terça-feira, 19 de agosto de 2014

TMJ#73: Caçadores de Andróides - Palpites

21:10 54 Comentários



Quando saiu a capa da Ed. 73, confesso que fiquei surpresa porque está bem diferente do que eu imaginava. Para começar, ficou bem mais elaborada do que de costume, não só por causa dos personagens como também pela imagem de fundo. Especialmente pela Brisa lá atrás, numa postura que a primeira vista parece ser de ataque como se estivesse armando uma emboscada, ou talvez perseguindo alguém. E não é por nada não, mas confesso que a cara dela me assustou um pouco, ficou bem diferente da ed. 32 não só no rosto como também na cor e nas roupas. O olhar dela ficou meio hostil, agressivo.

Já o Cebola meio que me lembrou o Vegeta do Dragon Ball com aquele negócio no olho. A Mônica ficou como sempre, sem nada de extraordinário ou muito diferente. Pelo menos ficou bonita.

Quando saiu a sinopse falando que Cebola ia se envolver com a Brisa, achei a maior graça. Tipo assim, ele fala numa edição que não vai desistir da Mônica. Depois em outra se envolve com a Brisa? Mas depois, pensando com mais calma e ouvindo outras pessoas, me toquei de que esse “envolver” não significa necessariamente envolvimento romântico. Sem falar que nem sempre a sinopse da próxima edição é feita pelo roteirista da história, então nesse mês não ficou totalmente correta. Se bem que nesse caso acredito que foi proposital, para atrair mais a atenção dos leitores.

Aí vem a questão: como vai ser a história? Quem leu a ed. 32, deve lembrar que no final a Brisa fingiu ter perdido a memória porque achou que o Cebola estaria melhor com a Mônica. E agora? Como ela irá ressurgir? Vai continuar fingindo que não se lembra dele ou dirá a verdade? Como ele irá reagir ao descobrir que a Mônica sabia de tudo e não falou nada? Sim, porque ele gostava muito da Brisa e ficou super triste por perdê-la. Será que vai brigar com a Mônica por ela não ter falado nada ou a coisa vai ficar por isso mesmo?

O título da história – “Caçadores de Andróides” – já indica que será uma história bem movimentada. Será que alguns androides vão causar problemas na cidade e o Cebola tentará caçá-los? Ou será somente a Brisa? Lembrem-se de que ela é meio diferente dos outros andróides, com caracteristicas que a princípio pareciam defeitos, mas depois se mostraram ser uma evolução.

Mas também pode acontecer de ela ter sido injustamente acusada de fazer algo errado e o Cebola tentará inocentá-la. Essa história está bem difícil de dar palpites, do jeito que eu gosto! Sim, porque de histórias previsíveis, que a gente já imagina o final, eu já estou cheia.

Ou então pode acontecer algo que faça com que os andróides se rebelem e começem a atacar os humanos. Pode ser um vírus, algum vilão muito doido tentando controlar os andróides e dominar o mundo, um erro no projeto, talvez haja uma central comandando esses robôs que resolva tomar o controle de tudo...

Vocês certamente não devem conhecer os livros de Isaac Asimov, que escreveu muitas obras de ficção científica e criou as tres leis da robótica:

  • 1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.
  • 2ª Lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.
  • 3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.

Em 2004 lançaram o filme “Eu, Robô” que foi baseado nessas leis. Vou ver se tento resumir para não ficar grande demais.

A história se passa no ano de 2035, onde já existem robôs para servir as pessoas. Tudo ia muito bem quando um funcionário da empresa US Robotics (que fabrica os robôs) foi encontrado morto. Todos desconfiavam de suicídio, mas o detetive da história suspeita de que ele foi morto por um robô, que tinha arrumado um jeito de quebrar as leis da robótica.

E esse robô era diferente dos outros porque tinha sentimentos, personalidade própria e até a capacidade para sonhar. Ao ver que havia algo mais por detrás dessa morte, o detetive resolveu contar com a ajuda desse robô para descobrir a verdade.

A US Robotics estava para lançar um novo modelo de robôs no mercado, chamado NS-5. Então investigação vai... investigação vem... e eles descobrem uma trama bem sinistra. Tem uma central de comandos chamada VIKI, responsável pelo controle da US Robotics, que chegou a conclusão de que esses novos modelos NS-5 tinham mais capacidade para controlar a humanidade. Essa inteligência artificial decidiu que o melhor era instalar uma ditadura comandada por robôs. Por isso corrompeu a programação dos NS-5, fazendo-os se voltarem contra as pessoas, destruindo centrais de polícia e exterminando os robôs que tentavam ajudar os humanos.

A única forma de conter esses robôs era instalar nanitas (isso parece familiar?) na central VIKI e com isso fazer com que os NS-5 voltassem ao normal. No fim eles descobriram que o sujeito assassinado vivia como prisioneiro no laboratório, por isso deixou pistas para que descobrissem a verdade e também tinha programado o robô para ser capaz de quebrar as leis da robótica e lhe matar, esperando com isso atrair a atenção do detetive para a rebelião dos robôs que estava ameaçando a humanidade.

Que trama, não?

Se quiserem ver a sinopse completa do filme, podem acessar a Wikipédia (Eu, Robô). Aqui eu tentei resumir para o post não ficar grande demais.

Espero não ter ficado confuso, só achei interessante chamar a atenção para esse filme porque a ed. 73 pode (talvez... quem sabe... hipoteticamente...) ter sido baseada nele. Claro que a história não será tão elaborada assim, já que precisa ser espremida numa edição só, mas talvez tenha alguns elementos.

Pode ser que o criador da Brisa tenha dado a ela a missao de avisar a todos sobre uma provavel rebelião dos andróides, mas algo poderá acontecer e ela será tida como perigosa, fazendo com que Cebola e Mônica vão atrás dela para descobrir mais tarde que ela estava tentando ajudar, não prejudicar a humanidade.

Assim como o robô do filme, Brisa tem personalidade própria, sentimentos e é capaz de tomar decisões sozinha. Da mesma forma que no filme, pode ter uma central de comando que Ceobola e Mônica terao que destivar antes que ela controle todos os andróides e domine o mundo. E caso apareçam mesmo os nanitas, pode ser que nessa edição ele tenha a idéia de como irá destruir ajudar a humanidade no futuro.

E bem... acho que todos tem uma questao na cabeça, não tem? Como vão ficar a Mônica e o Cebola? É a primeira vez que eles protagonizam juntos depois do rompimento. Como eles ficarao um diante do outro? Vão brigar? Trocar farpas? O Cebola será um pé no saco ou terá amadurecido? Espero que ele tenha amadurecido ao menos um pouco porque vou te contar, viu... o amadurecimento dele está mais lento que banana verde em tempo de frio!

Creio que o foco mais importante dessa história seja a interação entre eles, que precisarão superar suas dores e mágoas e trabalhar juntos. Esse pode ser o primeiro passinho para a reconciliação, onde eles primeiro vão se acertar como amigos e tentar desfazer qualquer clima ruim que ficou entre ambos. Mas é claro que vão mostrar, ainda que discretamente, que um não esqueceu o outro. Aí vocês já viram, né... de repente pode rolar um climinha aqui, olhares ali... DC morrendo de ciúmes mais adiante... pode ter um pouco de lavação de roupa suja entre eles também, coisas do gênero. Ih, vai ser muita trama para uma edição só! Espero que não fique corrido demais.

Mas sinceramente... eu ando meio enjoada desses dois e preferia que não tivesse nada de romance nessa história. Ah, nem! Nós sabemos que o Cebola jamais vai largar essa neura de derrotar a Mônica de lado, então vai ser somente enrolação atrás de enrolação e tomara que ela não caia nessa, porque vai ser muito triste ela terminar com o DC para dar outra chance ao Cebola e voltar a mesma situação de antes: viver eternamente enrolada feito trouxa. Vamos torcer para que isso não aconteça.

Quanto a Brisa, que fim será que ela vai levar? Será que vai morrer? Irá embora? Vai arrumar um lugar onde possa trabalhar e ser util? Se não me falha a memória, ela aparece na ed. 50, então é pouco provável que morra. Espero que tenha um final feliz para ela.

E não vou negar que está sendo legal ver uma personagem de edições passadas retornando. Eu até que gostei da personalidade dela na ed. 32.

Bem... esses são os palpites. Vamos esperar sair a ed. 73 e ver o quanto eu acertei. Aposto que apesar de tudo, será uma boa história. 

Para hoje, tenho dois quebra-cabeças para vocês. Os png's já estão disponíveis. Divirtam-se!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

TMJ#72: Meu Ídolo - Críticas

16:38 8 Comentários
Que coisa... já saiu a capa da Ed. 73 e eu nem tinha começado a crítica da Ed. 72! Bom, confesso que a Ed. desse mês não me deixou lá muito animada não. Quer dizer, confesso que até gostei da história pela mensagem que ela passou, mas no fim das contas me pareceu apenas uma edição para encher linguiça até o fim do ano.

A história não tem nada de complicada. As garotas babam pelo cantor da moda (que é tipo uma paródia do Justin Bieber), fazem de tudo para conhecê-lo e quando acontece, descobrem que o sujeito é um tremendo Zé ruela. Então elas caem na real, a Mônica dá um jeito de desmascará-lo, ele perde algumas fãs mas outras preferem se manter cegas para tudo e fim. Nada de extraordinário ou fora do lugar comum.

Se bem que me surpreendeu um pouco o tal concurso ser na verdade uma referencia ao filme “a fantástica fábrica de chocolate”, onde quem encontrasse o cupom premiado teria a chance de conhecer seu ídolo. Acho que praticamente todo mundo deve ter sacado a semelhança e eu até que gostei dessa referencia porque também adoro o filme.

Apesar de ter gostado de a Maria Mello ter participado mais, não pensei que ela fosse se comportar como um Cebola de saias. Credo, ela foi chata demais! Chata e bitolada também, porque o cara teve que rodar a baiana e endoidar o cabeção para fazê-la cair na real e perceber que ele não valia nada. Sem falar aquelas coisas que ela disse a Mônica, foi realmente um golpe baixo. Eu teria parado de falar com ela mesmo, não tenho paciência com esse tipo de coisa.

Tanto que quando o sujeito pisou no presente dela e falou um monte de grosserias, não fiquei com nem um pouco de pena. No lugar da Mônica, eu nem teria tido o trabalho de consolar. Claro que jamais teria tripudiado, mas ficar toda boazinha depois de ter ouvido aquele monte de desaforos? Foi mal, mas esse lance de dar a outra face não é para mim.

