sexta-feira, 25 de julho de 2014

Sobre a proibição da propaganda infantil

16:34 30 Comentários


Eu estava lendo aqui, pesquisando ali, pensando com meus botões e confesso que fiquei um tanto pessimista com essa nova lei proibindo qualquer anúncio dirigido ao público infantil. E não tem como escapar. Do jeito que está redigida, a lei proíbe mesmo qualquer tipo de propaganda que seja voltada para as crianças. A lista de restrições para parece não ter fim. Não pode nada.

Acho que já foi falado tudo a respeito dessa proibição, não sei se vou acrescentar algo novo. Eu não entendo por que estão fazendo esse tipo de coisa, é absurdo demais. E perigoso também. Estão passando por cima da autoridade dos pais e da vontade das pessoas. Estão partindo do princípio de que o povo é burro, não sabe pensar e nem tomar decisões por si próprio, então cabe ao estado pensar por eles.

Dizem que as crianças não têm capacidade para julgar e processar as informações das empresas de publicidade. De fato elas não têm. Apenas vêem os brinquedos sendo anunciados e é claro que podem querer. Mas não podemos esquecer que se essas crianças não podem entender as coisas, os pais podem. É deles a decisão de comprar ou não comprar o produto, não da criança.

O problema é que nos dias de hoje, estão criando uma geração “casquinha de ovo”. Não pode falar “não”, não pode dar palmada, não pode por de castigo, falar alto, proibir, etc. Não se pode fazer nada. E por isso, as crianças estão ficando cada vez menos tolerantes a frustração. 

Numa tentativa de evitar os abusos, estão fazendo várias restrições que impede os pais de educarem seus filhos. Aí vem essa proibição de anúncio infantil como uma forma de tentar remediar esse estrago. Sem propaganda, sem pedidos, sem conflitos. Totalmente errado, se querem saber.

Impedir abusos e proteger as crianças é uma coisa. Colocá-las numa redoma de vidro é outra muito diferente. Elas precisam crescer ouvindo não, entendendo que não podem ter tudo o que pedem. Precisam aprender a resistir às propagandas e entender que não é porque está anunciado na TV que elas têm que comprar.

Se querem fazer algo contra o consumismo desenfreado, então por que não proíbem todas as propagandas que existem, inclusive aquelas voltadas para os adultos? Ah, isso ninguém quer, né? Viram como essa lei é uma tremenda farsa?

Além de ser uma idiotice, essa lei também tem outro efeito colateral para as crianças. Eu cresci vendo propagandas até mais agressivas do que as vemos hoje. Como aquela do “compre Baton”, por exemplo. Ou então o comercial da tesoura do Mickey, onde um moleque mala-sem-alça ficava repetindo “eu tenho, e você não tem!”.

A propaganda do Baton eu apenas ignorava, já com a da tesoura do Mickey eu morria de rir e nunca tive vontade de comprar a tal tesoura. Propagandas assim eu via aos montes. Às vezes tinha vontade de ter os brinquedos, às vezes ignorava. Mas eu cresci vendo propagandas infantis e com o tempo aprendi a resistir a elas. Minha mãe não podia me dar tudo, aliás eu raramente ganhava os brinquedos que eram anunciados. Ela falava não e pronto. Muitas vezes eu nem pedia porque tinha consciência de que não podia ter.

Com isso, eu aprendi a resistir também às propagandas de adultos. Diferente de muitas pessoas da minha idade, eu não saio por aí comprando quinquilharias inúteis só porque anunciaram na TV. E nem sofro quando não posso comprar alguma futilidade. Não sou rica, mas posso dizer que minhas finanças estão em ordem exatamente porque aprendi que não preciso consumir algo desnecessário só porque é moda, propaganda ou alguma celebridade está usando.

Aprendi também que não preciso de quinquilharias para ter valor como pessoa. Mas o meu aprendizado veio desde a infância, quando eu sofria por não ter algum brinquedo e até me sentia menos do que as outras, mas com o tempo aprendi a me fortalecer e a não condicionar meu amor próprio com a posse de algum objeto.

Só que agora querem tirar esse aprendizado das crianças. Elas crescerão sem desenvolver imunidade a essas propagandas. Vão acabar com as propagandas infantis, mas não as de adultos. Como elas vão resistir a essas publicidades se não aprenderam isso desde cedo? Como vão tolerar a frustração por não poderem comprar determinado produto sendo que não passaram por isso antes? Entendem onde quero chegar? 

Se frustrar, decepcionar, chorar por não poder ter algo, isso também faz parte do processo de aprendizado da criança e o governo quer tirar isso delas sob o pretexto de protegê-las. Conseguem imaginar o tipo de adultos que elas serão quando crescerem?

Essa lei pode ser uma grande armadilha. As pessoas pensam que as criancinhas estarão sendo protegidas, mas na verdade estarão se transformando em um bando de zumbis alienados.

O correto seria os pais educarem os filhos e ensiná-los a questionar as propagandas. E também ensinar essas crianças que elas não precisam de produtos para terem valor como pessoas. Mas isso seria tão ruim para o governo e para o capitalismo em geral, não é? Sim, porque eles não querem que as crianças cresçam conscientes, questionadoras e capazes de pensar por si próprias. Não querem que elas cresçam capazes de resistir aos anúncios voltados para os adultos e aprendam a comprar algo só quando acham que precisam.

Nãaaaao! De jeito nenhum! Eles querem que vocês cresçam alienados, bobalhões, totalmente sem nenhuma resistência as frustrações. Assim vão consumir mais, comprar mais ainda. Não querem que vocês aprendam a questionar.

“Por que pensar? Isso dá muito trabalho, deixem que nós pensamos por vocês!” é a mensagem que tentam passar. Querem tirar do povo a capacidade de pensar, porque isso é perigoso. Já pensou se todo mundo começa a pensar na hora de votar nos governantes e para exigir seus direitos? Aí ferrou tudo, né?

Pode parecer meio dramático e exagerado, mas eu simplesmente não acredito que essa lei seja apenas para proteger as crianças. É para criar um exército de alienados, fracos e sem vontade própria. Isso pode ser só o começo. Atrás dessa lei podem vir outras e mais outras. Tudo feito de forma a parecer que só querem proteger os cidadãos, mas é só para ir acabando com a individualidade, com as iniciativas.

Não querem que as pessoas decidam o que é bom para elas mesmas. Eles, quem está no poder e lucrando com tudo isso, querem determinar nossas necessidades e dizer o que é ou não é bom para nós. Eles não querem que tenhamos o controle sobre nossas vidas. Querem controlar nossas vidas e nos conduzir como gado obediente para servir aos interesses deles.

Eles não querem proteger ninguém. Tantas crianças vivem nesse país sofrendo abusos de todos os tipos e quase nada é feito. Há crianças morando nas ruas, nos orfanatos, sendo de fato maltratadas e abusadas de todos os jeitos e eles não se preocupam com elas.

Sim, eu sei que abusos em publicidades devem ser contidos. Mas a lei atual já impede os abusos nas propagandas, não precisam inventar mais coisas. É por isso mesmo que desconfio muito de que haja algo mais por detrás dessa lei, uma segunda intenção que a maioria não enxerga de imediato.

Então, você que está lendo isso, preste muita atenção no que acontece ao seu redor. Fique atento e não deixe que tirem sua individualidade. Não entregue seu livre arbítrio em troca de segurança, não confie cegamente em tudo o que a mídia publica porque eles só querem nos manipular. Questionem, questionem sempre, duvidem, pesquisem. Não deixem que o governo, religião, etc. digam o que é melhor para vocês. À medida que foram crescendo, tomem posse de si mesmos. Se não fizerem isso, outros farão, acreditem. Alguém estará no controle das suas vidas. Se não for vocês, serão outras pessoas. E essas outras pessoas controlarão suas vidas de acordo com o que for melhor para ELAS, não para vocês.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

CBM#12 - Mundos em conflito: palpites

20:50 6 Comentários

Normalmente não faço palpites sobre a CBM, mas dessa vez não dá para ignorar porque vai ter participação especial da TMJ, mais especificamente da Mônica e do Cebola. Como não ficar empolgada? Além de ser algo que muitos esperavam, pois finalmente os personagens das duas revistas vão se encontrar, a história também promete ser muito bacana.

A sinopse diz que uma experiência desastrosa na faculdade do Chico vai fazer com que o mundo seja devastado por uma praga. Vou confessar uma coisa: na primeira vez que vi a sinopse, juro que pensei se tratar de alguma doença mortal que vai matar metade da raça humana. Sadismo, eu sei, mas confesso que gosto desse tipo de história.

Só que passada a empolgação inicial, eu me toquei de que a faculdade é de agronomia, então o mais provável é que seja algo para devastar plantas ou animais. Que tristeza devastar seres vivos que não tem culpa de nada! Quer dizer, nem sei se a tal praga vai mesmo devastar alguma coisa de verdade, mas a curiosidade está a mil.

Quem sabe eles não resolvem nos surpreender com uma praga de zumbis? A tal experiência poderia ser uma vacina para animais, só que como fracassou, pode infectar os alunos e alastrar a praga zumbi. É que na capa aparece a Mônica apavorada junto com o Cebola e o Chico numa atitude protetora, como se a estivesse defendendo de algo. É por isso que estou arriscando esse palpite. Afinal, a força física da Mônica não teria muita serventia em caso de uma epidemia.

Pode ser alguma doença estranha que deixe as pessoas como zumbis, mas ao mesmo tempo tem que ser algo reversível. Afinal, é para o publico jovem e adolescente, tem que ter final feliz. Viajando na maionese mode = ON: caso seja uma doença, de repente pode acontecer de a Mônica ter a cura no sangue dela. Isso também explica a atitude protetora do Cebola e do Chico. Viajando na maionese mode = OFF.

Ou então podem ser insetos mutantes, algo que altere o clima, deixe os animais doentes/agressivos/mutantes comedores de gente... tá, esqueçam a parte do “comedores de gente”. A classificação da revista não permite.

Olhando para o fundo da capa, que parece uma placa de circuito ou algo assim, me veio a mente a Ed. 48, invasão dos robôs-zumbis. Será que será essa a praga? Terá algo a ver com tecnologia ou é só um fundo ilustrativo sem nada a ver com a história?

Bom, a tal praga mortal é o de menos, apesar de ser um assunto bem legal que eu não esperava ver na CBM. O que está deixando todo mundo tipo “ai meldels!” é o encontro do Chico com a Mônica e o Cebola. Muitas perguntas surgiram sobre como vai ser esse encontro.

A primeira delas é sobre a idade dos personagens. Nos gibis, Mônica e Cebolinha tem 7 anos, mas nunca fiquei sabendo de fato a idade do Chico, apesar de aparentemente ele também ter a mesma idade. Mas olhando melhor, ele freqüenta a escola e aprende matérias como história, ciência, matemática, etc. Teve uma história onde ele estava estudando a tabuada e se não me falha a memória, as crianças aprendem isso na segunda série. Então ele pode sim ser mais velho do que a turma, apesar de a diferença de idade ser pequena.

Na versão jovem, o Chico deve ter 18 e estar no primeiro ano de faculdade ainda. Mônica e Cebola, na TMJ, devem ter entre 15 e 16. Na Ed. 5 da TMJ, a Mônica disse que estava no primeiro ano, então como até agora ninguém falou que ela está no segundo, suponho que ela ainda deve ter 15 anos porque assim como acontece nos gibis, os personagens da TMJ também não envelhecem a cada ano.

Para mim, esse lance da idade ficou meio confuso porque nos gibis a diferença seria de apenas um ano, mas na versão jovem será maior. Acho que especular não vai resolver muito e nesse caso, talvez nem tenha tanta importância assim se prender a esse detalhe. Nós queremos história!

O que eu gostaria de saber é como o Chico vai se encontrar com a turma? Ele vai para o Limoeiro? Eles irão para a faculdade (tipo uma excursão da escola organizada pelo Franja)? Os personagens da TMJ atravessarão um portal interdimensional que os levará para o universo do Chico Moço?

Após o experimento, a praga vai se alastrar e pode chegar ao Limoeiro. Em seguida, o Chico aparece pedindo ajuda, não sei. Ou então esteja fugindo do Armagedom e os encontra por acaso.

E quem da turma vai participar da história? Os quatro ou só a Mônica e o Cebola? E a pergunta mais importante: como a Mônica e o Cebola vão ficar diante um do outro? Isso até nos deixa um tanto confusos porque nem sabemos se eles vão se encontrar na TMJ 72. Se não, então o primeiro encontro deles desde a Ed. 69 vai ser na CBM 12. Meio estranho, não?

Eles vão conseguir se entender? Vai ter briga e lavação de roupa suja? A Mônica ainda estará namorando o DC? Ou vai ser uma história situada mais no futuro, onde os dois já se entenderam? Mas aí ficaria meio estranho porque vai revelar o desfecho futuro deles.

Claro que no fim eles vão resolver essa crise, embora eu não saiba como. Para saber isso, a gente teria que saber que tipo de praga vai devastar o mundo. Se a gente for olhar pela capa, então os três vão trabalhar juntos talvez para encontrar a cura ou solução. Nessa parte não sei se tenho muitos palpites, porque essa história me parece bem imprevisível, do tipo difícil de imaginar o que vai acontecer.

E como vão ficar a Mônica e o Cebola no fim da história? Farão as pazes? Eu disse anteriormente que eles estão deixando os dois separados por tempo demais e que isso não pode durar para sempre ou vai acabar com o quarteto principal. Então eles podem ter decidido fazer o reencontro dos dois (e seu entendimento) na história do Chico. Ou então vai ser na Ed. 72, não sei. Viram como ficou confuso? Isso só aguça nossa curiosidade!

De qualquer forma, nada como uma boa aventura para unir os dois novamente e essa seria uma chance do Cebola provar que se importa com a Mônica, diferente do que ele fez na Ed. 68. Quem sabe não é uma chance de se redimir? Na Ed. 69 ele falou que não ligava para ela, então é hora de ele concertar isso e mostrar que tudo aquilo foi uma mentira. Se bem que focar neles tiraria o protagonismo do Chico, e a história é dele, não é?

E vocês viram como a Mônica está agarradinha no Chico (e não no Cebola)? Sei não, viu... tenho um ligeiro pressentimento de que vai rolar um ciuminho básico nessa história. Sim, porque na sinopse da edição, também aparecem o Chico e a Mônica de mãos dadas. Uia! Mãozinhas dadas? E o que a Rosinha vai achar disso, caso ela apareça?

O bom é que dessa vez eles não estão regulando mixaria e resolveram colocar a revista com 120 páginas, então vai ter bastante história. Pena que é uma edição só. Acho que algo assim merece duas edições para não ficar muito corrido. Certas coisas vão ficar sem o detalhamento que merecem. Francamente, a Panini está ficando um pé no saco com esse mimimi de não querer mais sagas. Eta povo chato, viu?

Agora só nos resta esperar a Ed. 12 da CBM. Ih, acho que o tempo vai demorar um bocado para passar dessa vez! Já estou louca para ler essa história, que promete ser muito boa!

E aproveitando o tópico, tenho alguns presentinhos para vocês. PNG’s, quebra-cabeças e jogo dos sete erros. Eu fiz duas versões da mesma imagem. Uma da Mônica com o Cebola e outra dela com o DC. Na página de png’s, tem as paisagens com e sem brinquedos. Assim vocês podem escolher e usar a vontade.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Mônica e Maria Mello

17:39 7 Comentários
Hoje estou publicando os png's da Mônica e da Maria Mello que usei no cabeçalho do blog. E também tentei reproduzir aquele fundo azul com corações que vemos na capa da Ed. 72. E, claro, já fiz o quebra-cabeça. Divirtam-se!

E confesso que estou bem satisfeita de colocarem a participação de um personagem secundário na Ed. 72. Espero que façam isso mais vezes porque, suponho, esses personagens não deveriam ser só para fazer volume e sim para fazer parte das histórias.

Aproveitando o tópico, estou muito ansiosa é para que saia a capa da ed. 12 do Chico Moço, porque vai ter participação da TMJ, coisa que muitos estavam esperando. Essa história promete ser boa! 



domingo, 20 de julho de 2014

CBM#11: O filho do Chico - críticas

17:16 1 Comentários


Ah, como eu esperei a ed. 11 do Chico Bento! Acho que todo mundo esperou, né? Afinal, não é todo dia que aparece um tema tão polêmico e diferente do que a gente costuma ver nas revistas CBM e TMJ.  E parece que nessa história teve de tudo: desde embriaguez, no início da história, até uma gravidez indesejada.

E estou falando de embriaguez mesmo, do cara segurando garrafa de bebida e para lá de Bagdá. Isso mostra um lado mais adulto dos personagens, com o Genesinho vivendo sozinho, saindo para farrear com os amigos e ainda dirigindo após beber. Aliás, quando vocês crescerem, não cometam esse erro, viu? História em quadrinho é uma coisa, mas na vida real isso só dá zebra.

É nessa parte que vemos a vida dele nos EUA, torrando o dinheiro do pai com farra e garotas. Mas a boa vida acaba quando o pai dele aparece para buscá-lo na marra. Bem... Não sei se ele tem lá muito direito de ficar reclamando, pois não foi capaz de educar o filho direito na infância. Mimou demais, deixou fazer tudo o que queria, então não dá para esperar outra coisa, dá?

Outro tema que a história tocou, ainda que muito de levinho, foi a dificuldade dos relacionamentos a distância e a infidelidade que isso pode trazer para quem não sabe lidar com isso. E na faculdade costumam haver tentações mesmo, festas, pessoas novas, etc. O Chico está sabendo viver bem com isso, mas nem todos conseguem. E achei bem fofo o amor e lealdade dele para com a Rosinha. Afinal, é uma situação temporária. Um dia eles vão poder ficar juntos de novo e ter uma família.

Só que tudo começa a feder um pouco quando o Chico descobre que o Genesinho ficou na sua turma, o que me causou um pouco de estranheza porque achei coincidência demais ele também estar fazendo agronomia. Pode ser apenas por causa dos negócios do pai dele, mas isso não se encaixa muito bem no perfil de um playboyzinho filhinho de papai.

O encontro dos dois, como não podia deixar de ser, foi bem espinhoso e desagradável para ambas as partes, porque o Genesinho tem a mesma personalidade de quando era criança, só que pior, mais chato, arrogante e cafajeste. E essa agora! Além de aturar o Vespa, ele vai ter que aturar esse playboyzinho também! Já pensaram se os dois resolvem ficar amigos para pegar no pé do Chico ao mesmo tempo? Agora sim a vida dele vai ser um inferno!

E tudo complica ainda mais quando Anna vem para o Brasil atrás dele e é tremendamente maltratada, como era de se esperar. Eu fiquei com pena dela nessa hora, porque não deve ser nada fácil procurar uma pessoa esperando ser bem recebida e ela vir com quatro pedras nas mãos. Mas o Chico, coração mole como ele é, resolve ajudá-la.

Se no início eu fiquei com pena da Anna, logo mudei de idéia por causa das atitudes antipáticas dela em falar que o Brasil é infestado de baratas. Sério, gente, o pessoal de lá de fora costuma ter mesmo preconceito contra nosso país. Uns acham que é todo coberto pela floresta amazônica e cheia de índios. Durante os preparativos para os jogos da copa, a Inglaterra andou reclamando de Manaus e o goleiro até falou que eles iam jogar no meio da selva.

Uma professora minha falou, a um tempo, de uma russa que tinha vindo visitar o Brasil e ficou surpresa ao ver que nós temos casas, prédios e até banheiros! Felizmente eu nunca vi um estrangeiro agindo dessa forma perto de mim, porque dependendo do meu humor, eu poderia dar uma resposta bem atravessada. Pelo visto, a Anna se encaixou bem no perfil do estrangeiro preconceituoso que vê o Brasil como país paupérrimo do terceiro mundo sem nenhum tipo de infra-estrutura.

Mas o Chico, coitado, paciente como ele só, ainda insistiu em ajudá-la a encontrar um lugar mais adequado apesar de ela ter colocado defeito em todos. Garota mais chata, credo! Só mesmo quando chegaram a uma republica mais careira é que ela ficou satisfeita. Engraçado mesmo foi ela querer ficar no bem-bom sem ter dinheiro para isso. Mas acho que tem uma explicação.

Não foi falado explicitamente, mas parece que ela morava com o Genesinho, que a bancava e dava vida boa. Então é claro que ela não teria preparo para uma vida diferente. Como o Chico falou, trabalho não fazia parte do vocabulário dela em vários sentidos.

Até aí tudo parecia bem até a Anna decidir revelar que estava grávida e diante da reação do Genesinho, falar que Chico é o pai da criança. Sério, isso é muito desagradável até para quem é realmente o pai da criança, imaginem para quem não é! O coitado passou o maior aperto porque todo mundo acabou acreditando nela. Afinal, ele não tem dinheiro, vem da roça, de família simples. O que ela ganharia mentindo?

Claro que com o Genesinho também não foi golpe da barriga, pois se fosse bastava ela aguardar o filho nascer para fazer o DNA e requerer a pensão. Aliás, ela nem precisava deixar tudo nos EUA pra vir ao Brasil pois é possível ela requerer a pensão alimentícia em outro país.

Com o Genesinho, eles mostraram o típico homem que faz o filho e depois não quer assumir. Sim, filhos são feitos por duas pessoas, mas diferente do que mostraram no sonho do Chico, a carga mais pesada sempre fica nos ombros da mulher. Tem homem que não se previne, não quer fazer sua parte e quando a mulher engravida (porque anticoncepcional não é isento de falhas), o cara vai logo falando que é golpe da barriga.

O sonho do Chico foi, para mim, uma história de terror e mostra o impacto que um filho indesejado causa na vida das pessoas. Mas, como eu falei, o impacto geralmente recai sobre a mulher. É a mãe quem acaba tendo que abandonar os estudos para ter que trabalhar e cuidar do filho, caso não tenha ajuda de ninguém. É a mãe quem alimenta, dá banho, troca a fralda, etc. Os pais apenas pagam pensão (uma mixaria na maior parte dos casos. Uns nem pagam nada) e continuam suas vidas como se nada tivesse acontecido.

A meu ver, eles colocaram o Chico passando por tudo isso como uma forma de fazer com que os meninos sintam alguma empatia pelas mulheres que atravessam esse tipo de situação. E a mensagem foi bem dada: filho, na hora errada, atrapalha a vida de todo mundo. Especialmente da mulher por causa dessa porcaria de sociedade machista. Somos nós quem sofremos grande parte do impacto e das condenações. Tudo aquilo que o Chico sofreu por essa gravidez indesejada, todas as criticas e condenações, as mães solteiras sofrem todos os dias.

Felizmente tudo se resolveu quando eles encontraram o teste de gravidez da Anna, que estava em inglês e com data anterior do dia que eles se conheceram. Assim o Chico pode limpar a sua barra. E também entendemos porque ela fez isso: pelo visto, o Chico é um rapaz tão bom, tão bacana que ela queria realmente que seu filho tivesse um pai assim e não o traste do Genesinho.

Claro que a história dela vai ser complicada no futuro, porque como o Genesinho não tem renda, é o pai dele quem terá de pagar pensão. E bem feito para ele! Não soube educar o filho, agora tem que arcar com as conseqüências. Uma pena a história não ter mostrado o desfecho completo da Anna e seu filho.

E o final foi bem engraçado, com a Rosinha danada da vida e morrendo de ciúme (que nem na infância) querendo viajar só para dar um esporro no coitado do Chico. Ai, tadinho, fiquei morrendo de pena dele que não tem culpa de nada e corre o risco de apanhar.

Olha, a história por si só não me cativou muito. Acho que depois de ter lido a história anterior da Iara e do Curupira, acabei ficando com expectativas altas com relação a essa. Mas a mensagem valeu apesar de não terem tocado no assunto com a profundidade que ele merece por causa da faixa etária dos leitores.

É realmente complicado porque os pais em geral não conversam com os filhos sobre essas coisas. A maioria por falta de preparo, por não saber como falar sobre isso. E na escola também não se fala muita coisa. Aí as conseqüências podem ser muito desagradáveis.

O que sempre me preveniu de uma gravidez indesejada foi o conhecimento. Eu fui instruída em casa e na escola, vi de perto, no dia a dia, o impacto de uma gravidez indesejada na vida das moças ao meu redor e percebi que não queria ter o mesmo destino. Ter sonhos e planos para o futuro também me ajudou bastante. Vocês sabem... desejar ter uma vida melhor, progredir. Isso ajuda a manter o foco e nos manter longe de encrencas.

Por causa desse desejo de subir na vida, eu sempre tive pavor de engravidar e perder meus sonhos de vista. Se bem que com o tempo eu percebi que não quero ser mãe de jeito nenhum, mas isso não vem ao caso. Só quero que vocês entendam o quanto é importante ter objetivos na vida e aprender a refletir sobre as conseqüências dos nossos atos. Sei que isso não é o forte dos adolescentes, mas é algo que pode ser treinado desde que vocês tomem consciência do quanto é importante.

Eu até gostaria de falar mais sobre esse assunto de gravidez indesejada e métodos anticoncepcionais, mas não é objetivo do blog e eu não sei qual é a faixa etária dos meus leitores e como eles lidam com esse assunto dentro de casa. Mas gente, tentem pesquisar por conta própria, tá? Tem muita informação na internet. Aprendam, estudem, entendam que atos e escolhas tem conseqüências.

Muitas coisas até podem ser contornadas e tudo, mas a prevenção ainda costuma ser o melhor remédio.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

TMJ#72: Meu ídolo - palpites

21:50 7 Comentários


O tempo passa depressa, viu? A capa da Ed. 72 já saiu e daqui a pouco chega as bancas. No início, não fiquei assim muito empolgada. Quer dizer, Mônica e Maria Mello ganham um concurso e o prêmio é passar um dia com seu ídolo adolescente, Juninho Baby. Sério mesmo que alguém teria coragem de usar esse nome queima-filme?

Se bem que vão dar algum destaque a Maria Mello, então vou tentar não reclamar muito. Afinal, todos estávamos pedindo que aparecessem mais personagens secundários, né?

Depois de pensar um pouco, eu comecei a achar essa Ed. meio familiar. Aí eu lembrei do episódio de um desenho chamado “hey Arnold”, que passava no canal pago Nickelodeon e eu adorava muito. O nome do episodio é “grito de pré-adolescente.” Vou tentar explicar mais detalhadamente porque sei que nem todo mundo conhece esse desenho.

Nesse episódio, há um cantor muito popular entre os adolescentes chamado Ronnie Matthews, um cara bonitão, famoso, cantava super bem e tocava guitarra. Todas as garotas babavam por ele. Especialmente uma chamada Phoebe, que escreve uma carta para um concurso e ganha. O prêmio são dois ingressos para o show do Ronnie e a chance de passar um tempo com ele. Então Phoebe convida sua melhor amiga, Helga, para conhecer seu ídolo.
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Até aí vocês podem ver as semelhanças, né? Pode acontecer de Mônica ou Maria ganhar o concurso e os dois ingressos, mas também pode ser que elas participem juntas, o que é uma surpresa porque geralmente Mônica faz essas coisas com a Magali. Mas parece que ela é bem próxima da Maria também.

Continuando, elas assistem o show e quando acaba, vão visitar o Cantor em seu camarim, que as convida para irem a uma lanchonete. Conversa vai, conversa vem, Phoebe vai percebendo aos poucos que ele não passa de um sujeito arrogante, narcisista, que só pensa em gastar dinheiro e comprar coisas. Ele também é extremamente vaidoso, preocupado com a aparência e sentia necessidade de ter seu ego massageado o tempo inteiro.

Mas essa não é sua maior decepção. No fim, ela descobre que além de não compor as músicas que cantava, ele sequer cantava. O sujeito apenas fazia playback. Ou, nas palavras dele, apenas mexia seus belos lábios enquanto outra pessoa cantava. Uma farsa total.

Para quem quiser dar uma olhada, pode assistir aqui http://xdvideos.blogspot.com.br/2012/10/oye-arnold-grito-de-pre-adolescente.html. Mas infelizmente não consegui em português, só em espanhol. Acho que vai dar para vocês pegarem pelo menos o principal.

Bom, é basicamente esse meu primeiro palpite sobre a história: elas vão descobrir que o bonitão é uma farsa, nem canta as próprias músicas e faz sucesso à custa de outra pessoa. No desenho, cada um seguiu seu caminho e o cantor nunca foi desmascarado. Mas pode ser que isso aconteça na TMJ.

Sei que estou extrapolando um pouco, mas caso o sujeito seja uma farsa, então é provável que seja desmascarado. Pode ser por elas ou pelo próprio DC para dar uma lição nelas. Tipo, a Mônica briga com ele por causa do ídolo, mas descobre que ele não vale nada e acaba voltando toda arrependida. Aí o namoro segue numa boa ou se desgasta mais e caminha para o fim.

Essa pode ser tipo aquela história com lição de moral: nem tudo é o que parece. Ou nem tudo o que reluz é ouro. Algo assim. Interessante, até.

Esse seria um desfecho previsível, mas pode ser que resolvam nos surpreender. Tem um filme da Disney chamado “presas no subúrbio”, onde duas adolescentes acham o celular do ídolo delas e acabam bagunçando a vida dele. Só que diferente do desenho, o rapaz era meio que oprimido, não tinha liberdade para cantar do jeito que gostava. Quer dizer, toda aquela pose e aparência eram apenas fachadas que ele nem gostava realmente. No caso do filme, ele era gente boa.

Nesse caso, elas acabariam descobrindo que por debaixo de todo verniz de super-star, existe uma pessoa sensível que não suporta mais tanta pressão. Essa seria uma forma de nos surpreender.

Agora, dizem as más línguas que esse suposto ídolo pode ser o DC disfarçado. É doideira, mas vi uns boatos aqui e ali no facebook sobre isso. Doideira, eu sei, porque isso seria tipo o DC levando uma vida dupla. Só mencionei aqui como uma curiosidade mesmo, porque o pessoal também gosta de especular e dar palpite.

Fora isso, quem mais esse Juninho Baby (pfff!) poderia ser? Um plano do Cebola para separar a Mônica do DC? Algum vilão querendo fazer uma armadilha para a Mônica? Ou na verdade é uma garota? Hahaha, sério! Acho que a única forma de me surpreender é ele, na verdade, ser ela. Tá, é zoação. Dificilmente a MSP ia fazer uma história desse gênero. Ele deve ser um garoto mesmo.

E se fosse algum personagem que não aparece há tempos, tipo o Humberto? Vi uma imagem no facebook onde comparava os dois e o Humberto também tem um topetinho. Até que seria bem legal se ele finalmente aparecesse.

Vocês devem estar se perguntando: como vai ficar o DC nessa história? Vai ficar com ciúme? Vai achar ruim de ela babar por um cantor da moda, convencional e fabricado pela mídia com fins comerciais? Sim, porque ele não é de jeito nenhum o tipo de cantor capaz de conquistar a admiração do DC. Será que eles terão a primeira briga nessa história? Será o início do fim? Ou será o fim propriamente dito? Será que o Cebola vai aparecer para tentar conquistar a Mônica? Uma estratégia que ele pode usar é mostrar a ela que os dois curtem as mesmas coisas, enquanto que com o DC ela tem que acabar assistindo filmes chatos europeus.

Lembrem-se de que apesar de eles estarem curtindo o namoro, Mônica e DC não curtem as mesmas coisas e tem gostos muito diferentes e isso pode se tornar ainda mais evidente nessa edição. A Mônica já se mostrou disposta a ver os filmes que o DC curte, mas ele não quis fazer a mesma coisa por ela. Se eles não souberem administrar essas diferenças e entrar num acordo, eu não vejo futuro para o namoro deles. Quer dizer, pessoas com gostos diferentes podem conviver numa boa, só que precisam ter maturidade para se respeitarem e também procurar pontos em comum, coisas que ambos curtem. E, claro, um não pode querer mudar o outro para deixar do seu jeito. Isso só desgasta a relação e traz sofrimento.

Uns acham que a Mônica vai ficar para valer com o DC e nunca voltar para o Cebola. Outros acham que mais cedo ou mais tarde, eles vão terminar e ela ficará com o Cebola. Confesso que eu voto na segunda opção. Eu não torço por ele, que fique claro, mas reconheço que existe uma história muito grande por detrás desses dois e uma legião de fãs considerável que quer vê-los juntos. É como se tudo caminhasse, desde os gibis, para que eles ficassem juntos. Mudar assim no meio do caminho pode ser complicado.

E falando em complicação, quando eles vão se encontrar? Na boa, a MSP não pode mantê-los separados para sempre, senão vai ser o fim da turma da Mônica. Eles são o quarteto principal da revista, melhores amigos. Sei que seria bom focar em outros personagens, mas os quatro também terão que voltar a aparecer juntos algum dia, certo? Não pode ficar assim para sempre.

A capa ficou bonita, apesar de não ter entendido por que diabos os olhos da Maria Melo estão azuis. Mas ainda assim ficou bom e o rapaz até que é bonitão, apesar de muita gente achar que ele se parece com o DC. Vocês acham que parece mesmo? Eu não vi semelhança nenhuma.

Bem... acho que meus palpites para a Ed. desse mês são só esses. Acho que se não tivesse lembrado desse episódio do “Hey Arnold”, nem ia ter muita coisa para falar porque a história em si me pareceu muito morninha. A não ser que eles tenham alguma grande surpresa reservada para a gente, algo que vai nos deixar de queixo caído. Um pouco de otimismo não faz mal a ninguém né?

sexta-feira, 11 de julho de 2014

TMJ#71: Garoto solteiro procura - Críticas

19:16 17 Comentários
Sabe quando vocês vêem algo e ficam sem saber o que pensar? É tipo não ter reação nenhuma, não saber o que sente. Quer dizer, eu até acertei uma coisa aqui e ali, então não deveria ter ficado surpresa. Mas teve outras coisas que me pegaram desprevenidas.

A primeira foi a depressão do Cebola. Sério, gente, eu não pensei que ele fosse ficar tão deprê. Aliás, ele até ficou com a mesma cara que eu fiquei quando estava fazendo o trabalho de fim de curso na faculdade. Não que eu seja uma sádica psicopata, mas gostei do início com ele meio que revendo sua vida desde a infância até o dia em que levou o fora.

Também foi uma forma de vermos as coisas sob a perspectiva dele. E de ver que seu problema de auto estima é pior do que pensávamos. Não, gente, sério, eu acho que ele deveria procurar um analista para se tratar, porque todo esse complexo de inferioridade não deve ser normal.

Apesar de entender o lado dele, porque não é fácil estar ao lado de uma pessoa se sentindo menos, ainda assim acho que ele deveria lidar com isso de outra forma sem achar que a Mônica é obrigada a passar pelo resto da eternidade esperando que um dia ele a derrote.

E foi engraçado ele falar que era só questão de tempo, que ia conseguir, nhenhenhe, mas quantas vezes o vemos tentando derrotá-la? A própria Ed. mostrou que foi só uma tentativa na estória dos campeões da justiça. Uma vez só desde a Ed. 34 e mesmo assim ele estava mais preocupado em satisfazer o próprio ego do que em reatar com ela.

Mas vamos tentar ser bonzinhos com o Cebola agora, certo? Acho que ele já está sofrendo bastante e eu não gosto de chutar cachorro morto. Pelo menos esse começo serviu para mostrar que apesar de todas as mancadas, ele gostava dela. Certo, isso realmente desafia a minha lógica, mas é uma história em quadrinhos, não precisa ter lógica. E por perdê-la, ele ficou sem chão como foi bem mostrado no fim do sonho dele.

Lembram de quando eu falei das fases da perda? Ele passou por negação, raiva, barganha um começo de depressão na Ed. 69. Agora na 71 ele aprofunda nessa fase ao mesmo tempo que inicia a de aceitação. Quer dizer, parece que as duas foram ao mesmo tempo porque mesmo deprimido ele aceitou o que aconteceu.

Quando ele foi se encontrar com os amigos, eles logo viram que a coisa estava feia e tentaram animá-lo, apesar de terem avacalhado mais ainda. Tá, eu sei que é sadismo, mas foi tão engraçado eles tentando animar o Cebola mas conseguindo o efeito contrário! Sem falar da participação do Titi como especialista em levar pé no traseiro.

E foi essa parte que me surpreendeu de verdade. Eu achava que mesmo sofrendo, ele nunca ia admitir que errou. No entanto, ele admitiu seus erros com uma facilidade incrível. Sem justificativas, sem lamentações, sem mimimi vitimismo... acho que foi isso que me deixou meio sem reação. Especialmente quando Jeremias ainda tentou argumentar dizendo que a Mônica podia dar mais uma chance e o Cebola admitiu que teve muitas e desperdiçou todas.

Acho que estranhei isso porque geralmente as pessoas não amadurecem tão rápido e nem sempre são tão fáceis em admitir seus erros e mancadas. Acho que eles apressaram um pouco as coisas nesse ponto. O processo de amadurecimento deveria ser um pouco mais devagar, porque geralmente é assim que as pessoas evoluem na vida real. A não ser que elas sofram um grande trauma, mas não sei se perder a Mônica foi tão traumático assim a ponto de fazer o Cebola amadurecer tão depressa.

Seja como for, graças aos amigos ele superou a fase da depressão e entrou de vez na de aceitação, quando a pessoa passa a agir de forma mais proativa, seja procurando uma solução para o problema ou aceitando de vez que tudo foi para o brejo e nada pode ser feito. No caso do Cebola, ele encontrou uma solução: procurar outra garota para colocar no lugar da Mônica.

Confesso que não vejo com bons olhos esse lance de usar uma pessoa para esquecer a outra. Eu sou da opinião de que após o fim de um relacionamento, a pessoa deveria viver todas as fases da perda, dar um tempo de luto, repensar a vida, curar as feridas, etc. Envolver com uma pessoa ainda pensando na outra nem sempre acaba bem. Sem falar que isso significa jogar sobre os ombros da nova pessoa uma responsabilidade que não é dela, porque ninguém é responsável pela felicidade de ninguém. Isso é algo íntimo e pessoal.


Mas claro, não é justo esperar de um garoto com 15/16 anos a maturidade que nem pessoas com o dobro da idade costumam ter, certo? Na adolescência, é normal errar, tropeçar e fazer burrada.

Só que ao tentar encontrar outra garota, o Cebola esbarrou com um problema complicado: após tantos anos de rolo com a Mônica, ele meio que ficou perdido porque agora não sabe como investir em outra menina. E suas primeiras tentativas foram um fiasco atrás do outro.

Ao conversar com a Aninha, ele mostrou mais uma vez que amadureceu mesmo. Ou pelo menos pareceu ter amadurecido. De qualquer forma, ele admitiu que errou, arrependeu e isso é o primeiro passo para evolução. Mas quando ele estava numa boa xavecando a Aninha, o Titi aparece misteriosamente do nada para cortar o clima. Foi meio tosco ele se achar dono dela, mas não deixou de ser engraçado vê-la sutilmente dando o fora no Cebola ao dizer que não o via sequer como possibilidade.

Aí ele percebeu que não ia ter nenhuma chance com as amigas da Mônica. Afinal, todas elas conheciam suas mancadas e ninguém seria doida de ficar com ele. Então sobrou a Irene, o que de certa forma fez com que desconfianças da Mônica se tornassem reais. Sim, porque se ele a visse unicamente como amiga, não teria sequer tentado ficar com ela, certo?

Pelo menos nós vimos que do lado da Irene, o lance era pura e simples amizade. Sério, isso costuma doer muito na gente, gostar de uma pessoa e ela querer só a amizade. Muitos homenzinhos mimados e chorões chamam isso de friendzone porque eles acham que a mulher é obrigada a corresponder os sentimentos deles de qualquer forma. Bem, isso não vem ao caso.

Pela primeira vez, depois da Ed. 33, ela mostrou que tem sentimentos pelo Luca. Engraçado nunca mais terem tocado nisso, devem estar deixando para outras edições futuras. Até que seria interessante. E pelo visto, nem ela tinha coragem de encarar o Cebola, porque enfatizou que o Luca era bem diferente dele. “Oh, ninguém me quer, magoei, mimimi!”

E quando a gente pensou que não tinha como piorar, eis que ele tenta ficar com a Xabéu e leva outro fora doloroso ao ser chamado de “menininho novinho”. Hahaha, eu ri bastante. Tantos anos babando por ela para terminar dessa forma tão humilhante!

Essas tentativas dele foram bem legais, esclareceu várias coisas que estavam nebulosas nas edições anteriores e também foi dando uns bons choques de realidade no Cebola. Mas, claro, ele não podia ficar dando com a cara na parede a história inteira, certo? Uma hora ele tinha que acertar e acertou com uma garota loira bonitinha chamada Mila. Não.. pera... é impressão minha ou ele tem queda por loiras?

A Mila foi outra surpresa para mim porque eu pensei que no fim das contas, ele ia tentar ficar com alguém bem diferente da Mônica e acabou arrumando uma outra versão dela. Sim, porque de cara a gente percebeu que a Mila tinha o gênio forte igual ao dela. O começo dos dois foi meio áspero e espinhoso, mas terminou bem. Típico clichê de comédia romântica, devo acrescentar, mas necessário a história.

Então os dois começaram a sair juntos, se divertiram bastante e a gente foi vendo cada vez mais semelhanças entre as duas. A Mônica também curte as mesmas coisas que ele, também gosta de cantar, é turrona mas tem um lado meigo... ficou muito óbvio até. E quem aí ficou tipo “ai meldels” quando eles se beijaram? Com essa cena, pensei mesmo que ia terminar em namoro.

Só que não terminou. Tudo começou com um ursinho fofo de pelúcia que Cebola tentou dar a ela. A Mônica teria aceitado numa boa, pois ela gosta de bichos de pelúcia, só que apesar de muitas semelhanças, a Mila também tinha diferenças. Então aos poucos ele foi vendo essas diferenças, como ela não gostar de vestidos e da cor vermelha. Aí a ficha caiu de vez: ele percebeu que estava com ela por causa das semelhanças que tinha com a Mônica.

Foi assim que ele percebeu que não a tinha esquecido de verdade. E também que não adiantava nada ficar com outra garota e continuar errando e pisando na bola como fazia antes. Então ele dá mais um passo no processo de amadurecimento, assumindo de vez a responsabilidade dos seus erros e entendendo que não podia fugir deles. Ele percebeu também que a Mônica é mais importante até do que ele imaginava e por isso decidiu que não ia desistir.

Bem... apesar de esse final ter sido meu primeiro palpite, porque desde o início pensei que arrumar outra namorada para ele ia complicar edições futuras, confesso que parte de mim esperava que ele fosse ficar com outra pessoa. Teria dado um suspense a mais na história, entendem?

Acho até que teria sido bom para ele desencanar da Mônica por um tempo, porque durante toda a vida tudo o que ele fazia era em função dela. Talvez esteja na hora de ele se libertar disso, pois também seria uma forma de se libertar da sua neura em derrotá-la. Depois, mais amadurecido e seguro de si, ele poderia voltar a se interessar por ela se fosse o caso.

Sem falar que isso seria uma forma de dar um tempo do drama desses dois e focar em histórias e personagens diferentes. Era por isso que eu também torcia para que ele ficasse com outra garota e esquecesse da Mônica por um tempo. Mas parece que eles decidiram pelo caminho mais fácil e óbvio, que agradará mais os fãs que torcem pelos dois.

Falta saber como o Cebola vai reconquistar a Mônica. Por enquanto, ela está numa boa com o DC. Será que ele vai tentar mixar o namoro deles? Espero que não. Isso até me preocupa porque não seria justo fazer a Mônica abrir mão de um namoro que está bom para voltar a mesma situação de antes: eternamente sendo enrolada pelo Cebola enquanto ele xaveca outras meninas. Isso seria nauseante. Se for para voltar ao que era, preferível deixá-los separados em definitivo. Se ele não tiver nada para oferecê-la, se não for para ficar com ela de vez, pelo menos não devia atrapalhar o namoro dela.

Mas espero que eles não façam isso. Se ela tiver que terminar com o DC, que seja por outros motivos, não por causa do Cebola. A vida de um não tem que girar ao redor do umbigo do outro e acho que antes de ficarem juntos, ambos deveriam se libertar primeiro. Há uma frase assim: “para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.” Acho que deveria ser o caso deles, por isso sou da opinião de que eles poderiam sim se acertar novamente como amigos e ficar de boa, mas cada um seguir sua vida independente do que o outro faz ou deixa de fazer.

Essa foi a crítica, que ficou bem grande viu? Para compensar o testamento que vocês tiveram de ler, eu fiz essa imagem do Cebola beijando a Mila. Tem png, quebra-cabeça, jogo dos sete erros e palavras cruzadas. Vai dar para divertir um bocado. Bem... acho que essa imagem não deve ter agradado muito aos fãs, talvez tenha até dado um susto porque muitos querem o Cebola lutando pela Mônica, não desistindo para ficar com qualquer garota bonitinha que desse bola para ele. Bem... parece que suas preces foram atendidas!



E para quem quiser ouvir outra opinião sobre a história, recomendo:


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Lição 11

19:27 6 Comentários
Finalmente consegui um tempinho para fazer a lição 11, mas só deu para publicar hoje. Estou bem apertada mesmo. E aproveitando o tópico, vocês já devem ter visto a sinopse da próxima edição do Chico Moço, não é? Quando publicaram pela primeira vez no face, eu nem acreditei e por um instante pensei que fosse montagem.

Primeiro pela sinopse: uma praga devastando o mundo. Meldels! parece até um daqueles filmes apocalípticos! Segundo por aparecer a Mônica junto com o Chico. Essa até merece palpites, que vou soltar assim que publicarem a capa. E essa edição realmente foi muito esperada pelos fãs, que queriam muito ver uma interação entre TMJ e CBM.


Só estou um pouco confusa com a idade deles, porque o Chico deve ter passado dos 18 e a Mônica deve ter 15/16. Nos gibis a idade deles é a mesma, eu acho. Então não sei como vão resolver isso. Se a Mônica vai aparecer mais velha ou se deixarão como está. Ainda nem li a ed. 11 e já estou ansiosa pela 12!

Agora, o que me deixou um pouco triste é imaginar que a praga será contra as plantas e não contra pessoas como pensei no início. Ai que dó das plantinhas!

Aqui vai a lição 11, onde trabalhamos com cilindros. A segunda imagem foi apenas um treino meio que revisando as coisas que aprendi antes. Ah, e hoje aprendi que para as fotos ficarem melhores, elas devem ser tiradas durante o dia com a luz do sol. Luz artificial piora bastante a qualidade.