terça-feira, 7 de janeiro de 2014

CBM#04 - Dia de Rosinha: críticas

21:56 16 Comentários


Eu demorei para fazer a critica do CBM desse mês porque queria fazer um desenho da Rosinha, coisa que não tinha feito antes. Então eu refiz um que achei bonito.

Sobre a edição desse mês, devo dizer que me surpreendeu um bocado. Gostei de saber que eles irão focar na Rosinha também e falar sobre a vida dela, o que vai ser muito interessante e irá enriquecer as histórias. Tipo, não vai deixar tudo ficar na mesmice.

Diferente do Chico que ficou numa republica com um bando de esquisitões, Rosinha foi para a casa de uma tia, aparentemente um ambiente mais seguro e familiar. O legal é que a gente logo vê que a estadia dela não vai ser nada fácil quando a tia dela se mostra uma baita chata de galochas desde o primeiro instante.

Os primos são gente boa, mas parece que a tia dela vai encarnar a madrasta perversa. A mulher é chata, mal humorada, ranzinza e queria até comer alguns bocados do salário da Rosinha. Dá para ver que ela terá problemas no futuro e fiquei curiosa para saber como vai lidar com eles.

Também tem seu trabalho na floricultura e a relação com Paulo. No início ele a recebeu com um pouco de hostilidade, mas no fim estava babando por ela. Aí vem o suspense. Será que vai dar em alguma coisa? Será que não vai? Mesmo a gente sabendo que lá no fundo não ia acontecer nada, até que deu um certo medinho. Mas para alívio dos fãs, a coisa acabou na amizade mesmo. 

Por um lado, até fiquei com pena do rapaz, mas cá entre nós, ele foi bem atrevidinho, hein? Tentar beijar a Rosinha mesmo sabendo que ela tem namorado e não ter dado nenhum sinal verde? Para mim perdeu o respeito.

A parte do restaurante foi meio tensa e a mudança de humor dele ao saber que ela tem namorado foi visível e bem feita, com ele tentando colocar minhocas na cabeça dela dizendo que não tinha como aquele namoro dar certo. Felizmente, Rosinha acredita nos sentimentos dela e do Chico, por isso não se abalou com tão pouca coisa.

No fim, ela teve que sair da floricultura, o que me chateou um pouco. Quer dizer, não achei justo ela ter largado o emprego de que gostava só para não iludir um bebezão mimado que não consegue aceitar uma negativa. O pior de tudo é que mesmo assim ele não foi capaz de entender e respeitar a decisão dela. Se por um lado eu acho isso um grande desrespeito, por outro entendo que vai servir para apimentar a trama.

Agora, tem outras coisas que me chamaram a atenção. A primeira delas é sobre o assédio, que foi tocado de forma leve, mas foi tocado. É sobre aquele fotógrafo maluco que resolveu perseguir Rosinha mesmo ela tendo dito que não estava interessada. Ele até vai tentar tirar fotos dela sem permissão e estou curiosa para saber no que isso vai dar.

Será que vai publicar alguma e prejudicá-la? Vocês sabem o quanto nossa sociedade é machista e hipócrita. Quando vaza alguma foto íntima de uma mulher, todo mundo joga pedras sem dó. Claro que no caso da Rosinha isso não vai acontecer, mas publicar as fotos dela em revistas de qualidade duvidosa poderá lhe trazer problemas.

Outra coisa é Paulo falar sobre “revistas de mulher pelada”. Está aí outro tema que a gente nem sonha em ver na TMJ, assim como a prostituição. Tudo, claro, falado bem de leve e sem usar esses termos. Ainda assim me surpreendeu bastante.

Então fui dar uma olhada na capa da revista achando que a classificação era maior que a TMJ e surpresa: é exatamente a mesma!  No entanto, esses assuntos foram falados na CBM, mas na TMJ ainda parece ser um tabu. Por isso eu acabei me animando um pouco com as histórias do Chico. Acho que não vamos ter essa coisa excessivamente inocente e idealizada que temos na TMJ, o que acho ótimo.

Eu gostei da história da Rosinha, achei bem promissora e estou aguardando a próxima edição. Parece que ele vai para a faculdade (finalmente). E aposto que vai enfrentar alguns problemas, conhecer gente nova e até, quem sabe? Alguma garota vai dar de cima dele também.

Vai ser bem interessante vê-los lidando com essas “tentações” e lutando para resistir. É algo que serve para reflexão: vale a pena ceder aos impulsos agora ou se conter em nome de algo mais importante, sólido e duradouro? Cada um deve saber a própria resposta.

Cinderela às Avessas - Capítulo 3: Que se achava no direito de pisar em todos

19:41 1 Comentários
Ler no Nyah
Ler no AnimeSpirit



Que se achava no direito de pisar em todos

Apesar de ainda ser vinte e três de novembro, aquele foi o último dia de aula e todos já tinham os resultados. Assim, não havia mais porque ir a escola. Uns passaram direto e comemoravam alegremente os próximos dois meses de férias sem ter que se preocupar com livros e cadernos. Já outros lamentavam a recuperação e os dias que seriam perdidos por causa das provas. Quatro jovens estavam muito alegres com seus resultados.

- Uhuuu! Não acredito que passei direto! – Cascão comemorava segurando seu boletim. – O papai aqui não é mole não! 
(Mônica) - Ai, que alívio! E até que minhas notas melhoraram esse ano!
(Magali) – Meus pais vão ficar muito felizes!
(Cebola) – Com essas notas, vamos ver se meu pai libera um tablet novo!

Carmem seguia todos andando sozinha porque suas amigas estavam lhe evitando. Claro, elas não passavam de umas invejosas recalcadas, por isso lhe tratavam daquele jeito. Por que tanta implicância? Ela não tinha feito nada demais, apenas falou algumas verdades aqui e ali sobre as roupas delas. Especialmente as da Mônica e Cascuda.

Afinal, elas estavam mesmo vestidas como mendigas e alguém precisava dizer isso. Só que elas eram sensíveis demais e não suportavam críticas que tinham sido feitas para seu próprio bem. Azar o delas.

Ainda assim era desagradável ter que andar sozinha. Até Denise estava lhe evitando. Mais a sua frente, a turma ia conversando animadamente planejando como iam passar as férias do fim de ano. Férias de gente pobre, certamente. Cebola e Mônica estavam de mãos dadas. Eles estavam se entendendo bem ultimamente. Também iam Cascão e Cascuda, felizes e abraçados. Na saída, ela viu Quim esperando por Magali e Franja por Marina. Todos felizes em ignorá-la.

Quando saiu da escola, Cascuda deu um sorriso ao ver o primo lhe esperando no outro lado da rua.

- Oi, Rafa! Como vai? – ela foi até ele com as amigas logo atrás. Apesar de ser mais velho, aquele homem era mesmo um gato!
- Oi. Trouxe o CD que te prometi.
- Vou ouvir quando chegar em casa, deve estar lindo!
- Quem é esse bofe escandaloso de bom? – Denise perguntou com todo seu assanhamento e Cascuda resolveu apresentá-lo para as amigas.
- Meninas, esse é Rafael, meu primo. Ele é músico e veio me trazer um DC de... de... – ela parou de falar quando viu Carmem examinando o carro atentamente. – O que você tá fazendo, criatura?
- Nossa! Essa BMW é último modelo, super cara! Eu não sabia que tinha um ramo chique na sua família, fofa! Por que não me contou? E esse seu primo é uma graça, viu? Prazer, querido, eu sou a Carmem Frufru! – ela falou estendendo a mão com um grande sorriso no rosto.

Meio sem jeito, ele estendeu sua mão para cumprimentá-la e procurou esclarecer as coisas.

- Er... meu nome é Rafael, mas esse carro não é meu. Eu trabalho como chofer e de vez em quando uso para... – Carmem afastou a mão rapidamente e fez uma careta de nojo.
- Ah, tá. Outro pé rapado. Hunf, nem sei por que perco meu tempo com gentalha!

Cascuda cerrou os punhos com força, seu rosto ficou vermelho e seu auto controle acabou indo para o espaço.

- Do que você chamou o meu primo?
- Será que além de pobre, você é surda? Eu não vou ficar repetindo as coisas pra ninguém!

Um tapa voou em seu rosto, sendo seguido por um puxão de cabelo, unhadas e alguns socos. Foi uma gritaria geral, uma pequena multidão se reuniu ao redor para presenciar a briga mais louca do ano e todos torciam para que Cascuda batesse ainda mais naquela patricinha irritante.

Mônica precisou separá-las e segurar Cascuda para que Carmem não apanhasse mais. Sua roupa estava suja, havia marcas de tapas e arranhões no seu rosto, seu cabelo estava desgrenhado e grande porção dele ficou na mão da sua oponente.

- Sua cretina, quem você pensa que é? Ninguém xinga minha família, ninguém!

Os pais de ambas as moças foram chamados e a Sra. Frufru mal conseguia esconder a vergonha. Que situação mais constrangedora! O que deu em sua filha para ter agido daquela forma?

- Nós podemos ser pobres, mas temos dignidade! Que tipo de educação vocês dão para sua filha? – os pais de Cascuda falaram muito indignados.
- Me desculpe, por favor, mas sua filha também errou ao bater na minha! Violência não justifica nada!
- Claro, mas sua filha humilhar a nossa pode, não é?

Licurgo brincava com bonequinhos de papel ignorando a discussão dos três. Quando perceberam que o diretor estava silencioso demais, pararam de discutir.

- Eu acho. – ele falou ajeitando os óculos. – Que as duas deviam dar um beijinho e fazer as pazes.
- Como é que é? – elas falaram ao mesmo tempo totalmente horrorizadas.
- Ora, é fim de ano e daqui a pouco é natal! Por que brigar tanto? O sargento papeludo aconselha que todos façam as pazes e parem de brigar!

