E aí, pessoal? Beleza? Hoje no face foi uma baita confusão
porque um idiota postou uma página da TMJ com um baita spoiler. Não vou falar
qual é, claro, mas foi uma tremenda falta de respeito porque estragou parte da
surpresa. Mas enfim... vamos falar da CBM 29.
Sabe... existem histórias que eu gosto logo de cara. Outras
eu preciso ler mais de uma vez para gostar. Esse foi o caso da ed. 29. Quando
li na primeira vez, achei muito pão com ovo. Mas após uma segunda leitura posso
dizer que gostei bastante da história apesar de não ter sido assim emocionante,
cheia de aventuras e lances sobrenaturais. Ainda assim foi uma história bonita.
O enredo foi simples, mas bem construído. Chico perdeu a
memória, mas pelo visto manteve o caráter e as coisas que aprendeu na
faculdade. Por isso soube conquistar a simpatia das pessoas que o acolheram.
Fico só pensando em como ele ficou atrasado na faculdade por
ter passado tanto tempo fora. E também na angustia da Rosinha e da família dele
por causa da sua ausência. Sei que não posso ser muito exigente com o realismo
porque sei que algumas coisas precisam ser ignoradas para que haja história.
Por exemplo, achei estranho seu Geraldo e a filha dele não o
terem levado ao médico da vila mesmo vendo que ele estava confuso e sem
memória. E mesmo ele tendo passado tanto tempo morando com eles, também não
tiveram o trabalho de tentar descobrir quem ele era, nem pensaram que ele
poderia ter família e pessoas que estavam preocupadas com ele.
Aliás, foi até estranho a polícia não ter encontrado o Chico
por aquelas bandas mesmo tendo passado tanto tempo. A não ser que ele tenha
ficado só lá no sítio sem ir a vila.
Outra coisa que me causou estranheza foi o Chico ter
aceitado casar com a graça assim tão facilmente. Pelo visto ele casa numa boa
com qualquer garota, mas quando se trata da Rosinha ele corre apavorado. Tudo
bem que dessa vez ele estava sem memória, mas ainda assim não pude deixar de
ficar meio de lado com ele por causa dessa facilidade em apaixonar por qualquer
garota que aparece.
O Noronha foi um personagem assim meio clichê, mas
necessário a história. O típico amigo de infância apaixonado que nunca teve
coragem de se declarar. Um tanto dramático, mas vá lá. Achei fofinho no fim das
contas. Só fiquei com dó dele por causa da forma como seu Geraldo o tratava.
Eu disse que ele foi necessário porque, claro, no fim o
Chico recuperou a memória e não teve casamento. Essa parte também foi bem
feita, com drama e revelações bombásticas. Teve até um baita soco na cara do
Chico que pelo menos serviu para reativar sua memória. Eu fiquei com pena da
Graça, lógico, mas convenhamos... eles deviam ter tido o cuidado de investigar
a vida do Chico, tentado saber quem ele era e se tinha família, namorada, etc.
Ao aceitar um rapaz sem memória, eles não pensaram que ele podia ter outra vida
e que poderia querer voltar para ela. Mas enfim... foi uma história, um
roteiro. Precisava ser assim mesmo.
Pelo menos o Noronha acabou conquistando a Graça e seu
Geraldo percebeu que ele era gente boa e realmente gostava da filha dele. E no
fim todos ficaram amigos.
Como falei, não foi assim uma história emocionante, mas
apesar disso até que gostei. As piadas com o Zé Lelé foram boas (tipo a do
celelé), achei o Fido bem engraçadinho, o Zé da Roça perdendo o Chico de vista
por causa da vaca também foi engraçado. Pelo menos eles tentaram fazer a coisa
certa ao levá-lo ao médico, o que Geraldo e Graça deviam ter feito desde o
início. Teria poupado a Graça de muitos aborrecimentos. Só espero que tenham pelo
menos aproveitado os comes e bebes da festa porque é muito ruim desperdiçar
comida.
Essa foi a crítica da ed. 29. Eu daria nota 7. Foi boa, mas
não excepcional. Mas a capa até que ficou muito legal, acho que foi desenhada
pelo Zazo (aí vocês vêem como faz diferença).
A próxima edição vai ser do Chico no reino das formigas, ou
algo assim. Eu li o preview da história hoje e pelo que parece, ele vai ser
encolhido e introduzido em algum formigueiro. Um tanto estranho para mim, devo
dizer. Já li em algum lugar que na prática não é possível encolher uma pessoa
porque nossas células já são microscópicas. Tipo, não teria como encolhê-las
ainda mais, especialmente os neurônios. Mas enfim... na ficção tudo é possível.
Outra coisa que me causa estranheza são as formigas com as
caras dos personagens. Já vi a Rosinha, que é a rainha do formigueiro, o Zé
Lelé, primo Zeca e deve ter vários outros. Tipo assim... formiga deveria ter
cabelo? De qualquer forma, a história parece ser interessante, vamos esperar
para ver como é. Pelo menos o início foi legal.
E também gostei da capa, que foi bem feita e colorida.
Parece que ele vai causar um bocado de confusão no formigueiro antes de ficar
amigo das formiguinhas. Será que a rainha vai se apaixonar por ele ou vai
aparecer algum Chico-formiga para ela? pelo visto vai ter aventura, intriga e
ele terá que ajudar as formigas em alguma coisa (acho que salvar a rainha, algo
assim) antes que o efeito do encolhimento passe. No fim ele deve ficar com
aquele sentimento de saudade dos amigos que fez no formigueiro e talvez tire
nota boa no trabalho. Fim.
Tenho andado assim meio de lado com as histórias do Chico,
mas dessa vez estou feliz por ele pelo menos ter voltado a faculdade, acho que
o objetivo principal da revista é mostrar como ele tenta se ajustar a vida
acadêmica e vai se tornando adulto aos poucos. Mas também gosto das outras
aventuras, especialmente as sobrenaturais. Dá variedade as histórias.Eu colori uma das imagens da edição. Tem png e quebra-cabeça.
Antes que me esqueça, hoje eu também li o preview da ed. 91
da TMJ e... meldels! A treta já começou maligna! Quero só ver como a Penha vai
se arranjar com o seu Samir! No lugar da turma, eu a entregava para ele sem pensar
duas vezes. Aí, trinta minutos depois, ele ia voltar implorando para que a
levem de volta porque não agüenta mais a chatice dela.
Apesar de ter ficado chateada com o tal spoiler de hoje
(quem viu, por favor, não fala nada!), acho que ainda vai ter outras surpresas
legais na história. Só pra esclarecer, não foi com a cena em si, que para mim
causou surpresa, mas no fim acabou sendo indiferente. Foi por ter visto antes
da hora. Preferia ter visto na hora de ler a revista, uma página depois da
outra. Tirou um pouco da diversão.
Para mais críticas, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:
Nenhum comentário:
Postar um comentário