Sabe... faz um tempo que eu li a CBM 17 mas não fiquei assim
muito animada para fazer a crítica. A história foi boa, mas não a minha
preferida.
Não é que eu não goste das edições educativas, mas acho que
exageraram um pouco dessa vez. Ficou muito, sei lá, aula de ciências. Se bem
que foi legal tocarem no assunto do desaparecimento das abelhas, que é um
problema real que vem mesmo acontecendo nos EUA e Europa. As abelhas somem e
ninguém sabe explicar direito o por que. Uns dizem que é doença, outros falam em
agrotóxicos, pesticidas, transgênicos...
Pode parecer implicância minha, mas achei o Chico meio
afetado nessa edição. A parte dele com dor de barriga quase fazendo o nº 2 nas
calças até que foi engraçado, mas ele gritando toda hora por causa do abelhão e
também do apicultor de uniforme foi um tanto chata. Mas o resto foi tranquilo.
Ah, claro, a cena em que Melinda encontra o Chico e o Vespa fica cheio
de recalque porque o Chico chama a atenção das garotas foi engraçada mesmo. Só
que a Fran ficou um tremendo porre de chata. Aliás, ela tem andado um tanto
antipática ultimamente. Aquele ataque de ciúme por causa do Chico e da Melinda
foi bastante ridículo e infantil a meu ver. Tipo assim, será que ela ainda não
percebeu que o Chico tem namorada e não pretende deixá-la para ficar com ela?
Alguém precisa dar um desconfiômetro para ela.
Quanto a Melinda, eu até que gostei da personagem, mas nunca
a vi nos gibis do Chico bento. É alguém que gosta do que faz, é feliz,
realizada e tem vontade de fazer algo bom para o mundo. E cá entre nós: alguém
precisava mesmo falar para o Vespa que o zumbido dele é totalmente chato. Não
somente chato como também desnecessário. Na boa, quem é que conversa zumbindo? Se
fosse nos gibis ainda vá lá, os personagens eram crianças. Só que agora estão
crescidos.
Basicamente, a maior parte da revista foi falando sobre a
importância das abelhas, como elas polinizam as flores, o mistério do seu
desaparecimento, blábláblá, papo Discovery Channel... apesar de gostar do lance
educativo, achei um tanto arrastado.
E a tecnologia de realidade aumentada me pareceu bastante...
aumentada também. exagerada, devo dizer. Foi necessário a história, mas um
tanto forçada. E o lance de alienígenas levando as abelhas embora... não sei o
que dizer. Por um lado, até gostei porque é uma explicação original. Por outro
me parecei mais fantasioso do que deveria. Estou oscilando entre uma opção e
outra.
Se bem que eu até achei engraçado o encontro do Chico com o
Abelhão chefe. “Não senhor, meu nome é Chico bento. Não conheço nenhuma Ana
Maria”. Eu ri nessa parte.
Se o começo foi meio arrastado, admito que a parte final
teve lá sua dose de emoção quando percebemos que a as coisas eram bem mais
reais do que pareciam, já que o Abelhão podia ver e falar com o Chico, embora
isso não tenha sido muito bem explicado. Tá, a realidade ampliada era em duas
vias, mas isso não ficou assim muito claro. E acho que nem precisa, é só uma
história em quadrinhos.
Foi uma surpresa saber que o Abelhão não era ruim no fim das
contas e as abelhas estavam indo embora porque queriam. Para falar a verdade,
tem hora que dá vontade de ir embora da Terra mesmo. Ô raça miserenta de ruim a
nossa!
E o toquezinho de romance no final entre Melinda e o
Abelhão? Tá, de repente foi só impressão minha, mas meio que rolou um clima
entre eles. Ela desapareceu, foi viver na colmeia e o Chico ficou para trás. Um
final estranho se querem saber, porque ela deve ter deixado parentes, família,
amigos, um trabalho no apiário, muita coisa. Uma decisão bem idealista, mas não
sei se foi sensata.
Bem... foi isso. Também gostei dos sotaques caipiras do
Chico, deviam colocar mais isso na história. Foi a primeira vez, se não me
falha a memória, que o vimos fazendo uma besteirinha para variar. Certo, foi
uma besteirinha que pelo menos resolveu o mistério das abelhas, mas ainda assim
uma bela trapalhada ele soltar a abelha e depois correr atrás dela feito doido.
Na próxima ed. o vai passar um tempo na roça com a família e
também com a Rosinha. É também aniversário da cidade e vai ter uma grande
festa. Depois tem qualquer coisa sobre uma casa pegando fogo e um manto mágico
salvando os personagens, algo assim que não entendi bem. Mas parece que dessa
vez vai ter um pouco mais de agitação e mistério. Sem falar que estava
demorando o Chico encontrar de novo com a rosinha e a família. Desde a ed. 1,
os dois só se viram uma única vez e agora nem temos mais notícias da Rosinha.
Tanta coisa ficou no ar desde a edição dela... pelo menos os dois vão curtir um
momento juntos e aproveitar a festa. Isso, claro, se a chata da Fran não
aparecer para encher a paciência. Do jeito que ela é atrevida, não duvido nada.
Quanto ao manto que protege o Chico, não sei por que mas
acabei lembrando da Mariana, irmã dele. Será que ela vai ter alguma coisa com isso?
Essa foi minha critica da história. Quem quiser ouvir outra
opinião, tem esse vídeo do Canal
Opinião Turma da Monica Jovem. A crítica da TMJ 78 deve sair lá pelo dia dez.
vocês sabem que eu costumo dar um tempo para que o pessoal leia a revista,
porque minhas críticas tem spoiler.
Eu gostei bastante da edição, e achei bem divertida. A parte do zumbido do Vespa foi muito engraçada, ao meu ver... E a Fran? Sei lá, mas acho que essa edição era pra ser publicada antes da edição #13, porque aí, apesar de tudo, ela tem consciência que o Chico não quer nada com ela.
ResponderExcluirAh, e essa Melinda nunca apareceu nos gibis do Chico, mesmo.
eu esperava uma coisa mais realista sobre as abelhas, achei que a história teria mais potencial.
ExcluirQuanto aos comentários no facebook sobre os enormes quadros do Flávio... ok, eu acho que ele tinha que dar uma maneirada nisso sim. Mas o Emerson também faz isso, na turminha. Não são de duas páginas ou uma página inteira, claro, mas ele SEMPRE faz quadros de uma faixa (ficando 4 quadrinhos por página). Os outros roteiros ficam com uns 7 quadrinhos, com em média dois por faixa, mas o Emerson faz um por faixa e ficam 4 quadrinhos. Teve uma vez, na "Magali e Cascão namorando", que um gramado e uma árvore tomaram uma faixa de quadrinhos. No quadrinho seguinte, aparece o Cascão chamando "Magalizinha..." com o mesmo cenário e uma faixa. No quadrinho seguinte, o mesmo cenário e a Magali brava aparecendo - uma faixa.
ResponderExcluirMas é a vida. :v
Os roteiristas ganham por página, é normal que façam isso, mas que irrita, irrita.
Ah, no quadrinho do Cascão chamando "Magalizinha...", o Cascão não aparece, é só o cenário e o balão.
ExcluirE eu gosto bastante das histórias dos dois. Pra mim se só o Flávio roteirizasse a CBM, ia ser ótimo (apesar de os roteiros da Petra serem ótimos lá também).
Acontece que gibis são mais frequentes do que TMJ ou CBM, por isso não dá pra ficar gastando muito espaço desse jeito. As vezes é preciso quadros maiores pra mostrar cenários que tem relevância, que não dão pra ser mostrados em um quadrinho só, mas precisam ser mostrados.
ExcluirAgora, gastar páginas e mais páginas pra mostrar um apiário ou uma nave alienígena?
Isso é, mas algumas vezes incomoda mesmo. No CBM 18, mesmo, na HQ do Flávio, teve uma cena com um quadrinho de duas páginas que podia ser mostrado em meia página.
ExcluirAdorei sua crítica Mallagueta, não acompanho Cbm mas acho que vale a pena comprar !
ResponderExcluirOnde você leu?
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