A mãe da Cascuda olhou para a filha como que pedindo explicações para aquela esquisitice. A moça deu de ombros e Licurgo decidiu.

- É isso aí! Meu exército de papel não quer mais brigas! Façam as pazes agora mesmo e prometo não colocar ninguém para descascar batatas!

Sem outra escolha, as duas pediram desculpas mutuamente. Desculpas forçadas porque na verdade uma queria esganar a outra. Tudo terminado, todos foram embora com Carmem ainda reclamando.

- Você devia processar aquela baranga, olha o que ela fez com o meu lindo cabelo! E as minhas roupas estão estragadas pra sempre!

Quando chegaram em casa, o Sr. Frufru as esperava muito preocupado e os três foram ao escritório onde podiam conversar com privacidade.

- Filha, estamos muito preocupados com você. – ele começou.
- É pra ficar preocupado mesmo, aquela pobretona quase me matou! Será que vai ficar marca no meu rosto?
- Não é isso. – Sua mãe interrompeu. – Não gostei nem um pouco do jeito com que você falou com aquela moça. Chamar a família dela de gentalha? Isso não se faz com ninguém!
- Falei mentira por acaso? Eles são pobres, estão num nível muito abaixo do nosso! Como queria que eu agisse?
- Com educação e civilidade! Não criamos uma filha mal educada e eu estou muito chateada com esse comportamento!
- Eu também! Só porque temos dinheiro, você não pode tratar as pessoas como se fossem insetos.
- Por isso mesmo eu estou pensando em não te deixar ir ao desfile nesse sábado.
- O quêeeee? Não, mamy, isso não! A senhora prometeu!
- Isso foi antes de você maltratar sua amiga daquele jeito!
- Vai quebrar sua promessa? Não é justo!

Sr. Frufru coçou a cabeça, pensou um pouco e falou.

- Carmem, saia um pouco para que sua mãe e eu possamos conversar.
- Tá bom, papi.

Ela saiu e esperou por alguns minutos. Depois seu pai lhe chamou novamente. Sua mãe falou.

- Seu pai e eu conversamos e decidimos que você pode ir ao desfile. Eu prometi e pretendo cumprir minha promessa.
- Ai que bom! Obrigada, muito obrigada. – Sua mãe continuou.
- No entanto, o que você fez foi errado e não posso deixar impune. Como castigo, você não poderá comprar nada.

Carmem precisou se apoiar em um móvel para não cair.

- N-não comprar nada? Espera, a senhora não pode estar falando sério!
- Sim, filha. Eu estou. Você já tem roupas demais e todas ainda estão na moda.
- Mas é a nova coleção de verão, não posso deixar de comprar! Quer que eu fique feia nesse natal?
- Carmem, obedeça sua mãe ou não a deixaremos ir ao desfile.
- Papi...
- Estamos falando sério. Se sua mãe diz que você não precisa de mais roupas, é porque não precisa mesmo. Ou você promete que não irá comprar nada, ou estará proibida de sair.

Não adiantou chorar e nem implorar. Eles permaneceram irredutíveis e Carmem viu que se não cedesse, acabaria perdendo o desfile pelo qual ela tinha esperado o ano inteiro. Sem outra solução, ela acabou se dando por vencida.

- Está bem, eu prometo.

Sra. Frufru a olhou nos olhos muito séria.

- Promete mesmo? Lembre-se de que eu estou lhe deixando ir a esse desfile porque sempre cumpro com a minha palavra. É importante que você retribua também cumprindo com a sua. – Seu pai apoiou.
- A palavra é algo muito importante. Se prometer, não poderá voltar atrás. Podemos confiar em você?
- Podem sim, juro juradinho! Por favor, deixem eu ir!
- Está bem. Se você promete, então pode ir ao desfile. Mas volte antes das sete! Você também prometeu isso!

Carmem deu um abraço nos dois e um beijo em cada face. Um beijo fingido e sem emoção, já que no fundo ela os achava os piores pais do mundo. Era muita crueldade lhe proibir de comprar aquelas roupas maravilhosas que ia ter no desfile. Por que a vida tinha que ser tão cruel com ela?

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Cinderela às Avessas - Capítulo 2: Uma patricinha mimada e arrogante

20:43 2 Comentários
Ler no Nyah
Ler no AnimeSpirit

__________________________________________________________

Uma Patricinha mimada e arrogante

No dia seguinte, as garotas conversavam no pátio da escola quando Carmem chegou com seu nariz empinado, olhando todas de cima e falou com um ar esnobe.

- Meninas, eu pensei muito no que aconteceu ontem e acho que fui muito dura com vocês.
- Ainda bem que reconhece! – Mônica falou ainda irritada com o comportamento da amiga no dia anterior.
- Pois é, eu sou a generosidade em pessoa, por isso decidi perdoar vocês por toda aquela grosseria.

Vários queixos caíram no chão. Ou aquela garota era muito burra, ou totalmente sem noção.

(Magali) – Você é que foi grossa com a gente!
(Marina) - Isso mesmo, especialmente com a Cascuda!
- Ah, por favor! Eu só falei umas verdades que ela precisava ouvir! Bom, como eu tô de bom humor hoje, vou perdoar todo mundo e deixar que andem comigo! Que tal?
- Pois eu dispenso sua companhia. – Cascuda falou.
- Quem disse que faço questão de você enfeiando meu espaço?
- Primeiro, não existe a palavra “enfeiando”. Segundo, quem polui meu espaço é você com tanta soberba.
- Com tanta o quê? Não fala difícil comigo que eu não gosto!

As duas voltaram a discutir novamente, atraindo a atenção dos rapazes.

- O que tá pegando, Mô? – Cebola quis saber.
- Essas duas resolveram brigar. Mas também, a Carmem tá insuportável hoje!

Elas seguiram trocando ofensas por mais cinco minutos e só pararam quando tocou o sinal e todos tiveram que ir para a sala. Mesmo assim elas continuaram se encarando com hostilidade, pois nenhuma delas pretendia dar o braço a torcer. Pelo visto, aquilo ia bem longe.

__________________________________________________________

Na sua barraca, Madame Creuzodete arrumava os apetrechos para começar o trabalho daquele dia. Cartas de tarô, bola de cristal, búzios, velas e outros instrumentos que serviam para ler a sorte e prever o futuro. Berenice lhe ajudava limpando cada instrumento e colocando em seu devido lugar. De repente, a bola de cristal começa a piscar várias vezes.

- Madame...
- Eu já vi, Berenice. Parece que tem um trabalho importante para mim! Vejamos.

Ela gesticulou sobre a bola de cristal até aparecer a imagem de uma garota loira com longos cabelos encaracolados. Dava para ver que se tratava de uma criaturinha mimada, egoísta e sem nenhum respeito por ninguém.

- Esses pirralhos mimados... o que a senhora pretende fazer?
- O meu trabalho de sempre. Jogar o anzol e esperar que ela morda a isca.

__________________________________________________________

Chegando no refeitório da escola, Carmem fez careta ao ver que a fila estava enorme. Droga, ela tinha se atrasado e teria que esperar!

- Vem, Cacá, senão a gente não come nada. – Denise falou indo para o fim da fila junto com as outras garotas.
- Pro fim da fila? Nem! Eu não vou perder meu tempo.
- Vai ficar sem comer?
- Claro que não! Vou me servir muito bem!

Ignorando os protestos dos outros alunos, ela foi até o começo da fila e pegou uma bandeja para escolher seu lanche como se não houvesse mais ninguém no refeitório.

- Ô garota, o final da fila é lá atrás.
- Alguém te pediu alguma opinião, subalterna? Anda, me serve logo que eu não tenho tempo a perder!
- Não mesmo! Se quiser, aguarde sua vez. – a copeira insistiu. Se permitisse aquele comportamento, logo ia acabar perdendo o controle de tudo.
- Por acaso você sabe quem são meus pais? Eles são os mais ricos da cidade, temos muito dinheiro, então trate de me servir logo, senão...

Alguém empurrou Carmem para fora da fila, deixando-a indignada.

- Viu só o que fizeram? Você não vai fazer nada?
- Vou servir quem chegou primeiro e esperou sua vez. Se quiser, vá para o fim da fila.
- Grrr! Você me paga! Meu pai vai te processar!

Ela saiu dali resmundando e foi até suas amigas que estavam relativamente perto do início da fila e tentou entrar na frente da Magali.

- Ei, tá doida?
- Pára de reclamar e abre espaço!
- Você não vai furar fila não, sua folgada! – Mônica falou ameaçadoramente e Carmem ainda insistiu em entrar na frente da Magali.
- Eu faço o que quero, meus pais tem dinheiro!

Mônica perdeu a paciência e a pegou pelo braço fazendo com que saísse dali.

- Não faz não, querida! Sai pra lá que você tá atrapalhando!
- Vocês são umas desalmadas, não tem consideração com ninguém! Bando de monstras sem coração, suas chatas, barangas, mal vestidas...

Elas ignoraram a choradeira da outra, pegaram sua comida e foram se sentar. Carmem acabou saindo da cantina sem comer nada, lamentando a vida cruel e injusta que levava.

- Que ódio, eu nunca consigo o que quero!

__________________________________________________________


Sobre sua mesa de trabalho estava estendido um grande mapa com as estrelas do firmamento.

- Acha mesmo que a estrela certa irá aparecer para ela?
- Sim, do contrário esse trabalho não faria sentido. Falta apenas essa garota morder a isca.
- E se não acontecer?
- Sempre acontece, Berenice. Sempre acontece. – ela falou enigmática. Nunca tinha falhado antes e aquela não ia ser a primeira vez.

__________________________________________________________

Perto da hora do jantar, Cascuda foi atender a campainha e deu um grande sorriso para o homem que estava na porta. Ele era alto, cabelos castanhos, quase loiros, e tinha vinte e cinco anos de idade.

- Oi, Rafa, que surpresa!
- E aí? Como vai minha priminha favorita?
- Muito bem! Os seus patrões te deram um tempo?
- Eles viajaram, então resolvi dar uma passadinha aqui. E vim em grande estilo, olha só!

Ele estendeu a mão e mostrou uma luxuosa BMW estacionada em frente a casa.

- Hahaha, quem vê até pensa que você é rico!
- Sonhar de vez em quando não custa nada, né?

Dentro de casa, ele foi saudado por sua tia, que era irmã do seu pai.

- Rafinha, há quanto tempo você não aparece. Nossa, você está tão magrinho! Já sei, não estão te alimentando direito naquela casa, não é?
- Pois é, tia. Por isso vim filar a bóia para me alimentar melhor.
- Seu menino bobo, pode vir quando quiser.

Enquanto a mãe de Cascuda servia o jantar, ela conversava com seu primo.

- Você já conseguiu algum empresário?
- Está difícil. Ser pianista parece não dar muito dinheiro aqui no Brasil.
- Que injustiça! Você toca piano como ninguém! Eles não sabem o que estão perdendo!

Desde cedo Rafael mostrou talento para a música, tendo aprendido a tocar vários instrumentos. Sua especialidade era o piano, que ele tocava com grande maestria. Como nasceu de família pobre, ele fez faculdade de música com muito sacrifício tendo que trabalhar arduamente para poder pagar as mensalidades.

Apesar de muito talentoso, ele não conseguia nada melhor do que tocar em boates e restaurantes para um público indiferente que mal prestava atenção a sua música. Como o restaurante onde ele trabalhava tinha fechado, ele se viu obrigado a conseguir o emprego como chofer numa mansão fina e elegante no bairro das Pitangueiras.

- E os amores, Rafinha, como vão? – Sua tia perguntou quando todos se sentaram a mesa para o jantar.
- Por enquanto nada, tia. A senhora sabe que mulher não gosta de homem pobre! – ele falou em tom de brincadeira.
- O meu namorado vive sem dinheiro e eu amo ele mesmo assim!
- Namorado? Já?
- Que negócio é esse de “Já”? Tenho quase dezesseis anos!
- Depois me apresenta esse cara. Se ele não for gente boa...
- Deixa disso, viu? Meu Casacãozinho é super gente boa.
- Ele bem que podia tomar banho mais vezes! – Seu pai falou se servindo de arroz ao forno.
- Ele toma, pai! Quer dizer... três vezes por semana, mas tá muito melhor que antes.
- Peraí! Que negócio é esse de só três vezes por semana? – Rafael perguntou com os olhos arregalados e a conversa seguiu muito bem humorada.

Antes de o rapaz ir embora, Cascuda lhe pediu.

- E aquele CD com as suas músicas? Como ficou?
- Um amigo meu está editando tudo. Amanhã fica pronto.
- Ai, que bom! Na próxima vez que você vier, traz uma cópia pra mim?
- Vou fazer o seguinte: meus patrões só voltam amanhã a noite, então vai dar pra passar na sua escola e te entregar. Você vai gostar, ficou legal demais!
- Mal posso esperar!

__________________________________________________________

Na mansão dos Frufrus, Carmem tentava convencer sua mãe a deixá-la ir ao desfile daquele sábado. Devido a um compromisso de última hora, Sra. Frufru não ia poder acompanhar a filha, mas Carmem não queria perder esse desfile de forma alguma.

- Tem certeza de que pode ir sozinha, Carmem?
- Claro, mamy! É só um desfile, não tem nada demais!
- Ainda não sei... – ela hesitou um pouco.
- Ai, por favor! Eu esperei esse desfile o ano inteirinho!
- Só se você prometer que não irá a nenhum outro lugar. E também que vai chegar no máximo às sete horas.
- Sim, eu prometo.
- Está bem, pode ir e divirta-se.
- Obrigada, mamy! Eu te amoooo! – ela falou dando um abraço na sua mãe e correu para seu quarto pensando em qual roupa iria usar. Apesar de ainda ser quinta-feira, ela achou melhor planejar tudo para não ter nenhuma surpresa desagradável de última hora.

- Hum... essas roupas estão bem cafonas, viu? Mal posso esperar pra comprar tudo novinho!

domingo, 5 de janeiro de 2014

Fanfic: Cinderela às Avessas

21:43 4 Comentários

Hoje estou estreando minha nova fanfic: Cinderela às Avessas, baseada no filme com o mesmo nome que passava na sessão da tarde.

Há tempos eu queria escrever uma história assim e só faltava inspiração. Finalmente consegui terminar tudo, aleluia! Bom, talvez alguns conheçam o filme, então vou avisar que a história não será exatamente igual ao filme, mudei algumas coisas porque não queria fazer uma cópia perfeita e sim algo com a mesma idéia, só que contado do meu jeito.

Dessa vez, a fanfic será totalmente centrada na Carmem, então imagino que muita gente vai estranhar porque os personagens principais não irão aparecer muito. Claro que Mônica, Cebola, Magali e Cascão vão aparecer, mas não serão a estrela principal dessa vez.

Grande parte da minha inspiração veio da Ed. 60 e resolvi fazer tipo uma continuação, onde Carmem e Cascuda acabarão tendo que se entender. Vou logo avisando que a Carmem vai sofrer um bocado e não posso garantir que as coisas voltarão ao normal para ela. Bem... só lendo a história para saber, não é?

Dessa vez eu vou fazer uma coisa diferente. Geralmente eu publico a fanfic no Nyah e coloco o link no blog. Agora vou publicar os capítulos aqui também. Quem preferir ler no Nyah, pode ler. Senão, pode ler e comentar aqui também.

Ah, também tem quebra-cabeça da capa e os png's também. Eu comecei a fazer a Madame Creuzodete quando lançaram a ed. 51, mas acabei deixando no meio do caminho. Para fazer a capa da história, resolvi terminar o desenho dela.

Sim, eu já sei que na verdade ela é negra. Acontece que eu não sei qual é o desenho correto dela, como serão os traços e os cabelos. Nem sei se vão corrigir, por isso coloquei desse jeito mesmo.

Então, sem mais delongas, o primeiro capítulo! Espero que gostem!
Quem quiser ler no Nyah, pode clicar aqui: Capítulo 1 - Era uma vez...

____________________________________________________________________

Capítulo 1 - Era uma vez...

- Oh, céus! Que dúvida terrível! Por que a vida é tão cruel comigo?
- Cruel? Tá falando do que, criatura? – Denise perguntou sem entender por que Carmem choramingava daquele jeito.
- Eu preciso escolher entre Prada ou Gucci! Mas os dois são tão lindos, buáaaaa!

Ela começou a chorar segurando um sapato de cada marca nas mãos e Denise virou os olhos com impaciência.

- Escolhe logo, Cacá! Eu gosto de passear no shopping, não de ficar o dia todo preso numa loja só! 
- Sua bruxa sem coração! Eu tô em conflito existencial e você só pensa em si mesma? Pois não saio daqui enquanto não conseguir escolher!
- Hã... posso ajudar em alguma coisa? – a vendedora perguntou se aproximando das duas já estranhando toda aquela demora.
- Pode sim, querida. Troca essa cara horrorosa por outra melhor e vista umas roupinhas decentes porque tá parecendo um espantalho!

A vendedora arregalou os olhos, chocada com toda aquela grosseria.

- Agora sai logo daqui antes que eu morra com esse perfuminho barato! Argh, parece desinfetante!
- Credo, tá de TPM hoje? – Denise perguntou também assustada. Aquilo foi grosseiro demais até mesmo para a própria Carmem.
- Sim, Tô Pronta pra Matar se não conseguir escolher logo! E todo mundo fica me distraindo toda hora!

Cansada de tudo aquilo, Denise resolveu acabar com aquela choradeira.

- Ué, por que você tem que escolher? Tá sem dinheiro?
- Sem dinheiro? SEM DINHEIRO???? Claro que não! Minha família é a mais rica da cidade, meu pai sempre me dá tudo o que eu quero e...
- Tá, tá. Então por que não compra os dois de uma vez?

Foi como uma luz se acendesse sobre sua cabeça.

- É mesmo! Eu posso pagar, não posso? Ai, que idéia brilhante a minha!
- Como é?

Carmem levou os dois pares sem pestanejar, deixando Denise aliviada por ter acabado aquele pesadelo. Sua alegria não durou muito porque na próxima loja, tudo se repetiu como antes. Dava para ver que Carmem não estava num bom dia.

Após muita peleja, as duas foram até a praça de alimentação. Normalmente eram seus pés que doíam de tanto andar, mas daquela vez ela estava com dor de cabeça de tanto passar raiva com Carmem e seus conflitos existenciais por causa de roupas, sapatos e acessórios.

- Ah, olha as meninas! Vamos lá! – ela convidou e Carmem torceu o nariz.
- Eu heim! Elas vão é botar olho gordo nas coisas que eu comprei!
- Deixa disso, Cacá! A gente sempre sentou com elas e você nunca deu chilique!
- Pode ser, mas a chata da Cascuda tá lá e você sabe que eu não dou bem com ela!
- Aff, deixa de drama e vamos logo. As outras mesas estão ocupadas. 

As duas foram até onde as amigas estavam sentadas, com Carmem resmungando um pouco.

- E aí, meninas?
- Oi, Denise! Oi Carmem! Senta aí! – Mônica convidou e Denise não se fez de rogada. Já Carmem procurou se sentar o mais longe possível de Cascuda. Por que alguém como ela tinha que ser vista andando com a ralé?
- Tem alguma novidade pra nós? – Magali perguntou comendo seu sanduíche natural.
- Menina, eu nem te conto o babado que eu vi hoje de manhã!

As outras fizeram silêncio para ouvir a mais recente fofoca. Não era tanto o que Denise falava e sim a maneira como falava que prendia a atenção de todas elas. Aquela ruiva tinha o dom de transformar coisas simples em grandes eventos tamanho era o entusiasmo com que ela relatava suas fofocas.

- Então ela pegou a vassoura e quebrou nas costas dele sem dó! O coitado teve que ser levado de maca e ela ainda queria entrar na ambulância pra bater nele mais ainda!
- Credo!
- Que horror!
- Nem a Mônica é assim! – Carmem falou venenosamente.
- Como é? Claro que eu não sou assim! Não resolvo mais as coisas na pancadaria!
- Mas continua sem classe como sempre, não é mesmo? Agora ninguém pode falar nada!
- Ué, foi você quem provocou! Quem fala o que quer, ouve o que não quer! – Cascuda falou em defesa da amiga. Não foi boa idéia.
- Meu bem, a conversa não chegou até a cozinha! Ninguém te pediu pra falar nada!
- Eu falo quando quiser, se não quer ouvir, então cai fora!

O clima ficou tenso de repente e Marina tentou acalmar os ânimos.

- Meninas, calma! Hoje é domingo, não vamos brigar por besteira!
- Então fala pra essa cafona aí parar de se meter onde não deve! Que coisa, por que eu tenho que aturar esse tipo de gente?
- Porque ela é nossa amiga! – Mônica falou já cansada de tanta chatice da Carmem.
- Talvez eu devesse selecionar melhor minhas amizades!
- Então vai selecionar em outro lugar, porque daqui eu não saio!
- É, eu vou mesmo! Parece que não sou bem vinda aqui, bando de invejosas!
- Como é que é? – as outras falaram ao mesmo tempo.
- Isso mesmo! Vocês morrem de inveja de mim! Eu sou a garota mais linda dessa turma, tenho os cabelos mais longos e também sou rica! Olha só quanta coisa eu comprei!

As meninas tiveram que segurar a Mônica para que ela não pegasse tudo aquilo e atirasse na fonte do shopping. Ela só procurou se acalmar porque lembrou que aquela atitude ia lhe custar cinco anos de mesada.

Carmem pegou suas coisas e falou com impertinência.

- Querem saber? Tenho mais o que fazer do que perder tempo com quem não me defende! Vamos, Denise!
- Pra onde?
- Vamos embora! Eu quero provar as coisas lindas que comprei e preciso de alguém pra me ver!
- Então usa o espelho, porque eu vou ficar aqui mesmo!
- Como é?
- Fófis, não é que eu não te ame, mas você tem andado muito chata ultimamente. Vai se acalmar, migz. Amanhã a gente se vê na escola.
- Então é assim? Prefere ficar com essas... essas... pobres do que ficar comigo?
- Pois é. A vida é assim mesmo.
- Então fica com elas, sua traidora!

A loira saiu dali rebolando e com o nariz empinado. Aquelas pobretonas mortas de fome não iam estragar seu dia.

- Credo, o que deu na Carmem? Ela tem andado terrível ultimamente! – Marina falou ao ver a outra se afastando.
- Vai saber... o melhor é deixar quieto que depois passa. Agora, vocês não sabem o que eu ouvi ontem de tarde no banheiro da escola!

As outras logo esqueceram do episódio de momentos antes

__________________________________________________________

Ao chegar em seu quarto, Carmem jogou as sacolas sobre a cama e olhou sua imagem no espelho, examinando cuidadosamente a área dos olhos e a testa.

- Ninguém merece, viu? Eu ainda vou acabar cheia de rugas por causa daquelas chatas! Por que ninguém me defendeu? Claro, todo mundo tem que pagar pau pra Mônica!

Após constatar que nenhuma linha tinha aparecido em seu rosto, ela decidiu tomar um banho para relaxar e chamou a empregada.

- Arrume o meu banho agora mesmo e coloque aqueles sais que minha mãe trouxe de Paris!

Enquanto a empregada arrumava seu banho, ela tirou a roupa e colocou um roupão. Um cheiro perfumado e muito agradável encheu o ambiente, fazendo com que Carmem gritasse furiosa.

- Sua tonta! Eu falei pra colocar os sais de Paris! PARIS!
- Mas... mas... – a mulher mostrou o frasco que tinha o desenho da torre Eiffel no rótulo.
- Isso é só a marca, imbecil! Olha só o que você fez! Estragou tudo! Agora vou ter que tomar banho nessa coisa fedorenta porque tô cercada de gente burra e ignorante que não faz nada direito! Anda, sai logo daqui sua anta!

A mulher saiu dali aos prantos, quase esbarrando na senhora Frufru que vinha na direção oposta.

- Carmem, o que está acontecendo aqui?
- Ah, mamy! Essa criadagem de hoje tá cada vez mais incompetente, viu? Não servem pra nada!
- Não fale assim dos nossos empregados! Você não tem esse direito!
- Claro que tenho! Eles trabalham na minha casa!
- Na minha casa e a do seu pai, você quer dizer. Só será sua quando nós dois morrermos.
- Credo, que coisa mais fúnebre! Vai encher meus olhos com pés de galinha!

Ela olhou para a cama e viu muitas sacolas de compras.

- Escuta, você já não tinha feito compras recentemente?
- Isso foi há séculos, mamy!
- Foi na semana passada!
- Então? Muito tempo! Precisava de roupas novas!
- Você já tem toneladas de roupas novas!
- Novas? Mas eu já usei todas!
- Usou uma vez só!
- E você quer que eu use a mesma roupa duas vezes? Cruz credo, isso é coisa de pobre!

Sua mãe colocou as mãos na cintura e falou com a voz enérgica.

- Carmem Frufru! Você sabe que sempre te damos tudo, mas isso é exagero! Você não vai gastar toda nossa fortuna só porque não quer usar a mesma roupa duas vezes, então pare de fazer essas compras malucas toda semana! Você não precisa disso e...

Carmem apenas olhava sua mãe enquanto pensava no desfile que ia acontecer na próxima semana anunciando a nova coleção de verão daquele ano. Estava mesmo na hora de renovar seu guarda-roupa.

- ... e por isso mesmo, procure ser mais responsável e não saia por aí comprando feito maluca, entendeu?
- Sim, mamy, entendi. Agora eu posso tomar meu banho? Senão a água vai esfriar.

Ela deu um suspiro e respondeu.

- Sim, pode tomar seu banho. O jantar será servido no horário de sempre. Não se atrase.
- Pode deixar.

Depois que sua mãe saiu, ela tirou o roupão e mergulhou na banheira prazerosamente. Apesar de não ser os sais de banho que ela queria, o aroma agradável acabou lhe seduzindo, tirando parcialmente o mal humor.

- Mal posso esperar o desfile! Vou comprar tudo bem novinho!

 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

LT#55: A maldição do brega! - Críticas

21:31 5 Comentários
Pois é. Outro dia fui ler Lulu Teen 55 porque não tinha nada para fazer. Não li antes porque a história não tinha me chamado a atenção e eu tinha outras coisas para fazer. Mas depois resolvi dar uma olhada só para não perder o hábito.

O que eu achei? Tipo assim, a história foi mais ou menos. Mais focada em problemas de adolescentes e dessa vez teve a Glorinha como protagonista. O mais engraçado foi a volta das “vilãs” da história e ver Diana se descabelando por causa da Glorinha. Não é uma vilã original, mas também não é das piores.

Agora, não sei se é impressão minha, mas parece que mudaram a personalidade da Cássia. Antes ela era meio bobinha e meio que apaixonada pela Glorinha. Nessa edição ela ficou mais séria, um tanto indiferente. Ainda assim a história foi legal.

O que eu achei interessante foi ela ter perdido seu “senso de moda”. No início pareceu mesmo que foi culpa da praga que Diana rogou, mas depois foi explicado que na verdade ela apenas tinha perdido seu próprio senso de moda. Isso acontece com a gente também.

Às vezes nos apegamos tanto as regras, tendências, modas, cultura, opinião dos outros, etc. que acabamos esquecendo da nossa própria individualidade. É muito fácil a gente se perder em meio a tantas normas e regras. Parece que todo mundo sabe o que é bom para nós: pais, professores, mídia, religião, etc... aí a gente acaba esquecendo da nossa própria capacidade de decidir nossos caminhos.

E quando esquecemos que temos poder sobre nossa vida, ficamos desorientados que nem a Glorinha, que tentou procurar outros hobbies e não se encaixou em nenhum porque já não conhecia mais a si mesma. As coisas só se resolveram quando ela se reencontrou e redescobriu sua capacidade de saber o que é bom para si mesma independente da moda ou tendências.

É uma reflexão interessante que a história propõe. Eu não gosto de moda e nem ligo. Visto o que me parece confortável e pronto. Mas de vez em quando me vejo obrigada a vestir conforme as regras. Acho que não dá para escapar disso completamente. Ainda assim, tento manter minha individualidade o máximo que posso. Se eu perder isso, o que me sobra?

Como eu gostei da mensagem que a história passou, resolvi colorir uns desenhos que achei interessantes. Fiz até quebra-cabeça com eles. Espero que gostem apesar de não ser da TMJ.