segunda-feira, 14 de setembro de 2015

TMJ#85: A estranha história de Sarah - Críticas



É isso aí, hora da crítica. E que história boa, viu? Realmente gostei muito! Fica até difícil falar pouco porque foram muitas partes que me chamaram a atenção!

O lance do prof Rubens quase falar que o Licurgo estava sendo avaliado no hospício me fez rachar de rir. Começou muito bem! O clima da sala de aula foi familiar para mim, com todo mundo conversando e não prestando a menor atenção no professor. Onde foi que vi isso mesmo? Tipo assim... minha própria vida!

A paixonite da Magali pelo professor continua firme e forte. Falando em paixão, Mônica e DC ainda continuam como dois pombinhos, para desagrado total do Cebola que olhava os dois como se quisesse despedaçar o DC com uma serra elétrica.

A partir daí, foi uma sequencia bem feita de referencias a edições passadas. Gostei de ver como cada edição foi sendo lembrada de acordo com o que estava sendo conversado no momento e sem forçar a barra.

O primeiro flashback foi a ed. 67, par perfeito. Eu estava mesmo perguntando como andava a cabeça da Cascuda depois dessa história, parece que ela não esqueceu e ainda tem ciúmes da Magali com o Cascão. E de certa forma, parece que há razão para ter um ciuminho. Vocês devem ter notado aquele coraçãozinho saindo do Cascão enquanto falava com a Magali, não é? Para falar a verdade, não tinha notado de primeira, só depois. Uns gostaram, outros nem tanto. Já eu prefiro a Magali com o carinha da história Reencarnação.

Eles também relembraram a ed. em que o Cebola ficou caçando namorada feito maluco e a do circo.

E mais alguém aí notou o professor mandando ver no panelaço? Haha, até na TMJ tem protesto!

Tudo estava bem normal quando a Sarah chegou. E a reação da turma foi tipo: “meldels, entrou um ET gosmento e cheio de tentáculos dentro da sala!” as reações do Titi, Carmem e Jeremias foram bem nojentas. Dos dois primeiros eu esperava isso, mas o Jeremias foi meio que uma surpresa. Se bem que ele aparece tão pouco que quase não conhecemos a personalidade dele.

O DC está mesmo certo. É só aparecer alguém diferente que todo mundo tem ataque de recalque. Com a Isa foi a mesma coisa.

Uma pergunta: se o Rubens estava substituindo o Licurgo, por que estava dando uma pesquisa sobre doenças sanguíneas? Eu não sei qual é a matéria que o Licurgo leciona, mas o tema do trabalho foi um tanto comum para os padrões dele.

As reações dos alunos também me trouxeram muitas lembranças. Eu não tinha medo de fazer trabalho na escola, mas meu sangue gelava quando era para fazer em grupo ou dupla. Quando podia escolher, preferia fazer sozinha.

Falando em trabalho, eu ainda estou me perguntando o que Titi e Jeremias faz na classe dos alunos mais novos. Há quem diga que foram reprovados repetidas vezes, mas para mim eles apenas erraram colocando os dois no lugar errado e agora não querem consertar.

O Cebola ainda tenta rodear a Mônica, mas ela continua se esquivando dele. O que o DC teria pensado caso ela tivesse aceitado fazer o trabalho com o Cebola? Bem, pelo visto ele ainda não consegue aceitar que a vida da Mônica não gira mais ao redor do umbigo dele. Afinal, é natural que ela dê preferência ao namorado. O Cebola vai ter que aceitar isso caso queira continuar com a amizade.

Uma coisa desagradável nos trabalhos em dupla é quando não conseguimos ninguém para trabalhar com a gente e temos que ficar procurando. Tipo o Cebola que não conseguiu fazer nem com a Sarah e ainda foi dispensada por ela. Por um instante eu achei que os dois fossem acabar juntos, por isso fiquei surpresa. Parece que não é dessa vez que ele vai desencalhar.

Sabe, nesse ponto eu me identifiquei bastante com ela porque nesses momentos preferia ficar sozinha. Sei lá, nunca fui exatamente sociável. O Toni, é claro, foi um nojento ao achar que estava fazendo um favor ao querer fazer dupla com ela. E será mesmo que ele ia partir para a ignorância? Foi bom a Mônica ter entrado no meio, porque ele só respeita mesmo quem é mais forte. Uma pena não ter levado uns sopapos.

E no fim a Mônica foi meio que forçada a fazer dupla com quem não queria graças ao Cebola. Sério, eu pensei que ele tinha evoluído alguma coisa, mas acho que andou regredindo. Parece que ele ainda não é capaz de respeitá-la.

Pelo menos ele ganhou um castigo merecido: trabalhar com o DC, seu maior rival. Agora quero ver ele querer rodear a Mônica com o DC marcando em cima. Haha, essa lavou a alma!

A Sarah, pelo visto, tem grande preferência em ficar sozinha e não é porque gosta de solidão, talvez por causa dos seus poderes estranhos.

O passeio no parque com a Magali foi bem legal. Mostra que a Mônica está mais de bem consigo mesma. Pois é, quando eu falava que o relacionamento com o Cebola fazia mal para ela, ninguém acreditava. Mas olha aí a prova: sem essas neuras e encucações, ela parece mais em paz, disposta, cuidando melhor de si mesma. Com o Cebola ela se sentia para baixo. E não era para menos porque ele só via defeitos nela, só queria saber de derrotar, xavecar outras meninas e depois dizer que ela era uma chata ciumenta e autoritária. Outra coisa legal foi a Mônica ter falado “toda vez que demonstro meu amor pelo DC”. Pois é, gente. Ela ama o DC. Dura e triste realidade. Vamos ver se isso ajuda o pessoal a sair do estado de negação e aceitar que ela pode amar outro rapaz além do Cebola e ser feliz com ele.

Mas é claro que a dificuldade dele em aceitar o namoro da Mônica está atrapalhando a amizade deles. A Magali está mais do que certa: se ele não consegue aceitar, é problema dele. A Mônica está em outra e ele ficou livre para seguir seu próprio caminho. Se ele fica sofrendo, é porque quer já que a Mônica nunca mais prometeu nada e nem deu esperanças.

Agora, tem outra questão que a Mônica colocou e eu não tinha pensado antes. E se o Cebola resolver mesmo fazer um plano para acabar com o namoro dela? Quer dizer, eu pensava que ele não pretendia mais fazer planos infalíveis, mas o lance do trabalho em dupla mostrou que ele não tinha mudado tanto quanto a gente imaginava. É difícil desfazer em pouco tempo hábitos de quase uma vida inteira.

Só que isso é muito triste porque estraga a amizade, abala a confiança. A Mônica quer confiar nele, mas desse jeito está muito difícil. Como confiar numa pessoa que a qualquer momento pode te apunhalar pelas costas e estragar seu namoro?

A cena em que o ladrão roubou o celular da Mônica foi bem tensa. Caramba, eu estava mesmo torcendo para a Mônica dar uma surra nesse cara, mas ela acabou ficando sem o celular e ainda levou um tombo de bicicleta.

O interessante é que esse evento, aparentemente sem importância, chamou a atenção do Cebola que está sempre atento aos detalhes. Mas é claro que as desconfianças iniciais dele não eram nada a ver, só que a mente dele é bem lógica, então um pouco de ceticismo é normal apesar das esquisitices que ele viu ao longo da vida.

A observação do Cascão sobre as desconfianças do Cebola me fez rir. Tipo assim, será que ele está mesmo certo? Será que o Cebola, no fundo, só está sentindo falta de alguém para implicar, encher o saco e jogar para baixo num relacionamento neurótico e prejudicial? Será mesmo que ele gosta da Sarah? Quem sabe é uma dica do futuro desencalhe dele?

Engraçado mesmo foi ele fazer todo aquele discurso sobre proteger a Mônica, toda aquela pose de herói e tal e no fim dar com a cara no chão por causa do DC. Gente, pelo visto a rivalidade deles está ficando um pouco mais evidente e aposto que o DC adorou fazer isso. Viram a alfinetada que ele deu depois?

Engraçado também foi o Cascão perseguindo a Sarah e caindo em uma tumba vazia. Eu fiquei com pena porque no fundo, ele não estava mal intencionado, mas o Vitor não deixou de ter razão.

Ah, sim, não podemos esquecer do Vítor, um personagem bem misterioso embora não pareça no início. Por que? Bem... eu tentei fazer um desenho dele e fiquei com dúvida sobre a cor dos cabelos. Quando postei o preview do desenho, o Emerson respondeu que poderia ter tipo esse padrão de cores:



No início achei que fosse zoeira, mas ele explicou o seguinte:



E fez todo sentido. Quer dizer, até agora o Vítor não interagiu com mais ninguém além da Sarah. Eu pensei que as pessoas estavam olhando torto para eles por causa das roupas, mas pode ser porque ela estava falando sozinha. Na página 41 o Cebola aparece falando que "esses pseudo-góticos são mesmo esquisitos". Na hora eu achei que fosse preconceito dele, mas talvez ele tenha falado isso porque ele viu somente a Sarah conversando e mais ninguém. Aí não deixa de ser estranho mesmo. Além do mais, ele insiste muito para que ela tenha amigos, que não dependa só da amizade dele. E quando ele chegou perto dele e fez "buuu", também pode ter sido uma dica, pois é geralmente o som que os fantasmas das histórias em quadrinhos fazem. Se fosse uma pessoa de carne e osso, acho que teria feito somente "bu!".


Ela disse que seus poderes agora são o de prever o futuro nas cartas, mas pode ser que ela também tenha mediunidade.Vou falar mais disso nos palpites, vai render bastante!

Enquanto isso, DC e Cebola estão se degladiando para fazer o trabalho. Pensando bem... acho que de certa forma o Cebola acabou fazendo um favor para a Mônica. Eu teria surtado se tivesse que fazer um trabalho com ele. E cá entre nós, as coisas ficaram tensas ao quadrado. Na verdade, estava mesmo sentindo falta de um confronto direto entre os dois, porque antes estava bem esquisito esse triângulo amoroso onde os rivais parecem viver quase numa boa.

O DC, por ser diferente ou por maturidade, quer ficar bem com o Cebola, mas a recíproca não é verdadeira. Finalmente o Cebola pôde ser sincero e colocar para fora tudo o que ele sentia durante esse tempo inteiro. Porém a motivação do DC para fazer as pazes com o Cebola foi bem estranha. Parece que ele não consegue lidar com a sensação de ter ciúmes. Um tanto egoísta, devo admitir. No início eu pensei que ele fazia isso pela Mônica, porque ela aceitou o Cebola como amigo e por causa dela, DC queria se dar bem com ele para que tudo ficasse numa boa.

Ainda assim é bem estranho ele achar que ficar bem com o Cebola poderia afastar o perigo. Ledo engano, um cara pode fingir de amigo do outro e apunhalar pelas costas. Pelo menos dessa vez o Cebola está sendo sincero ao invés de se fazer de bonzinho enquanto conspira nas sombras.

Sem falar que está faltando um pouco de confiança na Mônica. Se ela quisesse voltar para o Cebola, teria feito isso numa boa. Esse pode ser o início de um rompimento, ou algo que irá fortalecer o laço entre eles. Só o tempo dirá.

E meldels, as tretas não param de surgir! Como se não bastasse o Cebola tretando com o DC, ainda temos a Cascuda quase partindo para cima da Magali por causa do acidente do Cascão. Na boa, a Magali foi muito sem noção ao falar daquele jeito com a Sarah sem nem ao menos saber o que aconteceu, acreditando somente na fofoca do Cebola sem saber de mais nenhum detalhe.

Quando o Cebola tentou confrontar a Sarah, fiquei com vontade de dar uns sopapos nele, é sério. Ela não fez nada de errado. Foi ele quem mandou o Cascão ir atrás dela e ainda a coloca como vilã?

Tenso mesmo foi quando ele tirou a jaqueta dela sem querer e mostrou as cicatrizes. Caramba, foi uma tremenda humilhação em público. Sabe, vocês vão achar estranho, mas quando vi a Sarah sem jaqueta, a primeira coisa que me veio a cabeça foi: "Meldels, ela brilha que nem o Edward!" Sim, eu sei, sou muito distraída. Na hora eu nem imaginei que aquilo era marcas de queimadura. Primeiro porque o desenho não parece muito com marcas de queimadura. Segundo porque nunca me passou pela cabeça que poderiam mostrar algo assim na TMJ. Parece que a MSP está perdendo a frescura aos poucos, o que é bom.

Após muita peleja, perseguição, DC com ciuminho e o Cebola quase morrendo (de novo) atropelado, eles descobrem o estranho segredo da Sarah, seus poderes e sua capacidade de prever o futuro.

Eu me identifiquei bastante com a parte onde ela fica no hospital, porque eu também fiquei internada um tempão quando era criança e devo dizer que não é nada fácil. E assim eles foram se entendendo aos poucos, mas ela ainda reluta em aceitar a amizade deles porque teme que algo terrível aconteça. Aí a história acaba com ela mostrando a carta da morte do baralho de tarô.

Bem, a história foi muito legal, muito mesmo. É aquele tipo que a gente vai lendo, vai lendo sem perceber o tempo e as páginas passando. Aí, quando chega no fim, a gente fica tipo “meldels, já acabou? será que não pulei nenhuma parte?”

Os temas abordados, como acidentes terríveis, uma pessoa com o corpo quase todo queimado, uma criança no hospital quase a beira da morte e outras tensões foram bem originais e saíram um pouco do lugar comum.

A explicação do fogo que sai do corpo dela na capa foi bem sinistra a meu ver. Nunca imaginei que fosse isso e vejo que errei na maior parte dos meus palpites. Mas beleza. Eu sempre digo que prefiro errar tudo e ter uma boa surpresa do que acertar e ficar decepcionada com a história.

Nós sabemos que isso vai ter continuação. Qual é a grande tragédia que aguarda todos aqueles que são amigos da Sarah? Será que é por causa dessa amizade mesmo ou é algo que iria acontecer independente de qualquer coisa? Esse negocio de prever o futuro é meio complicado porque as coisas podem mudar a qualquer instante. Prefiro dizer que é possível prever possibilidades. Umas têm mais chances que outras, mas não acredito em destino, algo escrito no mármore e que não pode ser mudado.

Gostei das tretas, brigas e conflitos dos quais estava sentindo falta. Não só entre Cebola e DC como também entre Cascuda e Magali. Não acredito que tenha sido culpa da Sarah, ela apenas previu os eventos, mas não causou. E sejamos sinceros: o pessoal se envolve em confusão o tempo inteiro, é o estilo de vida deles.

Tipo, as coisas entre Magali e Cascuda já deviam estar tensas, era só questão de tempo até tudo explodir. O Cascão estava nervoso diante do cemitério e isso pode ter tirado sua concentração e feito com que perdesse o equilíbrio. A não ser, é claro, que o amigo da Sarah também tenha algum poder estranho, mas só vamos saber isso na próxima edição. Quanto ao acidente do Cebola, well... qualquer um que atravesse uma avenida movimentada correndo e sem olhar para os lados está sujeito a ser atropelado.

Outro ponto positivo foi mostrar um pouco mais de variedade apresentando personagens góticos. E além de gótica, ela tinge os cabelos de azul, é gordinha e ainda tem marcas de queimadura. Tipo, uma garota fora dos padrões. Sabemos que a Petra gosta de tingir os cabelos, então deve ter gostado da oportunidade de colocar uma garota com os cabelos tingidos, algo que muita gente olha torto. Vocês sabem como as coisas são. Pode tingir de preto, loiro, castanho, ruivo, whatever, mas se tingir com qualquer cor fora do convencional, povo já quer tacar pedrada.

Eu sei que fui meio severa com o Cebola, mas no fundo entendo que as pesoas melhoram por etapas.

“Ain, mas o Cebola foi vilanizado outra vez, mimimi-mómómó-nhenhenhe!”

Não, pessoal. Ele agiu feito um idiota, mas de jeito nenhum tinha a intenção de ferir os outros, que fique claro. Apesar de tudo, ele é capaz de reconhecer os erros e voltar atrás.
 
Outra coisa que vai render bastante é o ciúme do DC com o Cebola. Será que ele vai brigar com a Mônica por causa disso? Seria meio infantil uma vez que a Mônica já demonstrou em vários momentos que prefere ficar com ele do que com o Cebola. Mas por outro lado, ele não está acostumado a lidar com um sentimento tão comum, então vai ser interessante ver o desenrolar dessa história.

Aliás, qual será esse futuro terrível que a Sarah estava prevendo? As cartas de tarô não devem ser interpretadas literalmente, elas podem ter significados mais abstratos do que parece. Tipo, a carta da morte pode não ser a morte no sentido literal e sim algo simbólico e dependendo do caso, até positivo. Eu vou falar sobre isso nos palpites da próxima edição, já que é um assunto interessante e vai render uns bons chutes.

Aqui tem o desenho que estou fazendo do Vítor e da Sarah, mas eu ainda não sei qual é a cor dos cabelos dele, se é mesmo esse lance "cor do universo". Seria bom se o colocassem na capa da próxima edição, ajudaria bastante. Se bem que ele fica melhor de cabelo escuro.



Para outra opinião, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem: