Oi, gente! Sim, eu sei que sempre demoro para fazer as
críticas da CBM. Mas como o foco do meu blog é a TMJ, eu meio que acabo
negligenciando as histórias do Chico.
E cá entre nós, essa edição bem que merece uma crítica
porque foi bem legal! Primeiro porque mostrou um sonho que muita gente tem: um
clone para ajudar a fazer as tarefas. Isso não seria demais? Até me lembrou um
filme da Disney chamado “o outro eu” , onde um garoto criou um clone de si
mesmo por acidente ao fazer um trabalho de ciências. E como ele não era bobo
nem nada, passou a usar esse clone para ir a escola e fazer tarefas chatas
enquanto ele ficava no quarto jogando vídeo-game e lendo revistinhas.
Se bem que na história o Chico não abusou do seu clone em
momento algum. Passado o momento de susto, os dois acabaram se entendendo e
dividindo as tarefas. Até fiquei bem surpresa ao ver como eles passaram a se
dar tão bem e confiando um no outro. Depois de um tempo, eles meio que ficaram
como irmãos gêmeos de verdade, se entendendo perfeitamente bem e se ajudando.
Uma coisa que eu gostei na história foi que em determinado
ponto cheguei a ficar com dúvidas sobre quem era o Chico verdadeiro. A
aparência era a mesma, assim como a personalidade, as memórias, tudo! Aí acabei
ficando na dúvida: quem era o Chico de verdade? Podia ser o que apareceu
primeiro, mas também podia ser o outro. Como saber se eles eram iguais e agiam
da mesma forma?
Mas é claro que nem tudo são flores, né gente? Eles podiam
dividir os estudos, trabalho, tarefas, o quarto, a família e até as cuecas. Mas
tem certas coisas que não dá para dividir e a Rosinha é uma delas. Tudo ia bem
até que o encontro com a Fran criou um dilema para eles.
O Chico 1 achou que o Chico 2 podia ficar com a Fran, assim
ela largaria do pé dele e todos ficariam felizes. Uma boa idéia, não? Não. Como
eles são exatamente iguais, também tem as mesmas memórias e sentimentos. Daí o
Chico 2 também ama a Rosinha e é claro que não quer ficar com outra garota como
prêmio de consolação. É nessa hora que o pau quebra e os dois brigam feio,
muito feio.
Sério, foi muito tenso ver como o Chico 1 ficou com raiva,
furioso mesmo e parecia querer matar o Chico 2. É a primeira vez que o vejo
assim. Quer dizer, já li uma historinha nos gibis onde ele deu uma tremenda
surra num almofadinha da cidade que tinha dado um beijo no rosto da Rosinha,
mas depois de adulto é a primeira vez que o vejo tão violento.
Essa cena, tão dramática e até chocante, me fez pensar numa
coisa: será que os roteiristas estão tentando desfazer a aura de bonzinho e
perfeito dele? Sim, porque ultimamente tenho notado que ele anda fazendo
algumas coisas que teoricamente não deveriam fazer parte da natureza dele.
Vejam bem:
Na ed. 20 ele traiu a rosinha para ficar com a Lisandra.
Sim, para mim foi traição porque ele não terminou o namoro, não conversou como
uma pessoa civilizada deveria fazer. Logo, foi traição.
Na ed. 21 ele meio brigou com a Rosinha porque ela tinha
achado ruim do atraso dele. Sua postura foi a de que não estar importando muito
em passar mais tempo com ela.
Na 22 ele deu um soco no Genesinho, que mesmo apanhando
achou graça de ver o Chico perdendo sua pose de bonzinho.
Na 25 ele xeretou as coisas da Sofia, algo que normalmente
ele não faria porque sempre foi muito respeitador. E na 26 meio que ficou
aquela dúvida: ele fez ou não fez alguma coisa com aquele sujeito para roubar
as suas chaves? Será? Será?
Pode ser só impressão minha, mas acho que eles perceberam
que o Chico estava perfeitinho demais e agora querem deixá-lo um pouco mais
humano. Bem... mesmo que eu discorde de algumas atitudes dele e até fique
indignada com algumas coisas, confesso que gosto dessa mudança. Fica algo mais
real, mais perto das pessoas de carne e osso.
Voltando a história, quando os ânimos acalmaram o Chico 1
percebeu (e se arrependeu muito) o que tinha feito, chegou até a chamar o Chico
2 de irmão. Então eles perceberam que alguma coisa estava errada porque era
para a briga ter ficado empatada, com os dois batendo e apanhando igualmente.
Só que não ficou porque o Chico 2 apanhou bastante.
Então veio a resposta: o Chico 2 na verdade é um clone
criado por acidente pelo Chico que sem querer cuspiu num caldo meio esquisito e
dali sai um clone. Não sei se realmente gostei dessa justificativa. Quer dizer,
saiu meio forçado um clone ter nascido num laboratório de uma mistura feita
numa faculdade de agronomia. Nem sabemos o que era aquela coisa. Pelo menos
levantou uma questão interessante sobre a clonagem: o que aconteceria se
clonassem um ser humano de verdade?
As memórias seriam as mesmas ou teríamos um novo indivíduo?
Já que isso nunca foi feito antes (pelo que se sabe), cada autor tem liberdade
para colocar o que poderia acontecer. Mas particularmente não acho que seja
possível que um clone tenha as mesmas memórias que o original. Isso vem do
nosso aprendizado, experiências, etc. Não é algo que pode ser transmitido
geneticamente. Se fosse, nós teríamos ao menos uma parte da memória dos nossos
pais e isso não acontece. Mas enfim...
Como o Chico 1 disse, só podia haver um deles e isso foi
resolvido facilmente fazendo o clone degenerar mais rápido que uma pessoa
normal. Assim o Chico 2 teve que ir embora, já que não dava mais para continuar
vivendo a mesma vida que o Chico 1 porque já estava velho. Então o jeito foi
botar a viola no saco e caçar rumo.
Foi um final bonito, porém triste porque fiquei imaginando o
Chico 2 morrendo sozinho em um canto qualquer. Ele não podia mais viver a vida
do Chico 1 e nem ficar com a Rosinha. Nem mesmo pode dar um abraço nela, já que
os dois escolheram não falar nada.
Pensando bem, talvez a opção do clone tenha sido melhor,
pois não daria para fazer a mesma coisa se fosse um Chico do futuro, um
descendente ou alguém vindo de uma realidade paralela. Parece que eles estão
tocando em assuntos mais... maduros nas histórias da CBM como morte, traição,
gravidez indesejada, etc. Vocês sabem, coisas que seria interessante de se ver
na TMJ.
Essa foi a crítica do mês. A próxima ed. vai ser qualquer
coisa de o Chico passando a noite numa cabana perto de um lago com os amigos,
mas aí coisas estranhas acontecem, etc. parece que tem qualquer coisa a ver com
japoneses, talvez segunda guerra ou o Titanic afundando, sei lá. Vamos ver o
que essa história reserva para nós. E prometo que não vou demorar tanto com a
crítica dela dessa vez. Claro, só vai sair quando eu ler, né?
Para mais críticas e opiniões, confiram o vídeo do Canal
Opinião Turma da Mônica Jovem:
E aqui tem os palpites para a ed. 28:
Eu ainda não li,mas fiquei curiosa,eu só li uma única revista do CBM,que era " O Dia da Rosinha",e pra ser sincera,não gostei muito do Paulo,ele parece,ou melhor,é, aqueles caras que ficam insistindo na pessoa mesmo sabendo que ela tem namorado,eu ainda não li as outras edições,o Paulo aparece nelas?
ResponderExcluirNão, ele não aparece, apenas é citado na edição 13. ;)
ExcluirEle só apareceu uma vez, mas concordo com vc. Não gosto dessas pessoas que ficam insistindo demais. A Rosinha já deixou bem claro que não quer nada, tanto que largou o emprego (mesmo precisando de dinheiro) exatamente pra não ficar dando esperanças pra ele. Mas tem gente que é assim mesmo. Vc manda tomar naquele lugar de canudinho e a criatura interpreta como "eu te amo".
ExcluirEu particularmente não gostei muito da edição. Quer dizer, foi até boa, mas eu achei bem fraquinha. E é legal ver como estão tirando a pose de certinho do Chico, mesmo porque ela não combina em nada com o Chico criança... :P
ResponderExcluirFeliz ano novo, Mally! Sucesso com o blog! ^_^
ResponderExcluirObrigada, Brenda. Feliz ano novo pra vc tb!
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