sexta-feira, 14 de novembro de 2014

TMJ#75: Umbra mistério revelado?- Críticas




Se eu tivesse que escolher uma palavra para descrever a ed. 75, seria algo tipo “meldels!” sim, foi basicamente isso que eu senti à medida que fui lendo a história. Acho que não tem outra definição.

Foram muitas surpresas e vi que errei em boa parte dos meus palpites. Tranqüilo, as histórias do Emerson são mesmo imprevisíveis.

O começo já foi bem intrigante. No final da ed. 74 muitas coisas ficaram no ar, como se faltasse algumas lacunas a serem preenchidas. Então nesse começo mostrou coisas que aconteceram e não vimos, como a Berê dando as fantasias para Mônica, Magali e Cascão e o que aconteceu com o Cebola depois que todo mundo foi para a festa.

Enquanto isso, Denise paga alguns micos por causa do Conversão... digo, Xavecão. Sim, essa parte foi realmente demais e eu rachei de rir. E elas falando dele como se ele nem estivesse por perto? Difícil não rir dessa parte. A atuação da Denise, como sempre foi incrível, inclusive na parte dela falando que está para nascer o homem que pensa que manda nela. É isso mesmo, garota!

As cenas da festa e do Cebola na casa no meio da floresta foram entrelaçadas de um jeito fantástico, pulando de um ambiente para outro e deixando o leitor morrendo de curiosidade e suspense. E também detalhou tudo o que tinha acontecido mais para o final da ed. 74 e respondendo várias perguntas, tipo onde o Cebola tinha encontrado aquela chave de ossos e de quem era aquela mão atrás dele na hora de abrir a porta.

Também descobrimos como ele esborrachou no abismo do outro lado da porta, mas aposto que todo mundo deve ter ficado confuso quando ele levantou-se aparentemente sem nenhum ferimento.

Será que mais alguém aí levou um susto quando a fadinha mostrou a cara dela? Rapaz, que coisa bizarra!

Fazer a crítica dessa edição é meio difícil porque os fatos e eventos vão se entrelaçando, são muitas coisas e detalhes para falar. Essa edição ao mesmo tempo detalhou o que aconteceu na ed. 74 e acrescentou coisas novas e intrigantes também, respondeu várias perguntas e levantou outras.

Acho que a parte mais complicada para os leitores foi quando o Cebola gritou ao ver o carro da Berê e a turma ouviu. Depois apareceram sósias da Mônica, Cascão e Magali na floresta. Quer dizer, como a turma ouviu o Cebola? Como sabiam que ele tinha encontrado com os sósias?

Bom... pelo que eu entendi, ele ficou preso dentro da Umbra, que é uma dimensão paralela a nossa. Do jeito que Berenice explicou. Ao que parece, ele não está totalmente morto porque essa dimensão é tipo um limbo, uma situação indefinida onde a pessoa aguarda seu destino (embora eu não acredite em céu e inferno). Isso explica o porquê dele ter levantado inteiro depois da queda, ao invés de vermos apenas o espírito saindo do seu corpo,

Nesse estado, ele pode ser ouvido, mas não visto porque não tem experiência como os filhos de Umbra têm. Os três viram seus sósias porque os filhos de Umbra podem se tornar visíveis, por isso a Mônica alertou o Cebola de que o que ele estava vendo era falso.

Então vêm as explicações. Berenice explica um pouco e Creuzodete complementa contando a verdadeira história da Jumenta voadora, o que foi bem inesperado. Quer dizer, quem ia imaginar que a menina do lago era na verdade uma pirralha empestiada que sentia raiva das crianças da cidade?

Isso mostra que nem todas as histórias que nos contam podem ser tidas como verdadeiras. As pessoas mudam, tiram detalhes e acrescentam outros de acordo com seus interesses. No caso da cidade, havia o interesse em transformar aquela história em algo que atraísse dinheiro e turistas.

Aquela cruz que sempre aparece na história realmente existe, assim como o sistema nortumbriano que é um antigo alfabeto rúnico. Essa runa, chamada de Ior, simboliza o mal necessário. Tipo aquela coisa que não tem remédio e o jeito é aceitar da melhor forma possível já que ficar revoltado e criar resistência podem atrair mais problemas e sofrimentos.

Mas não é só isso. Essa runa também está associada a Jörmungandr, uma serpente do mar na mitologia nórdica. Também era conhecida como a serpente do mundo, porque de acordo com a lenda, ela era tão grande que conseguia cercar a Terra e seus movimentos causavam terremotos e tsunamis. Diziam que quando ela fosse solta, o mundo ia acabar porque isso afetaria o equilíbrio. Deve ser por isso que Creuzodete gritou apavorada “a serpente está voltando!”.

Essa runa também representa a dualidade, tipo claro/escuro, matéria/espírito, masculino/feminino. Tudo mantido em harmonia, sem que um prejudique o outro.

Ao contrário do que muita gente fala, não se trata de coisa do demônio, satanismo, símbolo da besta, etc. não quero aqui dar uma aula de história sobre runas, mas acho que seria bom se pesquisassem um pouco para saberem do que se trata.

Voltando a história, fiquei realmente surpresa ao saber que a fadinha é quem tinha atacado as crianças e não o contrário. Ainda mais com a revelação de que ela é o espírito mais manipulador e maligno que já existiu. Sinistro, hein? Seria ela a tal serpente que caso fosse solta poderia destruir o mundo?

A passagem do Cebola dentro de Umbra deu até um pouco de aflição, porque ele ainda não tinha percebido que estava morto e ainda passou aperto com as crianças fantasmas. A cena onde o nariz dele sangrou por causa da Sangria foi até um pouco forte considerando a classificação da revista, mas é claro que eu gostei.

Mas no fim ele acaba se entendendo com as crianças quando percebe quem é o vilão e quem é a vítima. Então vemos que os filhos de Umbra não são maus, estavam apenas tentando evitar uma grande tragédia. Aí vem a revelação mais chocante da história.

Quer dizer, que a menina podia ser o grande vilão por detrás disso tudo eu já apontei como possibilidade nos palpites da ed. 75. Mas quem poderia imaginar que Berenice era a mãe dela e também estava por detrás da maracutaia toda? Por essa ninguém esperava, certo? Afinal, ela sempre pareceu boa, tipo uma velhinha doce e bondosa, uma vovozinha mesmo. Então descobrimos que ela não só era a moça dos tapaueres, como também envenenou (tipo assim, matou!) as sete crianças e agora está querendo libertar um grande mal que vai detonar com a humanidade. Oi?

Quem leu a Turma da Mônica 94, onde a turminha vai para a festa da jumenta voadora junto com Xaveco e o pai dele, deve lembrar da parte em que a Berenice oferece maçãs do amor e Cebola fica com medo achando que estavam envenenadas. Então a gente descobre que ela envenenou pessoas de verdade! Incrível, não? Quer dizer que no fim das contas ela é uma psicopata sem coração! Ou talvez apenas uma mãe que não soube lidar com a dor de perder a filha. Se repararam, ela ainda parece acreditar que as sete crianças realmente causaram a morte da filha dela. Tipo, acha que a fadinha é a vítima da história, não o contrário.

O que me deixou assim meio confusa foi que esse evento se passou tipo uns vinte anos atrás, certo? O problema é que a Berenice tem cara de quem está beirando os 80, talvez 90 anos. Se ela era mesmo a moça dos tapaueres, então não deve ter mais do que 50 anos (lembram quando ela fala que não tinha idade para ser bisavó?), só que a aparência dela não está de acordo com essa idade. Mesmo na TM 94 ela já estava com a aparência bem velha, o que é estranho. E como ela foi trabalhar com a Madame Creuzodete? Será que ela sabia desse detalhe na vida da Berenice?

E como se as coisas não estivessem sinistras o bastante, a Berenice envenena a Mônica, Cascão e Magali. Facada nas costas é pouco, viu? Sim, porque ela se fez de boazinha durante quase duas edições para mostrar a verdadeira face no fim da segunda. E a cena final dela enterrando os três no cemitério de Umbra foi de dar calafrios, nunca houve nada igual na TMJ.

Essa edição foi bem sombria, mas com toques de humor da Denise que ajudou a suavizar sem, no entanto, tirar o foco da história. Ainda não foi explicado quem é realmente o Xavecão e esse lance de a história se repetir. Ainda não sabemos se ele é de fato o Xaveco ou o primo dele.

Outra coisa que adorei, claro, foi a participação da D. Morte, apesar de ainda não saber se realmente gosto ou não do novo visual dela. Quer dizer, aquele pano na cabeça cobrindo os olhos ainda não me convenceu. Continuo preferindo capa com capuz. Essa mudança foi bem ousada porque até então a aparência dela sempre foi meio andrógina desde os gibis.

A personalidade dela pareceu ter mudado um pouco também, já que os filhos de Umbra estranharam ela ter feito uma piada e nos gibis ela tem senso de humor. Mas acho que para essa saga foi necessário. Só senti falta da foice, que é algo característico dela. Dessa vez ela apareceu bem mais do que nas ed. anteriores e teve uma participação de verdade, interagindo mais com os personagens e tendo falas mais importantes.

Uma pergunta: eu deveria estar surpresa com o Cebola fazendo cebolices e condenando a humanidade? Eu não sou cebônica, mas estou começando a achar que é melhor a Mônica voltar para ele logo porque sozinho ele é uma arma de destruição em massa ambulante! Alguém tem que mantê-lo na rédea curta. 

Tudo isso por causa da atitude arrogante dele e também por sua ambição sem limites, como Creuzodete explicou muito bem e o que ela disse é mesmo verdade. Semelhante atrai semelhante e se o Cebola andou atraindo o espírito mais maligno e manipulador que já existiu, então boa coisa ele não deve ser! Ele pode até não ser maligno, mas é bem manipulador e acima de tudo arrogante, a ponto de não pensar nas conseqüências das suas atitudes. Vamos ver se ele consegue dar um jeito nisso ou nunca vai ter outra chance com a Mônica.

E para quem quiser outra opinião, assistam ao vídeo:

17 comentários:

  1. Como assim o símbolo do IOR não tem nada a ver com a marca da besta/demônio?! Se você for no primeiro quadrinho da página 72, em que a Madame Creuzodete abre um livro, tem um número no canto, que é "14 9", se não me engano. E abrindo a bíblia em apocalipse 14. 9, vai ver que fala sobre a marca da besta. Sim, o Emerson confirmou que isso era uma mensagem subliminar e referência bíblica, o que significa que o IOR, pelo menos na versão que o Emerson colocou na TMJ, tenha a ver com a marca da besta/ demônio.

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    1. A versão do Emerson é uma coisa. É uma história de ficção e o artista tem lá certa liberdade pra dar novos significados ao símbolos. Mas originalmente, essa runa não tem nada a ver com demônio. Nem essa, nem qualquer outra.

      Lembre-se de que Umbra é uma história, não um documentário.

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    2. Ah, sim. Obrigado por me fazer lembrar dessa parte. Aliás, parabéns pela crítica, Mallagueta. Se você quiser comentar ou ver outra opinião sobre a edição deste mês, aqui está:

      http://www.turmadamonicajovem4ever.blogspot.com.br/2014/11/tmj-75-criticas.html

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  2. Muito boa critica Mally, a sua foi mil vezes melhor que a minha pra min é dificil analisar algo ainda incompleto.
    Mas vamos que vamos o maior mistério agora é o Xavecão e saber no que a dupla sertaneja pode ajudar o Cebola t+ abraços

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    1. Obrigada. Realmente é difícil analisar algo incompleto, ainda mais as histórias do Emerson que são bem imprevisíveis. A gente pensa que vai acontecer uma coisa e acaba acontecendo outra.

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  3. Malagueta você entendeu o que quer dizer o poder da viúva ?

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    1. Pra falar a verdade, não. O da Sangria deu pra entender, parece que ela controla o fluxo de sangue no corpo da pessoa e é capaz de fazê-la sangrar, como aconteceu com o Cebola. Mas eu ainda não vi a viúva usando o poder dela. Talvez o lance de controlar a marcha fúnebre signifique ser capaz de fazer a pessoa morrer, nao sei. Vamos ver se na ed. 76 eles esclarecem alguma coisa.

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    2. Para mim, significa que ela faz as pessoas morrerem e depois as governa, fazendo com que elas façam tudo o que ela mandar.

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  4. Malagueta não sei se você percebeu logo depois que a turma descobre o quarto escondido e sobre a Berenice, a câmera cai no chão e a imagem que era para aparecer era do pé da Berê só que em vez disso aparece um par de pés de jumenta? Sei lá, achei isso meio esquisito levando em consideração que o apelido jumenta voadora não se tratava realmente de uma jumenta, mais sim de uma estátua.

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    1. Nós não sabemos o que houve depois que a filha da Berenice morreu, por isso ainda há muitas lacunas que não foram preenchidas. Talvez ela já soubesse mexer com feiticaria, ou aprendeu depois que perdeu a filha. Só vamos saber na ed. 76

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    2. Acho que quando Berenice revelou a verdade sobre ter colocado o veneno no chá que a turma bebeu e o lance lá dela ter construído o ''quarto de tralhas'', ou ''santuário'', ela ficou com patas pois estava guardando aquele segredo de que ela na verdade era má. E esse segredo foi revelado.

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    3. A Magali disse que câmeras captam atividades sobrenaturais, e se a Berenice também for um fantasma que teria a forma de uma jumenta mas usa um "disfarce" de velha decrepita no mundo físico?

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  5. Fiquei pensando se o Xavecão teria relação com aquele velhinho histérico da primeira parte (que aliás nem deu as caras depois). Será que Xavecão era uma das crianças que iam na casa da jumenta e no dia da morte no penhasco ele estava lá? Ou será que os filhos de umbra eram parentes do tal velhinho?

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. http://fanfiction.com.br/historia/564457/Despertados/

    Me inspirei na Mallagueta e comecei a escrever esta fanfic, espero que gostem :)

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  8. Mallagueta o Emerson confirmou que o Xavecão é o Xaveco no futuro!!! Ele disse que é coisa óbvia. '-'

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