sábado, 28 de março de 2015

O Emerson está transformando o Cebola em vilão?

11:57 46 Comentários
Depois do meu post anterior O Cebola é um vilão? surgiu outro questionamento de que o Emerson é quem está vilanizando o personagem. Bem... eu sei que as histórias do Emerson não são unanimidade. Tem leitor que adora, tem leitor que detesta. Mas no geral todos ficam satisfeitos porque também temos as histórias da Petra e do Cassaro, que trazem variedade.

E querem saber de uma coisa? Eu adoro as histórias do Emerson. Também tem uma quantidade enorme de fãs que adoram e a movimentação do facebook dele prova isso muito bem. Dentro do que é proposto, as histórias dele são ótimas. Podem não ser perfeitas, isentas de defeitos e furos porque isso é muito difícil. Mas dentro do possível, elas são sim muito boas.


“Ain, mas o Emerson está transformando o Cebola em vilão.”

Eu já expliquei em post anterior que a idéia de que a MSP está transformando o Cebola em vilão simplesmente não faz sentido. Na saga dele eu digo a mesma coisa.

“Ain, mas na ed. 79 o Cebola destrói o futuro.”

Na ed. 48 também e ninguém ficou de mimimi-mómómó por causa disso. Nesse caso foi pior porque ele fez isso sem usar máscara nenhuma.

No meu post anterior eu expliquei isso muito bem explicadinho, mas vou tentar detalhar mais aqui:

As máscaras da Berenice fizeram com que os espíritos perdessem o lado humano, os sentimentos e a empatia pelas pessoas. Uma pequena explicação que pode ser meio chatinha, mas a meu ver é necessária.

A mente humana é dividida em Id, Ego e Superego. ID vocês conhecem. O Superego representa os valores e normas sociais. É nele onde estão os conceitos de certo e errado, moral e imoral que a gente vai aprendendo ao longo da vida. Quando fazemos algo errado, o Superego nos pune com o remorso e peso na consciência. Ele também procura inibir os impulsos do ID e nos levar a um ideal de perfeição. Já o ego meio tenta conciliar as duas coisas, mas explicar isso aqui é desnecessário.

Saindo um pouco da psicologia e entrando num campo mais transcendental, dizem que também temos um eu superior. É meio difícil definir o que significa. Dizem que é o nosso “Ser Maior”, a verdadeira Luz que cada um “é” ou “deveria ser”. Também chamam de Cristo interno e é nele onde fica nossa sabedoria, capacidade de amar, ter empatia, compaixão, solidariedade e nos empurra em direção ao crescimento tanto pessoal como espiritual. Claro que isso vai depender das crenças de cada um, porque a existência do eu superior está ligada a existência da alma e nem todos acreditam nisso.

Pois bem. Com base nessa explicação, o que aconteceu com a turma quando eles colocaram as mascaras da Berenice? NA MINHA OPINIAO PESSOAL (que não é infalível e pode não estar correta), essas máscaras bloquearam o superego deles (aquele que nos deixa de acordo com os conceitos de certo e errado dados pela nossa sociedade). Em um sentido mais espiritualista, essas máscaras também bloquearam o eu superior deles, tirando os sentimentos de compaixão, empatia e amor ao próximo.

Isso aconteceu com a Mônica, Cascão e até com a meiga e doce Magali. Então era de se esperar que acontecesse com o Cebola também. Isso explica, inclusive, por que ele mandou um exército para eliminar a Mônica e as outras garotas. Essa parte do Cebola, sem o superego e o eu superior, não tinha mais nenhum sentimento por ela.

Uma vez que a máscara bloqueou seu superego e o eu superior dele, então não havia mais nada que pudesse detê-lo. Todos nós temos um lado sombrio ou o ID. Só que esse lado não nos domina totalmente por causa do nosso superego. No caso daqueles que colocaram a máscara da Berenice, o superego (e certamente o eu superior) foi bloqueado. Sem ética, sem empatia, sem consciência moral, sem compaixão. Está dando para acompanhar até aqui? Alguma dificuldade? Não? Beleza.

Aquele Cebola malvado do futuro era apenas o lado sombrio dele que, sem o superego avaliar o que era certo ou errado, estava livre para se manifestar sem nenhum tipo de limite ou controle. E sem o eu superior, também não havia compaixão nem empatia pelas pessoas a quem ele prejudicava. É como se o ID dele tivesse ficado livre para agir, sobrando apenas uma criatura que agia somente visando seus interesses sem nenhum tipo de consciência pelo próximo. Basicamente, um psicopata.

Conclusão: aquele vilão futuro não era o Cebola em sua totalidade. Era apenas o seu lado sombrio e ganancioso agindo livremente sem nenhuma consciência para controlá-lo. Está aí a minha explicação para a suposta “vilania” do Cebola nas histórias do Emerson.

Quando falaram dos defeitos dele em Umbra, falaram desse lado sombrio, o ID, coisa que todo mundo tem e o Cebola não é exceção. Mas isso não quer dizer que ele estava sendo vilanizado ou colocado como um sujeito perverso e totalmente distante da luz. Alguém precisava dizer a verdade para ele, fazê-lo cair na real e perceber seus defeitos de uma forma mais profunda e consciente. 

O mais engraçado é que nas ed. 51, 52 e 63 o Emerson fez o Cebola ter uma personalidade bacana. E mesmo em Umbra, ele mostrou ter consciência dos seus atos, chorou, se arrependeu, entendeu que tinha feito coisa errada e até se sacrificou para salvar o mundo da Berenice. Mas isso ninguém viu, né? Ou no máximo apontam apenas como uma contradição, como se uma pessoa fosse somente boa ou má, nunca as duas coisas.

É como dizem por aí: temos luz e trevas dentro de nós. O Cebola tem trevas dentro dele sim (Mônica, Cascão e Magali também tem), mas isso não o transforma em vilão porque ele escolheu seguir a luz, escolheu arrepender, ter consciência dos seus atos e pensar nas outras pessoas. Sabe, as vezes acontece de um personagem fazer algo errado e arrepender sinceramente. Meldels, isso não é coisa do outro mundo, não tem nada de sobrenatural, estranho, absurdo ou contraditório. O Emerson não é o primeiro roteirista da história da humanidade a fazer esse tipo de coisa.

Se é intenção da MSP fazer o Cebola trilhar um caminho para a melhora e evolução, então nada mais
normal do que mostrar o lado ruim dele primeiro. É preciso que a pessoa tenha consciência desse lado sombrio e do que pode acontecer caso ele se manifeste sem controle. Se não tivermos consciência desse lado, não seremos capaz de controlá-lo. A pessoa deve conhecer esse lado, entender, se harmonizar com ele. Só assim ela poderá romper com essas sombras e evoluir.

Claro que a saga dele ainda está no começo e eu não sei quanto tempo vai durar. Muita coisa pode acontecer. Mas fiquem tranqüilos que o Emerson não vai destruir a TMJ e nem levar a MSP a falência. Ele não está estragando nada, está acrescentando, complementando e dando diversidade que a revista precisa. As histórias dele têm humor, emoção, suspense, coisas que nem imaginamos ver nas histórias dos outros roteiristas.

E vamos lembrar de uma coisa: todo roteiro produzido, seja do Emerson ou de qualquer outra pessoa, tem que ser aprovado pelo Maurício. Então saibam que o Maurício leu as histórias dele e viu tudo o que foi feito com o Cebola. E mesmo assim aprovou. Roteirista nenhum publica a história sem aprovação dele, tenham isso em mente.

Tenham em mente também que o Maurício foi responsável pela criação da turma da Mônica, um ícone nacional que faz sucesso há 50 anos. Ele também é responsável pela criação da TMJ, uma revista que chegou a desbancar a DC Comics. Nenhuma lambança ou time sem capitão teria chegado tão longe e acho que o Maurício deve saber uma coisa ou duas sobre história em quadrinhos, certo? É como dizem por aí: avaliamos a árvore pelos seus frutos. 

Com base nisso, eu confio sim no julgamento do Maurício. Claro que ele não é infalível, não é Deus e está sujeito a erros como qualquer ser humano, mas imagino que alguma experiência e capacidade ele deve ter e isso o torna perfeitamente apto a avaliar e aprovar a saga do Emerson. Sem falar que por detrás dele também deve ter uma equipe inteira. Será que são todos burros e incompetentes então?

E não vamos esquecer que foi o Mauricio quem criou o Cebola e por isso deve saber, melhor do que ninguém, o que faz ou não parte da personalidade dele. Se ele aprovou as ed. de Umbra e a 79, podemos concluir que também aprovou a forma como o Cebola foi mostrado.
Ninguém é obrigado a gostar das histórias do Emerson, então sintam-se livres para odiá-las com todas as suas forças. Mas tenham em mente que gosto pessoal não é fato e nem verdade absoluta. Só porque vocês não gostam de algo não significa que seja ruim, fadado ao fracasso, lixo, etc. É apenas algo de que vocês não gostam. Afinal, eu também não gosto de jiló e nem por isso fico achando que é algo ruim, errado, lixo ou que um restaurante pode ir a falência por servir algum prato feito com jiló. É apenas um gosto pessoal meu, mas se aparecer alguém elogiando o jiló e falando maravilhas dele, por mim tudo bem. Posso conviver com isso numa boa.  

terça-feira, 24 de março de 2015

O Cebola é um vilão?

20:16 36 Comentários


Sabe... Ultimamente tenho visto muitos leitores reclamando que estão transformando o Cebola em vilão, colocando-o como um canalha, cafajeste, etc. Será? Bem... Primeiro vamos a algumas definições. O que é um vilão?

Em filmes, livros, HQ’s, desenhos, séries e similares, o vilão é aquela pessoa do mal que faz de tudo para acabar com o herói e destruir/dominar o mundo e similares. Claro que não há uma única definição porque existem vários tipos de vilões nas histórias. Por isso, vamos nos voltar somente para o mundo da TMJ porque no geral é meio difícil definir os vilões, que podem ser bem complexos. São muitas variações que não caberiam aqui.

Na TMJ, o vilão geralmente é a pessoa que tem um objetivo e para atingir esse objetivo, é capaz de fazer qualquer coisa sem nenhum princípio ético. Um exemplo é a Cabeleira Negra que estava com o mal do espaço e para conseguir a cura, ela estava devastando e saqueando planetas com grande ferocidade, inclusive massacrando seus habitantes.

No Chico Moço, tivemos o Dr. Spam que queria construir seu ideal de mundo perfeito, mas para isso pretendia fazer tipo uma lavagem cerebral nas pessoas para torná-las suas escravas. Outro exemplo é a Bruxa Viviane que para “ajudar” sua filha, quase roubou as características principais dos quatro. 

Em alguns momentos, o vilão age pensando estar fazendo o certo, como o Dr. Tenma que na ed. 44 sem querer se aliou ao bandido porque achava que tudo seria melhor se usassem suas invenções no lugar de pessoas. Mas tem aqueles que são conscientes do que fazem como o Capitão Feio. Ele é mau, sabe que é mau e sente prazer em ser mau. Com Agnes e Penha é a mesma coisa.

Também tem a Berenice, talvez o vilão mais simpático que apareceu na TMJ porque parecia uma doce velhinha e depois mostrou que só queria mesmo destruir o mundo. Ela é um exemplo de pessoa boa que passou por uma grande dor/perda e acabou descambando para o lado negro da força.

Com tudo isso, o que podemos concluir? Na TMJ o vilão tem interesses e para atingi-los é capaz de fazer qualquer coisa sem nenhum tipo de ética, empatia pelas pessoas e respeito as leis. No geral, ele não se importa como seus atos podem afetar as outras pessoas e o planeta. Não importa se poderá ferir, prejudicar ou magoar as outras pessoas.

Qual o sentido dessa explicação? Fazer uma pergunta: baseado em tudo o que foi dito, vocês realmente acham que a MSP está transformando o Cebola em vilão?

“Ain, mas ele pisou muito na bola com a Mônica!”

Isso não o torna um vilão. Pode torná-lo um idiota, cretino, zé ruela, mas vilão nunca.

“Ain, mas ele dava de cima das outras garotas”

O Titi mais ainda e nem por isso os leitores o vêem como vilão.

Eu não estou querendo defender o Cebola, mas acontece que diferente da maioria dos vilões, ele fazia as besteiras sem intenção de magoar ou ferir. No caso de Umbra, se ele soubesse que tudo aquilo poderia acontecer, não teria feito aquela viagem. Um vilão faria de qualquer jeito sem pensar nos outros. E diferente dos vilões, era capaz de reconhecer seus erros e assumir sua culpa.

E quando seu relacionamento com a Mônica foi para o vinagre, ele enxergou seus erros (muito facilmente até) e assumiu a responsabilidade por eles. Ele realmente se arrependeu do que fez, reconheceu que Mônica tinha razão em ter acabado tudo e ficado com o DC. Se o Cebola fosse mesmo um vilão, estaria planejando uma forma de se vingar dela e isso não está acontecendo, muito pelo contrário. Tudo o que ele quer é recuperar sua confiança e reatar. Um vilão também não faria isso.

“Ain, mas estão mudando a personalidade do Cebola!”

Não. Desde os gibis o Cebola é aquele moleque sem noção que vivia fazendo planos para derrotar/humilhar a Mônica e se tornar dono da rua. Ele sempre entrava em conflito com ela. Então não faz sentido esperar que esses conflitos tenham sido resolvidos só porque ele cresceu.

Por não ter superado esse passado, ele foi o que menos amadureceu entre os quatro. Magali aprendeu a se controlar com a comida, Cascão resolveu a tomar banho e até Mônica passou a controlar melhor seu temperamento para não sair dando sopapo em todo mundo que a contrariava. Já ele apenas parou com os xingamentos, planos e pichações nos muros. Mas tirando isso, ele ainda provocava, alfinetava e também pisava na bola várias vezes. Totalmente normal considerando o passado dele.

Estranho seria se ele aparecesse totalmente amadurecido, sensato, bonzinho e perfeito sem nenhum tipo de explicação.

Também tem outra coisa: Grande parte dos gibis era centrada no conflito entre os dois, planos e coelhadas. Quando resolveram fazer a TMJ, eles tiveram que levar esse conflito para a versão jovem, mas sem os insultos e sopapos. Ainda assim, tinha que ter conflito, problemas, drama, questões mal resolvidas.

E como nos gibis os conflitos partem do Cebolinha na maior parte das vezes, então eles quiseram fazer o mesmo na TMJ. Seria muito estranho se, de uma hora para outra, eles transformassem a Mônica na parte problemática da relação sendo que nos gibis ela sempre esteve numa boa com ele (mas o contrário não era verdadeiro).

Ah, claro, tem a parte de Umbra onde falam que ele é ganancioso, manipulador, etc. e por isso atraiu a Menina do Lago. Mas isso também não o torna um vilão. Se defeitos e falhas transformassem a pessoa em vilã, então a Mônica também seria uma.

É bom lembrar que o Cebolinha dos gibis queria se tornar dono da rua e para isso fazia planos para derrotar a Mônica, algumas vezes humilhá-la (porque não basta apenas vencer, o outro tem que perder) e sempre envolvia os outros garotos nesses planos sem pensar que todos podiam apanhar no final. Mas como ele conseguia instigar os garotos a persegui-la e fazer planos? Se pensarmos bem, não há razões para garotos como Franja e Titi aprontarem com ela. O mesmo acontece com o Xaveco e o Cascão. Se eles tomavam parte dos planos, era porque o Cebolinha dava um jeito de manipulá-los, talvez com a conversa de que a rua seria melhor se ele fosse o dono. Alguma coisa familiar?

“Ain, mas ele ficou muito malvado depois que colocou a máscara!”

Sim. Mônica, Cascão e até a Magali também ficaram. As mascaras da Berenice parecem tirar a humanidade da vítima e quaisquer sentimentos que elas possam ter pelas outras pessoas. Só que diferente dos quatro, a máscara do Cebola ampliou sua inteligência de tal forma que o tornou capaz de questionar o comando da Jumenta. Afinal, alguém que quer ser um líder e dominar o mundo jamais aceitará ser um mero seguidor. E sem nenhum tipo de consciência, remorso ou empatia pelas pessoas, seu lado ganancioso falou mais alto. Simples assim.

O Cebola tem um lado negro e na saga dos monstros do ID isso ficou bem claro quando Soranin falou que ele tinha muito mais maldades em seu passado do que a Mônica. Ele mesmo reconheceu que nunca foi santo.

Mas ele também tem um lado bom e que ao longo dos anos foi se sobressaindo. Apesar de tudo ele é boa pessoa, preocupa com os outros e quer ajudar. Em muitas edições ele mostrou que é capaz de pensar nos outros, ter empatia e consideração. Um vilão não faria tal coisa e caso fizesse, seria visando somente o próprio interesse.

E finalmente, a Petra já falou que ele está passando por um processo de amadurecimento. Geralmente as pessoas não amadurecem da noite para o dia. Leva tempo, costuma ser sofrido, com muitos tropeços e recaídas. Pelo menos ele já saiu da fase “canalha”. Bom... pelo menos eu espero, né...

Por tudo o que falei, minha opinião é simples: ele não está sendo vilanizado. Mostrar os defeitos de uma pessoa por si só não quer dizer que ela está sendo apontada como vilã. Ele é protagonista, faz parte dos quatro principais. Mesmo que cometa erros e seja mostrado como um babaca, ele dificilmente será um vilão de fato.

Talvez ele possa ser visto como um anti-herói, não sei. Mas vilão com certeza não é. 

E se formos pensar bem, esse personagem está sendo até mais trabalhado do que a Mônica. Estão explorando mais a personalidade dele, dando profundidade e complexidade. O que a Mônica do futuro já fez? Camarão na moranga. O que o Cebola do futuro fez? Pois é. Bem ou mal, ele mostra ter mais impacto no futuro do que a própria Mônica. Estão explorando a personalidade dele mais do que a dela. Medos, conflitos, defeitos, sonhos, angustias... é um personagem que está percorrendo um caminho para melhorar e progredir. Um caminho cheio de erros e tropeços, mas também tem progressos e avanços. Nem a Mônica está recebendo essa atenção.

quarta-feira, 18 de março de 2015

TMJ#80: Circo Macabro - Palpites

20:00 32 Comentários



É isso aí, gente. Depois de muitas emoções e suspense nas histórias do Emerson, agora está na hora de variar um pouco com outro roteirista. Imagino que seja a Petra e confesso que estava sentindo falta das histórias dela.

Agora a história vai se passar numa espécie de circo de aberrações. Qualquer semelhança com American Horror Story (não) é mera coincidência. Para quem não conhece, é uma série de horror-drama onde cada temporada vem com uma história diferente, cada uma tendo seus personagens, enredo, começo meio e fim.

A quarta temporada dessa série se chama “Freak show” (show de aberrações em tradução livre) e se passa numa cidade chamada Júpiter, na Flórida, em 1952. Fala sobre acontecimentos ao redor de um show de aberrações e toca muito no assunto da discriminação, como as pessoas tratam a quem elas consideram “diferentes”.

Esse circo tem atrações típicas como mulher barbada, o homem fortão, gêmeas siamesas e também tem um sujeito com mãos de lagosta. Tem também um palhaço doidão que é responsável por várias mortes na cidade, mas esse não faz parte do circo.

Eu não sei até que ponto a ed. 80 vai se parecer com a série. Fiz a associação por causa da capa. Aquela figura com uma boca enorme parece muito com a entrada do circo, tirando alguns detalhes, mas não sei se esse circo também vai ser de aberrações ou se será só um circo assombrado mesmo. 



Eles vão voltar a falar da Mônica e do DC depois de darem um descanso de seis edições contando com a 79. A ed. da academia de ninja teve o DC e tudo, mas ele e a Mônica não foram exatamente os protagonistas e sim o Cebola. Agora eles vão aparecer e se divertir um pouco.

O enredo não parece ser complicado. O circo chega ao bairro limoeiro e Mônica deve ficar com vontade de ir, mas DC pensa que é uma coisa muito comum e sem graça, mas depois se empolga ao ver que o circo parece diferente, os dois se metem em muita confusão, tem um mistério que eles resolvem e fim.

Bom... essa é a opção óbvia. Pode acontecer de o circo ser mesmo assombrado, ter alguma maldição, coisa maligna ou o dono é algum malandro com algum grande golpe em mente. Se a história for seguir a série, então existe a chance de o circo ser mesmo de aberrações, mas creio que nesse caso mostrarão coisas mais leves porque na série original o bicho pega de verdade. Se for isso, talvez trate da discriminação que essas pessoas sofrem, mas é claro que o DC vai adorar e querer se aproximar porque ele gosta do que é novo e diferente.

De repente essas pessoas são maltratadas e vivem em péssimas condições, daí os dois terão que ajudá-los a derrotar o patrão ruim (o tal Sr. Dante) e ter sua liberdade de volta. Qual dos dois vai mostrar disposição de ajudar? Mônica ou DC? Imagino que seja o DC. Será que a história vai tratar mais do romance deles ou será centrada na aventura e no terror? Vai ter terror mesmo? Ou será que esse Dante rapta pessoas para colocá-las nos seus espetáculos bizarros? Já pensaram se ele resolve raptar a Mônica e o DC?

Será que eles vão brigar ou coisa parecida? Até então eles nunca brigaram feio e até seria interessante ver isso, mas claro que no final eles fariam as pazes.

Essa história parece ter um bom potencial, se for bem aproveitada. Claro que a classificação da revista não permite fazer assim muita coisa, mas seria interessante algo centrado em um show de aberrações, falar sobre discriminação, talvez mostrar que o importante não é tanto a aparência externa e sim o interior da pessoa. Caso seja mesmo um show de aberrações, poderiam mostrar o conflito entre eles e as pessoas ditas “normais” e no fim todos se entenderem. Bem... é uma possibilidade. Sem falar que seria uma história bem a cara do DC, com coisas diferentes e fora do convencional.

Ouvi dizer que a história vai ser em duas partes, mas não tenho certeza e na capa não fala nada sobre ser saga ou aventura completa. Falando na capa, até que gostei, mas estou estranhando um pouquinho as roupas do DC, que ficaram um tanto... qual é a palavra que eu estou procurando... sei lá, não ficou ele mesmo. Acho que a gente acostumou a sempre vê-lo de preto nas histórias, mas é normal ele aparecer na capa com roupas diferentes.

A Mônica ficou bonita, o cabelo está na cor certa e gostei assim bem esvoaçante. A entrada do circo parece aquela imagem do American Horror Story e confesso que fiquei meio claustrofóbica com o corredor até a entrada, me pareceu assim meio apertado e sem muitas rotas de fuga. O brilho saindo da boca da coisa indica que pode mesmo haver algo sobrenatural dentro do circo e tenho esperança de que a história seja mais aventura (e terror) do que romance. Se bem que um pouquinho de romance não arranca pedaço de ninguém contanto que seja apenas um tempero colocado na medida certa.

Falando em romance, parece que as brigas entre “cebônicos” e “docônicos” voltou a ficar acirrada depois do final da ed. 79. Uns estão felizes, outros não conseguem aceitar e entraram em estado de negação, falando que a Mônica ama o Cebola e só está com o DC por falta de opção (apesar de a Petra ter falado o contrário).

O que eu acho? Não sei dos sentimentos da Mônica pelo DC, mas imagino que sejam o suficiente para ela estar feliz no namoro apesar de ele ser meio complicado as vezes. não acho que a Mônica esteja com o DC para fazer ciúmes no Cebola ou só por falta de opção. Ela não é do tipo que namora com um rapaz sem sentir nada por ele só para não ficar sozinha. Isso seria uma total agressão a personagem. Acho sim que ela gosta do DC. Amar é meio complicado porque esse sentimento não se constrói da noite para o dia, mas se ela chegou a imaginar os dois casados no futuro, então esse sentimento deve ser bem forte. Tipo assim, geralmente mulheres não pensam nesse tipo de coisa com qualquer Zé Mané que encontraram na esquina.

Até o presente momento o DC ainda não fez nada que conquistasse minha simpatia, então por enquanto eu torço por uma Mônica sozinha, feliz, bem resolvida, focada na auto-realização e que não fica de mimimi no cantinho porque todo mundo tem namorado e ela não.

Eu particularmente achava que o namoro deles não ia durar muito, mas parece que queimei a língua (hahaha!). Pelo visto, a reconciliação da Mônica com o Cebola não será na ed. 100. Quer dizer, seria muito corrido, eles teriam que resolver tudo em menos de vinte edições, não sei se daria certo. Primeiro eles teriam que fazer o namoro dela com o DC esfriar, depois terminar, aí o Cebola teria que completar sua via crucis no processo de amadurecimento, reconquistar o coração e confiança da Mônica, convencê-la a querer reatar o namoro... é muita coisa para poucas edições.

Então parece que a centésima edição vai tocar num assunto diferente. Pode talvez ser o casamento da Mônica com o DC no futuro, ou então uma grande aventura épica da turma, o que seria melhor ainda. De qualquer forma, acho que o sonho de muitos fãs de ver o filho da Mônica com o Cebola ficou meio complicado de se realizar.

Como vocês podem ver, o visual do site foi mudado para adaptar ao tema da história. Tem png e quebra cabeça, divirtam-se!



Aqui tem os palpites do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:

domingo, 15 de março de 2015

TMJ#79: Sombras do Futuro - Críticas

19:32 68 Comentários

E aí, gente? Dia da crítica da ed. 79. Eu demorei um pouco mais para dar tempo a quem ainda não leu porque minhas críticas tem spoilers.

Olha, a história já começou com barraco, gritaria e confusão. Isso sim é jeito de se começar, não é?

Essa edição prometeu responder algumas questões que ficaram no ar e de certa forma cumpriu a promessa, embora tenha levantado outras. Mas não se preocupem. O Emerson já deixou bem claro: o que não foi respondido nessa edição, será no futuro. Vai levar um tempinho, então o jeito é sentar e esperar.

A história mostrou o futuro alternativo que motivou a volta do Xavecão e da Denise ao passado para mudar tudo. Pelo menos isso foi bem esclarecido e descobrimos como e por que eles voltaram. Descobrimos também o que aconteceu para eles terem se separados e acho que agora sabemos por que a Denise do futuro estava com raiva do Xavecão, já que ele soltou a mão dela e ela acabou ficando para trás na casa fora do tempo. De quebra, descobrimos a parte que faltava da frase que ele vivia falando quando encontrava a Denise “como conseguiu escapar da...” agora sabemos que é a casa fora do tempo.

Será que só eu adorei essa casa? Sei lá, é misteriosa, instigante. Uma coisa que com certeza deveria aparecer em outras histórias também. Na ed. 63, essa foi a parte de que mais gostei.

O futuro relatado pelo Xavecão foi realmente sombrio e tenebroso, governado pelo Cebola. Ou pelo que tinha sobrado do Cebola. Finalmente descobrimos o que o Xavecão quis dizer quando falou que ele era mais perigoso morto do que vivo. Como no passado original ninguém interferiu, ele se tornou um dos guardiões da soleira e inicialmente ficou do lado da Jumenta Voadora, mas depois se rebelou contra ela porque a máscara aumentou seu intelecto, fazendo-o pensar por conta própria e a questionar sua mestra. De certa forma tudo a ver, pois uma pessoa como o Cebola quer estar sempre na liderança, nunca como seguidor.

E, claro, mais uma vez ele ferrou com todo o futuro. Oficial: ele é uma ameaça a sociedade. Mas dessa vez acho que podemos dar um desconto porque aparentemente as máscaras da Berenice removeram os traços de humanidade do pessoal, meio que deixando só a parte fria e lógica. No caso dele, tirou quaisquer sentimentos de compaixão e ética. Sem isso, os defeitos dominaram e ele fez o que fez. Mas confesso que não entendi como ele convenceu a turma a voltar para seus corpos porque em Umbra, eles pareciam gostar de ser espíritos. Só mesmo se o poder de manipulação dele era muito grande.

O que me deixou meio bolada em determinado ponto foi a “guerrinha dos sexos” que se formou. Todas as garotas ficaram do lado da Mônica e só os rapazes ficaram do lado do Cebola. Tipo, será que os rapazes eram tão ruins assim e só precisavam de uma oportunidade para colocarem toda sua ruindade para fora? Ou será que os poderes de manipulação do Cebola cresceram a ponto de ser capaz de suplantar qualquer indício de bom senso e ética nas pessoas?

Talvez ele tivesse sido convincente demais ao dizer que o mundo ia se tornar um lugar muito melhor. Lembrem-se de que Hitler foi muito eficiente ao convencer a Alemanha de que era certo matar milhões de pessoas em campos de concentração. Mas aí vem o questionamento: é possível levar uma pessoa a fazer algo que vá totalmente contra seus princípios? Ou ela só faz porque no fundo pensa da mesma forma e só queria uma oportunidade para fazer algo que normalmente não faria por medo ou consciência? O Franja pareceu ter ficado bem ruim. Será que no fim das contas é alguém com maldade dentro de si só esperando uma chance de colocá-la para fora? Mas ainda assim essa divisão nos gêneros não se justifica muito a meu ver. Ficou como se as garotas fossem boas e os rapazes fossem maus. 

Uma coisa que me deixou assim na dúvida foi a amizade entre Magali, Mônica e Cascão ter se desfeito sendo que o mais lógico era os três se reunirem para enfrentar o Cebola. A não ser que algo mais tenha acontecido e feito com que Magali e Cascão tomassem caminhos diferentes.

E eu gostei de ver as mulheres lutando, defendendo seu lar, indo para a guerra com força e coragem. Na vida real isso acontece, mas muita gente prefere fechar os olhos, ignorar e bater o pé insistindo que isso não existe. Cada um com suas ilusões.

Claro que eu fiquei meio de lado com as armaduras, que pelo visto foram desenhadas mais para serem bonitas do que para proteger o corpo. Quer dizer, uma roupa que deixa a barriga à mostra não é muito eficiente. O inimigo pode acertar a barriga e os órgãos moles, pode quebrar costelas e danificar o pulmão. E se o pulmão for perfurado, por exemplo, a pessoa pode se afogar no próprio sangue.

As pernas também ficaram muito expostas e um golpe certeiro poderia quebrar ou causar um grave ferimento que impediria a guerreira de continuar correndo. Aliás, essa questão das roupas de guerreiras e lutadoras gera um grande debate no mundo dos jogos por causa do sexismo que existe por detrás das armaduras feitas para as mulheres que são mais para agradar aos homens do que para protegê-las. Os guerreiros não têm esse mesmo tratamento e não são obrigados a lutarem usando fio dental de ferro.

Voltando ao assunto, eu gostei bastante do protagonismo dado a Denise. Mônica ficou como líder da resistência, protegeu as pessoas, ensinou a lutar, organizou toda a luta, etc. mas isso não tirou o destaque da Denise e sua importância. E aposto que todos devem ter gostado de ver a Magali como bruxa perversa e maluca. Eu pelo menos gostei.

Imagino que ela ficou louca porque sua mente não suportou a expansão de consciência que seus poderes trouxeram. Certamente porque não havia preparo, maturidade para lidar com uma quantidade enorme de informação sem surtar. Foi bem sinistro saber que ela foi capaz de matar três pessoas, entre elas sua tia Nena que tanto fez parte da sua infância. E seu isolamento numa região congelada imediatamente fez lembrar de Frozen. Ela ficou tipo uma Elsa, só que mais perigosa por causa da sua mania de perseguição e achar que todo mundo queria roubar seu poder.

Tenso mesmo foi a Mônica ter tomado a decisão de matar definitivamente o Cebola. Quer dizer, ele já estava morto, só faltava cair mesmo. Parece que nesse futuro, muitos laços de amizade e amor foram rompidos e fiquei imaginando como devem ter ficado as famílias da Magali, Cascão, Cebola e dos outros rapazes por terem perdido seus filhos dessa forma. Bem sinistro, não?

Outro personagem que nos pegou um pouco de surpresa foi o Cascão, que pegou novamente com os poderes do Capitão Feio e dessa vez ficou mal. E ao que parece, esses poderes foram herdados. Tem uma história no gibi onde o Feio queria adotar o Cascão e torná-lo seu herdeiro. Uma pena não terem falado mais a respeito, mas já sabemos que isso será mais detalhado no futuro, assim como o caso da Magali também.

Uma coisa que surpreendeu também foi ver os rapazes transformados em ciborgues. E se voltando contra os antigos amigos de infância. O Quim foi um exemplo disso. Tipo assim, como alguém aceita ser transformado em uma máquina de guerra sem questionar? Sem falar que a parte onde ele atropela Magali por causa do portal da Marina foi dramática, porque antes eles eram namorados e no fim acabaram meio que se matando. Se bem que não sei se é possível matar a Magali porque ela é imortal, sei lá.

Outra coisa que surpreendeu foi o aparecimento do Humberto como o Silencioso. Acho que ninguém esperava isso, certo? Nem eu. Então parece que ele vai aparecer outra vez em alguma outra história por aí. Tomara, seria interessante.

A história intercalou bem momentos sombrios e dramáticos com humor, gritaria e zueira para aliviar um pouco a tensão. Sem falar que adorei a volta do Zé Beto e Crispiano.

Para quem sentiu falta de falarem mais do Cascão e Magali, o Emerson disse que os eventos que os deixaram daquele jeito ainda vão ocorrer, porque a volta ao passado do Xavecão apenas impediu que o Cebola morresse em Umbra. Então, crianças, o jeito é esperar porque vai levar um tempinho.

E ao ver o capacete do Cebola, vocês devem ter lembrado da ed. 63 onde o Franja fazia para ele uma fantasia futurista que era bem semelhante. Aí ficam várias perguntas: será só coincidência? Ou será que de alguma forma existe ligação entre Frana e Berenice? Será que o capacete feito por ele é o mesmo que o fantasma do Cebola acabou usando? Isso é interessante porque na história, o Franja foi o que mais apareceu como cara malvado (viram a cara de mau dele) ajudando o Cebola e mostrando clara satisfação por isso.

Sem falar no pedido que Marina fez a Denise e Xavecão de não deixar que ele descambasse para o lado negro da força novamente. Se não me falha a memória, o Emerson falou que ele vai ter destaque em uma história no futuro, então esse caso ainda vai dar muito pano para manga.

O Emerson também resolveu instigar um pouco mais os leitores ao perguntar se aquele futuro tenebroso foi mesmo cancelado ou só adiado. Será que o mal é mesmo inevitável, como diziam os filhos de Umbra? Aposto que vocês devem estar roendo as unhas, não é? Pois é. O barraco ainda está longe de acabar. Ele falou que a saga vai ter 50 capítulos, mas não acreditei muito nisso. Acho que foi só zueira.

Mas ainda assim eu estou achando meio chato a quebra de seqüência, porque pode ser meio difícil para muitos leitores ler uma edição que remete ao que aconteceu cerca de seis meses atrás. Por outro lado é bom não falarem tudo de uma vez porque assim intercala as histórias dele com as da Petra, o que vai dar maior variedade. Sim... Confesso que sinto falta das histórias dela, sei lá.

