quarta-feira, 21 de março de 2018

Nova promo de Steven Universe

20:29 0 Comentários

Meldels, meldels! Olhem só a promo de Steven Universe que saiu no Cartoon Network! Esse povo quer me morrer do coração, só pode! É muita informação de uma vez só!

Nessa promo, Steven meio que conta um pouco da história da sua mãe e das Crystal Gems, falando sobre o ideal da Rose de proteger a Terra. Então o bagulho começa a ficar louco porque vemos partes da guerra gem, vemos Pink Diamond (não totalmente, mas vá lá) e parece que ela é meio doidona.

Agora, o que deixou geral arrancando os cabelos foi a mão da White Diamond, aquela que nunca sequer foi mencionada durante toda a série. A mais misteriosa de todas. Sim, foi só uma mãozinha marota, mas foi a primeira vez que vemos algo dela. Ela aparece quando o dano das diamantes é lançado sobre a Terra, nesse momento Rose cria um escudo para proteger a si mesma, Pérola e Garnet.

Reparem que a mão dela é maior que as outras duas e pelo desenho das diamantes que foi mostrado ela é a mais alta de toda. Confesso que fiquei bem intrigada com isso. Quer dizer, por que essa diferença no tamanho delas? White Diamond é a maior, Yellow e Blue são do mesmo tamanho enquanto Pink é a menor de todas. Será que vão explicar essa diferença no tamanho delas? Isso quer dizer alguma coisa?

E como diamantes são criadas? O processo é o mesmo na criação das outras gems? Se a quantidade de poder de uma gem é proporcional aos recursos que ela suga do solo, então deve ser muito difícil criar uma diamante, que por ser uma gem suprema e poderosa precisa de muitos recursos.

Então fico pensando com os meus botões... em um episódio Peridot falou que os recursos do Homeworld estavam diminuindo, por isso as gems era 2 não tinham poderes e precisavam de apêndices tecnológicos. Quando WD foi criada, suponho que tenha sido no próprio Homeworld, embora eu não saiba como ela surgiu uma vez que gems são feitas. Mas vamos ignorar essa parte só um pouquinho. Eu suponho que ela tenha sido criada primeiro, em um mundo ainda repleto de recursos.

Como era uma gem sozinha, ela teve bastante recursos para ser bem grande e poderosa. Depois de surgir (sabe-se lá como), ela deve ter decidido criar gems para servi-la, provavelmente. Criar gems foi sugando recursos do solo. Em determinado momento, ela pode ter se sentido sozinha e resolveu criar BD e YD, mas talvez não houvesse recursos o suficiente para fazer gems iguais a ela (ou talvez ela não quisesse isso), então as duas diamantes ficaram menores.

Tempos depois, talvez milhares e milhares de anos, elas resolveram criar PD. Só que aí os recursos já não eram tão abundantes porque três diamantes foram criadas e cada uma foi fazendo gems para servi-las. Eu sei que elas colonizam planetas para criar gems, mas quando Steven esteve no Homeworld a gente pode ver que lá também tinha jardins de infância. Então muitas gems foram criadas ali também, o que diminuiu ainda mais os recursos e pode ser essa a razão de PD ser a menor de todas.

Mas aí vem a intrigante e instigante pergunta: por que não procuraram um planeta bem repleto de recursos para criar PD? WD poderia ter feito isso ao criar YD e BD também. Vamos por partes. No tempo em que WD reinava sozinha, talvez não houvesse tecnologia para fazer viagens espaciais e colonizar outros planetas. Quando PD foi criada, elas já tinham essa tecnologia, mas os planetas com recursos já deviam estar colonizados e talvez não tivessem condições de criar uma diamante.

Lembram de quando Stevonnie teve aquele sonho em que era a própria PD? No sonho, YD falava com Nefrite sobre a invasão e disse qualquer coisa sobre haver formas de vida no planeta. Isso me faz pensar que não é qualquer planeta que pode ser usado para criar gems, tem que ser um planeta com recursos.

E um planeta capaz de suportar vida deve ser o que tem mais recursos. Só que planetas assim devem ser difíceis de encontrar no universo. Reparem nas imagens das diamantes nos murais e vejam a quantidade de planetas que cada uma tem. A meu ver, a quantidade de planetas que elas têm é relativamente pequena considerando a idade delas que deve ser de milhares de anos (e bota milhares nisso).  Imagino que elas tiveram tempo suficiente para procurar mundos novos pelo universo afora e só acharam aqueles, o que prova que planetas com recursos são difíceis de encontrar.

Pode ser que na época da PD Homeworld ainda tivesse recursos suficiente para criá-la (mais do que as colônias), mas não o suficiente para criar uma diamante do tamanho da YD e BD. Então ela saiu pequena daquele jeito.

Bom, é só uma teoria, né? Para saber a verdade só vendo a história das diamantes e sua criação, mas não sei se o desenho vai mostrar isso um dia.

Outra coisa que deixou muita gente de cabelo em pé foi ver o celeiro da Lápis e Peridot dentro de uma cratera de um mundo qualquer. Eu acho que deve ser a lua, pois foi possível ver com um telescópio. Pensei que ela tivesse ido para mais bem longe. E vem cá: como é que ela ainda tem água ao redor do celeiro? Se ela estiver no lado claro da lua, a água iria evaporar porque a temperatura pode chegar a 123ºC. No lado escuro chega a -153ºC e a água congelaria. Bem... é um desenho, né?

Só sei que estou muito ansiosa para ver os novos episódios. Será em abril, mas parece que vai levar uma eternidade até lá.

Antes de terminar, teve uma coisa que reparei e achei engraçado. A pose que as quatro diamantes fazem lembra um pouco a pose das Panteras (um seriado antigo, não sei se vocês conhecem). Não vou dizer que ficou exatamente igual, mas acabou ficando semelhante. Parece que Rebecca adora mesmo uma referência.








quinta-feira, 15 de março de 2018

CBM#34: Coração de sertanejo - Críticas

17:55 0 Comentários




Hoje vou finalmente fazer a crítica de mais uma ed. da CBM. Nossa, já passou da ed. 50 e ainda estou encalhada na 34? Meldels...

Bom, a história dessa ed. foi boa, embora um tanto previsível. É um tipo de história bem recorrente:

1 - Rapaz humilde começa cantando porque gosta. Ele tem vários amigos e apesar das dificuldades leva uma vida feliz.
2 – Um dia ele é descoberto por um empresário super ganancioso que o convence a assinar algum contrato.
3 – O rapaz passa a fazer um sucesso estrondoso, ganha dinheiro, fãs e popularidade.
4 – Mas então ele começa a mudar por causa desse sucesso, tudo por influência do empresário.
5 – Ele começa a se afastar das suas origens, deixando amigos e família de lado. E quando alguém tenta abrir seus olhos, fica na defensiva e briga com todos.
6 – Por causa disso fica isolado e sozinho com seu sucesso. Começa a se sentir triste, frustrado e a questionar se é isso que ele quer.
7 – Aí vem a parte da redenção. Depois de muito pensar, o rapaz descobre quem é e o que quer da vida, desiste da fama estrondosa e se reconcilia com todos.
8 – E tudo termina num final feliz, com ele basicamente voltando ao ponto de partida (ou pelo menos continuando a carreira, mas não tanto quanto antes).

Imagino que muitos devem ter visto isso em algum lugar. Mas mesmo assim a história foi bonita, pois mostrou valores importantes como família, amizade, focar nos nosso sonhos (nossos sonhos de verdade) e nunca esquecer quem somos. A frase de que mais gostei foi “Quando se lembrar de quem você é, vai estar livre para ser o que quiser.”

Realmente, temos que saber quem somos e o que queremos. E o mais importante: nunca perder isso de vista. É fácil se distrair com tantas coisas ao nosso redor, pessoas querendo muitas vezes impor o que elas acham certo, tantas idéias, doutrinas, ideologias, etc. Nem sempre é fácil manter o foco.

Foi legal ver o conflito do Chico, que se sentiu mal em estar na faculdade enquanto seus pais davam duro para lhe ajudar nos estudos. Eu também me sentiria mal no lugar dele, mas largar tudo para voltar para a roça não seria uma boa solução. Por quê? Simples: seus pais deram um duro danado para ajudá-lo a chegar onde está agora. Deixar tudo só vai jogar no lixo todo o trabalho que eles tiveram antes.

E depois, o Chico está batalhando para melhorar de vida. Isso será bom para ele, seus pais e outras pessoas a quem ele poderá ajudar no futuro. Se ele for bem sucedido na sua carreira, poderá dar aos seus pais uma velhice tranqüila e feliz. E finalmente, o Chico poderá dar aos filhos dele uma vida melhor e com mais oportunidades. É por isso que apesar de tudo ele precisa continuar.

Felizmente ele é batalhador e esforçado, arrumando trabalho consegue suavizar a carga de trabalho dos seus pais.

Se bem que eu achei o dono do restaurante um tantinho assim folgado e explorador. Quer dizer, quanto custa um cantor com o talento do Chico? Duvido que seja barato. Será que o aumento de salário que o sujeito lhe deu chega a esse valor? E o pior é que o sujeito ainda obrigou o Chico a começar mais cedo para compensar o tempo de palco. Oi? Ele dá com uma mão e tira com outra? A carga de trabalho do Chico aumentou. Será que o salário aumentou na mesma proporção? Olha a mais-valia aí genteeee!

O empresário do Chico é algo que precisa ser comentado. Curioso como aos poucos ele vai dando pistas do que é de verdade. Primeiro tomando café super quente, depois falando em demo, em querer a alma do Chico, etc. Ele é o típico empresário clichê. Procura ser simpático e carismático, mas é um poço de ganância. Promete que a vida do Chico não vai mudar, mas o força a trabalhar alem do seu limite, afastando-o das pessoas que ama. Sem falar que a criatura sempre quer mais e mais dinheiro.

Mas mesmo com todos esses clichês, a história teve momentos muito bonitos como o Chico cantando sua primeira musica, com uma letra linda. Quer dizer, eu não gosto muito de gente cantando em quadrinhos porque só leio a letra e não consigo imaginar a melodia. Mas foi bonito mesmo assim. O melhor de tudo foi a redenção do Chico, quando rosinha reuniu todas as pessoas que se importam com ele de verdade para abrir seus olhos.

A parte dele chorando ao ouvir sua primeira musica quase me deixou comovida, foi muito bonita mesmo. Especialmente quando sua avó apareceu para falar com ele.

Ah, e aquele tapa que a Fran deu na cara dele? Meldels, foi tenso! Não aprovo nenhum tipo de violência, mas acho que foi necessário.

De certa forma, foi uma pena a carreira do Chico ter acabado. Ele até que ficou bem ajeitado vestido de cowboy e rebolando no palco. Uma pena a revista não ser animada... queria ter visto isso.

O que me deixou curiosa ao longo da história foi a identidade do passarinho que tentou ajudá-lo. Nem imaginei que poderia ser a Mariana, irmãzinha do Chico que morreu quando ele era criança. Eu lembro dessa história e de que quase chorei com o final. Triste mesmo.

Foi legal terem trazido a irmã dele para suas histórias e melhor ainda foi o fim que aquele caipiroto levou. A criatura bem que mereceu. Espero que ela apareça de novo, nunca me conformei realmente por ela ter morrido. Sei lá, as vezes penso que fizeram isso só para não terem que administrar uma nova personagem nas histórias dele, o que teria dado trabalho e mudado muita coisa.

Mas outras vezes penso que foi importante porque ensina as crianças que existe a morte, que muitas vezes perdemos entes queridos e precisamos lidar com isso. Sem falar que me lembro de outra história do Chico onde Mariana retorna no futuro, como filha dele. Só espero que dessa vez seja para ficar e não para morrer tão nova.

Essa foi a crítica da CBM 34, pessoal. Espero que tenham gostado. Foi legal ver uma edição com o Chico na faculdade ao invés de vivendo alguma aventura doida por aí. Imagino que muitos sintam falta disso também.

Vou ver se solto a crítica da ed. 35 logo, assim fico em dia com tudo.

quarta-feira, 14 de março de 2018

TMJ#08 - Terrível obsessão: Críticas

21:00 0 Comentários


Oi, gente! Beleza? Hoje eu vou fazer a crítica da ed. 108 – Terrível obsessão. Finalmente a Sarah e o Victor voltaram! Estavam com saudade? Eu também!

São dois personagens que a Petra criou e eu adoro, uma pena eles não aparecerem mais vezes.

A história mostra mais os poderes da Sarah e o papel do Victor que é lhe aconselhar, o que ficou bem legal. Só falta saber a origem dele e o por que de estar com a Sarah lhe aconselhando.

Eu gosto de ser surpreendida, de olhar para a história e pensar: “WTF? Não esperava isso!” e foi o que aconteceu nessa edição. O velho bonzinho que Sarah tentou ajudar foi essa surpresa.

A primeira vista, pensei que o coitado fosse uma vítima de alguma entidade trevosa que só sabia fazer mal as pessoas. Quem ia imaginar que aquele pobre velhinho era o Sr. Dante? Ta, eu sou meio distraída mesmo, deveria ter ao menos ter pensado quando vi o sobrenome dele. Mas em momento algum me passou pela cabeça porque ele parecia ser gente boa.

É aí que vem outra coisa de que gostei bastante na história: uma continuação do que aconteceu no Circo Macabro. Nem estava esperando por isso, achei que a história tinha acabado ali mesmo. Por isso fiquei muito feliz quando a Petra fez a história mostrando o que tinha acontecido com o Sr. Dante depois do que aconteceu no circo. Confesso que eu cheguei a pensar que ele tinha sido morto, mas foi só expulso.

Também achei curioso a forma como ele colocou as coisas, como se fosse um pobre coitado abandonado pela família quando as coisas ficaram difíceis. É por aí que a gente percebe que ele não mudou nada, pois ainda via a si mesmo como pobre vítima injustiçada.

Por isso a Mônica não mostrou ter nenhuma pena dele, que sequer mostrou remorso pelo que fez no passado e nem ao menos reconheceu o Cascão e a Magali. Foi nessa parte que eu fiquei tipo oO. Cuméquiéonegócio? Hahaha, eu adoro mesmo essas surpresas! E é agora que vamos para a próxima: a entidade trevosa era ninguém menos que o Telepax, que morreu por culpa do Sr. Dante e voltou para se vingar.

É impressionante como a criatura nem mesmo aceitava a responsabilidade pela morte dele, isso mostra o quanto seu coração estava endurecido e que ele não merecia ajuda alguma. Mas o Telepax precisava ser ajudado, pois também guardava ódio e rancor. No lugar dele, eu também guardaria.

Até a Mônica guardava rancor e não podemos culpá-la. O sujeito tentou raptá-la, tirá-la de sua família e escravizá-la. Como não sentir raiva de alguém assim? Eu sentiria. Mas acho que esse não é o caminho.  

Essa história mostra muitas coisas interessantes. Mônica precisou perdoar o Sr. Dante para poder libertar Telepax, pois ele também estava com a consciência pesada pelo que tentou fazer com os amigos dela. Ele só pode seguir em frente quando foi perdoado. O perdão é algo muito importante, e muito difícil de se dar também dependendo da situação.

Às vezes a gente se recusa a perdoar achando que isso vai beneficiar quem nos fez mal, mas a verdade é que o perdão faz bem para nós mesmos. É uma forma de nos libertar do que aconteceu e quebrar os vínculos que temos com a pessoa. Mas entendo que nem todo mundo consegue, então é importante respeitar o tempo de cada um.

Outro conceito interessante (e que nem todo mundo conhece) é o de espírito obsessor. Muitos estranharam quando a Mônica falou que achava que histórias de fantasmas eram lendas. E o estranhamento foi justificado porque ela já presenciou vários tipos de esquisitices, inclusive a Agnes que é um fantasma também. Acho que a forma como ela falou é que não ficou muito clara, mas na verdade ela quis dizer que nunca tinha ouvido falar de espíritos obsessores.

Esse termo é muito usado no meio espírita. Trata-se de uma entidade desencarnada (alguém que já morreu). Essa entidade persegue uma pessoa encarnada (viva) lhe fazendo muito mal. Ela drena as energias, deixa a pessoa cansada, desanimada. Faz tudo dar errado em sua vida, atrapalha relacionamentos e sugere pensamentos ruins a pessoa, lhe influenciando a fazer coisas que normalmente não faria. Muitas vezes a pessoa acaba até adoecendo por causa disso.

Mas isso não acontece ao acaso, aleatoriamente. Um obsessor só consegue atacar a pessoa se tiver alguma afinidade com ela. Pensamentos de ódio, rancor, mágoa, etc. podem atrair espíritos assim porque as vibrações são iguais. Semelhante atrai semelhante. Se o Dante foi atacado pelo Telepax, é porque também estava alimentando sentimentos de ódio e rancor. Ele nunca demonstrou arrependimento por nada, nunca tentou ser uma pessoa melhor. Então sua vibração baixa acabou permitindo o ataque do telepax.

Ta, mas o que fazer no caso de ser atacado por um obsessor? Se foram as vibrações baixas que o atraíram, então será o oposto que irá fazê-lo ir embora. Vibrações de amor, luz, paz, gratidão e outros sentimentos elevados acabarão com essa afinidade entre os dois se acabe e o obsessor terá que ir embora porque não conseguirá atacar a pessoa. Simples e difícil, porque nem sempre conseguimos ter esses sentimentos elevados.

E alguns casos são tão graves que a pessoa precisa procurar ajuda, pois não consegue se libertar sozinha. Mas isso já é outro assunto que não cabe nesse post.

Outra coisa interessante mostrada na história é a brincadeira do copo, algo que não aconselho ninguém a fazer. Pode parecer bobagem, talvez nem dê em nada. Mas algo pode dar errado também. Eu não tenho religião nenhuma, mas tenho cá minhas crenças. Acredito que quem morre vai para algum lugar e que essas pessoas podem continuar interagindo com a gente do jeito que podem.

Alguns têm o que se chama de mediunidade, que é a capacidade para se comunicar com os espíritos e interagir com eles de alguma forma. Uns tem mais, outros tem menos. Se a pessoa tiver, pode ou não desenvolver, vai da vontade de cada um. Mas se uma pessoa que tiver mais mediunidade resolver fazer essa brincadeira, poderá atrair espíritos não muito amigáveis porque ela não vai saber lidar com isso, falta conhecimento e experiência. É um assunto bem interessante para ser estudado.

Eu gostei de ver o Victor participando mais, sempre agindo como conselheiro da Sarah. Às vezes ele pode parecer meio chato com aquele papo de nunca interferir, mas não tiro a razão dele. É comum a gente cometer o erro de achar que sabe o que é melhor para as pessoas e acabar fazendo algum estrago. Nem sempre aquilo que julgamos ser o melhor é realmente o melhor para a pessoa. É difícil, mas temos que respeitar o livre arbítrio de cada um e aceitar que a pessoa tem o direito de seguir o caminho dela, mesmo. Sim, eu sei que é difícil fazer isso, ainda mais quando acreditamos que ela vai se lascar de pai e mãe.

Mas sabe... isso pode ou não acontecer. Pode dar certo ou errado. De qualquer forma, a pessoa precisa passar por isso porque faz parte do seu aprendizado. Mas ainda assim, por várias razões que deixariam esse post super longo, é algo difícil de se fazer. Eu mesma não consigo sempre.   

E não vamos esquecer da participação do Cascão e da Magali, que tiveram destaque de verdade, não só aquela coisa de coadjuvante. Foi engraçado ver o Cascão tentando ser o caça-fantasma e a Magali passando o maior aperto quando desafiou o fantasma e rolou aquele poltergeist maroto que todo mundo respeita.  

Essa foi uma boa história porque estava sentindo falta da Sarah e do Victor, e de bônus tivemos uma continuação do Circo Macabro e a promessa de que ainda vamos ter noticias do Sr. Dante. Será que vamos ter noticias do pessoal do circo também?

Quem sabe uma história onde ele tenta tomar o circo de volta e escravizar os atores? Ou será que ele vai tentar fazer algum mal para a Mônica? Quem sabe as duas coisas? Ele pode conseguir tomar o circo de volta por um tempo e chantageá-la para lhe obrigar a trabalhar para ele.

Na cabeça dele, ela tirou tudo o que ele tinha. Então a vingança dele pode tentar fazer o mesmo com ela e para isso, ele a levaria de volta ao circo e dessa forma ela ia perder a família, amigos, tudo. Será que vamos ter algo assim? Mistério!

O desenho foi feito pela Roberta Pares. Mesmo sem saber quem foi o desenhista dá para saber que foi ela porque seu estilo é fácil de reconhecer, embora dessa vez eu tenha ficado com a impressão de que ela tentou diminuí-lo um pouco, deixar mais no padrão que conhecemos na TMJ. Eu gosto quando ela faz os desenhos porque os personagens não ficam com uma cara esquisita. Sem falar que ela faz os melhores chibis de todos.  

Adorei a perspectiva de quando a Sarah foi fazer a leitura das cartas para a Mônica (pag. 13). Tipo, o destaque aí foram as mãos dela prontas para escolher uma das cartas mostrando como isso é importante para o desenrolar da história.

Eu adoro as roupas dela e do Victor, ficam bem legais naquele estilo vitoriano. Mas as vezes me pergunto se ela não fica com calor usando aquelas blusas de manga comprida. Sei que ela faz isso para esconder as cicatrizes, mas deve ser muito chato se prender a isso e não poder usar uma roupa de manga curta no calor.

Bem, essa foi a crítica da ed. 108, espero que tenham gostado! A próxima será a da CBM, que está bem atrasada.   


domingo, 4 de março de 2018

Somos todas #DonasDaRua

17:01 0 Comentários



Vocês já devem conhecer a campanha da Turma da Mônica “Somos todas #DonasDaRua”. É um projeto com objetivo de empoderar as meninas mostrando exemplos de mulheres fortes ao longo da história. Com isso, elas aprendem que podem ser o que quiserem ao invés de viverem com as limitações que a sociedade impõe ao gênero feminino.

É muito importante que as meninas tenham exemplos, que possam ter mulheres fortes em que se espelhar.

Tem uma frase que diz assim: “Pelo grau de liberdade de que gozam as mulheres, se mede rigorosamente, em cada país, em cada século, o grau de civilização que os homens atingiram.” Delphine-Gabrielle Gay Girardin

Pensem da seguinte forma: faz sentido limitar metade de uma população? Faz sentido querer que metade de uma população nunca encontre sua verdadeira força e potencial? Que tenha seus direitos limitados, que não possa exercer seus talentos só porque a sociedade acha que são frágeis e menos capazes? Qual país consegue progredir dessa forma? Qual sociedade consegue ser saudável enquanto metade da população enfrenta tantos obstáculos? Pois é.

Esse projeto é muito importante exatamente por isso. Normalmente as meninas são educadas pra acreditar que são frágeis e menos capazes. Poucas são empoderadas de verdade desde a infância. Está na hora de mudar isso.

O caminho é longo, mas em algum momento precisamos começar. Por isso mesmo adorei esse projeto e que venham mais Donas da Rua! Vamos construir uma sociedade melhor empoderando as nossas meninas!

Não deixem de conferir a página do projeto: #Donas da Rua


sábado, 3 de março de 2018

TMJ#7 - Apatia: Críticas

20:13 0 Comentários



Oi, gente! Hoje é dia de outra crítica! Sei que andei demorando, foi mal. É que meu computador andou bugando todo e tive que formatar e começar do zero. Aí é aquele trabalhão para copiar os arquivos importantes (tenho desenhos da TMJ que ainda nem terminei, já pensaram se perco tudo?), formatar o computador, instalar o Windows, depois instalar todos os programas novamente...

Nessa edição o Cebola teve que aprender a lidar com o ciúmes que tinha da Monica enquanto se empenhava para descobrir porque geral andava tão deprimida. Foi uma história boa, embora não diria que foi excepcional.

O que mais gostei de ver foi o Cebola provar um pouquinho do próprio veneno. Ah, nada como um dia após o outro, né? Quer dizer, não era ele quem andava com a Irene e ainda achava ruim quando a Monica ficava com ciúmes? O que será que ele achou de estar no lugar da Monica? Pois é.

Não me entendam mal, não sou contra o Cebola ter amigas, não é nada disso. É que ele não teve sensibilidade para entender por que a Mônica se sentia tão insegura com a amizade dele, pois vivia enrolando e ainda xavecava outras garotas na frente dela. Mas vá lá, isso é passado e vamos tentar acreditar que ele mudou mesmo. Não vale a pena ficar remoendo isso. Mas que foi engraçado vê-lo dando piti por causa de ciúmes foi. Pelo menos agora a Mônica sabe como ele se sentia quando ela dava os chilique dela também (embora os dela fossem justificados).

Mas tem uma coisa com a qual eu não concordei. Quando o Cebola mostrou o post da Denise falando que eles estavam juntos, a Monica disse que isso não era da conta dele. Tipo assim, ele é namorado dela, não é? Então como assim não é da conta dele?

E tem uma coisa que me preocupa bastante: é a Denise sair tirando fotos das pessoas e publicando intrigas. A insinuação dela foi ridícula e ainda causou uma situação desconfortável para a Mônica. E não é a primeira vez que isso acontece e o pior é que não há conseqüência nenhuma para ela. Uma hora isso pode dar ruim, muito ruim.

Falando da história propriamente dita, gostei do desenvolvimento. Foi bom como as coisas evoluíram sem ser corrido ou muito devagar. Apesar da má vontade inicial, Cebola trabalhou bem com o Nico embora fosse um tantinho afobado e não parasse para ouvir quando necessário. Ainda assim foi legal ver os dois trabalhando juntos.

Só achei um pouco forçado a gravação do Feio jogando poeira nas pessoas pelo celular da Denise. Quer dizer, foi muita coincidência ela ter gravado isso, mas entendo que foi necessário para a história, não dava para estender muito com mistérios e investigações.

Foi legal ver outros personagens ainda que não tivessem grande participação. É bom quando outras pessoas aparecem na história e não somente os quatro. Sem falar que gosto quando fazem referências a histórias anteriores, como as quatro primeiras edições quando a Yuka apareceu (ela bem que podia voltar qualquer hora dessas).

O Capitão Feio foi agiu como o de sempre. Gosto dele como vilão e o fato de ser um tanto clichê não atrapalha em nada, pois é aí que está a graça nele. Mas gente, vou ser sincera: desde aquela saga, não consigo vê-lo de outra forma. Tipo, qualquer coisa que ele fizer para dominar o mundo para mim vai ser uma tentativa de prepará-lo para a volta da serpente. Ainda assim fico feliz que ele continue sendo o vilão bobo de cabeça fraca de sempre, que derrete quando em contato com a água e sempre perde tempo se gabando dos seus planos infalíveis. A cena do Cebola e Nico o confrontando foi muito boa, embora tenha achado um tanto curta, sei lá. Não teve assim muita luta e perseguição.

Já o desenho... bem... digamos que eu prefiro mais o estilo da Roberta Pares. O desenho dessa edição ficou bom, não nego, mas teve uma cena em que a cara da Mônica ficou bem esquisita, como se suas bochechas estivessem inchadas demais. Já o desenho do Feio ficou bom, igual ao do fim da torre inversa quando ele perdeu seus poderes por um tempo e voltou a ser o tio do Cascão. E pensando bem, ele até que não é assim tão feio, só desmazelado. Ai ai... fico pensando se algum dia será possível acabar com a maldição e fazê-lo voltar ao que era antes. Sonhar não custa, é?

O resto foi tranqüilo. Cebola e Nico descobriram como fazer todo mundo voltar ao normal e todos ficaram felizes no fim.

Uma coisa que eu gostei foi a mensagem que a história passou. Foi bem didática, mas a gente nem percebeu porque foi bem sutil. Só no fim é que pudemos juntar as peças e entender os quatro passo para realizar os sonhos. Educação financeira é muito importante e até penso que deveria ser matéria nas escolas. Mas é claro que os bancos não iam curtir nem um pouco.

É que com educação financeira adequada, as pessoas iam fazer menos dívidas, pegar menos empréstimos, pagar menos juros... adivinhem quem ia ganhar menos dinheiro? Pois é. Por isso é muito bom aprender a administrar o dinheiro, coisa que nem todo mundo consegue. As vezes as pessoas se descontrolam com os gastos, contraem dívidas e depois chegam perto de vender um rim para quitar tudo.

Nunca é cedo demais para aprender a administrar o dinheiro. Mesmo quem não trabalha e vive de mesada pode ir começando. Aliás, eu diria que vocês tem uma vantagem grande: só podem gastar aquilo que tem. Adultos podem recorrer ao cartão de crédito (que pode ser uma armadilha), podem usar cheque especial, empréstimos... mas jovens e crianças só podem gastar aquilo que tem.

Se não tiver dinheiro e os pais não derem mais, então acabou. Por que isso é importante? Simples: em se tratando de dinheiro, há dois conceitos que vocês precisam ter em mente: ativo e passivo. De forma simples, ativo é o que faz o dinheiro entrar no nosso bolso, a renda. Passivo é o que faz o dinheiro sair dos nossos bolsos. Gastos, dívidas, etc.

Então de forma simples e bem resumida, a gente deve fazer com que o passivo seja sempre menor que o ativo. Estou falando de gastar menos do que ganhamos e assim poder reservar algum. Sei que é bastante simplista e que na vida real pode acontecer muitas coisas que não podemos controlar, mas é um bom começo para quem quiser aprender a controlar as finanças.

O que complica é o imediatismo. Toda nossa cultura nos incentiva a isso. Não somos ensinados a poupar, a esperar mais um pouco para realizar nossos sonhos. O curto prazo acaba sendo mais importante e perdemos a visão a longo prazo. Queremos tudo agora, nesse instante. Exemplo: comprar aquele doce ou revista ao invés de poupar para comprar um tênis, pois isso significa adiar a recompensa, sacrificar o que queremos agora e que nos dará prazer imediato em nome de algo que queremos no futuro e que vai levar tempo.

Aliás, já ouviram falar do experimento do marshmallow?  Foi um estudo realizado no fim da década de 60, começo da de 70. Era bem simples. Eles colocavam um marshmallow (ou um biscoito, etc) na frente de uma criança e davam a ela duas opções: comer o doce agora ou esperar por 15 minutos. A criança que comesse o doce logo de cara não ia ganhar nada, mas a que conseguisse esperar ia ganhar outro doce. Para nós 15 minutos pode parecer pouca coisa, mas para uma criança é tipo uma eternidade.

Dizem que as crianças que esperaram foram as que tiveram mais sucesso na vida uns dez anos depois. Por que? Porque tiveram autocontrole, foram capazes de superar o imediatismo e sacrificar o que queriam agora em nome de algo melhor no futuro.

De certa forma a historia passa essa mensagem. Lembram quando o Cebola recebeu a conta do sorvete e disse que ia cancelar o próximo? Foi um bom exemplo. Ele abriu mão do sorvete naquele momento para economizar e comprar um laptop novo.

Foi por isso que gostei da história, passou uma boa mensagem didática sem ficar chata. No fim da revista fala sobre o idealizador dos quatro passos para realizar os sonhos. Vocês fariam bem em pesquisar mais sobre ele. Tem muita coisa que pode ser útil.

Essa foi minha crítica, espero que tenham gostado. Sei que estou devendo um palpite da ed. 15, mas eu ainda nem li a 14, então fica difícil. Estou levando mais tempo para ler as novas edições, então as críticas podem demorar um pouco mais.