca houve sentimento verdadeiro entre eles. Sem falar que fazendo
assim não vai atrapalhar as histórias dos outros roteiristas. Eu falei que no
final o Emerson ia resolver tudo.
E também ficamos sabendo o que eram os tais nove desafios do
Cascão. Caramba, todo mundo errou feio, hein? Sim, porque pensávamos que esses
desafios já tinham começado na ed. passada e que eram coisas simbólicas que só
iam fazer sentidos no fim da saga. Eu não imaginava que era algo literal, que
eles iam percorrer a torre inversa nível a nível e em cada um teriam os nove
desafios.
Surpresa mesmo foi quando eles entraram de novo nas
lembranças do Feio e finalmente é confirmado que a menina perversa se chama
Agnes. Nessa parte ficamos sabendo como os pais dela morreram e de onde veio
seu medo de doenças. Ainda assim fica o mistério: se naquela época ela tinha a
mesma idade do Feio, por que nos gibis, onde ele aparece como adulto, ela ainda
era adolescente?
Outra pergunta: por que só ela estava no túmulo dos pais?
Cadê o Boris? Pelo que sabemos, ele não morreu. Caso contrário ela teria falado
dele também. Será que foi levado pela Viviane? Fugiu para outro lugar? Foi
adotado por alguém enquanto Agnes ficou para trás? Acho que isso ainda vai
render bastante em histórias futuras.
Como sabemos que o próximo
cavalo é o da fome, a história onde ele aparece vai ser protagonizada pela Magali
e é certo que a Agnes vai aparecer. Aliás, eu não duvido nada que ela seja o cavalo
da fome. Por quê? Primeiro, vocês repararam a marca de Ior no livro que ela
estava segurando? Pois é. De alguma forma, pode ser essa a razão de ela não ter
envelhecido no mesmo ritmo que Bóris e o Feio.
Segundo: lembram da história
sombrinhas do passado? No fim da história, Agnes aparece com aquele fantasma
assustador atrás dela prometendo acabar com a felicidade de todos. Pode
ser esse o próximo cavalo: alguém que vai sugar toda a felicidade, “devorar” a
luz e sugar a alegria das pessoas até deixar somente escuridão. Só um palpite,
claro, mas acho que faz mais sentido ela ser o cavalo do que a Viviane. Sem
falar que nessa historinha do gibi ela também leva um livro de capa preta igual
ao que segurava quando chorava pelos pais no cemitério. Só não deu para ver a
marca de Ior porque os braços dela cobrem.
Voltando a história, eu já imaginava que o Feio tinha sido
adotado pelos avós do Cascão, logo não foi assim uma surpresa. Foi bem dramático
o garotinho tentando se desculpar com Agnes, sem sucesso. Muito difícil alguém
perder ambos os pais e ficar sozinha no mundo.
Outro mistério que ficou no ar: onde Penha viu as cruzes que
pareciam a marca de Ior? Isso não foi esclarecido, embora eu tenha um palpite de
que ela tenha visto isso no livro que Agnes sempre carregava.
Ainda nas lembranças do Feio, vocês
repararam que a letra “P” da camisa do garoto ficou meio apagada de forma a
parecer um “F”?
Uma coisa que eu realmente gosto nas histórias do Emerson é
que ele alterna momentos engraçados com terror e suspense. Então claro que ele
não podia deixar de fazer piada com a imortalidade do Cebola. E parece que ele
gostou mesmo de morrer, viu? Sei lá, deve ser muito agradável (SQN).
Também não posso deixar de mencionar a conversa deles
naquela caverna onde cada um enumera sua bizarrice particular, deixando o
doutor espantado com a facilidade com que eles lidam com aquela situação
maluca. Detalhe para Penha mencionando Agnes como sua melhor amiga. Pobre
Sofia... se bem que para mim foi surpresa Penha ser capaz de ver alguém como
amiga.
Mas infelizmente o momento de tranqüilidade e descontração
deles não durou muito porque Melissa aparece de novo para confundir a cabeça do
Dr. Stravos. Caramba, eu fiquei com uma pena danada dele, coitado. Quer dizer,
ele viu na sua frente a irmã que morreu tempos atrás e deve ter sido difícil
aceitar que ela podia não ser de verdade. Tanto que no fim ele acabou aceitando
o sobrenatural como uma forma de esperança, querendo acreditar que era possível
que aquela garotinha fosse mesmo Melissa e não somente uma ilusão.
Curioso é que essa parte não chegou a ser esclarecida porque
a menina sumiu e não sabemos o que aconteceu quando o doutor foi atrás dela
porque eles foram transportados para a última parte esclarecedora das memórias
do Feio. E aí chegamos naquela parte que aparece nos gibis onde ele ganha seus
poderes de sujeira. No gibi, falam que ele ficou assim porque aspirou poeira
das revistas velhas, mas agora, na versão adolescente, nós temos meio que a
história completa, o que aconteceu de verdade e não podia ser falado numa
história para crianças.
Eu gostei muito porque intercalou o passado com o presente,
explicando mais detalhadamente a origem do Capitão Feio. Deu até uma dorzinha
no coração ver uma pessoa tão boa se transformando num vilão sujo no sentido
figurado e literal. Ainda mais porque ele sempre foi muito próximo do Cascão.
Se bem que nos gibis, de vez em quando, o Feio mostra alguma afeição por ele e
até quis adotá-lo algumas vezes.
Mas vamos parar de enrolar e ir direto a batalha final, que
foi de arrepiar os cabelos. Primeiro a gente leva um susto achando que Penha
traiu todo mundo, depois vem a reviravolta e descobrimos que tudo era só um
plano. Genial, não? E surpreendente também, porque mostra que ela é capaz de
ser leal quando quer. Eu realmente gostei da atuação dela nessa história, muito
diferente da chata mimada e antipática da ed. 90. Parece que ela evoluiu um
pouco também e o fato de ter ido embora sem querer prejudicar a Mônica para mim
foi um milagre.
Só fiquei curiosa em saber de
que forma ela ia ajudar o Feio a restaurar a ordem no mundo. Se bem que o
conceito dele de ordem é bem estranho para mim. Quer dizer, desde quando
emporcalhar o planeta inteiro e encher de insetos é deixá-lo em ordem? Eu heim!
Prefiro o caos limpinho.
E foi interessante também saber de onde veio o termo “cavalo
vermelho da guerra”, coisa que eu estranhei um bocado ao ver a Penha falando
isso na ed. 52. O chato é que não tem histórias nos gibis mostrando esse lado
da Penha que causa confusão com as outras crianças.
A parte final, onde Cascão absorve os poderes do Feio foi
excelente por causa de tantas reviravoltas. Penha traidora, Penha na verdade
ajudando a todos, Cascão caindo na armadilha dos insetos e ficando perverso, as
falas da Creuzodete finalmente fazendo sentido...
Rapaz, foi bem assustador ver aquele Cascão malvadão
querendo tocar o terror em todo mundo. Principalmente porque ele sempre foi
muito gente boa e isso mostra como as sombras podem corromper a alma de uma
pessoa a ponto de ela perder toda bondade dentro de si.
Também descobrimos quem é o inimigo que acabou se
transformando em grande aliado. Então de certa forma acertei quando antes que o
Cúmulus poderia acabar ajudando de algum jeito. Só achei uma pena o confronto
entre eles ter durado tão pouco porque o maluco logo absorveu a sombra líquida,
endoidou o cabeção, tomou sol e queimou todo. Será que ele morreu de vez ou só
evaporou? Se a sombra líquida queimou o corpo dele, então a parte feita de água
pode ter transformado em vapor e fugido. De qualquer forma, ele foi uma ótima
solução, talvez um deus ex-machina que no final resolveu tudo.
E assim tudo se resolve. Os poderes da Magali são trancados
novamente, embora eu tenha ficado triste pensando se isso foi para sempre já
que o Cascão destruiu as células que davam acesso a esse poder. Tomara que haja
algum jeito de reativá-los novamente, seria um desperdício muito grande a
Magali perder esses poderes para sempre, ainda mais agora que ela conseguiu ter
controle sobre eles. Sem falar que a atuação dela e a forma como usou seus
poderes ficou na medida certa. Nem de mais, o que a tornaria uma apelona, nem de
menos, o que ficaria sem graça.
Ah, eu também notei uma coisa:
por que o Cascão só se preocupou em neutralizar seus poderes ao invés de tentar
matá-la? Teria sido muito fácil romper algum vaso dentro do cérebro dela lhe
matado na mesma hora. Sem falar que quando ela desmaiou, ele apenas a deixou em
paz e foi atrás dos outros. Será que não havia algum restinho de sentimento
dentro dele que o impediu de fazer algum dano maior?
Também fiquei aliviada porque os
agentes da DI.NA.MI.CA. não desintegraram todo mundo, só tirou as pessoas dali.
Isso quer dizer que se tivessem alcançado Denise, Cebola, Sofia e Penha, eles
teriam sido tirados do hospital sem maiores dramas. Se bem que foi melhor eles
terem ficado, né? Ainda assim ficou o mistério do tal octaedro das sombras e
sua finalidade.
Agora tem uma coisa... o Cascão
disse que os agentes derrotaram a Minie Ranheta que tinha virado verme gigante,
prenderam o Necrotauro... mas cadê a Venerusa? Ela não foi mencionada e nem
apareceu sendo presa pelosa agentes. E sei lá, achei bem triste eles não terem
voltado ao normal. Tipo, vão ficar como monstros para sempre? E o que aconteceu com o zelador? Foi morto? Raptado? Mandado para o povo das sombras? Ou ele vai render mais alguma coisa no futuro, ou então o Emerson quis deixar essa parte para a nossa imaginação mesmo.
Pelo menos o romance da Denise e
do Cebola acabou de forma tranqüila. Foi algo para apimentar mesmo, dar emoção
e trolar com um bocado de gente. Eu gostei, achei bem legal e por mim eles até
poderiam ter continuado juntos, mas isso ia complicar um pouco as coisas, né?
Ah, e eu até posso ver os cebônicos fazendo dancinha da vitória quando esse
romance acabou. Especialmente porque tudo aquilo que o Cebola disse sobre ter
desencanado da Mônica pode ter sido influencia do círculo da paixão. Logo, ele
ainda a ama e quer reconquistá-la. Sim, pessoal, podem dançar e comemorar a
vontade.
Meldels, meldels... se eu for
falar tudo o que aconteceu na história, o post vai ficar quilométrico. Mas não
posso deixar de dar os parabéns ao Emerson pela forma como a história se
desenrolou. Ficaram muitas perguntas no ar, descobrimos por exemplo que
explodir o planeta Tumba não foi assim boa idéia porque libertou a serpente e
um monte de coisa ruim junto com ela. mas enfim... não teve outro jeito. Pelo
menos sabemos como a Menina do Lago escapou e podemos apostar que a
caipirotazinha vai aparecer de novo. Será que vai rolar uma reunião dos cavalos
do apocalipse? Vai ter festa com caipirinha e bolinha de queijo?
Agora falando sério, gostei de
como as coisas foram se resolvendo de forma natural, sem forçar a barra e sem
inventar soluções toscas. O que não foi respondido, já sabemos que são
mistérios que ficarão para o futuro, então não podemos falar que são fios
soltos. E o bom dessa saga são esses mistérios que mantém nosso interesse. Que
graça teria se tudo fosse resolvido de uma vez? O que sobraria depois?
Outra coisa de que gostei muito
foi o Emerson ter usado edições passadas para servir de base para a história
atual. Ele usou a ed. 49 para relembrar quando Cascão herdou os poderes do Feio
e ressaltar que os poderes sujos desprezam hospedeiros fracos. E usou a ed. 73
quando o Feio foi preso pelos agentes e ainda deu continuidade ao mostrar o que
aconteceu com ele depois. Sem falar que acabou soltando o vilão e o devolveu
novinho em folha para que os outros roteiristas possam usá-lo no futuro.
Depois dessa, acho que ninguém vai
poder falar que a saga do Emerson ocorre em uma realidade alternativa. Primeiro
porque a viagem a Sococó da Ema foi mencionada na ed. do circo macabro. Isso não
teria acontecido se a saga do fim do mundo ocorresse num mundo diferente. Agora
porque foram mencionadas edições passadas e elas foram ligadas a saga de forma
perfeita, como se dessem continuação e sentido ao que aconteceu lá atrás. Inclusive
adorei o jeito como o Emerson usou os agentes da DI.NA.MI.CA. Uma ótima idéia
que a Petra teve e pode render ótimas histórias no futuro.
Mas o meu maior elogio vai para a
forma como o Capitão Feio foi trabalhado. Sério, depois dessa saga eu passei a
vê-lo com outros olhos. Ele ganhou mais profundidade, agora sabemos sua
história completa, tudo o que o levou a ser o que é hoje e também as razões
para ele querer sujar todo o mundo. Da próxima vez que lermos uma história com
ele, já saberemos o motivo das suas ações e achei isso muito legal.
Só que
eu fiquei com algumas perguntas. Lembram quando o Feio perdeu seus poderes na
ed. 49? Mesmo sem poderes ele manteve sua personalidade e ainda lutou para
recuperá-los. Quer dizer, ele perdeu os poderes, mas manteve sua ruindade. Na
ed. 92, quando Magali tirou seus poderes, ele voltou a ser o que era. A não ser
que Cascão tenha conseguido curar alguma coisa dentro dele que acabou com
aquela ruindade.
Mas
ainda assim ficou estranho porque o Feio voltou a ser mau quando absorveu os
poderes de novo e isso sem nenhuma sombra líquida. A explicação pode ser que a
maldição foi direcionada a ele, logo é a cabeça dele que muda com os poderes
enquanto o Cascão precisou engolir sombra líquida para ficar perverso.
Bom, essa foi a crítica do mês,
espero que tenham gostado. Eu sei que falei demais, só que nas histórias do Emerson é difícil falar pouco porque são muitas coisas que acontecem ao mesmo tempo, cenas que se intercalam, mistérios, detalhes... fica difícil resumir tudo isso em poucas palavras.
Para mais opiniões, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem. É um grande vídeo com a crítica de todas as edições dessa grande saga:
Hoje nós temos um Top 10 melhores fantasias. Eu fiz uma revisão pelas edições e escolhi as 10 fantasias de que mais gostei na TMJ.
1 - Carmem, TMJ#09 - O príncipe perfeito
Acho que a onomatopéia já diz tudo: TCHANS! Cabelos esvoaçantes, tiara, um lindo vestido... acho que não tinha como a Mônica competir com esse figurino. Na verdade é um cosplay que faz referencia ao jogo The Legend of Zelda, mas que ficou lindo, ficou.
Confiram a crítica dessa edição aqui: Nostalgia: Ed. 09 - O príncipe perfeito
2 - Toni, TMJ#35 - Baile à fantasia
O sujeito não vale nada, mas arrasou na sua fantasia de Alucard do jogo Castlevania. Uma pena o Cebola ter arrancado a peruca dele porque a fantasia ficou quase tão boa quanto o original. Cheguei a pensar que fosse o Alucard do anime Hellsing (que aliás, eu gostava muito), mas uma boa pesquisa no google resolveu tudo.
3 - Mônica, TMJ#39 - Histórias de arrepiar
Que tal uma fantasia mais gótica e vampiresca? Achei que a capa deu um efeito mais dramático, juntamente com a tiara com asinhas de morcego. A bolsinha em forma de caveira deu um ar mais “Monster High”.Eu adorei o visual e verdade seja dita: a Mônica realmente sabe como fazer uma fantasia de qualidade. Suas roupas do dia a dia podem ser uó, mas as fantasias sempre arrasam.
4 -Cebola, TMJ#35 - Baile à fantasia
Eu gostei dessa fantasia porque ficou muito elegante, talvez um Tuxedo Mask mais elaborado e refinado. Foi uma boa idéia usar esse tipo de fantasia para fazer par com a Mônica, já que a dela lembrava um pouquinho a Sailor Moon.
O símbolo do naipe de espadas no topo da máscara foi um detalhe elegante, discreto e bonito. Uma curiosidade: vocês sabiam que de acordo com o tarô, o naipe de espadas está ligado ao elemento ar? Esse elemento representa as faculdades da mente, a expansão, a energia das idéias em movimento. Interessante considerando que na ed. dos monstros do ID, o elemento do Cebola era o ar.
5 -Magali, TMJ#35 - Baile à fantasia
Ainda na ed. 35, temos Magali arrasando na sua fantasia de gatinha (ah, se o Felícius visse...). Combina bem com o seu lado gateira e sai um pouco do lugar comum já que normalmente ela se veste de bruxa.
6 -Cascão, TMJ#63 - Dia das bruxas
Preparem-se para morrer de rir com Cascão, a alegria da festa, o miseravão solto na vala! Fantasia de zumbi não é exatamente original para ele, que já usou algo parecido na ed. 39, só que essa é bem mais elaborada com direito a perebas, correntes e um machado na cabeça.
Pergunta: seriam as perebas alguma referencia ao cavalo da Decadência? Na saga da Torre Inversa, o Feio aparece todo perebento. Mistéeeerio!
Seria uma blasfêmia não mencionar a fantasia de Harley Quinn da Denise. Vocês repararam que ela já usou três versões dessa personagem? Uma foi na ed. 35, a segunda na 63 e a terceira na 88. Mas a meu ver, essa ficou a mais bonita e bem a cara dela.
8 -Mônica, TMJ#35 - Baile à fantasia
O que eu gostei nessa fantasia? Tudo! Bem elaborada, criativa, diferente das outras e com clara referencia a saga “O brilho de um pulsar” onde ela quis representar a princesa Mimi, garota forte e decidida assim como ela.
A cereja no bolo foi a transformação durante sua atuação durante o concurso, o que deixou a fantasia ainda mais bonita e também glamorosa, mostrando que ser guerreira e princesa não são coisas excludentes.
Detalhe para a fala final dela, onde diz que esperar quem ama a torna mais forte e tem esperança de que os dois possam ser mais fortes juntos. Mas parece que a vida (e a direção da MSP) quis diferente.
9 -Magali, TMJ#63 - Dia das bruxas
Não podemos esquecer a fantasia da Magali na ed. do dia das bruxas, onde ela mostrou que é uma destruidora e veio para lacrar geral. Sim, a Magali poderosa, diferentona, que samba na cara dazinimiga, que arrasa e condena três vezes três a prisão sem muros. Ai de quem mexer com ela!
10 -Xaveco e Denise, TMJ#88 - Somos todos nerds
Sei que muita gente está torcendo para #cebonise, mas ainda acredito em #xavenise apesar de tudo. Só mesmo um coração de pedra para não achar fofo ver os dois de mãozinhas dadas saltitando alegremente pela Comic Con. Detalhe para o coraçãozinho saindo do Xaveco. Uia!
Atrasou um pouquinho, mas finalmente o Canal Opinião Turma da Mônica Jovem lançou a crítica da CBM 28. Não deixem de conferir!
Se quiserem reler a crítica, fiquem a vontade: CBM#28: Em nome da honra - Críticas
Sabe aquele tipo de tarefa
que a gente não está com vontade de fazer, mas acaba tendo que fazer mesmo
assim? Pois é. Assim tem sido eu com as críticas da CBM ultimamente. Não é que
a história desse mês tenha sido ruim, mas sei lá, não me empolgou muito.
Quer dizer, o Chico participa
de um experimento maluco, é encolhido e vai passar um tempo com as formigas.
Até me lembrou um pouco aquele filme Lucas, um intruso no formigueiro. Só que o
filme foi bem melhor. Já a história...
Para começar eu já achei
estranho as formigas parecerem com as pessoas que o Chico conhece. Tipo
assim... formiga devia ter cabelo? Tá, deixa quieto. O restante, pelo menos uma
parte, foi assim meio clichê. Formigas desconfiando do Chico, o conselheiro
traíra tentando manipular a rainha contra ele já que suas intenções reais são
de dominar/destruor/whatever, o Chico acaba ganhando a confiança das formigas
com o tempo, ajuda a vencer uma guerra, fica amigo delas e volta para casa
feliz da vida. Fim.
Mas para não dizer que eu não
gostei da história, vou dar um ponto extra pela reviravolta do prof Ernano que
parecia bem intencionado no início e depois mostrou que também era outro
traidor. Essa parte até que me surpreendeu.
Se bem que eu achei bem
estranho ele querer dominar o mundo usando insetos. Tipo assim, como ele
pretendia derrubar governos e dominar países só usando insetos? Como força de
combate não serviriam para alguma coisa porque poderiam ser mortos com inseticidas.
A não ser que ele usasse o controle sobre os insetos para causar crises,
devorar colheitas, talvez espalhar doenças (no caso dos mosquitos), coisas do
gênero. Aí até que poderia ser. Ainda assim seria inviável colocar um chip nas
costas de cada inserto porque a quantidade é grande demais, enorme. Mesmo que
os próprios insetos aprendessem a fazer implante uns nos outros, isso ia levar
muito tempo.
E não ficou muito claro como
ele fez aliança com os cupins. Será que encolheu a si mesmo e falou com eles?
Propôs algum acordo? Essa parte eu devo ter perdido.
Também achei legal as
alianças dos insetos tipo o tal pacto das cinco sombras e a aliança da terra
embora não tenha achado assim muito bacana dividir os insetos entre bons e
maus. Quer dizer, quem decide quais são bons e quais não são? Insetos não são
bons e nem maus, são apenas o que são e cumprem seu papel na natureza. Os
humanos é que prejudicam o equilíbrio e avacalham com tudo.
E também gostei da parte da
guerra porque teve muita ação, dinamismo, luta e também adorei terem colocado
um exército de formigas fêmeas. Acontece o seguinte: na verdade, num
formigueiro todas as formigas são fêmeas. Os machos só existem para copular com
a rainha e mais nada. Todo o resto do trabalho é feito pelas fêmeas, desde
procurar comida até defender o formigueiro (houve sim um errinho ao colocar os
equivalentes do primo Zeca e Zé Lelé das formigas porque machos não deveriam
ser operários, mas entendo que foi necessário para a história).
Normalmente teriam representado
essas formigas-soldado como machos, ignorando que na realidade são fêmeas.
Então fico feliz que o roteirista não tenha sido contaminado pelo machismo
nessa hora e tenha representado as formigas guerreiras do jeito certo. gostei
também da rainha forte e independente que sabe se cuidar porque também já foi
guerreira.
Apesar de não ter me
empolgado, confesso que gostei de algumas coisas da história e achei legal o
lance educativo de mostrar como é a sociedade das formigas (ainda que de um
jeito bem fantasioso), exaltar sua organização e trabalho em equipe, passando a
mensagem de que também podíamos aprender uma coisa ou duas com os insetos.
A próxima edição vai
acontecer na praia. Legal, eu acho. O preview não revelou muita coisa e até o
momento não vejo grandes promessas para essa história. Talvez alguma intriga,
alguma coisa que ameace o ecossistema da praia, talvez alguém querendo
prejudicar o tal do projeto ambiental.
Histórias assim costumam
sempre ter um empresário ganancioso que quer acabar com quaisquer projetos
ambientais porque prejudicam seu negócio de alguma forma. Pode ser uma
construtora querendo fazer um hotel/parque aquático/resort em alguma reserva,
ou uma empresa que pratica a pesca predatória, alguém querendo lucrar mesmo que
isso prejudique o meio ambiente, algo assim. Não me parece muito promissor, a
não ser que o tal empresário ganancioso seja aquele vilão trevoso que apareceu
na ed. dos zumbis infectados. Aí sim pode ser uma história legal.
No resto, acho que vamos ver
o Vespa disputando a atenção da Fran, Genesinho se exibindo feito idiota,
Bombeta endoidando o cabeção com as garotas na praia, talvez o Chico salve a
vida de alguém prestes a afogar, ou então um concurso de surf... coisas do
gênero. Vamos ver como vai ficar essa edição e tentarei não demorar muito com a
crítica.
Antes que me esqueça, eu já
li a TMJ 92, mas a crítica vai sair só no dia quinze porque tem spoilers e não
quero estragar a leitura de ninguém.
Para mais opiniões, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem: