Vocês devem estar se perguntando por que eu ainda não postei
a crítica da ed. 22 do Chico Moço. Bem... vou ser sincera... a história não me
empolgou muito, só isso. Sei que muita gente deve ter gostado, mas para mim
ficou uma coisa muito sem sal.
Acho que a única coisa que me chamou a atenção foi o novo
estilo de desenho, que ficou um pouco mais puxado para o mangá. Disso eu gostei
bastante. O novo traço dos personagens, as caretas e expressões engraçadas que
eles fizeram ficaram ótimos e acho que deviam manter esse estilo. Para ser
sincera, deviam usar esse mesmo estilo na TMJ também, ia ficar legal.
Fora isso, o que sobra? Uma história clichê de rapaz fazendo
amizade com cavalo xucro e rebelde que até então ninguém consegue domar. Tem
um sujeito ganancioso que quer vender o cavalo, uma aventura que o mocinho e o
cavalo precisam enfrentar juntos, a amizade e confiança se fortalecendo pouco a
pouco e no fim os dois vencem.
Pelo menos o Bravo conseguiu ser um cavalo ao mesmo tempo
rebelde e engraçado com suas caretas. Deram uma boa personalidade para ele e a
parte em que ele vira um cavalinho de brinquedo com medo de atravessar o rio
foi muito boa, assim como o Chico atravessando com ele dentro de um barco.
Interessante foi o Genesinho ter aparecido um pouco mais na
história, chato como sempre e até falaram um pouco da Ana. Afinal, como ela
anda? São quantos meses de gravidez? O bebê nasce ou não nasce? E quando é que
vai terminar as férias do Chico? Caramba, as férias dele estão durando tanto
quanto as do Phineas e Ferb.
Também gostei do coronel, que foi simpático com todos e nem
parece que foi ele quem criou aquela peste em que o filho dele se tornou. E eu
também fiquei surpresa ao ver o Genesinho finalmente tomando um pouco de
vergonha na cara ao mostrar o quanto estava com medo por se tornar pai. Quer
dizer, ele até mostrou um pouquinho seu lado legal, talvez cansado de tantas
futilidades. E foi a primeira vez que vi o Chico perdendo o controle e meio que
agredindo alguém.
Bem, claro que no fim tudo se resolveu, o Chico conseguiu a
confiança do Bravo (que até foi picado por uma cobra para protegê-lo), entregou
o colostro para o potrinho, o Bravo foi tratado da picada de cobra e sobreviveu
e no fim o coronel resolveu dar o cavalo ao Chico, deixando Genesinho zangado
porque queria passar o coitado no cobre. Fim.
E foi exatamente esse fim que me deixou assim meio de lado.
Quer dizer, o sujeito pareceu ter tomado vergonha na cara e no fim decide que
quer se vingar do Chico e do Bravo só por causa de uma venda malsucedidas? Tipo
assim... Nada a ver! O Genesinho meio que se entendeu com o Chico numa página e
em outra já estava pensando em lhe dar punhaladas nas costas?
Se eles queriam manter o vilão, deveriam ter planejado
melhor a história para evitar essa incoerência de o personagem avançar num
momento e, do nada, recuar dez passos em outro. Mas tranquilo, pelo menos não perdemos um vilão.
E a próxima história até que promete ser legal.
Parece que vai ter um pouco de sobrenatural, briga, treta e confusão.
Pelo menos eu espero, né... só fico me perguntando se isso vai ser antes ou
depois da história dos herdeiros da Terra, mas acho que não vem ao caso. Pelo menos
nessa história nem consigo imaginar o que irá acontecer. Tipo, eles começam
soltando uma inocente pipa e terminam no meio de um lance bem sinistro. Então vai
ser uma boa história.
Por hoje é só, pessoal. Com vocês eu deixo um quebra-cabeça
da Denise e do Chico. Também tem png.
Para ouvir outra opinião da história, confiram o vídeo do
Canal Opinião Turma da Mônica Jovem: