Oi, gente, como vai? Pois é, hora da crítica!
Como vocês perceberam, a ed. foi feita meio que como uma
forma de homenagear e promover a Comic Con. Foi algo do tipo “entendedores
entenderão” porque teve referências, muitas referências. Fomos inundados por
elas durante toda a história. Acho que citar todas iria render um texto
gigante. Se bem que eu não pesquei todas, então tranquilo.
A história é simples. Mais do que eu imaginava. Sei lá,
esperava que houvesse algo mais emocionante, mas foi uma coisa assim meio...
morna, arrastada até. O pai do Cascão resolve persegui-lo porque não quer ver o
jogo sem ele, mas no final acaba entendendo que o filho está crescendo, tendo
suas próprias preferências e precisa do seu espaço respeitado. No fim eles
acabam se divertindo juntos.
Pelo menos tiraram o DC do hospital e dá para ver que
fizeram um trabalho excelente porque ele ficou novinho em folha. E o mesmo sem
noção de sempre. Preferiu ficar de molho esperando a van enquanto os outros
seguiram para a Comic Con de bicicleta. Simples.
Chegando lá, cada um tem um plano diferente:
A Mônica queria o autografo da sua autora preferida do livro
“jogos divergentes” (duas referencias numa só!)
O Cebola quer ir ao lançamento de um jogo (nossa, que
novidade, meldels!)
A Magali queria qualquer coisa a ver com Melancia Bonitinha.
Acho que era um boneco, sei lá.
E o Cascão tinha vários planos, entre eles participar de um
concurso de cosplay.
Mas algumas coisas dão errado aqui e ali, como sempre. eles
se separaram, se juntaram, separaram de
novo... Cebola teve que conseguir o
autografo para a Mônica, ela conseguiu o jogo para ele ganhando do Toni, Cascão
comprou a Revista n. 0 da Melancia Bonitinha para Magali, que por sua vez
conseguiu Tauó n. 0 para ele... coisas assim. A história não foi ruim, mas
também não foi algo assim memorável. Acho que valeu pelas referencias porque
foi legal ir olhando as páginas e identificando várias delas.
A primeira coisa que me chamou a atenção, e deve ter chamado
a de vocês também, foi a Mônica com gesso no braço. No início pensei que fosse
parte da fantasia, mas parece que ela quebrou o braço mesmo (alguém sabe como?
Acho que entrei em coma e perdi essa parte). O Flávio Teixeira disse que foi
para referenciar a história Lições, da graphics MSP, onde a Mônica tinha
quebrado o braço também. Tranqüilo, achei a referência válida, legal, etc. Mas
ainda assim achei esquisito não terem falado como ela quebrou o braço (quer
dizer, a Mônica é super forte, como isso foi acontecer?). E mais esquisito ainda
vai ser ela aparecer na próxima edição com o braço curado e sem gesso. Espero
que ao menos isso eles mantenham coerente. Se bem que já aconteceu de ela
cortar o cabelo numa história e aparecer com ele sem o corte na história
seguinte.
Uma pequena observação:
Eu sei que eles não podem colocar as histórias totalmente
ligadas porque isso pode desencorajar novos leitores, que desistiriam de
comprar a revista se pensassem que para entender a ed. atual teriam que ler as
anteriores. Essa desculpa até que colou por um tempo. Mas...
Quem lê mangá e outras HQ’s já deve ter notado que as
histórias são costuradas e tem uma sequência, certo? E por acaso as editoras se
preocupam com isso? Parecem ter medo de que os novos leitores não queiram ler
porque não vão entender nada e terão que ler as edições anteriores? Acho que
não. Aliás, a essa altura qualquer um que começar ler a TMJ agora vai ficar sem
entender muita coisa de qualquer jeito porque muitos eventos atuais são consequência de algo que aconteceu lá atrás, como a Mônica namorando o DC. E
nas histórias do Emerson, que começaram lá na ed. 51, os eventos são ainda mais
costurados.
O que eu quero dizer é: já existe sim uma certa sequência
nas histórias da TMJ. Será que faz sentido eles terem todo esse receio de
concatenar tudo só porque acham que os leitores não vão comprar? Se isso fosse
verdade, as outras revistas só seriam compradas por quem começou a ler da
primeira edição. Nunca teriam novos leitores. Sei lá, essa desculpa não está
colando mais. Sorry.
Voltando a história, eu também não sei se gostei da Mônica
beijando o Cebola duas vezes. Tudo bem, foi como amigo, um simples beijinho na
bochecha não quer dizer nada e não acho que ela tenha feito isso porque ainda o
ama e quer voltar para ele. Vamos lembrar que se ela quisesse voltar para o
Cebola, já teria feito. Ele correu atrás, ela que não quis.
O problema que eu vejo nisso é que pode despertar a
esperança dos fãs que ainda torcem por esse casal. Tá, se eles pretendem
reconciliá-los no futuro, então tranquilo. É até bom que criem expectativas,
esperanças, que vá preparando o coração de todo mundo. Mas se eles não fizerem
isso nunca? É justo criar tanta expectativa para no final não dar em nada? Se
bem que na vida real costuma ser assim, né... nem sempre vamos ter o que
queremos. Pensando bem... é até bom as crianças irem se acostumando com isso.
Só que tem outro problema: muita gente não consegue levar a
sério o namoro da Mônica com o DC. Muitos ainda acham que ela tá com ele por
pirraça e no fundo ama o Cebola. Então, ficar colocando esse tipo de cena só
vai atrapalhar mais ainda. Se querem mesmo que esse casal dê certo e tenha
aceitação dos fãs, precisam parar de criar cenas e climas entre a Mônica e o
Cebola, precisam parar de passar a falsa ideia de que ela ainda o ama e quer
voltar para ele. É isso.
Outra coisa que achei muito engraçada na história foram o
Xaveco e a Denise. Sério, gente, dei muita risada quando a Denise apareceu
usando sutiã de conchas e um rabo de peixe enorme acoplado a bermuda. Hilário
mesmo foi a Mônica zoando com a cara dela (para variar, já que normalmente é o
contrário). Pelo menos ela e o Xaveco saíram saltitando de mãozinhas dadas e
felizes da vida, o que dá alguma esperança aos fãs de que eles acabem ficando
juntos no final.
Também achei muito fofo ver a Mônica e o Cebola se
esforçando para conseguir o que o outro queria. Claro que isso é amizade, mas
outros podem interpretar de outra forma. Enfim... foi legal ver a Mônica
jogando bem e vencendo o idiota do Toni. Claro que isso não faz
exatamente parte do perfil dela, que nunca gostou de jogos. Mas pode ser que
ela tenha mudado isso depois que conheceu Diana (a namorada virtual do Cebola)
e com isso tenha aprendido a gostar e a jogar mais.
Também teve maior proximidade com Magali e Cascão e creio
que isso foi preparação para a edição do mês que vem. No fim, depois de muita
confusão, tudo deu certo, eles se divertiram, deram risadas, até o pai do
Cascão entrou na brincadeira e eles foram felizes para casa. E, claro, o DC fez
jus a sua fama de contrariado ao chegar por último na Comic Con e achar as
portas fechadas. Vai entender a criatura...
Como falei antes, a história foi boa. Mas não excepcional.
Acho que foi mais para homenagear a Comic Con e levar um pouco dessa experiência
para os leitores. E também para exaltar mais o mundo nerd, tentando passar a ideia de inclusão e tolerância com as diferenças ao dizer que todos eram nerds.
Eu sempre tive vontade de ir a Comic Con, qualquer ano desses eu me animo. Deve
ser legal.
Essa foi a crítica do mês. Agora vamos esperar a próxima edição
que será centrada na Magali e no Cascão. Até lá!
Antes que eu me esqueça, aqui tem um glossário das várias referências que teve na história:
Para mais críticas, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem: