segunda-feira, 18 de agosto de 2014

TMJ#72: Meu Ídolo - Críticas

Que coisa... já saiu a capa da Ed. 73 e eu nem tinha começado a crítica da Ed. 72! Bom, confesso que a Ed. desse mês não me deixou lá muito animada não. Quer dizer, confesso que até gostei da história pela mensagem que ela passou, mas no fim das contas me pareceu apenas uma edição para encher linguiça até o fim do ano.

A história não tem nada de complicada. As garotas babam pelo cantor da moda (que é tipo uma paródia do Justin Bieber), fazem de tudo para conhecê-lo e quando acontece, descobrem que o sujeito é um tremendo Zé ruela. Então elas caem na real, a Mônica dá um jeito de desmascará-lo, ele perde algumas fãs mas outras preferem se manter cegas para tudo e fim. Nada de extraordinário ou fora do lugar comum.

Se bem que me surpreendeu um pouco o tal concurso ser na verdade uma referencia ao filme “a fantástica fábrica de chocolate”, onde quem encontrasse o cupom premiado teria a chance de conhecer seu ídolo. Acho que praticamente todo mundo deve ter sacado a semelhança e eu até que gostei dessa referencia porque também adoro o filme.

Apesar de ter gostado de a Maria Mello ter participado mais, não pensei que ela fosse se comportar como um Cebola de saias. Credo, ela foi chata demais! Chata e bitolada também, porque o cara teve que rodar a baiana e endoidar o cabeção para fazê-la cair na real e perceber que ele não valia nada. Sem falar aquelas coisas que ela disse a Mônica, foi realmente um golpe baixo. Eu teria parado de falar com ela mesmo, não tenho paciência com esse tipo de coisa.

Tanto que quando o sujeito pisou no presente dela e falou um monte de grosserias, não fiquei com nem um pouco de pena. No lugar da Mônica, eu nem teria tido o trabalho de consolar. Claro que jamais teria tripudiado, mas ficar toda boazinha depois de ter ouvido aquele monte de desaforos? Foi mal, mas esse lance de dar a outra face não é para mim.

Poxa, foi muito ridículo ela ter falado que a Mônica ganhar o prêmio teria sido um desperdício, mas esqueceu completamente de que só tinha ganhado o prêmio porque a Mônica teve pena dela e lhe deu uma barra de chocolate. Sinceramente? Eu não teria feito isso. Ora, a Maria não queria participar por falta de dinheiro e sim por causa da sua neura com comida, que lhe domina a ponto de não conseguir sequer ver outras pessoas comendo na sua frente. No máximo, eu teria incentivado ela a participar, mas dar uma das minhas barras para ela? Sem chances!

Bom, claro que a Mônica tem coração mole e fez isso em parte por causa do que o DC (que foi bem chatinho nessa história) falou. E depois que a Maria achou o cupom, acabou surtando e quis tomá-lo de volta. Doloroso, eu sei, mas ela tinha dado o chocolate, não tinha? Então acabou.

Pelo menos tudo se resolveu quando descobriram que o cupom permitia um acompanhante e assim conhecer seu ídolo “perfeito”.

O Julinho ser um idiota era esperado, mas eu achei que a idiotice dele foi muito exagerada. Tipo assim, ele se comportou como um psicopata mesmo! Arrogante, egocêntrico, gosta de ser paparicado e ter o ego massageado, gosta de ter poder e destaque, mas detesta lidar com as fãs e tem grande desprezo por elas. Sem falar do seu total desrespeito aos sentimentos dos outros, sua pouca tolerância a frustrações e do grande descontrole quando ficou zangado a ponto de xingar todas as fãs em público sem nem pensar nas conseqüências.

Não sei se foi de propósito ou não, mas serviu muito bem para lançar a seguinte questão: ser fã significa ser cego e aceitar tudo sem nenhum questionamento? Será que um fã tem que fazer de tudo pelo ídolo sem importar as conseqüências, sob pena de ser taxado como poser? Acho que foi por isso que eu gostei da história apesar dos poréns.

Muitos acham ruim quando critico a TMJ porque pensam que fã tem que aceitar tudo sem criticar. Para essas pessoas, fã não pode ver defeito em nada, só qualidades.

Foi por levar esse tipo de mentalidade ao extremo que Maria Mello entrou naquele estado de negação e demorou muito a enxergar a forma como Julinho estava agindo com ela e com a Mônica.

Outro detalhe interessante foi quando ela disse que não queria comprometer o sonho dela de ser modelo por causa do sonho de conhecer o Julinho. Então as outras garotas a chamaram de poser, dizendo que um verdadeiro fã tem que sacrificar tudo pelo ídolo. Apesar de saber que ela exagera demais com seu medo de comida, eu entendo que ela tinha sim o direito de decidir quais deviam ser suas prioridades.

Ninguém tem obrigação nenhuma de se sacrificar pelo ídolo só para posar de bom fã. Para tudo tem um limite e cada pessoa determina o seu. Lembrem-se de que seus ídolos são apenas pessoas de carne e osso, assim como vocês. Tirem a fama e o dinheiro e verão que sobra somente um ser humano como outro qualquer. Nem melhor, nem pior. Será que vale a pena fazer tantos sacrifícios por alguém que nem sabe da sua existência? É algo para se pensar.

E acho que a pergunta foi até meio que respondida quando as fãs perceberam quem o Julinho era de verdade e quando uma perguntou se elas não deviam aceitar tudo, outra falou que não ia aceitar esse tipo de coisa. Realmente, vocês não têm que aceitar tudo de uma pessoa só porque admiram o trabalho dela.

A história pode não ter sido das melhores, mas deixou uma excelente mensagem para a reflexão. E escolheram muito bem o personagem do Julinho como paródia do Justin Bieber, porque teve uma época que eu vou te contar, viu? Já vi mostrarem na televisão garotas chorando e entrando em desespero só porque não conseguiram ingresso para o show dele. Não sei se alguém nesse mundo vale isso.

Agora, se tem uma coisa que eu acho imperdoável é um show atrasar 2, 3, 4 horas. Eu fui a um da Norah Jones certa vez, atrasou só uma hora e pouco e eu quase fui embora. E olhe que estava sentada. Não teria a menor paciência para esperar duas horas ou mais, por isso acho não só uma grosseria como também uma falta de respeito monumental o artista se atrasar dessa forma. Chega a ser pouco caso com os fãs que pagaram, esperaram durante horas e são obrigados a ficar de pé por um tempão esperando a porcaria do show terminar.

Vocês devem estar se perguntando se eu tenho algum ídolo. Já tive, quando tinha 14/15 anos. Naquela época eu adorava o Michael Jackson. Tinha até uma coleção de fotos dele, que eu via nas revistas e recortava. Não tinha discos porque na época não podia comprar. Acho que foi uma apaixonite que peguei por ele, não sei. Depois passou, perdi o interesse e segui minha vida. Desde então nunca mais tive nenhum outro ídolo. Tem alguns artistas cujo trabalho eu admiro, mas não passa muito disso.

Voltando a história, a participação do DC foi menor do que eu imaginava, mas devo dizer que foi significativa. Parece que o “quase namoro” deles não anda indo muito bem por causa das diferenças deles. E não só por causa das diferenças, como também da dificuldade dele aceitar que a Mônica gosta de coisas que todo mundo gosta e segue modinha.

E eu gostei muito da parte em que ela dá um nó na cabeça dele ao sugerir que ele deveria ser fã do Julinho para ser diferente dos outros meninos.

Bem... nós já sabemos que esse “quase namoro” tem data de validade, então esse pode ser meio que o início do fim. Uma briguinha aqui, uma discussãozinha ali... aos poucos eles vão se tocando de que não tem muitas coisas em comum... aí é só questão de tempo até tudo acabar. Então, quem é “docônica”, aproveite enquanto pode.

Ah, e quem não percebeu a participação do ex-empresário das Stars? Coitado... é impressão minha ou toda celebridade com quem ele trabalha acaba tem carreira muito curta? De qualquer forma, gostei da participação dele, que ficou até mais simpático nessa edição. Só falta aprender a escolher melhor com quem trabalha.

Olha, sei que não falei tanto quanto queria, mas essa história não deu assim muito pano para manga. Agora é preparar os palpites para a Ed. 73, que pela capa promete ser boa apesar de saber que vai ter mimimi de Mônica com cebola. vou ver se até amanhã eu mudo o layout do blog e posto o palpite. Ah, e quem quiser ouvir outro ponto de vista sobre a edição, recomendo:


8 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Mallagueta, você não teve inspiração para fazer nenhum png dessa edição? Eu adoro seus png's e queria ver se você conseguia fazer algum dessa edição. Só pedindo, não exigindo! ;)
    E só para confirmar, você vai fazer as críticas da CBM 12?

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    1. Olha, realmente eu não vi nenhuma imagem que merecesse ser transformada em png. Acho que apesar de ter gostado da história, essa edição não inspirou muito. Mas a critica da CBM 12 eu vou fazer sim.

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    2. Aqui está uma imagem que vai te inspirar muito >:D
      http://imagensfanfictions.blogspot.com.br/2014/08/tmj72-julinho-baby-o-que-eu-gostaria.html

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  3. Olá, Mallagueta. Já conferiu a capa da CBM #13?
    Se não, eu postei eu meu Blog. E se você quiser ir lá e comentar, agradeceria!

    http://www.turmadamonicajovem4ever.blogspot.com.br/2014/08/cbm-13-briga-da-rosinha-com-o-chico.html

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  4. Essa edição me deu muita raiva. Tanto do Julinho, por tratar as duas daquele jeito (a Mônica nem bateu nele! Pô, Mônica!) quanto da Maria, por ser tão tonta.
    Cebola de saias... Pff... Imagine, falar para a Mônica que ela deveria se esforçar para agradar mais os outros! Tudo bem agradar, mas para isso a pessoa também tem que te respeitar!
    E o Julinho, a idiotice dele foi muito exagerada, MESMO. Ninguém de verdade é assim, e ele não teria ficado tão famoso não deixando nenhuma garota tocar nele. Podem alegar que histórias em quadrinhos não precisam ser reais, e não precisam, mas se for pra fazer coisas menos realistas, façam a Mônica quebrar a cara do Julinho Bebê.
    O Do Contra e a confusão mental dele me fizeram pensar em uma coisa: Se ele é diferente dos outros garotos, ele não deveria ser gay? Ou não seria, pois é modinha? O Do Contra está um pé no saco estas edições. Tudo bem, ele tem gostos diferentes, mas ele tinha que dar a opinião dele sobre tudo, sempre que não gosta, só pra causar discórdia? Sem falar nas partes ridículas do filme do palhaço e da panqueca, da cama em que não se dorme e do cinema sem filme. Pergunto-me qual é a idade mental dele.
    Quanto aos ídolos... Nunca tive um e acho que nunca terei. Existem pessoas que admiro, mas essa definição de agora sobre ser fã pra mim é fanatismo. Não consigo ser louca por alguém que, no final, é só uma pessoa que faz algo muito bem o.O

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  5. Alias Mônica e DC está sendo um verdadeiro pé no saco.

    Estou achando que nessas edições do Emerson Abreu que virão,irá acontecer a reconciliação da Mônica com o Cebola,ou pelo menos vai começar a se tornar realidade...

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  6. Essa coisa aí, Mallagueta, deve ser um daqueles "roteiros estepes" (à falta de um termo melhor) que os caras escrevem e deixam na gaveta para ser usada em alguma emergência. Como não havia nenhuma história boa antes da menos boa Umbra, que tinha de ser lançada no dia das Bruxas, então enfiaram essa aí só para tapar o buraco. É o tipo da história que não tem nada de excepcional ou chamativo.

    Mas vou comentar aqui essa sua paixonite pelo Michael Jackson. Isso é uma coisa ABSOLUTAMENTE NORMAL e esperado. Com o que você falou de psicologia do Cebola quando levou o merecido pé no sentador, achei até que você estivesse informada a respeito.

    O que acontece é o seguinte: na faixa dos 4 aos 6 a criança vivencia a chamada fase fálica, quando então os órgãos genitais tornam-se fontes de prazer corporal, a criança mostra acentuado interesse pelo sexo e elege o seu objeto de desejo sexual: a menina deseja a posse sexual do pai e o menino, a de sua mãe. É o chamado Complexo de Édipo. Após os 6-7 anos, isso é superado e a criança entra na fase de latência sexual, quando há uma DIMINUIÇÃO (e não extinção como os desavisados pensam) do interesse pelo sexo.

    Quando chega na puberdade, a explosão pelo desejo sexual acontece devido à ação hormonal e retorna o Complexo de Édipo... Mas agora o jovem não quer retomá-lo do exato ponto que havia deixado na infância. O rapazinho não vai ficar apaixonado por sua mãe, nem a mocinha pelo seu pai. O superego vai DISFARÇAR isso com a eleição de outro objeto de desejo sexual. Será então o galã da novela, o bonitão jogador de futebol, o jovem e belo cantor estrangeiro (inverta o sexo e isso será para os mocinhos). Mas note que todos eles têm uma coisa em comum: são inatingíveis, ou pelo menos não estão facilmente disponíveis para um contato ou mesmo conversa. Isso faz parte do jogo.

    E aqui eu fico pensando na Magali e se isso foi feito de propósito pela MSP ou se foi por algum feliz acaso. Ela é um exemplo de plena superação do complexo de édipo. Tão plena que se pode ver que ela se dá muito bem com a mãe, tanto que na TMJ 4, pág. 116, ela está toda cheia de coraçõezinhos ao abraçá-la. Mas a melhor prova disso é a escolha do seu objeto de paixão. Ao invés de escolher um distante ator, cantor, esportista, etc e tal, o superego dela deu-se ao luxo de escolher um bem à sua frente, com quem ela pode conversar cara a cara: o professor Rubens. É um recorde de boa superação.

    No meu caso foi um recorde de má superação (talvez porque meu pai não tenha me passado uma boa imagem...). Os meus objetos de desejo eram personagens de desenho animado, que simplesmente não existem e portanto nunca toparia com elas na minha frente. Isso é que é segurança...

    É isso.

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