terça-feira, 7 de janeiro de 2014

CBM#04 - Dia de Rosinha: críticas



Eu demorei para fazer a critica do CBM desse mês porque queria fazer um desenho da Rosinha, coisa que não tinha feito antes. Então eu refiz um que achei bonito.

Sobre a edição desse mês, devo dizer que me surpreendeu um bocado. Gostei de saber que eles irão focar na Rosinha também e falar sobre a vida dela, o que vai ser muito interessante e irá enriquecer as histórias. Tipo, não vai deixar tudo ficar na mesmice.

Diferente do Chico que ficou numa republica com um bando de esquisitões, Rosinha foi para a casa de uma tia, aparentemente um ambiente mais seguro e familiar. O legal é que a gente logo vê que a estadia dela não vai ser nada fácil quando a tia dela se mostra uma baita chata de galochas desde o primeiro instante.

Os primos são gente boa, mas parece que a tia dela vai encarnar a madrasta perversa. A mulher é chata, mal humorada, ranzinza e queria até comer alguns bocados do salário da Rosinha. Dá para ver que ela terá problemas no futuro e fiquei curiosa para saber como vai lidar com eles.

Também tem seu trabalho na floricultura e a relação com Paulo. No início ele a recebeu com um pouco de hostilidade, mas no fim estava babando por ela. Aí vem o suspense. Será que vai dar em alguma coisa? Será que não vai? Mesmo a gente sabendo que lá no fundo não ia acontecer nada, até que deu um certo medinho. Mas para alívio dos fãs, a coisa acabou na amizade mesmo. 

Por um lado, até fiquei com pena do rapaz, mas cá entre nós, ele foi bem atrevidinho, hein? Tentar beijar a Rosinha mesmo sabendo que ela tem namorado e não ter dado nenhum sinal verde? Para mim perdeu o respeito.

A parte do restaurante foi meio tensa e a mudança de humor dele ao saber que ela tem namorado foi visível e bem feita, com ele tentando colocar minhocas na cabeça dela dizendo que não tinha como aquele namoro dar certo. Felizmente, Rosinha acredita nos sentimentos dela e do Chico, por isso não se abalou com tão pouca coisa.

No fim, ela teve que sair da floricultura, o que me chateou um pouco. Quer dizer, não achei justo ela ter largado o emprego de que gostava só para não iludir um bebezão mimado que não consegue aceitar uma negativa. O pior de tudo é que mesmo assim ele não foi capaz de entender e respeitar a decisão dela. Se por um lado eu acho isso um grande desrespeito, por outro entendo que vai servir para apimentar a trama.

Agora, tem outras coisas que me chamaram a atenção. A primeira delas é sobre o assédio, que foi tocado de forma leve, mas foi tocado. É sobre aquele fotógrafo maluco que resolveu perseguir Rosinha mesmo ela tendo dito que não estava interessada. Ele até vai tentar tirar fotos dela sem permissão e estou curiosa para saber no que isso vai dar.

Será que vai publicar alguma e prejudicá-la? Vocês sabem o quanto nossa sociedade é machista e hipócrita. Quando vaza alguma foto íntima de uma mulher, todo mundo joga pedras sem dó. Claro que no caso da Rosinha isso não vai acontecer, mas publicar as fotos dela em revistas de qualidade duvidosa poderá lhe trazer problemas.

Outra coisa é Paulo falar sobre “revistas de mulher pelada”. Está aí outro tema que a gente nem sonha em ver na TMJ, assim como a prostituição. Tudo, claro, falado bem de leve e sem usar esses termos. Ainda assim me surpreendeu bastante.

Então fui dar uma olhada na capa da revista achando que a classificação era maior que a TMJ e surpresa: é exatamente a mesma!  No entanto, esses assuntos foram falados na CBM, mas na TMJ ainda parece ser um tabu. Por isso eu acabei me animando um pouco com as histórias do Chico. Acho que não vamos ter essa coisa excessivamente inocente e idealizada que temos na TMJ, o que acho ótimo.

Eu gostei da história da Rosinha, achei bem promissora e estou aguardando a próxima edição. Parece que ele vai para a faculdade (finalmente). E aposto que vai enfrentar alguns problemas, conhecer gente nova e até, quem sabe? Alguma garota vai dar de cima dele também.

Vai ser bem interessante vê-los lidando com essas “tentações” e lutando para resistir. É algo que serve para reflexão: vale a pena ceder aos impulsos agora ou se conter em nome de algo mais importante, sólido e duradouro? Cada um deve saber a própria resposta.