Poxa, foi muito ridículo ela ter falado que a Mônica ganhar o prêmio teria sido um desperdício, mas esqueceu completamente de que só tinha ganhado o prêmio porque a Mônica teve pena dela e lhe deu uma barra de chocolate. Sinceramente? Eu não teria feito isso. Ora, a Maria não queria participar por falta de dinheiro e sim por causa da sua neura com comida, que lhe domina a ponto de não conseguir sequer ver outras pessoas comendo na sua frente. No máximo, eu teria incentivado ela a participar, mas dar uma das minhas barras para ela? Sem chances!

Bom, claro que a Mônica tem coração mole e fez isso em parte por causa do que o DC (que foi bem chatinho nessa história) falou. E depois que a Maria achou o cupom, acabou surtando e quis tomá-lo de volta. Doloroso, eu sei, mas ela tinha dado o chocolate, não tinha? Então acabou.

Pelo menos tudo se resolveu quando descobriram que o cupom permitia um acompanhante e assim conhecer seu ídolo “perfeito”.

O Julinho ser um idiota era esperado, mas eu achei que a idiotice dele foi muito exagerada. Tipo assim, ele se comportou como um psicopata mesmo! Arrogante, egocêntrico, gosta de ser paparicado e ter o ego massageado, gosta de ter poder e destaque, mas detesta lidar com as fãs e tem grande desprezo por elas. Sem falar do seu total desrespeito aos sentimentos dos outros, sua pouca tolerância a frustrações e do grande descontrole quando ficou zangado a ponto de xingar todas as fãs em público sem nem pensar nas conseqüências.

Não sei se foi de propósito ou não, mas serviu muito bem para lançar a seguinte questão: ser fã significa ser cego e aceitar tudo sem nenhum questionamento? Será que um fã tem que fazer de tudo pelo ídolo sem importar as conseqüências, sob pena de ser taxado como poser? Acho que foi por isso que eu gostei da história apesar dos poréns.

Muitos acham ruim quando critico a TMJ porque pensam que fã tem que aceitar tudo sem criticar. Para essas pessoas, fã não pode ver defeito em nada, só qualidades.

Foi por levar esse tipo de mentalidade ao extremo que Maria Mello entrou naquele estado de negação e demorou muito a enxergar a forma como Julinho estava agindo com ela e com a Mônica.

Outro detalhe interessante foi quando ela disse que não queria comprometer o sonho dela de ser modelo por causa do sonho de conhecer o Julinho. Então as outras garotas a chamaram de poser, dizendo que um verdadeiro fã tem que sacrificar tudo pelo ídolo. Apesar de saber que ela exagera demais com seu medo de comida, eu entendo que ela tinha sim o direito de decidir quais deviam ser suas prioridades.

Ninguém tem obrigação nenhuma de se sacrificar pelo ídolo só para posar de bom fã. Para tudo tem um limite e cada pessoa determina o seu. Lembrem-se de que seus ídolos são apenas pessoas de carne e osso, assim como vocês. Tirem a fama e o dinheiro e verão que sobra somente um ser humano como outro qualquer. Nem melhor, nem pior. Será que vale a pena fazer tantos sacrifícios por alguém que nem sabe da sua existência? É algo para se pensar.

E acho que a pergunta foi até meio que respondida quando as fãs perceberam quem o Julinho era de verdade e quando uma perguntou se elas não deviam aceitar tudo, outra falou que não ia aceitar esse tipo de coisa. Realmente, vocês não têm que aceitar tudo de uma pessoa só porque admiram o trabalho dela.

A história pode não ter sido das melhores, mas deixou uma excelente mensagem para a reflexão. E escolheram muito bem o personagem do Julinho como paródia do Justin Bieber, porque teve uma época que eu vou te contar, viu? Já vi mostrarem na televisão garotas chorando e entrando em desespero só porque não conseguiram ingresso para o show dele. Não sei se alguém nesse mundo vale isso.

Agora, se tem uma coisa que eu acho imperdoável é um show atrasar 2, 3, 4 horas. Eu fui a um da Norah Jones certa vez, atrasou só uma hora e pouco e eu quase fui embora. E olhe que estava sentada. Não teria a menor paciência para esperar duas horas ou mais, por isso acho não só uma grosseria como também uma falta de respeito monumental o artista se atrasar dessa forma. Chega a ser pouco caso com os fãs que pagaram, esperaram durante horas e são obrigados a ficar de pé por um tempão esperando a porcaria do show terminar.

Vocês devem estar se perguntando se eu tenho algum ídolo. Já tive, quando tinha 14/15 anos. Naquela época eu adorava o Michael Jackson. Tinha até uma coleção de fotos dele, que eu via nas revistas e recortava. Não tinha discos porque na época não podia comprar. Acho que foi uma apaixonite que peguei por ele, não sei. Depois passou, perdi o interesse e segui minha vida. Desde então nunca mais tive nenhum outro ídolo. Tem alguns artistas cujo trabalho eu admiro, mas não passa muito disso.

Voltando a história, a participação do DC foi menor do que eu imaginava, mas devo dizer que foi significativa. Parece que o “quase namoro” deles não anda indo muito bem por causa das diferenças deles. E não só por causa das diferenças, como também da dificuldade dele aceitar que a Mônica gosta de coisas que todo mundo gosta e segue modinha.

E eu gostei muito da parte em que ela dá um nó na cabeça dele ao sugerir que ele deveria ser fã do Julinho para ser diferente dos outros meninos.

Bem... nós já sabemos que esse “quase namoro” tem data de validade, então esse pode ser meio que o início do fim. Uma briguinha aqui, uma discussãozinha ali... aos poucos eles vão se tocando de que não tem muitas coisas em comum... aí é só questão de tempo até tudo acabar. Então, quem é “docônica”, aproveite enquanto pode.

Ah, e quem não percebeu a participação do ex-empresário das Stars? Coitado... é impressão minha ou toda celebridade com quem ele trabalha acaba tem carreira muito curta? De qualquer forma, gostei da participação dele, que ficou até mais simpático nessa edição. Só falta aprender a escolher melhor com quem trabalha.

Olha, sei que não falei tanto quanto queria, mas essa história não deu assim muito pano para manga. Agora é preparar os palpites para a Ed. 73, que pela capa promete ser boa apesar de saber que vai ter mimimi de Mônica com cebola. vou ver se até amanhã eu mudo o layout do blog e posto o palpite. Ah, e quem quiser ouvir outro ponto de vista sobre a edição, recomendo:


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Mônica Jovem por Anderson Mahanski

10:38 3 Comentários
Eu estava navegando aqui e ali pelo DeviantART quando achei esse desenho muito bacana da Mônica. Ai ai... morri de inveja...


Uma beleza, não é? A pose descontraída, as cores, a luz da janela refletindo sobre ela e até alguns objetos espalhados por perto. Também gostei do lençol da cama, acho que de tudo, né?

Esse trabalho foi feito por Anderson Mahanski e está disponível em sua galeria no DeviantART. Se quiserem ver outros trabalhos dele, não percam tempo: http://andersonmahanski.deviantart.com/gallery/

Well... quem pode, pode!

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Nostalgia: Ed. 17 - Monstros do ID parte 3

21:39 2 Comentários




Título: Monstros do ID – Parte 3

Lançamento: Dezembro de 2009

Roteiro: Maurício de Sousa, Marina Takaeda e Souza e Marcelo Cassaro

Sinopse: Chega o momento da batalha decisiva contra o professor Bikkuri! Ele não apenas capturou Nimbus, como vai liderar os demais monstros Id contra a humanidade. Mônica e Cebola conseguiram combinar-se com seus monstros e ganhar superpoderes, mas será o bastante? E qual a ligação misteriosa do Professor Licurgo com essas criaturas?

Finalmente chegamos a conclusão dessa super saga, cheia de lances psicológicos e viagens dentro da mente. Mônica e Cebola já venceram seus monstros, agora é a vez do Cascão lidar com seus medos.

Para ser sincera, apesar de ter achado legal aquele monstro enorme aparecendo logo de cara, o papo do Id do Cascão tentando amedrontar as pessoas foi assim meio chatinho e se alongou demais, apesar de ter meio que resumido toda a história, talvez fizeram isso pensando em quem não leu as duas Ed. anteriores. E mostrou também como seria um mundo dominado por Id’s, o que não seria nada legal.

Então chega o Cascão e começa a batalha dele com seu monstro. Agora, eu nunca imaginei que a maior fraqueza dele fosse o medo. Apesar dessa nóia contra água, eu nunca o achei medroso com outras coisas. Tirando participar dos planos contra a Mônica, é claro, mas esse medo é compreensível. Por isso fiquei surpresa de terem colocado o monstro dele como um covarde.

Mesmo parecendo ser tão fraco e covarde, Kainin mostrou o quanto era forte. Afinal, o medo é uma das emoções mais poderosas, porque pode paralisar uma pessoa totalmente. Nós deixamos de fazer muitas coisas por causa do medo, porque na hora sempre parece ser algo pavoroso. Claro que ao superarmos esse medo, vemos que no fim nem era grande coisa.

E também podemos fazer muitas coisas motivados pelo medo, inclusive ser agressivos já que a melhor defesa, em muitos casos, é o ataque.

E diferente de Akanin e Soranin, esse monstro não parecia interessado em dominar o Cascão e sim em protegê-lo, já que o objetivo do medo no fim das contas é esse: nos proteger do perigo, evitar que a gente saia por aí fazendo todo tipo de besteiras que possam colocar nossas vidas em risco.

A luta dele com o Id foi mais ou menos como da Mônica e do Cebola, só que mais curta. Bastou ele reconhecer que o Id não representava sua identidade verdadeira e que o medo de água não definia quem ele era de verdade. Assim ele conseguiu controlar seu medo, subjugar o monstro e ganhar um uniforme bacana. 

E nesse meio tempo, aparece a Magali que também tinha vencido o dela, mas diferente dos outros, ela parecia muito triste e deprimida. Afinal, vencer nosso lado sombra também pode ser bastante sofrido, porque muitas vezes vemos esse nosso lado como nossa identidade principal, tudo aquilo que somos. Então, ao renunciarmos esse lado, o que sobra? Leva tempo até juntar os cacos e nos encontrar novamente.

Sabe, confesso que achei meio corrido eles terem espremido as lutas do Cascão e Magali numa edição só, diferente da Mônica e do Cebola que tiveram uma edição cada um. Bem... considerando que os defeitos deles são icônicos, marcaram nossa infância e garantem sucesso nos gibis, acho que ambos mereciam mais espaço. Mas entendo que isso também faria com que a saga tivesse quatro edições ao invés de uma.

O Dr. Bikkuri também deixou várias dúvidas. Nimbus tinha falado que raciocínio era privilégio apenas da mente superior, então como esse monstro foi capaz de bolar planos, controlar os outros monstros, deixá-los gigantes e até de saber que o Ângelo estava com eles? O que tinha de especial nesse monstro? Já sabemos que ele era o monstro do Licurgo e tal, mas não foi explicado por que ele se tornou tão poderoso.

Agora eu fico aqui pensando... onde foi mesmo que o Licurgo arrumou aquela nave enorme e irada? A gente compra isso no shopping? Se eles queriam criar uma aura de mistério ao redor dele, conseguiram. Especialmente ao mostrarem uma parte do seu passado. Mais alguém aí achou fofo aquele momento entre ele e a Mônica? E nossa, existiu alguém especial no passado dele, uia! E o ciuminho básico do Cebola? Ah, bons tempos...

Não sei se foi impressão minha, posso até estar viajando, mas eu achei o cabelo daquela garota parecido com o da Mônica. Quer dizer, se o cabelo da Mônica fosse comprido, acho que seria daquele jeito. Quem tem a revista, repare como ele é dividido em mechas como o dela. Sei lá, fiquei imaginando que pode ter sido por causa disso que a aproximação da Mônica o tocou tanto a ponto de fazê-lo se lembrar do passado. Afinal, os dois nunca foram próximos. Na verdade, ele seria mais próximo do Cebola já que o atazanava na infância.

Bom, depois de enrolação, nave caiu porque só funcionava no piloto automático quando não tinha tripulantes, diálogo com o vilão de óculos e chapelão, blábláblá, finalmente começa a luta de verdade bem no estilo super sentai, com transformação e tudo. se bem que a equipe ficar gigante é novidade, acho que os japoneses nunca pensaram nisso.

Tudo parecia bem, mas parece que a Magali resolveu ficar de mimimi no cantinho. Tá, eu sei que estou sendo insensível ao menosprezar a dor de uma pessoa assim, mas eu achei que o lance dela foi pura frescura mesmo. Quer dizer, só porque ela não sofreu horrores para derrotar seu Id então tinha que ficar sofrendo e choramingando? Ah, nem!

Claro, a luta dela com o monstro interior foi diferente dos outros. Primeiro porque teve cenário, segundo porque seu monstro apareceu na forma humana. E para um monstro, até que o Id da Magali é bem fofo, não acham? Isso porque ela já o derrotou ao longo dos anos, por isso não foi preciso lutar com ela da mesma forma que os outros fizeram.

O lance dela com o Id foi mais que de aceitação, foi aprender a gostar do seu lado ruim e aceitá-lo como parte da sua identidade, o que de certa forma discordo um pouco. Eu sei que tenho meus defeitos, mas nunca ficaria triste caso me livrasse deles. Por isso achei meio estranho ela pensar que querer coisas que não pode ter faz parte da sua identidade, mas para o sentido da história tá valendo.

E foi até bem fofo as duas se abraçando, se entendendo e ficando amigas. Só que aí bateu um sentimento de culpa porque o caso dela foi diferente dos outros. Mas ela devia ter entendido que cada pessoa é diferente e tem suas particularidades, então não fazia sentido ter ficado triste só porque sua luta com o monstro interior não foi sofrida como a dos outros. Sem falar que a luta dela foi a mais longa, porque durou muitos anos. 

Bom, pelo menos ela se recompôs, parou com o mimimi e foi ajudar os amigos, que estavam mesmo precisando de ajuda depois da surra que levaram enquanto ela remoía as mágoas.

Agora, o que me decepcionou um pouco é que depois de tanto blábláblá e enrolação, a batalha final deles contra o Bikkuri foi muito curtinha. Quer dizer, ele enrolou o robô com alguns tentáculos, que em seguida foram rompidos, aí um raio foi disparado, ele foi derrotado e... fim. Nos seriados japoneses que eu assistia na infância tinha mais batalha do que isso. Pelo menos eu acho que a distribuição dos elementos combinou com cada personagem. Mônica tem tudo a ver com fogo, Cebola com vento (rs, rs), Magali com água e Cascão terra. Já pensaram o que aconteceria se o Cascão ficasse com a água? Não ia dar certo.

As piadinhas constantes sobre clichês de super sentai me enjoaram um pouquinho também. Acontece que eu nunca gostei desse lance de eles ficarem lembrando constantemente que aquilo é um mangá (ou HQ) porque isso tirava meu envolvimento com a história, entendem? É como se cortasse o clima. Não consegui levar a história muito a sério por causa disso.

Bom, depois de tudo isso, finalmente o Licurgo pode capturar seu Id num card. Outro ponto negativo, porque desde o início todo mundo já desconfiava que Bikkuri era Id do Licurgo e com isso quase não teve suspense. Outra coisa é que ninguém explicou por que o Id dele era tão poderoso a ponto de conseguir controlar os outros. Quer dizer, o simples fato de o Licurgo ser pinéu não é explicação suficiente, já que tem muita gente doida nesse mundo e nem por isso seus Id’s não saíram se rebelando por aí. Mais um ponto negativo para a explicação deficiente, a não ser que estejam planejando guardar esse esclarecimento para alguma edição futura.

Pelo menos foi explicado o porque dele ter pedido ajuda aos quatro, já que as vezes os problemas são tão grandes que não conseguimos lidar com eles sozinhos. Beleza, deu para entender. Mas ainda assim achei meio chato eles terem esquecido de tudo quando voltaram para o mundo real. Sei lá, ficou meio estranho, como se tudo o que aconteceu não tivesse sentido nenhum porque não houve aprendizado.

Eu até que gostei de terem colocado as cores vermelho e azul na revista, deu um toque a mais. Só que isso complicou um pouco na hora de dar cores aos super sentai. Geralmente, são usadas as cores vermelho, azul, verde, amarelo e rosa. Como eles são quatro e o rosa não se encaixa em nenhum deles, essa cor fica de fora. Nós sabemos que desde os gibis, cada personagem tem sua cor. A Mônica tem o vermelho, Cebola tem verde, Magali amarelo e o Cascão... bem... complicou um pouco porque as cores dele são o vermelho e amarelo. Nos super sentai, o vermelho é sempre o líder e o azul é o segundo em comando. Só que na TMJ, o segundo em comando seria o Cebola, mas a cor dele é verde.

Viram como ficou difícil decidir as cores dos personagens tendo somente vermelho e azul como opção? Mas tranqüilo, considerando as limitações da revista, posso dizer que ficou bom. Fogo e terra ficaram com a cor vermelha enquanto água e ar de azul, até que combinou mais ou menos.

E eu também queria ter visto a verdadeira forma do monstro da Magali. Só por curiosidade mórbida mesmo, sei lá. O monstro dela foi o único que adquiriu forma humana e até que faz sentido, porque dos quatro ela é a mais sensata e madura. E também muito fofa, meiga e disposta a ajudar os outros. Quando criança, sua gula também costumava deixá-la meio egoísta e parece que isso já foi superado.

Pelo menos o final foi engraçadinho, mostrando que apesar de tudo, eles ainda iam levar muito tempo até vencer completamente seus monstros interiores. A briga da Mônica com o Cebola, o Cascão fugindo junto para não apanhar... e foi interessante a Magali ter encontrado os cards e fico me perguntando o que ela teria feito com eles, se os guardou e se eles vão aparecer de novo.

Só mais uma pequena observação. Não falo japonês, mas parece que eles cometeram um pequeno erro quando na hora de eles se transformarem, o Cascão disse “Henshin” que foi traduzido como “transformação”. Fui pesquisar essa palavra, mas ela foi traduzida como “responder”. Mas, como falei antes, eu não sei japonês e isso pode estar certo mesmo.

Bem... essa história é uma das preferidas dos fãs e muitos pedem o retorno dos monstros do Id. Não vou negar que a história foi boa mesmo, com mais pegada mangá, muitas referencias a seriados japoneses, etc. Teve mais lutas também, aventuras que exploravam o fantástico e diferente, coisa que me fez gostar da TMJ. Sim, o que me atraiu foram essas aventuras diferentes, por isso ando meio decepcionada com esses malditos draminhas do quotidiano. 

Eu preferia como era antes, quando alternavam aventuras com histórias do dia a dia. Era legal, variava e deixava a gente ansioso pela Ed. do próximo mês porque não sabia que tipo de história poderia rolar.

Esse tempo também era bom porque eles ainda se lembravam da existência dos secundários, que atualmente andam meio esquecidos. Foi até um milagre terem colocado a Maria Mello protagonizando a Ed. 72 junto com a Mônica. Agora nem Cascão e Magali aparecem direito. É só Mônica-Cebola-Mônica-Cebola...

É por isso mesmo que apesar de essa história não ter sido perfeita, deixou muitas saudades porque foi emocionante, teve uns lances mais cabeça, mas também teve lutas, robôs gigantes e essas coisas de que gostamos.

Para finalizar, tenho bastante coisas para vocês: vários png’s, quebra-cabeças,  palavras cruzadas e um jogo da memória. É diversão para bastante tempo!

A próxima crítica nostálgica será da Ed. 32, quando a Brisa apareceu. Essa vai sair depois das críticas da TMJ 72 e CBM 12. Até lá!

Para quem quiser outra opinião sobre essa saga, pode conferir aqui:




 

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Nostalgia: Ed. 16 - Monstros do ID parte 2

21:27 0 Comentários


Título: Monstros do ID – Parte 2

Lançamento: Novembro de 2009

Roteiro: Maurício de Souza, Marina Takaeda e Souza e Marcelo Cassaro

Sinopse: Mônica conseguiu derrotar Akanin, seu monstro pessoal. Mas para cada pessoa no mundo, existe um Monstro do ID, uma criatura que representa seus piores defeitos... incluindo o Cebola! Surge Soranin, o mestre das mentiras, com um plano para atacar a cidade. Mônica e Akanin poderão unir poderes e vencê-lo?

Depois que a Mônica derrotou o Akanin, agora é a vez do Cebola lidar com seu monstro. E com isso, temos a segunda parte de uma das sagas mais aclamadas pelos fãs.

E tudo começa com uma cena que deve ter deixado muita gente de cabelo em pé: Cebola desabafando as mágoas com a Denise e em seguida dando um beijo nela. Mas como assim? Pois é. Enquanto isso, Mônica passa alguns apuros enquanto tenta se acertar com Akanin.

A cena dela dando chilique no banheiro é hilária, especialmente com Akanin dentro da banheira lendo a Ed. 15. É uma parte cômica e ao mesmo tempo séria, onde mostram que nosso ID, ou lado sombra, é parte de nós e muitas vezes nos leva a fazer coisas das quais nos envergonhamos. Está sendo difícil para a Mônica aceitar isso no início, mas com o tempo ela entende que seu ID é mesmo uma parte dela, o que é essencial para que ela consiga dominá-lo.

Quando negamos uma parte nossa, sejam nossos defeitos ou nosso lado ruim, é como tentar empurrar uma bola para o fundo de uma piscina. O esforço é grande, é desgastante e no fim das contas a bola acaba sempre voltando. A melhor forma de conseguirmos controlar nossas sombras é tendo consciência delas e aceitando que elas existem e que sim, somos capazes de fazer coisas ruins. Essa consciência nos ajuda a dominar esse lado porque tentamos aprender, crescer e evoluir para não deixar que ele tome conta de nós.

E algumas cenas no banheiro a gente não vê mais, como uma parte do corpo da Mônica de sutiã e as pernas dela depois de a toalha ter caído.

Enquanto isso, lá vai o (suposto) Cebola xavecar a Carmem. Sabe uma coisa que me surpreendeu nessa passagem? Foi ela ter dito a palavra “sacanagem”, um tipo de palavreado que não vemos na TMJ com freqüência. Não chega a ser um palavrão, mas também não é uma palavra cheia de pureza e inocência.

Ah, claro, com a Carmem e Denise nós vemos que sororidade (colaboração entre as mulheres) não é exatamente o forte das meninas dessa turma, pois todas foram logo ficando do lado do Cebola sem nem ao menos se darem o trabalho de ouvir a versão da Mônica.

Pelo menos a situação é logo esclarecida quando a turma aparece na sorveteria do mundo dos ID’s e vemos o Cebola com eles. Se bem que muitos já sacaram que o beijador sem vergonha não era o Cebola verdadeiro por causa da aparição dele nó fim da Ed. 15. Mas enfim... será que mais alguém aí ficou com vontade de conhecer a sorveteria do mundo dos ID’s? Está certo que os monstros não são lá muito bonitinhos, mas caramba! Sorvete de graça para comer o quanto quiser? Ô lá em casa! Eu não teria medo nenhum, porque como o Licurgo disse, ID’s agem visando a própria satisfação. Se estiverem satisfeitos, não oferecem perigo.

Nessa passagem, a Mônica aceita de vez que Akanin é parte dela e das coisas erradas que ela fez no passado e assim mostra que tem mais controle sobre ele. E no fim, esse deveria o destino de todos os ID’s, certo? Licurgo estava certo na história. Quando crianças, nós achamos que tudo gira ao nosso redor e por isso queremos fazer o que nos dá na telha. Com o tempo, as crianças crescem e aprendem que o mundo não gira ao redor do seu umbigo e que também existem as outras pessoas, com suas necessidades e desejos.

Bem... teoricamente deveria ser assim, mas pelo que tenho observado ao longo da minha vida, parece que nesse aspecto muita gente só aumenta de tamanho, mas continuam achando que podem fazer tudo o que querem, não sentem empatia pelos outros, acreditam que as outras pessoas existem para satisfazer suas necessidades. Em maior ou menor grau, ainda temos esse lado egoísta.

Sabem aquela pessoa que não sabe respeitar as diferenças e acha que todos devem viver a vida de acordo com o que ela acha certo? E a outra que explora, maltrata, rouba, extorque? É isso aí, crescer não significa necessariamente dominar o ID, tenham isso em mente. Em muitos casos, ele pode até ficar mais forte.

Continuando, essa passagem serviu para falar alguns lances psicológicos que eu achei muito legais e instrutivos, passados de forma simples para que os leitores entendam. E, claro, conhecemos também o ID da Magali que apesar do aspecto meigo, mostrou ser o lado mau dela.

E também aparece Kainin, o próximo ID a vir a tona conversando com Bikuri, que nos conta seu plano de subjugar as pessoas e libertar todos os ID’s. Nessa parte também aparecem Nimbus e Ângelo. Ah, os bons tempos em que personagens secundários recebiam mais atenção e protagonismo. Eu não costumo ser nostálgica, mas confesso que sinto muita falta de quando a TMJ não girava somente ao redor do drama da Mônica com o Cebola.

Foi bem legal ele e Ângelo andando pelo mundo dos ID’s e a cena da perseguição foi ótima, assim como o suspense criado quando Nimbus diz saber quem era aquele ID, se bem que a essa altura, todo mundo já desconfiava, né?

Bom... depois de beijar o bairro inteiro, finalmente Soranim resolve dar o ar da graça e dominar a cidade. Diferente de Akanin, ele é mais calmo, articulado e cheio de artimanhas, sempre cheio de segundas intenções e enganando todo mundo. Realmente, é o ID do Cebola, sem tirar nem por.

E, como sempre acontece, Cebola tentou negar esse lado ruim dele, que aproveitando-se desse breve estado de auto-negação, usou um exército de garotas vestidas de super sentai para destruir a cidade e causar o caos por aí. É quando descobrimos que Akanin se torna uma armadura bem bacana que dá poderes. Bem... dizem que quando aceitamos nosso lado sombra e aprendemos a lidar com ele, esse lado pode se tornar um aliado nosso. ID é também energia e como tal precisa ser bem direcionada para produzir resultados positivos.

