Oi, gente, desculpe o atraso. É que tive alguns
probleminhas, mas não podia deixar de fazer a crítica, né?
O início da ed. foi perfeito porque usou a referencia de um filme
famoso para ilustrar a grande polaridade que está por vir. Para ser sincera, eu
não assisti o filme, então não me perguntem de que lado estou. Acho que do
Homem Aranha mesmo.
E ao que parece, a história meio que mostra várias opiniões
sobre o filme. Uns estão do lado do Homem de Ferro, outros do Capitão América,
tem aqueles que só assistiram por causa do Homem Aranha e ainda tem aqueles que
não curtiram. Normal. Só achei o Cebola assim meio chatinho por não ter
respeitado a opinião da Mônica, dando a entender que ela “piorou” só porque não
tinha gostado do filme.
Mas vamos ao que interessa: nessa edição, os
desentendimentos entre a Mônica e o DC começam a ficar mais fortes e evidentes.
Parece que agora eles brigam por qualquer coisa. O DC elogiou a Mônica pela
crítica ao filme e ela interpretou isso como surpresa por ela ter dado uma opinião
diferente.
E também foi um momento de colocar algumas feridinhas para
fora, tipo o que aconteceu na ed. do sangue fresco quando a Mônica falou umas
coisas bem cruéis para o DC. Achei que ele tivesse entendido que ela estava sob
efeito do energético, mas pelo visto as palavras ainda ecoam na cabeça dele.
Eu gostei muito da história porque mostrou 3 coisas bem
interessantes:
1 – O desespero quase doentio que as pessoas têm de querer
dar pitaco nas nossas vidas.
2 – O apego que a Mônica tem pelos seus dentes como se eles
fossem parte do que ela é.
3 – Mostrou como a Mônica está mais segura, confiante e que
ama e aceita a si mesma independente do que os outros pensam.
Sim, pessoal, eu não sei se vocês notaram, mas as pessoas
têm sim uma necessidade muito grande de querer controlar a vida e os corpos
umas das outras. Quando se trata de uma mulher, aí é que a coisa piora porque
muita gente ainda acha que o corpo feminino é propriedade pública e portanto
tem que estar sujeito a opiniões, palpites, controle de todo tipo, etc.
Isso é bem ilustrado quando a Mônica pensa que precisa
colocar aparelhos e a turma inteira começa a dar sua opinião. Muitos dizem que
é um defeito que precisa ser corrigido e aos poucos a coisa vai saindo cada vez
mais fora do controle até em determinado momento ela dar um chega para lá em
todo mundo com um “meu corpo, minhas regras”.
A Mônica tem razão, é muito chato todo mundo ficar
insistindo ad nauseam que os dentes dela são um defeito só porque não são como
os de todo mundo. Qual é o problema nela ser dentuça? Por que isso incomoda
tanto as pessoas?
Ao que parece, incomoda até a Magali porque além da questão
de saúde, ela também parecia preocupada com a estética. E falando nisso, não
gostei muito da Magali nessa história. Intrometida demais para o meu gosto
considerando que a decisão deveria ser somente da Mônica. Tudo bem que saúde é
coisa séria e deve ser sempre levado em consideração, mas isso não nos dá o
direito de pressionar as pessoas para tomarem a decisão que achamos correta.
Foi por isso que detestei a atitude dela de ligar para o
Cebola. Não sei, de repente eu sou muito ranzinza e levo tudo a ferro e fogo,
mas a Magali não tinha o direito de contar nada para o Cebola, muito menos de
atiçá-lo para pressionar a Mônica a fazer o que ela achava certo.
Gente, nós temos que ter cuidado com isso. Muitas vezes a
gente quer ajudar um amigo e acaba desrespeitando o seu direito de escolha. Nos
tornamos invasivos, desrespeitosos, queremos a todo custo que esse amigo tome a
decisão que NÓS achamos ser a melhor e não levamos seus sentimentos em
consideração. É difícil, não nego, mas temos que ter paciência e se for o caso,
respeitar a decisão da pessoa mesmo não concordando com ela.
Já o Cebola... bem... no caso dele admito que as intenções
até eram boas, mas o jeito que ele fez isso meio que... não sei.
Por um lado, admito que ele estava mesmo preocupado com a
Mônica, que a questão estética estava em último plano e ele não importava se
ela ia ou não ficar dentuça, o importante é que ficasse bem. Admito isso. Por
outro lado, ele também agiu de forma invasiva e desrespeitosa, inclusive
colocando a Denise no meio porque isso acabou expondo a Mônica (e um assunto
particular dela) para o colégio inteiro.
Mas sei lá... Cebola fazendo cebolice é tão normal que eu
nem sei porque ainda fico surpresa com isso. Pelo menos as intenções dele eram
realmente boas. Se bem que o Capitão Feio disse certa vez que não importam as
intenções e sim os resultados. Bom... Pelo menos os resultados não foram
desastrosos porque a Mônica soube dar um chega para lá nos enxeridos de
plantão.
Fico feliz que ela tenha conseguido se impor e dado um bom
cala boca na turma inteira, inclusive no Licurgo.
Só que a pressão não é apenas para ela usar aparelhos.
Também existe uma pressão para ela não usar. O DC parece que quer levar até as
últimas conseqüências o desejo de ser
diferente, tanto que acabou tomando a direção oposta ao achar que ela
devia se manter como está a qualquer custo, mesmo sentindo dores de cabeça.
Inicialmente pode parecer que ele está respeitando a decisão
dela, mas olhando melhor vemos que ele apenas age assim porque concorda com
ela. E se a Mônica decidisse usar aparelhos? Será que ele ia continuar gostando
dela do mesmo jeito? É isso que foi colocado em dúvida.
E agora levanta a questão de que eu falei na crítica da ed.
69: o DC ama a Mônica como ela é ou só porque a acha diferente? E as outras
qualidades dela? E a pessoa que ela é por dentro? Sabe, ela tem razão para
ficar magoada sim, ainda mais sabendo que ele não respeita a decisão dela e
isso levantou o receio de que ele seria capaz de terminar o namoro caso ela
ficasse com os dentes normais. Chato isso, viu?
Bom, será esse o início do fim? O começo do desenlace entre
eles? Ou será que eles vão se acertar no futuro? Bem... confesso que o título
do último capítulo não deu lá muitas esperanças. Os Docônicos devem estar bem
preocupados a essa altura.
Tudo bem, já sabíamos que isso iria acontecer. Claro que eu
estou achando um tanto decepcionante eles estarem tentando passar a mensagem de
que o sentimento do DC não era realmente para valer. Mesmo sabendo que o namoro
deles tem data de validade, pelo menos poderia ter sido algo verdadeiro
enquanto durasse. Bom, pelo menos espero que tenha sido verdadeiro da parte da
Mônica, porque seria terrivelmente clichê eles virem com a história de que ela
nunca gostou do DC de verdade e que no fundo só é capaz de amar o Cebola.
Mas sabe... eu até que gostei da última parte quando Cebola
tentou conversar com a Mônica mais uma vez. Sério, aquele plano dele foi tão
tosco que não conseguiu convencer a Mônica nem por dez segundos. Ele está
perdendo o jeito, hein?
O que eu mais gostei foi a Mônica ter deixado bem claro que
o Cebola não ia mais conseguir brincar com as inseguranças dela. Isso serviu
para mostrá-lo que ele não ia mais conseguir manipulá-la como antes. Aliás, foi
minha parte preferida da história: ver que ela se ama e se aceita do jeito que
é. Apesar de algumas inseguranças (que todo mundo tem), ela se sente feliz
sendo ela mesma, não importando o que as outras pessoas pensam ou deixam de
pensar. É ela quem define sua identidade, não a opinião das outras pessoas.
Outra coisa que eu estava esperando era eles terem uma
conversa sobre o passado. Foi bem esclarecedor. Claro que eu não compro a idéia
de que ele a zoava porque gostava dela, mas isso não vem ao caso agora. Se o
Maurício aprova essa ... “desculpa”, então tá aprovado. Quem sou eu na fila do
pão para falar o contrário, né?
Eu aposto que os Cebônicos devem ter pulado de alegria nessa
parte. Sejam sinceros, pessoal. Até dancinha da vitória deve ter rolado!
De qualquer forma, foi muito fofo ele ter mostrado real
preocupação por ela, muito diferente da Magali ou do DC que só queriam impor o
jeito deles de pensar. O Cebola gosta da Mônica como ela é, mas caso ela
resolva mudar a aparência, ele vai continuar gostando do mesmo jeito.
E essa conversa entre eles foi muito útil porque diminuiu o
apego que a Mônica tinha com os seus dentes. Antes ela achava que eles eram
parte essencial dela. Depois aprendeu que não precisa de dentes para ser quem
ela é e com isso conseguiu se desapegar a ponto de ceder na sua decisão de
nunca mudá-los.
Vejam bem: ela não queria usar aparelhos, mas viu que caso
fosse preciso, o universo não ia explodir por causa disso. Tudo ia ficar bem
porque não são os dentes que a definem. Ótima conclusão se me permitem dizer. E
isso os aproximou ainda mais ao passo que acabou criando uma rachadura no
namoro dela com o DC.
Tanto que no fim da história, ela nem quis saber do
namorado. Olha, fiquei assim com peninha do DC porque deve ser desesperador
querer falar com uma pessoa e ela nos ignorar. Bem... o DC tem o jeito dele de
ser e não podemos esperar que ele seja sempre perfeito, né?
Muita gente deve ter achado essa atitude errada, mas vamos
olhar o lado dela, né? O DC nunca a apoiou de verdade, só estava interessado em
manter a “diferença” a todo custo. Em momento algum ele mostrou preocupação
sincera com as dores de cabeça dela, não parou para pensar que o preço de
manter a tal diferença talvez fosse alto demais. E sem querer, passou a
mensagem de que não ama a Mônica como ela é e sim somente as coisas que, na
opinião dele, a tornam diferente.
Sim, a Mônica é diferente e eu sei disso. Não é qualquer
garota que consegue parar caminhões desgovernados ou suportar ataques de
alivulpex. Mas o que o DC está fazendo é reduzi-la a somente isso, entendem? E
as outras qualidades dela, será que não importam para ele? Deve ter sido por
isso que ela ficou magoada, porque percebeu que se precisasse mesmo mudar os
dentes, ele talvez não continuasse gostando dela.
A solução para a dor de cabeça dela também foi muito
elegante. No fim ela nem precisou tomar a decisão de usar ou não aparelhos
porque os problemas eram nos dentes sisos.
Eu tive que tirar os sisos há uns anos atrás, mas foram os
quatro de uma vez só. Levou mais de duas horas, fiquei com a boca toda dormente
por causa da anestesia e fiquei uns três dias só de sopinha, iogurte e sorvete,
mas valeu a pena. Olha eles aí!
Bom, eu gostei muito da história, foi bem bolada, tensa, deu
até aflição em algumas partes, mas tudo se resolveu bem. Mostrou
como as pessoas podem se tornar muito invasivas sob o pretexto de boas
intenções e também o quanto a Mônica estava apegada aos dentes como parte da
sua identidade. Gostei de como ela ficou mais segura consigo mesma, também
observo um amadurecimento da parte dela.
Antes, era só neura e insegurança. Agora ela está bem
consigo mesma e acho isso muito legal. Esse tempo afastada do Cebola fez muito
bem para ela, sejamos sinceros.
E, pelo visto, foi o início da reaproximação deles e muitos
já devem estar de dedos cruzados. A única coisa que eu espero é que o fim do namoro
dela com o DC não seja tão traumático ou desagradável, não precisa ser assim.
Foi bom enquanto durou, serviu para libertá-la da neura do Cebola, trouxe
coisas boas, fez com que ela entendesse que seu destino é decisão dela e não o que as outras pessoas esperam que ela faça. Isso foi muito importante para o
amadurecimento dela.
Agora pode ser que ela tenha mais equilíbrio. Não pode ficar
perdoando toda e qualquer mancada, mas também não pode ser tão intolerante a
falhas, tem que ter um meio termo.
Bem... agora só falta esperar o que vai acontecer nas
próximas edições, né? Eu ainda acho que eles vão enrolar mais um pouco para
decidir o destino desses três. Mas tudo bem, também quero outras histórias e
com outros personagens, não faço nenhuma questão desse triângulo amoroso. Por
mim, eles podiam deixar isso lá para a ed. 150.
Essa foi a crítica do mês, pessoal. Espero que tenham
gostado!
Antes que me esqueça: eu não sou #TeamCebola e nem #TeamDC.
Sou #TeamMonica. Que um dia ela perceba que não precisa de um namorado para ser
feliz e que quando o namoro com o DC acabar, que ela tenha tempo para si mesma,
estabelecer sonhos, prioridades, etc. A vida dela não tem que girar ao redor do
umbigo nem do DC, nem do Cebola.
Para mais opiniões, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma
da Mônica Jovem:
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