quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A Guerra de Troia em Versos de Cordel




Bem, muitos já devem saber que a MSP está lançando um livro da TMJ sob o título “A Guerra de Troia em Versos de Cordel”. Tá, mas o que são versos de cordel?

É um tipo de poesia que tem um linguajar mais despreocupado, algo mais regional e sem se prender muito a regras. Antigamente os mais letrados torciam o nariz para esse tipo de poesia, hoje é uma arte bastante respeitada. Acho que surgiu lá pelo séc. XVI.

Aqui no Brasil era conhecido como folheto, já que eram vendidos como folhas soltas, mas chamam de cordel porque em Portugal esses folhetos eram pendurados em cordéis ou barbantes, daí o nome literatura de cordel.

Esses poemas falavam de várias coisas diferentes. Eram lendas, histórias de amor, aventura, comédia, etc. Também casos que aconteciam nas redondezas, alguns criticavam a exclusão social e o preconceito, outros falavam de religião, temas profanos... era bem variado mesmo.

Eles foram muito populares e ajudou no surgimento de trovadores. Aqui no Brasil vocês já devem ter visto aquelas duplas de homens tocando viola e fazendo versos, tipo um desafiando o outro. Se não viram, vejam porque é muito legal e engraçado também porque é tipo uma competição para ver quem improvisa melhor. Muitas vezes são uns insultos e provocações, mas tudo na base da zoação.

Para ilustrar, aqui vai um exemplo de uma poesia de cordel para vocês terem uma idéia:

Eu me chamo Zé Limeira
Da Paraíba falada
Cantando nas escrituras
Saudando o pai da coaiada
A lua branca alumia
Jesus, Jose e Maria
Três anjos na farinhada.
Napoleão era um
Bom capitão de navio
Sofria de tosse braba
No tempo que era sadio,
Foi poeta e demagogo
Numa coivara de fogo
Morreu tremendo de frio.

Voltando ao livro, parece que a história vai ser narrada nesse tipo de poesia, só que também será ilustrada. O tema é a Guerra de Tróia, uma treta muito maligna entre gregos e troianos, que ocorreu mais ou menos entre 1300 a.C. e 1200 a.C.

Dizem as más línguas (na verdade, foi o poeta Homero) que um tal Páris foi a Esparta em missão diplomática e chegando lá, cresceu o olho gordo em Helena de Tróia, a esposa de Menelau e a mulher mais linda de todas. Como ainda não tinha o mandamento de não cobiçar a mulher do próximo, Páris levou Helena embora deixando Menelau muito p da vida e isso deu início a Guerra de Tróia. E também tem aquele lance do cavalão de madeira que vocês ao menos já devem ter ouvido falar. 

Bom, acho que a imagem do Cebola e DC na capa quase empalando um ao do outro já dá uma idéia de como é a história. E não é preciso pensar muito para chegar a conclusão de que Helena será a Mônica, mas fico pensando quem será o Menelau e quem será o Páris. 

Até que seria uma bela ironia se Menelau fosse Cebola e Páris fosse o DC, que acabou fisgando a Mônica. Se isso serve para animar os Cebônicos, a lenda diz que no fim Menelau venceu a guerra e pegou a mulher de volta. Não sei se eles serão fiéis a história, mas seria algo interessante de ler. 

Também vai ter outros personagens, pelo que vimos na capa. Imagino que teremos Ângelo como Zeus, Magali e Dona Cebola como deusas (que ainda não sei qual) e o Chico... talvez.... como Incrível Hulk? Bom, eu não conheço nenhum deus da mitologia grega que seja todo verde. Acho que vão aparecer outros personagens da mitologia grega também, o que pode ser legal porque aparecerão como personagens da TMJ.

É uma história de universo alternativa bem legal, ilustrada e que pode ser interessante de ler.
Mas o que não parece nada legal é o preço, que varia entre 40 e 45 reais por um livro de apenas 65 páginas. Tipo assim... quantos leitores vão ter todo esse dinheiro para comprar algo assim? Pois é. Não sei se vai vender muito. Eu mesma não me animei a comprar. 

Como eu gostei bastante da capa, refiz o desenho da luta em tamanho menor e completando as partes que faltavam. Não sei se ficou bom, especialmente o DC já que precisei encaixar um pé e uma perna nele. Também desenhei a Mônica usando como referencia a capa de outro livro “Sonho de uma Noite de Verão.” Tem png e quebra cabeça, espero que gostem. 

Eu já li a ed. 85 e adorei a história, mas as críticas só vão sair lá pelo dia 15 porque, como sempre, tem muito spoiler e não quero estragar a leitura de ninguém. Podem ir se preparando para um texto bem longo, viu?



6 comentários:

  1. Mally, quando sai as críticas de CBM #23 e #24?

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  2. Mally, por que você não posta suas críticas assim que termina de escrevê-las, mesmo? Todo mundo sabe que elas possuem spoiler e se alguém abrir pra ver a culpa não vai ser sua ( Só é colocar um avisinho no início do post ).

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    1. E eu ( E mais uma pencada de gente ) tô doido pra ver qual sua opinião a respeito da edição.

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    2. É... acho que vou fazer isso mesmo.

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