Oi. Eu tenho andado um tanto ocupada durante esses dias e
com pouco acesso ao computador, por isso não atualizei o blog. Hoje vou fazer a
crítica da ed. 12: o desaparecimento dos magos.
Nessa história, temos tipo uma participação de Pyong Lee, um
famoso hipnólogo. Confesso que hesitei um pouco em ler essa história porque eu
já tinha lido a CBM 39 e achei o Pyong um tanto chatinho.
Mas fiquei surpresa ao ver que no fim a história é boa e que
tinham criado um mistério legal. Isso sem falar da participação do Nimbus, que
até apareceu na capa pela primeira vez na vida! Puxa, seu irmão teve tanto
destaque depois que começou a namorar a Mônica, mas o coitado ficou
praticamente esquecido? Uma hora tinham que reparar essa injustiça, certo?
E como a história tem o Nimbus como destaque, é claro que o
tema é sobre magia. Mais especificamente sobre o desaparecimento de mágicos
famosos que chegou a um ponto em que ninguém queria mais fazer números de
mágica. Foi aí que ele resolveu pedir ajuda para a turma e também para Pyong,
que coincidentemente era seu amigo. Conveniente, não?
O enredo ficou legal, num ritmo que não saiu nem lento, nem
rápido demais. E de quebra, até vimos como funcionam alguns truques de mágica,
como aquele do desaparecimento do avião. Juro que eu nem imaginava que era
feito com espelhos!
Corajosos como são, os dois resolveram usar a si mesmos como
iscas para ver se conseguiam descobrir o que estava acontecendo com os mágicos.
Eu também tinha ficado curiosa até descobrir que eles estavam sendo levados
para uma ilha para servirem como escravos de um ilusionista recalcado.
Daí os quatro tiveram que dar um jeito de fugir dessa ilha e
prender o sujeito que estava seqüestrando os mágicos. O tobogã no final da
escada não foi assim de grande originalidade, mas gostei da sala dos
instrumentos de magia, onde eles se assustavam o tempo inteiro e tinham que
ficar lembrando que tudo era só truque.
Foi legal como eles derrotaram o mágico em seu próprio jogo,
usando ilusões e hipnose. Sem falar que também gostei de ver a Mônica derrubar
a parede com sua força. Não quero que ela saia quebrando tudo o que vê pela
frente, ou que seja do tipo que usa só força bruta e nenhuma inteligência, nada
disso. Mas gosto quando ela usa sua força porque é algo que também faz parte
dela.
Mas para ser sincera, achei um tanto, sei lá, forçada a
parte em que Pyong mantém o seqüestrador hipnotizado até o dia do seu
julgamento para confessar tudo o que tinha feito de errado. É que julgamentos
não acontecem de um dia para outro. Levam semanas, dependendo do caso até
meses. Como eles conseguiram atravessar toda a burocracia e manter o cara
hipnotizado ao mesmo tempo?
E será que esse tipo de coisa seria válida em um julgamento
de verdade? A defesa poderia alegar que ele confessou tudo sob um estado
alterado de consciência. Mas enfim... é só uma história, então eles podem se
dar ao luxo de fugir um pouco da realidade e gosto disso. Se eu quisesse vida
real, assistiria telejornais mesmo.
No geral a história foi boa. Não aquela maravilha, mas
gostei bastante especialmente por causa da participação do Nimbus e achei o
Pyong bem mais legal (e menos mala) nessa história do que na do Chico. Acho até
que ele poderia participar mais vezes.
Sem falar que adorei a trolada que fizeram com o Cebola. Não
tem jeito, pessoal. Adoro quando o Cebola é avacalhado e acho que sempre vou
gostar embora não tenha mais antipatia por ele.
E de quebra eles até revelaram o segredo de um truque de cartas
que muitos já devem ter visto. Vou contar uma historinha para vocês.
Há tempos atrás, quando a internet era discada e a gente
tinha que contar até os minutos online porque vinham na conta telefônica, eu
acessei um site onde tinha esse truque. A gente escolhia uma carta entre cinco,
clicava num botão e depois apareciam quatro cartas e uma delas virada com eles
dizendo que era a carta escolhida.
Na época foi tipo “uau! Meldels como eles fizeram isso???” O
mais engraçado é que o dono do site, que hoje vejo que foi um trolão, dizia pra
tomar cuidado com esse truque porque era perigoso, pois emitia ondas poderosas
de energia que poderiam até danificar os eletrodomésticos do cômodo. Cada vez que
a gente clicava no botão para fazer o truque de novo, vinha um aviso cada vez
mais alarmista sobre os perigos de repetir esse truque.
Eu meio que sinto vergonha de admitir, mas na época cheguei
a acreditar que podia ser perigoso mesmo. Me dá um desconto, gente! Ainda era
nos primórdios da internet no Brasil. E como o truque aparentemente funcionava
mesmo, foi difícil evitar a suspeita de que algo sobrenatural estava
acontecendo.
Depois eu vi como era feito o truque e o encanto meio que se
desfez, mas ainda assim foi bem legal.
Existem pessoas que ganham a vida mostrando como truques de mágica
são feitos. O primeiro desse gênero foi um tal de Mister M, não sei se alguém se
lembra. Ele disse que fazia isso para que os mágicos passassem a renovar seus
truques ao invés de insistir em coisas já batidas. Eu gostava de vê-lo quando
passava no fantástico.
A capa ficou linda, embora eu tivesse preferido só com Nimbus
e Pyong, mas como dizem que revistas com a Mônica na capa vendem mais, entendo
o porquê de terem feito dessa forma. Uma
coisa engraçada é que cheguei a pensar que um dragão ia voar solto pela cidade,
que provavelmente a pessoa que estava raptando os mágicos devia ser alguém muito
poderoso com um dragão de estimação. Ah, doce ingenuidade!O que eu achei mais legal nessa capa foi ela ter sido dividida em três e cada parte ter um fundo diferenciado. Ficou bem rica e bonita também.
Essa foi a crítica de hoje, espero que tenham gostado. Até a
próxima!
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