Confesso que demorei um pouco a criticar essa edição porque,
sei lá... em se tratando do Cebola, parece que minha boa vontade vai para o
espaço. Foi mal, mas eu não consigo gostar dele de jeito nenhum e minha opinião
não mudou nem um pouco depois de ler essa história. Na verdade, essa edição só
serviu para acrescentar “ameaça para a humanidade” na lista de características
que eu dou a esse personagem.
O início foi bom, mostrando as cidades vazias de um cenário
pós-apocalíptico. Aí o Mané apareceu com aquele papinho idiota de que só vai
namorar a Mônica quando derrotá-la. Por que ele tem essa fixação? Na boa, no
lugar dele eu me matava ou procurava tratamento psicológico.
Quando ele foi perseguido pelo zumbot, eu me surpreendi com
o tataraneto do Xaveco, mais forte, musculoso e cheio de atitude. E ainda por
cima líder da resistência. Parece que eles tentaram nos surpreender com alguns
personagens e no caso do Xisto, conseguiram.
Tudo estava indo razoavelmente bem quando a tataraneta da
Mônica apareceu e fez pouco caso do Cebola. Não foi pela atitude dela e sim
pelo comentário ridículo e sexista que ele fez: “Está parecendo que no futuro o
sexo feminino não evoluiu em nada. Voltou atlás
até”
Cara, com essa eu tive vontade de parar de ler a história e
fazer outra coisa, sério. Por que todas as vezes que uma mulher comete um erro,
todo o gênero feminino é criticado? Está certo que ela não foi legal com ele,
que foi mal educada e tudo, mas ele tinha que criticar a ela e não a todas as
mulheres do mundo! Isso só aumentou ainda mais a antipatia que já tenho por
ele.
Confesso que fiquei surpresa ao saber que essa coisa tinha
mesmo um nome, mesmo que ridículo: Cebolácio Júnior Menezes da Silva. Afe!
Agora, a coisa só começou a melhorar mesmo quando eles
chegaram no escritório central da Bulbus Tech e o Cebola viu como sua atitude
ridícula e egoísta detonou o mundo. Toma! Também adorei quando ele deparou-se
com o próprio cadáver. Toma de novo! Perdeu a Mônica e terminou seus dias
sozinho, amargo e mal amado. Adorei! Aí meu humor começou a melhorar bastante.
E tudo ficou melhor ainda quando li que a Mônica finalmente
tinha tomado vergonha na cara e deixado ele de lado. Aí o Mané viu que se
bobear, vai perder mesmo porque ela não vai ficar esperando por ele pelo resto
da vida feito uma retardada.
Bom, sobre o monstro gigante que ganhou a personalidade da
Mônica, ainda que de forma exagerada, achei interessante. Ele canalizou todas
as mágoas que ela teria dele, como o sentimento de rejeição, de se sentir
deixada de lado por causa da ambição dele e o ciúme desproporcional. Se bem que
sentir ciúme de um merdinha como ele... fala sério!
Só não sei se gostei de terem feito um monstro gigante com a
parte ruim da personalidade da Mônica. Tipo assim, dá a impressão de que só ela
tem defeitos enquanto ele não tem defeito nenhum, sei lá. Eles focam demais nos
defeitos da Mônica e esquecem dos defeitos do Cebola. Afinal, se ela tem muito
o que crescer e melhorar, ele também tem mas parece que o pessoal da MSP ignora
isso e foca somente nela.
Se bem que foi meio ridículo a forma como ele derrotou o
monstro apenas beijando outra garota. Se um moleque de quinze anos me beijar,
eu vomito. Nunca fui chegada a homens mais novos.
Histórias baseadas em viagem no tempo costumam ser meio
complicadas. Quando um evento muda no passado, não sabemos como poderia afetar
o futuro. Quando tudo terminou e os zumbots voltaram a ser humanos, durante um
tempo a história permaneceu a mesma.
A tataraneta do Franja justificou isso pelo fato de o Cebola
ter perdido a memória ou porque talvez não fosse possível mudar o futuro. Bom,
eu ficaria com a primeira opção, porque caso a memória dele não fosse perdida,
ele teria feito tudo diferente por questão de inteligência. Só mesmo muito
burro para repetir as mesmos erros sabendo que vai se ferrar no final e por
mais que ele tenha defeitos, pelo menos burro ele não é.
A última parte da história sugeriu que algo mudou no
passado. Quando Monique mostrou problema de fala, isso indicou que alguma coisa
nos antepassados dela foi alterada e o Cebola virou seu tataravô. É aí que
entra a complicação de histórias sobre viagens no tempo.
Como foi mostrado, o Cebola endoidou o cabeção e detonou a
humanidade porque ficou sem a Mônica. Agora, se ele terminou casando com ela,
então podemos concluir que muita coisa foi alterada.
Aquela inteligência artificial foi criada com a
personalidade da Mônica como uma tentativa dele de controlá-la, de ter a Mônica
verdadeira. Então, se ele tivesse a Mônica verdadeira, seria lógico concluir
que não haveria necessidade de criar aquela inteligência artificial com a
personalidade dela. Com isso, o futuro teria sido alterado e os zumbots não
teriam existido. Tecnicamente, o futuro deveria ter sido alterado sim. Se bem
que a Monique não apresentou o problema de fala de uma hora para outra, houve
um certo atraso. Talvez o restante tenha mudado depois do fim da história, não
há como saber.
Tirando o fato de ser centrada no Cebola, eu diria que a
história foi legal e deixou um certo mistério no ar: quem casou com a Mônica? O
próximo da fila de sucessão é o DC, mas ela não mostrou nenhum traço da
personalidade dele. Na verdade, ela pareceu uma Mônica mais light. Com gênio ruim sim, mas não tanto quanto a sua tataravó.
E para falar a verdade, eu achei a Monique muito apagada.
Por ser descendente da Mônica, eu esperava que ela tivesse uma participação um
pouco mais expressiva. Nem líder da resistência ela se tornou, que pobreza! Eu
sei que isso seria meio previsível, mas pelo menos seria mais adequado a uma
descendente da Mônica.
Vamos contar os pontos. Normalmente, só pelo fato de a
história ser centrada no Cebola, eu daria zero, mas vou pular essa parte.
0 – O idiota não
apenas faz hora com a cara da Mônica com aquele papo de só namorá-la depois de
lhe derrotar como também se vangloria. Aliás, parece que todos
já sabem disso, então qual é a necessidade de ficar sempre batendo na mesma
tecla? Só para fazer pose de fodão mostrando para todo mundo que está enrolando
a Mônica?
0 – Odiei o
comentário sexista do Cebola no início da história.
2 – A atitude idiota do Cebola de debochar do ancestral do
Xisto depois de esse ter se sacrificado para salvá-lo.
7 – Gostei da
idéia dos Zumbots, meio robôs, meio orgânicos.
10 – Adorei ver o
Cebola quebrando a cara quando descobriu que ferrou com a humanidade.
10 – Achei o
máximo ele ter se deparado com o próprio cadáver.
10 – Foi bom ele
ver que sem a Mônica, ele terminará os dias sozinho e mal amado.
10 – Pela
primeira vez ele caiu na real e viu que se bobear, vai ficar chupando o dedo.
10 – A Mônica ter
desistido dele e casado com outro.
5 – Um monstro
gigante com os defeitos da Mônica. Parece que eles focam demais nos defeitos
dela e esquecem dos dele.
8 – Pela primeira
vez, mostraram como a fixação do Cebola em querer dominar o mundo pode
atrapalhar o relacionamento e a vida dele (e do resto da humanidade).
4 – Meio ridículo
a forma como ele derrotou um monstro. Será que o Cebola teria sido tão burro
assim para criar algo que pode ser destruído de forma tão fácil?
9 – No fim da
história, parece que ele tomou vergonha e evitou repetir os mesmos erros. Então
não foi uma total perda de tempo.
Total: 6. A História
foi boa, mas teve uns elementos que realmente estragaram tudo.
Na próxima edição, parece que o capitão feio vai voltar.
Olhando o desenho, para mim pareceu o Cascão por causa do brinco na orelha.
Pelo que eu sei, o Poeira Negra não usa brinco.
Bem, essa história não despertou muito minha curiosidade,
sei lá. As histórias do Capitão feio nunca chamaram minha atenção nos gibis.
Aqui tem a parte de um desenho que estou tentando fazer
dessa edição. Tá meio difícil porque em se tratando do Cebola, não consigo ter
boa vontade para desenhar.
Para mais opiniões, tem o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO Cebola é um idiota, vem com esse papo que ficou diferente, nas 1ª edições dava pra acreditar, mais de um tempo pra cá ele só se tornou irritante, e quer ser dono do mundo e se ele não conseguiu ser dono da rua, por quê ele seria dono do mundo? Ele vem com aquela pose de fodão diz que ninguém é melhor que ele, mas sempre acaba quebrando a cara, esse Cebola devia beijar o chão, aquele lance de derrotar a Mônica não me convenceu, foi a pior idiotice que eu já vir na minha vida, pelo menos na edição 48 ele toma jeito, porque só ele conhecendo o futuro foi uma lição pra ele, o amor está em sempre em primeiro lugar do que a ambição.
ResponderExcluirMallagueta, você usa mesa digitalizadora?
ResponderExcluirMeldels... quem me dera ter uma dessas! Não, eu faço tudo com o mouse mesmo.
ExcluirVocê desenha muito bem
ExcluirEu não sei por que mas eu amei demais essa história. huauhsau
ResponderExcluirMas eu acho que você deveria reparar mais no enredo da história do que nos pequenos detalhes como o "comentário machista que o Cebola fez na pagina tal", mas sim a história como um todo. ^-^
ResponderExcluirEu não sei porque eles ficam com essa neura que o Cebola é perfeito, meu ninguém é perfeito. Isso me faz lembrar do na próxima edição da edição #16, olha isso, "Todos tem um Monstro Interior, que representa seus piores defeitos... inclusive o Cebola" com isso eles querem dizer que todo mundo é imperfeito menos o Cebola.
ResponderExcluir