E aí, gente? Hora da
crítica da ed. 77: academia de ninjas. Só um aviso: minhas críticas tem
spoilers, então quem não leu melhor esperar um pouco antes de ler minha
crítica.
Sabe, vou contar um
segredinho: antes de ler essa história, eu meio que precisei dar um “reset” no
meu cérebro, esquecer a saga de Umbra e começar do zero sem expectativas. Achei
melhor fazer assim porque não seria justo comparar uma história com a outra.
Bem... não foi
exatamente a minha história preferida, mas também não foi ruim. Pelo menos
colocaram os quatro protagonizando uma história juntos e de quebra adicionaram
o DC. O que eu não gostei foi o mimimi Mônica-Cebola. Mas aí é porque eu fiquei
muito sensível com o drama desses dois mesmo, meio que deu alergia.
Mas sei que muitos fãs
estavam esperando o momento em que a Mônica ia voltar a falar com o Cebola e
saber como ele ia lidar com ela namorando com o DC. Mônica e Cebola? Treta como
sempre. E como sempre, a implicância é por parte dele.
Ela mal tirou a touca
ninja lá na academia e ele veio enchendo o saco como se o fato de ela ser forte
devesse ser uma proibição para aprender artes marciais. Depois, quando ela
falou das razões de estar ali, mais encheção de saco. Entendo que ele fez
aquilo porque estava com ciúmes, mas acho que alguém devia avisá-lo que não é
com treta e implicância que ele vai tê-la de volta. Fica a dica.
Pelo menos parece que
estão tentando reunir a turma novamente, que andou meio quebrada após o
rompimento da Mônica e do Cebola. Está difícil, já que o Cebola ainda tem
sentimentos por ela. O que eu achei estranho foi a Mônica ter terminado Umbra
sem falar com o Cebola e depois voltar a falar com ele de novo na ed. 77.
Parece que eles estão meio que sem saber o que fazer com esses dois.
Ao que parece, cada um
tinha lá sua motivação para ser ninja. No caso da Magali, eu até achei graça.
Os uniformes que cada um bolou foram legais também. O do Cascão imediatamente
me lembrou das tartarugas ninjas mutantes. Já os outros eu não fiz nenhuma
associação. Dizem que tiraram um pouco de Naruto, só que eu não assisto esse
anime. Para falar a verdade, eu acho que só assisti por uns 30 segundos, quando
um moleque estava seguindo o Naruto pela vila. O garoto tentou se camuflar numa
cerca, só que a camuflagem dele saiu com as tábuas na horizontal e uma parte
dos cabelos dele apareceu. Quando o Naruto falou que sabia dele, o garoto ainda
ficou impressionado por ter sido tão descoberto tão facilmente. Foi só isso que
assisti.
O treino de cada um
também foi engraçado, especialmente o Cascão desviando das shurikens. Ué, qual
é a surpresa? Para quem desviou de pingos de chuva durante anos, umas
estrelinhas aqui e ali não são nada. Ninja mesmo foi a defesa da Magali. Quem
consegue bater em alguém com aquela carinha tão meiga?
Uma coisa interessante
foi tentarem colocar os ninjas de um jeito mais realista, sem floreios e
fantasias que vemos nos filmes. Era por essa mesma razão que o dojo estava meio
fraquinho, porque as pessoas pensavam que ninjas são uma coisa e descobriram outra
diferente. É nessa hora que o Cebola tem a idéia de ajudar propondo um show de
exibição para atrair clientes. A idéia foi bem recebida, mas Cascão logo
desconfiou que era um plano dele para ficar bem com a Mônica.
Confesso que deu até um
pouco de pena dele. Poxa, será que tudo vindo dele agora é plano infalível?
Bem... considerando seu passado, acho que era de se esperar. Mas parece que o
que dói mais nele é ver a Mônica tão feliz com outro. E isso não é brincadeira
não, gente. Acontece na vida real. Se tem uma coisa que deixa qualquer um
arrasado é saber que o(a) ex é mais feliz com outro(a) do que com ele(a).
E no Cebola isso dói
porque faz com que ele se sinta dispensável, tipo não era tão essencial assim
na vida da Mônica e que ela pode perfeitamente ser feliz sem ele. Lembrem que
durante muito tempo, o Cebola foi muito seguro de si, achando que ela nunca ia
desistir dele. Na ed. 48 ele mesmo admitiu que pensou que fosse ficar com a
Mônica de qualquer jeito, então era só deixar rolar. Então um dia ele aprende
que nada nessa vida é certo a não ser a morte e o imposto de renda.
Então vem a pergunta:
ele não deveria estar feliz ao vê-la feliz? Sejamos justos: nem todo mundo tem
esse nível de maturidade e desapego. Ainda somos meio egoístas, queremos sentir
que fomos e ainda somos importantes na vida daquela pessoa. Então vê-la feliz
joga essa ilusão por terra. Agora, vocês repararam no que ele disse ao afirmar
que algo dentro dele diz que a Mônica com o DC é errado? Não seria uma forma de
ir preparando os fãs para o rompimento no futuro?
Outra coisa que eu
gostaria de comentar é sobre a Magali tentando “empurrar” a Mônica para o
Cebola outra vez sendo que na ed. 69 armou todo aquele esquema para ela ficar
com o DC. E na ed. 73 ela falou ao Cebola que a atitude mais correta seria
deixar a Mônica em paz para que ela pudesse ser feliz com outra pessoa. Aí ela
vem tentando fazer com que os dois se acertem? Confesso que achei bem estranho
isso.
Mas eu achei a resposta
da Mônica muito boa. Sim, ela sabe que o Cebola ainda gosta dela. E nós sabemos
que ela ainda gosta dele, embora não fale nada. Mas acontece que ela está farta
de tanta confusão na sua vida amorosa, de todo aquele drama que não ata e nem
desata. O DC também tem suas complicações, manias e defeitos, mas pelo menos
sempre se mostrou sincero e verdadeiro.
Uma coisa que pode
parecer difícil de entender é que uma pessoa pode trocar outra que ama por
outra de quem apenas gosta muito e ainda assim estar feliz com essa troca.
Quando um relacionamento é problemático demais, traz mais dor do que alegria,
então chega uma hora em que precisamos abrir mão desse amor para ter paz de
espírito. Sim, pessoal, eu sei que isso não é nada romântico, não é o que os
filmes e novelas ensinam. Amor por si só não segura relacionamento. É preciso
muito mais do que isso.
A Mônica não ama o DC
como ama o Cebola. E para falar a verdade, um amor nunca é igual ao outro. Mas
ela se sente bem com ele, se sente segura, respeitada e valorizada. No fim, é o
que acaba importando mais do que o sentimento que ela tinha pelo Cebola. É, eu
sei que as pessoas tem a crença de que mulher só gosta de cafajeste. Aí quando
acontece de alguma escolher o cara bacana, povo surta geral com isso e fica
todo mundo sem entender.
Ah, e vocês viram como a
Magali ficou sem jeito quando a Mônica perguntou dela e do Cascão? Haha, isso é
para ela ver como é chato uma pessoa ficar insistindo num assunto sobre o qual
não queremos falar.
Não vamos esquecer do
tal inimigo que resolveu perseguir e atacar a turma no show de exibição. Após
muita peleja, o DC deu um jeito nele com o seu pensamento virado do avesso:
venceu perdendo. Meio doido, não? Mas funcionou, impressionou o público e
atraiu mais clientes para o dojo. Agora vem a parte mais tensa.
É quando a Mônica pensa
que tudo foi um plano do Cebola para impressioná-la e fala todas aquelas coisas
horríveis. É, foi uma parte bem desagradável. Mas acho que faltou um bocado de
raciocínio da parte dela. Primeiro, onde o Cebola iria arrumar um robô tão
sofisticado como aquele? Tudo bem que naquela realidade eles vendem gênios
sofisticados, mas onde o Cebola ia arrumar grana para comprar um desses?
Segundo, se o Cebola
programou o robô para perder para ele, então porque não conseguiu derrotá-lo de
primeira? Por que no fim o DC é que conseguiu dar conta dele de um jeito
inusitado? Será que ele é tão burro a ponto de cometer esse tipo de erro? Pois
é. Não estou defendendo o Cebola, mas acho que forçaram um pouco nessa parte só
pra fazer a Mônica brigar com ele e falar aquelas coisas.
E no fim, quando ela viu
que ele era inocente, ficou toda chorosa e arrependida. Como falei antes, não
fiquei com pena do Cebola porque na ed. 54 ele agiu mais ou menos da mesma
forma que ela. Ao ver Amanda chorando, ele foi logo colocando a culpa nela sem
nem ao menos deixá-la explicar e ainda foi atrás da outra para levar flores.
Isso foi tão cruel quanto.
Só que essa história
parece ter deixado um ponto de interrogação no final. O Cebola fez ou não fez o
robô atacar a todos? Há quem diga que sim, pois ele é bom com computadores e
vídeo-games, então não seria impossível ter criado um vírus. Mas vou ser
sincera: tudo me leva a acreditar que ele não fez esse vírus. Vamos lá:
1 - Muito antes de ele
ter a idéia da apresentação ninja para salvar o dojo, o robô já estava andando
a solta por aí.
2 – Se ele tivesse mesmo
a intenção de derrotar o robô e impressionar a Mônica, teria conseguido dar um
jeito nele na primeira tentativa.
3 – O diálogo dele com o
DC é bem revelador. Quando DC fala que qualquer pessoa pode ter invadido o
sistema do robô pela internet, o Cebola apenas diz que ele estava certo, pois
não entendia nada dessas coisas.
Acontece que invadir
sistemas não é algo tão simples quanto mostram nos filmes. Leva tempo, dá
trabalho e exige muito conhecimento. A não ser que o Franja não tivesse
colocado segurança nenhuma no robô, mas isso seria meio estranho vindo dele. De
qualquer forma, não seria assim uma coisa simples e fácil porque o Cebola também
teria que conhecer a programação do robô, saber como funciona e assim poder
programá-lo para fazer o que ele queria. Foi por isso que o Cebola disse aquela
frase, porque invadir sistemas é bem mais difícil do que parece.
4 – Quando DC fala que o
Cebola não vai conseguir a Mônica de volta agindo desse jeito, ele apenas
responde “Eu sei DC.” Ou seja: ele não vai perder tempo fazendo planos sabendo que
não irão funcionar. Se ele sabe que esse tipo de coisa não vai trazer a Mônica de
volta, então por que se arriscar tanto? No fim, as coisas ficaram ainda piores.
E confesso que foi meio
estranho o DC ter dado essa dica, como se de alguma forma quisesse ajudar o
Cebola a ter a Mônica de volta. Ou só estava sendo sincero, não sei. Talvez no
fim ele apenas queira que o Cebola tenha uma chance real de lutar pela Mônica. Lembrem-se
de que desde a ed. 34, ele só fez uma única tentativa de derrotá-la e mesmo
assim foi mais pra satisfazer o próprio ego do que para reatar o namoro. Então pode
ser que o DC queira que ele tente fazer algo de verdade. Seria também uma forma
de saber que a Mônica está com ele porque quer, não porque o Cebola falhou em
reatar com ela.
A história, no geral,
foi... tipo assim, boa. Nem a melhor, nem a pior. Por ser uma história de ninjas,
confesso que achei meio parada. A ação ficou mais para o final mesmo. O começo
foi um tanto arrastado a meu ver.
Outra coisa que eu
estranhei foi a sinopse dizer que o DC tinha convidado todo mundo para a
academia e no fim ele convidou só a Mônica. Acho que deviam tomar mais cuidado com
essas sinopses. Mas verdade seja dita: a cena da Mônica falando aquelas coisas com
o Cebola vai garantir muitas outras edições de enrolação espera para que
os dois reatem. Ao que parece, a via cruxis do Cebola ainda está longe de acabar.
Isso, claro, se estiver
nos planos da MSP fazer com que os dois reatem na ed. 100. Caso contrário,
esqueçam. Vai demorar mais ainda.
Mas na boa... a ed. 71
foi com o Cebola. Depois a ed. 73, 74, 75, 76 e agora a 77. Se ele não era o
protagonista principal, pelo menos teve mais destaque do que os outros. PelamordeDeus,
gente! Deixem um pouco para os outros personagens também! Tá, pelo menos nessa
a Magali e o Cascão não ficaram só para enfeite. Mas tanto Cebola, Cebola,
Cebola... argh, tem dó!
Teve gente que sentiu
falta dele tendo atrito com o DC, mas até que achei melhor assim. Eles não têm que
brigar por causa da Mônica porque ela não é objeto para ser disputado. A decisão
sobre com quem ficar é dela. Mas parece que depois disso o Cebola meio que está
vacilando na decisão de continuar lutando por ela e talvez tenha decidido se
conformar. Bem... vamos ver se isso foi mesmo uma desistência ou algo temporário.
Até que seria interessante dar uma namorada para ele. Contanto, é claro, que não
seja pra fazer a Mônica se tocar de que o ama e sofrer, chorar e correr atrás dele
como uma tonta. Aí não, tenham a santa paciência! Ninguém merece correr atrás de
ninguém, nem mesmo o Cebola. Talvez esteja na hora de ele dar um tempo e deixar
as coisas seguirem seu rumo. Às vezes insistir pode ser pior. O que tiver de ser,
será.
Para outra opinião sobre a história, acesse: