quinta-feira, 13 de novembro de 2014

CBM#14 - Ajuste de contas: críticas

Custou, mas finalmente pude ler a CBM 14, que estava até ansiosa para ler porque fiquei curiosa para ver como era o irmãozinho da Anna.

Depois de ler Umbra, que de quebra tem uma imagem bem sinistra na última página, nada como uma história mais leve e divertida para aliviar a tensão, né?

A história foi relativamente simples. O irmão brucutu da Anna veio para o Brasil ter uma conversinha com o Genesinho. Ao ver o tamanho da criança, o playboyzinho resolve fugir para não morrer e começa a perseguição. Grande parte da revista foi basicamente isso. O Genesinho escondendo de tudo quanto é jeito e o Brucutu conseguindo encontrá-lo.

Isso teria ficado chato, maçante e repetitivo se não fosse a criatividade ao criar situações engraçadas em cada esconderijo e também o bordão “Where. Is. The. Guy?” visto em todo lugar que o Jack (ou Jeca, no entendimento do Chico) aparecia. A parte onde ele fica na casa da Ferrugem é a melhor de todas, assim ele teve que fazer um pouco de serviço braçal e ser tratado como empregado para ver como as outras pessoas sentem.

O Zé da Rússia todo valentão no início e depois botando o Gene para fora com medo do americano também foi bem engraçado. Até que teria sido legal ver os dois frente a frente. O irmão da Anna é mesmo gigantesco!

E ao longo da história podemos ver mais da personalidade do Gene, que se consolidou como um filhinho de papai egoísta, idiota e insensível. Tanto que chegou a mencionar Anna, Bem... é o Genesinho filho do coronel, então nada de extraordinário.

Foi até bom ele ser trazido para a história porque o Vespa não estava funcionando muito bem como antagonista para o Chico.

O diálogo dele com o pai pedindo proteção foi realmente hilário, especialmente quando o coronel repreende o filho por achar que está com medo do gringo por causa de um chapeuzinho colorido e manda comprar um mais verde e maior. Bem... acho que o coronel não tem lá muito direito de reclamar, porque o filho ficou assim por causa da educação que recebeu. Muitos pais acham que a melhor forma de educar um filho é encher de dinheiro, presentes e fazer todas as suas vontades. Aí acaba criando um monstro e depois pergunta onde foi que errou.

Por isso mesmo acho muito engraçado ele querer ficar com o filho da Anna alegando que ela não saberia criá-lo. Bem... como o próprio Chico falou, ele também não é grande exemplo de pai. Pelo menos, agora, está tentando consertar o erro parando de resolver todos os problemas do filho. Já é alguma coisa.

Outra coisa legal é ver como Anna vai crescendo aos poucos, deixando de ser a gringa fresca e antipática para se tornar uma pessoa mais responsável e que cuida de si mesma ao invés de ficar pendurada nos outros. Claro que ela está passando por problemas de adaptação, já que trabalhar na lanchonete é muito diferente do que ela estava acostumada. Sem falar os problemas de idioma (traduzir contra filé como against beef foi uma boa sacada. Algumas coisas confundem mesmo).

Antes ela era tratada como princesa, agora vai ter que abaixar um pouco a bola e aprender a ter mais humildade. Confesso que às vezes me pergunto por que ela não voltou para os EUA onde tem família, mas acho que o fato de estar grávida traz várias complicações. E convenhamos, vai ser muito legal ver ela crescer como pessoa e a história dela é algo que vai ser legal de acompanhar.

Ah, e esse grande coração do Chico que preocupou até em ajudar um desafeto de infância. Eu teria deixado ele se lascar. Sim, sou muito cruel. Eu é que não vou arriscar meu lindo pescocinho por uma pessoa da qual nem gosto e que sempre me maltratou a vida inteira. Eu lá tenho cara de Madre Tereza por acaso?

Pelo menos a história terminou bem. O final não é exatamente original, é um clichê tipo: “pensar que o cara grandão e com a força de dez gorilas quer estraçalhar todo mundo, mas no fim mostra que é boa pessoa”. Ainda assim foi um bom final e serviu para dar um pequeno sacode no playboyzinho para ver se ele toma vergonha na cara. Claro que o caminho é bem longo e talvez isso nem aconteça. Seria chato perder um bom antagonista. Mas enfim... se ele conseguir se comportar com o mínimo de decência de vez em quando já estará de bom tamanho. Foi bom vê-lo passando por alguns apertos e contando com a ajuda das pessoas de quem antes fazia pouco caso.

O final foi bem simples, com os dois conversando e se entendendo. Ou melhor, apenas o Genesinho falando, já que o Jack não falava praticamente nada. Confesso que senti falta disso, acho que ele poderia ter tido mais falas. Ele acabou ficando o típico brutamonte que intimida os outros (ainda que só com a presença), mas não fala praticamente nada. 

Fora isso, acho que não tenho outra restrição. A história foi simples, divertida, desenvolveu um pouco mais o caso da Anna e sua gravidez, inclusive já começando a mostrar a barriga dela e nos deixou curiosos para saber como essa história vai terminar. Ela vai continuar morando no Brasil depois que o filho nascer? Voltará para os EUA? Será que existem chances de ela e o Genesinho se acertarem? Eu espero que ela não acabe ficando com ele, seria um destino muito triste. Mas é bem provável que ela enfrente muitos problemas com o coronel que vai querer tirar a criança dela. Afinal, ele é rico, pode pagar trocentos advogados e deve querer muito ficar com esse neto. Vamos ver como as coisas vão ficar no futuro.

Agora estou doida é para ler a ed. 15, onde um fantasma vai assombrar a faculdade. Não sei se mais alguém notou, mas eu a achei bem parecida com a Bianca, tirando aqueles dentes afiados. Acho que é por causa do cabelo super comprido e as roupas meio rasgadas. Tomara que saia logo, a história promete ser boa!

Um comentário:

  1. Oi. Sei que é chato comentar em uma revista sobre outra mas... Quando sai a critica da ed. 75 de tmj? A edição foi ótima!
    Beijinhos.

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