E o estilo da transformação da Mônica, ao invés de lembrar os seriados japoneses de super sentai, na verdade pareceram o tipo de transformação dos Cavaleiros do Zodíaco, onde cada parte da armadura vai se encaixando no corpo. Ficou bem legal e finalmente temos algumas cenas de luta que apesar de não serem tão intensas quanto muitos de nós gostaríamos, também foram boas e deram um pouco de emoção a história.

Mas aí vem a bomba: o exército de Soranin era composto pelas garotas do bairro limoeiro que foram beijadas por ele, para desespero e ciúme do Cascão. Como lutar contra as próprias amigas?

Diante desse impasse, Cebola percebeu que tudo isso era apenas uma distração para que ele não encarasse o real inimigo: seu ID. É quando ele resolve confrontar Soranin frente a frente, o que deixou a Mônica bastante preocupada. Em parte, porque ela gostava muito dele. Mas também foi porque o subestimava um pouco. Nessa hora temos a primeira pista do passado do Licurgo, quando ele dá a entender que ficou louco por não ter podido proteger alguém que ele amava. Fofo, não? É um lado dele que nós não vemos com freqüência.

A batalha entre Cebola e Soranin foi mais uma luta entre cérebros, com cada um dando bons argumentos tentando rebater o outro. Soranin tentava mentir, enganar e confundir, mas Cebola conseguiu driblá-lo muito bem inclusive com seu gesto dramático de saltar do prédio, pois sabia que seu ID não podia deixá-lo morrer.

Uma das coisas que mais me surpreenderam nessa edição foi ver o Cebola sendo confrontado pelos seus erros do passado, já que normalmente isso só acontece com a Mônica. O mais engraçado, contudo, foi ele dizer rever as ações ruins do passado deve ter sido doloroso para alguém como a Mônica. Tipo assim, como se ELA fosse a ruim, mas ele não.

Só que, como Soranin mesmo falou, ele tinha muito mais maldade em seu passado e eu concordo. Mas não vamos discutir sobre isso agora, né? Pelo menos ele reconheceu seus erros e viu o quanto a Mônica é diferente dele, pois não é capaz de guardar rancor. Já ele, por outro lado, preferiu acabar um namoro que estava bom e agir como um idiota do que esquecer o passado e seguir em frente.

Quando eu li essa passagem, confesso que minha simpatia por ele aumentou um pouco porque ele parecia mais amadurecido, entendem? Ele reconheceu que errou no passado, mas não pretendia conquistar o mundo com mentiras e manipulações e sim com mérito verdadeiro. Ah, saudades do tempo em que ele não era um cretino... não sei porque o fizeram regredir tanto, mas espero que isso tenha acabado.

Ao vencer seu monstro interior, ele ganhou uma nova roupa de super herói, as garotas se livraram da hipnose e ficaram danadas da vida ao verem que ele estava numa boa com a Mônica novamente. Então pode-se dizer que ambos ficaram empatados. Se o filme dela foi queimado diante da turma, o dele também foi porque acabou ficando com fama de safado e conquistador barato.

Sabe... apesar de não ser perfeito e ter sim um lado meio safado, o Cebola estava se mostrando um bom personagem. Inteligente, articulado, bom para bolar planos e também maduro. E, claro, mostrava o quanto se importava com a Mônica. Uma pena que o tenham estragado dessa forma.

Ah, e para um encerramento dramático, vemos Nimbus capturado pelo professor Bikuri.

Essa Ed. foi muito boa e era de um tempo em que a TMJ tinha o estilo mais puxado para mangá, inclusive nas referencias a seriados japoneses,  e até no uso de palavras japonesas nos nomes dos ID’s. (Akanin – pessoa vermelha, Soranin – pessoa céu e Kainin – pessoa concha). Já o nome e a forma do ID da Magali nunca foram revelados, mas isso vai ficar para a próxima critica.

Outra coisa que notei é que essa edição não tem tantos pudores quanto atualmente, tanto que Akanin até chega a falar crap (em inglês, porcaria, m***, excremento). Não vemos mais isso nas edições atuais, nem as boas cenas de luta e coisas explodindo. Ao longo do tempo, não sei por que, a TMJ foi perdendo os traços de mangá e agora virou outro estilo.

Aliás, confesso que de todos os ID’s, Akanin se mostrou mais divertido e com personalidade com suas gírias (maluco, deixa eu dar neles!) e sua constante pose de valentão, mostrando que ele não é um monstro fácil de lidar. Uma pena não termos visto essa mesma convivência entre os outros personagens e seus ID’s. Seria interessante ver o Cebola tendo que lidar constantemente com os jogos de palavras do Soranin. Ou então Kainin dando chilique toda vez que Cascão quer fazer algo mais ousado.

Bem... essa foi a critica da Ed. 16. Desculpem ter demorado tanto, mas para compensar tenho alguns png’s e quebra-cabeças. Divirtam-se! Prometo que não vou demorar muito para postar a crítica da Ed. 17 porque logo depois também quero fazer a da 32, onde a Brisa aparece, uma vez que ela vai voltar na Ed. 73. Até lá!