Vou logo avisando que nesse texto tem spoilers, então quem
ainda não leu, melhor parar por aqui porque eu não quero cortar o barato de
ninguém. Agora, quem leu pode continuar.
Bem... quando terminei de ler a historia, eu fiquei meio
assim... não fiquei.
Vou colocar da seguinte forma: eles tentaram passar uma
mensagem com essa história que deu para entender bem. A mensagem foi boa, acho
que deram seu recado e ficou legal. Mas a historia em si eu achei que ficou
mediana. E o Cebola, para variar, estava um nojo.
Pelo que eu entendi, uma das intenções era fazer com que a
gente conhecesse o Japão um pouco melhor e saber que há naquele país muito mais
do que os mangás e animes nos mostram. E acho que eles cumpriram seu objetivo,
dentro do possível claro.
Foi interessante ver como eles ficaram meio decepcionados ao
ver que o Japão não era aquilo que eles imaginavam e confesso que foi até um
desperdício. Eles tinham tantas fantasias que acabaram não apreciando o
passeio. Eles bem que poderiam ter perguntado, pelo menos. Imagino que deve ter
sido muito frustrante para Keika e Tikara, que se desdobraram para agradá-los e
no fim não conseguiram agradar a turma, especialmente o chato do Cebola.
O que eu mais gostei foi do choque cultural entre os
personagens. Apesar de terem nascido no Brasil, Tikara e Keika incorporam
totalmente a cultura do Japão quando vão para lá, agindo de forma diferente da
que agiam quando estavam no Brasil. Eles ficam mais formais, discretos e mais
certinhos também.
Então começa o choque, quando a turma se empolga demais, às
vezes pagando alguns micos e os dois tentam fazer com que os quatro se
comportem um pouco.
O choque fica mais evidente por causa do Cebola. Primeiro
naquele templo, quando ele não gosta da sorte que tira e pede para tirar outra,
deixando Tikara irritado e ofendido. Depois na hora de ir ao banheiro, ele pede
para que guardem o lugar na fila e Tikara se nega a fazer isso por ser
desrespeitoso com quem fica atrás.
Isso mostra que lá eles não aceitam muito bem o “jeitinho”
brasileiro. Para nós pode parecer normal guardar lugar, mas se a gente parar
para pensar, vai ver que é basicamente a mesma coisa de furar fila, só que com
nossa permissão. No entanto, aqui a gente não liga tanto, só que nos outros
países é grosseria.
Certo dia ouvi um professor dizer que quando os japoneses
aprendem a fazer algo de determinado jeito, são muito difíceis de mudar. Isso
fica um pouco evidente na historia também quando Tikara e Keika percebem que
devem deixar de lado o formalismo japonês para poderem ajudar os amigos e
também na hora de enfrentar o monstro gigante. Para eles, o monstro tinha que
ser eliminado. Para a turma, isso seria crueldade e eles resolvem tentar outras
alternativas.
A mensagem no fim é a importância da união e do trabalho em
equipe, procurando unir o melhor das duas culturas na hora de resolver o
problema.
Engraçado mesmo foi a Magali fazendo birrinha por causa de
comida. Até fazendo pirraça ela consegue ser fofa e meiga. Quando ela encostou
a cara e a língua na vitrine de um restaurante, eu rachei de rir. Coitada da
Mônica, no lugar dela eu teria sumido dali de tanta vergonha. Bem, a gente não
podia esperar nada de diferente da Magali, né? Em outros assuntos ela consegue
ser uma dama, mas quando se trata de comida, ela desce do salto mesmo!
Luta de bichozilla com robô gigante foi bem previsível e
esperado. Não teria a menor graça se eles tivessem feito uma historia no Japão
sem mencionar as super equipes e suas lutas contra os monstros gigantes. Acho
que essa é uma das coisas que vieram do Japão e ficaram mais populares no
ocidente. Só foi uma surpresa saber que Keika e Tikara faziam parte de uma
dessas equipes. Então é esse o tal do baito (trabalho temporário) que eles
fazem no Japão?
Agora, tem uma coisa que eu reparei nas histórias e gostaria
de falar aqui. Parece que os personagens sabem que a história se passa em um
mangá. Tipo assim, eles tem consciência de que aquilo é uma história e eles são
personagens. Eu não sei se isso é bom ou ruim, porque a meu ver cria um certo
distanciamento entre o leitor e a história, sei lá. Quer dizer, se o próprio
personagem não está realmente envolvido naquele universo, como o leitor vai se
envolver? Pelo menos foi a sensação que eu tive, não sei se isso acontece com
outras pessoas.
E de certa forma fica meio chato eles lembrando o tempo
inteiro que aquilo é um mangá e etc. Claro que os leitores sabem disso, mas
quando lemos a história, é bom de vez em quando esquecer um pouco que aquilo é
ficção e mergulhar um pouco naquele universo alternativo.
Vamos contabilizar os pontos. Dessa vez vou tentar o
seguinte: para cada item, darei uma nota de 1 a 10 e depois vou tirar a média.
8 – Eles
ilustraram bem o choque cultural entre os personagens.
8 – A turma meio
que caiu na real e viu que o Japão não é nada daquilo que eles idealizavam.
Nada como conhecer um país de perto e ver como ele é de verdade.
3 – O Cebola
deveria ter sido mais respeitoso, mas pelo visto ele não consegue ter respeito
por nada e ainda só sabe reclamar.
4 – Eu reparei
que o desenho do Tikara ficou meio estranho em alguns quadrinhos, sei lá. Não
houve assim uma uniformidade.
7 – A solução que
deram para derrotar o monstro foi bem diferente, mostrando que brasileiro sabe
usar a criatividade.
9 - Tikara e
Keika tiveram que aprender a ser mais flexíveis e entender que podem existir
formas diferentes de se resolver um determinado problema. Nem tudo tem que ser
feito de um jeito só.
10 – Foi engraçado
a Magali choramingar por causa do docinho só porque era bonito demais e dava dó
de comer.
2 – O Cebola ter
dado um chilique e depois saiu arrastando o Cascão achando que podia se virar
sozinho em um país estrangeiro. Aquilo acabou causando um grande transtorno e
preocupação.
2 – A Mônica
também complicou demais achando que podia achar os dois sozinha ao invés de
deixar que Tikara avisasse as autoridades. Eles deviam ter tido um pouco mais
de humildade e cautela ao pisarem em solo estrangeiro. Sem falar que a atitude
dos dois acabou causando grande transtorno a cidade, já que foi por causa deles
que Tikara precisou usar aquela nave que atraiu o monstro.
10 – Rachei de
rir quando Cascão tirou os sapatos para entrar na casa da Keika. Dessa vez vou
concordar com o Cebola. Se era por medidas de higiene, teria sido melhor que
deixassem o Cascão usar os sapatos. Pensando bem, eles até que poderiam ter
atirado as meias do Cascão na cara do monstro. O bicho teria apagado na mesma
hora.
8 - Acho bacana
aquele lance dos cosplayers no Japão. As pessoas podem andar fantasiadas nas
ruas, adotar vários estilos e não serem importunadas. Deve ser legal.
9 – Foi boa a
mensagem que eles passaram, enfatizando a importância do trabalho em equipe.
1 – Ficar falando
toda hora que eles estão dentro de um mangá. Acho que isso corta um pouco o
clima.
Total: 6,23. A história
foi apenas boa, mas não vi nada assim de extraordinário, que me deixou comovida,
espantada ou impressionada. Vamos ver se a Ed. 48 melhora um pouco.
Eu continuo achando que você deve se preocupar mais com o enredo da história e não são as ilustrações que vão deixar a diversão por trás da história pior, você deu uma nota pior por causa do Cebola ter se separado dos outros mas se aquilo não tivesse acontecido não haveria história e dai sim eu gostaria de ver a nota que você ia colocar. Realmente o Cebola deveria ter mais respeito mas este não é o ponto mais importante da história e não é por que ele fala uma coisa em tais quadrinhos que a história vai deixar de ser boa, mas realmente ficarem comentando as vezes que eles estão em um manga e até na turma da mônica deles crianças ficarem falando que eles estão em um gibi estragava toda a emoção da história. Mas vamos combinar que não devemos diminuir a nota do gibi só por causa destes pontos. A critica principal esta bem construtiva mas eu não acho que você deve usar estes pontos de desculpa para dizer que você não gostou da história, pois eu tenho certeza que o motivo de você não ter gostado da história não foi o desenho da Keika estar mal feito. haha. Eu não estou criticando você nem a sua critica, se eu te ofendi ou se você não gostou do meu comentário eu sinto muito, pois essa não era a minha intenção. Eu apenas comentei a minha critica também. Obrigado por ter lido isso e por ter tido paciência. Beijos e tenha um bom dia ^--^
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