Bom, acho que ainda tem tanta coisa para acontecer nessa mega-saga que isso por si só daria uns dois ou três posts. E francamente estou adorando. Tem mistério, os fatos vão intercalando, aos poucos as coisas vão fazendo sentido. É algo que vai sendo construindo gradualmente como um quebra-cabeça. De certa forma, dá continuidade a TMJ, alguma cronologia porque atualmente as histórias parecem meio espalhadas, cada edição acontece algo diferente com pouca ou nenhuma ligação com a anterior. As sagas do Emerson ajudam a dar essa cola e não ficamos de todo perdidos com a passagem do tempo.

Se bem que se o tempo continuar passando assim, daqui a pouco eles terão que ir para a faculdade e deixarão de ser a turma da Mônica jovem.

Ah, mas é claro que eu não posso deixar de comentar sobre o caso da Denise com o Xavecão, porque no meio dessa história, também ficou o relacionamento da Mônica com o DC. Aposto que essa parte deixou muita gente espumando de raiva, não deixou? Pois eu gostei muito.

Sabe... a meu ver foi um erro o Xavecão ter falado a Denise que os dois estavam namorando no futuro. Ela se apaixonou depois que ele ficou forte e musculoso. Claro que não deve ter sido só pela aparência física, mas também ao ver como ele tinha se tornado forte, confiante, alguém que lutava na linha de frente ao invés de ser aquele personagem secundário que só ficava no canto do quadrinho. As coisas aconteceram naturalmente. Ela foi prestando mais atenção nele e vendo suas qualidades.

Com tudo isso, é claro que não podemos esperar que ela se apaixone pelo Xavequinho, mas isso meio que deixou nela o sentimento de obrigação, de acreditar que aquele namoro tinha de acontecer a qualquer custo. Só que ninguém gosta de ter nada empurrado pela garganta, certo? Você não pode obrigar uma pessoa a gostar de outra e nem achar que ela tem o dever de conhecer melhor, achar interessante, etc. isso tem que acontecer naturalmente. Não pode ser forçado.

E é inevitável tocar nesse assunto e não falar nada sobre o caso da Mônica com o Cebola porque ela também tinha esse mesmo sentimento. Foi uma parte bem interessante e que nos deu algo para pensar. De certa forma eu sabia que a Mônica sentia a expectativa dos amigos de que ela ficasse com o Cebola, mas não sabia que isso era tão forte a ponto de fazê-la insistir com ele mesmo se magoando freqüentemente.

Claro que ela amava o Cebola, mas acontece que depois de muita enrolação, tantas mancadas e pisadas na bola, esse amor foi se desgastando aos poucos. No fim, ela acabou desistindo dele, mas ainda ficou aquela sensação de que eles iam ficar juntos porque era seu destino. Só que a história do Xavecão serviu para libertar a Denise e libertá-la também. Agora Mônica sabe que não é obrigada a ficar com ninguém e pode decidir seu futuro.

Creio que devem ter feito essa parte para fazer com que os fãs desencanem um pouco do casal Mo x Ce. Não deixa de ser uma coisa boa. Antes, o futuro dele estava meio que decidido e isso tirava bastante a graça e o suspense porque era algo que todos sabiam que ia acontecer. Não havia pelo que torcer, nem pelo que esperar porque era algo tido como certo. Agora não é mais. Não existe mais essa certeza e os fãs dos dois podem realmente torcer, cruzar os dedos e esperar porque nada é certo. Pode ou não acontecer.

Eu particularmente acho que ainda vai acontecer, a não ser que eles consigam tirar essa idéia da cabeça da grande maioria. De qualquer forma, não é algo certo e eu gosto disso.

A parte final do Cumulus sendo urinado pelo Xaveco é que me fez rachar de rir. Credo, coisa mais nojenta! Não só pelo fato de o xixi sair do vaso e sair andando pela casa afora, como também por ele ter bebido uma pessoa. Será que a água não tinha nenhum gosto diferente? Que nojo!

A Magali acordar toda rabiscada querendo matar o Zé Beto e o Crispiano também foi hilário. Nada como uma boa dose de comédia, gritaria e confusão para terminar uma história tensa e dramática.

E para continuar essa montanha russa de tensão/comédia, temos a Denise do futuro falando que era bom todos aproveitarem porque a serpente ia voltar. Aí vem a imensa curiosidade sobre o que aconteceu com ela depois que o Xavecão deixou a casa. Como ela escapou? Por que ela estava fugindo de todos? Ela ter raiva do Xavecão ainda vá lá porque ele soltou a mão dela, o que de certa forma foi uma quebra na confiança. Ela pode ter achado que ele fez isso porque não se importava o suficiente, não teve o cuidado que devia. Mas ainda assim há bastante dúvidas sobre ela.

Será que ela viu o futuro onde a serpente já tinha voltado? Teria feito algum pacto? Estava do lado da serpente ou ainda lutava para evitar esse futuro? Ou nenhuma dessas alternativas? Ai, quanto suspense! Pena que vai demorar muito para a gente saber.

Eu adorei a história. Tirando uma coisinha aqui e ali, achei muito boa. Claro que lidar com paradoxo temporal e viagem no tempo costuma ser complicado, mas isso aqui é uma revista em quadrinhos, não um documentário do Discovery Science. Não tem que ser 100% correto e perfeito, é preciso mexer em algumas coisas em nome do entretenimento e diversão. Então é normal que algumas coisas não saiam como deveriam sair e não há problema nenhum nisso. Ah, vamos relaxar um pouco, né gente? Eu costumava ser bem chata nas minhas críticas, mas não quero mais ficar poluindo minha aura lendo uma coisa só para achar defeito, erros, problemas, etc. Qual o sentido disso? Prefiro me divertir que é melhor.

Agora a próxima edição vai ser sobre Mônica e DC, mas até que estou de boa com isso. Depois de umas edições bem tensas, nada como outra para relaxar. E de repente, essa história pode ser boa também, tipo um circo de horrores. Vou falar mais disso nos meus palpites quando sair a capa.


Para quem quiser ouvir outra opinião sobre a história, não deixem de conferir:

quarta-feira, 11 de março de 2015

CBM#18 - O manto misterioso: críticas

18:19 4 Comentários



Acho que vocês já leram a CBM 18, não é? Finalmente o Chico pode tirar férias e passar um tempo com a família e os amigos. Confesso que estava esperando uma edição como essa para sair um pouco da rotina da faculdade. Teve muitos reencontros, foi fofo o Chico vendo a Rosinha pela primeira vez depois de muito tempo (imaginem a cara da Fran se visse isso!) e ele com certeza devia estar com saudade dos amigos.

Até os animais estavam com saudades dele! Novidade para mim foi a morte do Fido, não deve ser nada fácil perder um bichinho assim. Mas ele deve ter tido uma vida muito feliz. Agora, o que eu não entendi nada foi o reaparecimento da Maria Cafufa, que nessa história chamaram de Maria Pipoca.

Procurando pela internet, não encontrei nenhuma personagem do Chico Bento com o nome de “Maria Pipoca”, só Maria Cafufa que era a namoradinha do Zé Lelé nos gibis. Na CBM 5, quando Chico estava mandando uma carta para Hiro e Zé da Roça, houve uma referencia a namorada de infância do Zé Lelé e ele falou Cafufa, não Pipoca, por isso estranhei bastante.

Outra coisa que ficou meio estranha é que na CBM 7 o Zé fica com uma queda pela Fran. Aí, meio que do nada, ele aparece namorando de novo a Maria Cafufa? Acho que deviam ter prestado um pouco mais de atenção nesses detalhes. Mas no fim foi engraçado o Chico falando que agora a Cafufa estava bonita, levando uma cotovelada da Rosinha e o Zé arrematou legal ao dizer que para ele, ela sempre foi bonita.

Como vocês sabem, a cidade estava em festa para comemorar os 215 anos de aniversário da Vila Abobrinha e todos estavam ansiosos. Só que várias coisas estranhas começaram a acontecer, como o incêndio misterioso da escola que quase acabou em tragédia se não fosse uma intervenção sobrenatural do Fido e a ajuda daquele paninho que a família do Chico ganho na ed. 8.

A história esse mês foi um tanto tensa, primeiro por causa do incêndio e também por causa do sujeito que estava causando tudo aquilo. Uma coisa inédita foi ver alguém levando uma facada de verdade.

Abordar o assunto das conseqüências do bullying de forma um pouco mais realista também foi bom. Muita gente acha que bullying não tem conseqüência nenhuma, é só zoação e que a criança esquece isso com o tempo. Daí ninguém dá importância, não se faz nada e deixa correr solto. Depois, quando a pessoa faz esse tipo de loucura, todo mundo fica sem entender por que isso aconteceu.

Claro que não justifico esse tipo de atitude de jeito nenhum. Sofrimentos do passado não são passe livre para a pessoa fazer o que quiser e ferir os outros. Mas é algo que todos deviam prestar mais atenção. Situações assim podem ser evitadas.

E ao que parece, já sabemos quem vai ser o prefeito de Vila Abobrinha daqui a uns anos. Ele até fala como político! E o discurso dele foi bom. Um tanto forçado, mas bem didático e evitou que o povo resolvesse fazer justiça com as próprias mãos, coisa que também deve ser evitada.

Também foi legal terem dado continuidade a ed. 8, trazendo Aurora de volta para terminar o que tinha começado. Uma pena ela ter ido embora de vez, até que seria interessante se ela aparecesse em outras histórias no futuro. É um personagem que pode ser bem aproveitado.

Fofo mesmo foi o final, quando os pais do Chico encontraram um filhote igual ao Fido. Fico pensando se não seria a reencarnação do original, até que seria interessante. Sim, eu sei que Aurora levou o espírito do Fido embora, mas levou embrulhado naquele manto como uma cegonha leva um bebê. Por isso imaginei que talvez aquele filhote fosse mesmo o fido. Bem... meio complicado explicar esse tipo de assunto, então vou deixar quieto.

No mais, achei que a história foi... boa. Nada assim de extraordinário, que me deixasse super empolgada, mas cumpriu bem o seu papel. O que eu estou sentindo falta é de outra edição sobre a Rosinha. É, eu sei que a revista se chama Chico Moço, não Rosinha Moça. Mas acontece que na ed. da Rosinha, ficaram muitos fios soltos e situações não resolvidas. Cerca de seis meses se passaram (no tempo da revista) e nada foi falado nem resolvido.

Quer dizer, como ficou o Paulo? Ainda continua atrás dela? E aquele fotógrafo malandro? E como está a relação dela com a tia, que pelo visto ficou mais para relação madrasta má/enteada? Pois é. Sinto falta disso e imagino que muitos leitores também.

Agora resta esperar pela próxima edição, que promete ser bem... movimentada. Tem sereias, cidades no fundo do mar (ou rio, sei lá). Um monte de coisas que eles vão presenciar e ao tentar contar para os outros, ninguém vai acreditar porque todo mundo sempre desconfia das histórias de pescador.

A próxima ed. até me lembra do Chico nos gibis, que passava por cada situação absurda e quando ia contar para alguém, passava por mentiroso. E eu gosto de histórias assim, que contém elementos de magia, sobrenatural, extraordinário. Essa de repente pode ser boa.

Sei que também tem a critica da TMJ 79, eu não esqueci. Acontece que estive pensando... o Emerson já falou que só permite spoiler nos posts dele depois do dia quinze porque em muitas cidades a revista demora a chegar. Então eu não estou fazendo o certo ao publicar a crítica antes dessa data, por isso vou mudar e publicar só no dia quinze.

Por fim, deixo dois png’s do Chico com a Rosinha. Achei o reencontro deles tão fofo que precisei eternizar esse momento! Tem PNG e quebra-cabeça.



Não deixem de conferir a crítica do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem: