Finalmente o fim tão esperado da primeira saga do Chico Moço. Uma boa saga na minha opinião, tomara que façam outras como essa. Aventura, um grupo perdido no meio do nada, monstros enfeitiçados comandados por uma criatura folclórica... bem a cara do Chico Bento.
Pouco a pouco, a trama foi se desenrolando e o mistério
sendo resolvido. Se bem que muita gente já suspeitava de que ela poderia ser a
Iara, especialmente por causa do nome. Só que eu não entendi uma coisa: se ela
estava sem memória, de onde teria tirado esse nome? Só se o Caipora a chamou
assim. Mas enfim...
Quando o grupo se reuniu novamente, graças ao gritinho do
Vespa, logo surgiu o ciúme da Fran pela bela moça ao ver que o Chico parecia
bem próximo dela. Não foi algo hostil e ostensivo, mas funcionou bem assim como
a fascinação do Zé e do Bombeta por ela, a ponto de o Bombeta dar a própria comida
para ela. E até rolou um pouco de inveja por parte dos dois ao ver que Mariara
parecia mais próxima ao Chico.
No início, ela estava totalmente sem memória, mas foi dando
pistas de quem era ao afastar as feras do Caipora, descobrir onde ficava o rio
e pegar um peixe com as mãos.
Sabe... eu já morei no interior e também tentei pescar. Se não
me falha a memória, só consegui pegar dois ou três peixinhos mixurucas usando
uma vara de bambu e minhoca como isca. Então a Iara vem e pega um peixão daquele
tamanho sem nada e bateu uma invejinha... e água na boca também ao imaginar
postas daquele peixe na brasa com um pouco de sal e limão (mode Magali ON).
Outra tirada engraçada foi quando o Zé confundiu o nome
caipora com caipira e quase desceu o sarrafo no pobre do Chico.
Ao longo da história a gente percebe cada vez mais o quanto
Vespa gosta da Fran, a ponto de ficar mais corajoso e menos chato do que de costume.
Só não gosto muito desse lance de colocar um “bzz” em quase todas as falas
dele. Sei lá, fica meio estranho. Quer dizer, imaginem a si mesmos fazendo esse
som antes de falar e digam se fica ou não esquisito.
Só uma pequena correção: aquele bichão de trocentos metros que
eu pensei ser uma sanguessuga era na verdade um minhocuçu (ou minhocoçu). Existe
mesmo no Pantanal a lenda de um minhocão ou minhocuçu enorme que nada pelos
rios virando as canoas, levantando grandes ondas, destruindo barracos na beira
do rio e devorando pescadores. É chamado de minhocão do Pari.
Essa parte ficou bem emocionante, especialmente quando todo
mundo tentou se juntar para pegar o bichão. Até o Vespa, quem diria?
E finalmente todo o mistério se resolve quando o Caipora
resolve dar as caras e explicar por que estava perseguindo a Mariara: porque
ele a amava, ou pelo menos pensava amar já que a princípio, ele só ficou
atraído por ela devido a sua beleza física.
Também o Chico a faz se lembrar de quem é de verdade, para desespero
do Caipora que só tinha algum poder sobre ela quando estava desmemoriada.
Então ele explica que para ter alguma chance, a enfeitiçou para
que perdesse a cauda e a memória para que os dois ficassem juntos. Na cabeça
dele, tudo foi feito por amor. Mas a meu ver, o cara era psicótico mesmo, bem a
cara desses homens que perseguem as mulheres, invadem o espaço delas, muitas
vezes agridem e aterrorizam falando que tudo é por amor. Meninas, muito cuidado
com tipos assim!
O que me agradou bastante foi a Iara não ter ficado com ele,
como eu esperei que fosse acontecer no início. É tipo: ela descobre que ele fez
tudo por amor, fica toda derretida, “ownnn que fofo, ele tá apaixonado por mim”,
depois fica com ele e os dois saem felizes e saltitantes. Seria o fim da picada
ela ter ficado com ele depois de ser tirada do seu verdadeiro lar, ter seu
corpo modificado contra sua vontade, perdido sua memória, perseguida por
monstros bizarros e ver seus amigos sendo ameaçados. Para mim, isso não é amor
nem aqui, nem na China.
Muitos devem ter ficado com peninha dele no fim e confesso que
eu até fiquei um pouquinho, mas depois recuperei minha sanidade e vi que ele não
merecia pena nenhuma. Sim, pode parecer crueldade da minha parte, mas na vida
real, casos assim costumam terminar em tragédia para a mulher. Pelo menos na
história ele se preocupava em não feri-la, mas isso podia mudar caso percebesse
que ela não ia correspondê-lo de jeito nenhum.
Outra coisa boa é que finalmente a Fran descobre que o Chico
tem uma namorada. Estava demorando, viu? Só falta saber se ela vai desencanar
dele ou tentar conquistá-lo. E ainda tem o Vespa que está visivelmente
interessado nela. E deve ser algo bem forte a ponto de protegê-lo do encanto da
Iara que nem aconteceu com o Chico.
Talvez a hostilidade dele até diminua um pouco ao ver que ele
não está interessado na Fran, o que de certa forma seria uma pena porque a
rivalidade dos dois é bem engraçada. Mas pode ser que se transforme numa “rivalidade
amigável”. Tipo, não são inimigos mortais, mas também não são amigos.
Agora, se não me engano, o Zé Lelé também gostou dela. Será que
vai rolar alguma disputa no futuro? Quem ela vai escolher? O rapaz ingênuo e
abobalhado do interior de bom coração ou o filho rico de fazendeiro que é meio Zé
Ruela e sem noção?
E é o fim da história. Uma boa história. Bem que o Maurício
devia fazer o mesmo com a TMJ, né? Ah, que saudade das sagas!
A única restrição foi terem colocado uma Iara branquinha sendo que na lenda, ela tem a pele morena. Aliás, uma lenda sobre a origem dela diz que ela era uma índia guerreira, a melhor da tribo. Seus irmãos tinham muita inveja e resolveram matá-la à noite, enquanto dormia (misoginia pura). Iara, que possuía um ouvido bastante aguçado, os escutou e os matou.
Com medo da reação de seu pai, ela fugiu mas acabou sendo pega e jogada no encontro dos Rios Negro e Solimões. Aí alguns peixes levaram a moça até a superfície e a transformaram em uma linda sereia.
Por isso estranhei um pouco ela aparecer no Pantanal sendo que ela é um folclore da Amazônia. Mas tudo bem, para a história isso valeu.
A única restrição foi terem colocado uma Iara branquinha sendo que na lenda, ela tem a pele morena. Aliás, uma lenda sobre a origem dela diz que ela era uma índia guerreira, a melhor da tribo. Seus irmãos tinham muita inveja e resolveram matá-la à noite, enquanto dormia (misoginia pura). Iara, que possuía um ouvido bastante aguçado, os escutou e os matou.
Com medo da reação de seu pai, ela fugiu mas acabou sendo pega e jogada no encontro dos Rios Negro e Solimões. Aí alguns peixes levaram a moça até a superfície e a transformaram em uma linda sereia.
Por isso estranhei um pouco ela aparecer no Pantanal sendo que ela é um folclore da Amazônia. Mas tudo bem, para a história isso valeu.
E vocês já viram a sinopse da próxima edição? Quando vi,
fiquei tipo:
Pois é. Uma mulher estrangeira vai aparecer falando que está
grávida do Chico. Imaginem o rebuliço que isso vai causar na vida dele e dos
amigos! Sim, porque qualquer homem deve ficar apavorado numa situação dessas,
ainda mais ele!
Uns vão acreditar e chamá-lo de safado, outros vão ficar do
lado dele e vai ser aquela confusão.
De onde será essa mulher? De qual país? Por que ela está
fazendo isso?
Resposta n. 1 – Talvez seja um engano por parte dela ou uma confusão,
mal entendido, sei lá.
Resposta n. 2 – Armação da própria mulher ou de alguém. Se vocês
estão lembrados, o Genesinho foi estudar no exterior. Vai ver ele resolveu
trollar o Chico mandando essa mulher fingir que está esperando um filho dele.
Pode ser que ela esteja precisando muito de dinheiro, tipo
desesperada e acabou aceitando. Afinal, o pior que poderia acontecer com o Chico
seria ele passar um susto daqueles e nada mais.
Não há lei nenhuma que o obrigue a se casar com ela e ele só
teria que assumir a criança após um exame de DNA confirmar a paternidade. Então
não há possibilidade de ele assumir um filho que não é dele.
E pode até acontecer de essa mulher nem estar grávida de verdade,
a não ser que ela apareça com um barrigão (não postiço).
Essa parece que vai ser bem engraçada, mas me preocupa um
pouco o seguinte: muitos homens vivem com a eterna neura de que todas as
mulheres que engravidam fazem de propósito para prendê-los ou dar o golpe da
barriga, pois não passa pela cabecinha de alfinete deles que anticoncepcionais
podem falhar e muitas vezes eles nem fazem sua parte na hora de prevenir. Deixam
tudo nas costas da mulher e depois não entendem quando algo dá errado.
Não estou dizendo que golpe da barriga não existe. Infelizmente
existe sim, embora a explicação seja meio complexa e não caiba aqui. Mas o
problema é que as pessoas generalizam achando que toda e qualquer gravidez
indesejada é golpe da barriga, mesmo o cara não tendo nem onde cair morto.
Espero que ao abordar esse assunto, eles não caiam no velho
machismo rançoso. Vamos ver como será a história.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu só imagino o que aconteceria se a Rosinha resolvesse fazer uma visita surpresa, tipo que nem o Zé Lelé. hahahaha
ResponderExcluirA classificação é a mesma, mas CBM tem assuntos mais maduros que TMJ! É claro que eu não estou reclamando, mas é tão estranho ficarem cheios de moralismo em uma revista e se soltarem mais em outra!
Eu tb estou gostando de a CBM falar de assuntos mais maduros e realmente não faz sentido eles ficarem com todo esse moralismo na TMJ. Daqui a pouco, as histórias do chico vão ficar muito melhores que as da tmj. Quer dizer, já estão ficando.
ExcluirJá imaginou se o Chico for mesmo o pai? Nãão! A MSP não faria isso, sobre a edição desse mês eu gostei, e como vc não fiquei com pena do Caipora, ele colheu o que plantou.
ResponderExcluirSe não fosse pelo preço e por alguns personagens secundários muito fracos eu até diria que Chico Bento Moço é melhor que Turma Da Mônica Jovem.
ResponderExcluirOs secundários não são fracos, apenas mal explorados porque o foco maior é sobre o Chico. Mas essa saga mostrou que eles tem lá algum potencial que poderia ser melhor explorado.
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