Oi, gente! Beleza? Hoje eu vou fazer a crítica da ed. 108 –
Terrível obsessão. Finalmente a Sarah e o Victor voltaram! Estavam com saudade?
Eu também!
São dois personagens que a Petra criou e eu adoro, uma pena
eles não aparecerem mais vezes.
A história mostra mais os poderes da Sarah e o papel do Victor
que é lhe aconselhar, o que ficou bem legal. Só falta saber a origem dele e o
por que de estar com a Sarah lhe aconselhando.
Eu gosto de ser surpreendida, de olhar para a história e
pensar: “WTF? Não esperava isso!” e foi o que aconteceu nessa edição. O velho
bonzinho que Sarah tentou ajudar foi essa surpresa.
A primeira vista, pensei que o coitado fosse uma vítima de alguma
entidade trevosa que só sabia fazer mal as pessoas. Quem ia imaginar que aquele
pobre velhinho era o Sr. Dante? Ta, eu sou meio distraída mesmo, deveria ter ao
menos ter pensado quando vi o sobrenome dele. Mas em momento algum me passou
pela cabeça porque ele parecia ser gente boa.
É aí que vem outra coisa de que gostei bastante na história:
uma continuação do que aconteceu no Circo Macabro. Nem estava esperando por
isso, achei que a história tinha acabado ali mesmo. Por isso fiquei muito feliz
quando a Petra fez a história mostrando o que tinha acontecido com o Sr. Dante
depois do que aconteceu no circo. Confesso que eu cheguei a pensar que ele
tinha sido morto, mas foi só expulso.
Também achei curioso a forma como ele colocou as coisas, como
se fosse um pobre coitado abandonado pela família quando as coisas ficaram difíceis.
É por aí que a gente percebe que ele não mudou nada, pois ainda via a si mesmo
como pobre vítima injustiçada.
Por isso a Mônica não mostrou ter nenhuma pena dele, que
sequer mostrou remorso pelo que fez no passado e nem ao menos reconheceu o Cascão
e a Magali. Foi nessa parte que eu fiquei tipo oO. Cuméquiéonegócio? Hahaha, eu
adoro mesmo essas surpresas! E é agora que vamos para a próxima: a entidade
trevosa era ninguém menos que o Telepax, que morreu por culpa do Sr. Dante e
voltou para se vingar.
É impressionante como a criatura nem mesmo aceitava a
responsabilidade pela morte dele, isso mostra o quanto seu coração estava
endurecido e que ele não merecia ajuda alguma. Mas o Telepax precisava ser
ajudado, pois também guardava ódio e rancor. No lugar dele, eu também guardaria.
Até a Mônica guardava rancor e não podemos culpá-la. O sujeito
tentou raptá-la, tirá-la de sua família e escravizá-la. Como não sentir raiva de
alguém assim? Eu sentiria. Mas acho que esse não é o caminho.
Essa história mostra muitas coisas interessantes. Mônica precisou
perdoar o Sr. Dante para poder libertar Telepax, pois ele também estava com a consciência
pesada pelo que tentou fazer com os amigos dela. Ele só pode seguir em frente
quando foi perdoado. O perdão é algo muito importante, e muito difícil de se
dar também dependendo da situação.
Às vezes a gente se recusa a perdoar achando que isso vai
beneficiar quem nos fez mal, mas a verdade é que o perdão faz bem para nós
mesmos. É uma forma de nos libertar do que aconteceu e quebrar os vínculos que
temos com a pessoa. Mas entendo que nem todo mundo consegue, então é importante
respeitar o tempo de cada um.
Outro conceito interessante (e que nem todo mundo conhece) é
o de espírito obsessor. Muitos estranharam quando a Mônica falou que achava que
histórias de fantasmas eram lendas. E o estranhamento foi justificado porque ela
já presenciou vários tipos de esquisitices, inclusive a Agnes que é um fantasma
também. Acho que a forma como ela falou é que não ficou muito clara, mas na
verdade ela quis dizer que nunca tinha ouvido falar de espíritos obsessores.
Esse termo é muito usado no meio espírita. Trata-se de uma
entidade desencarnada (alguém que já morreu). Essa entidade persegue uma pessoa
encarnada (viva) lhe fazendo muito mal. Ela drena as energias, deixa a pessoa
cansada, desanimada. Faz tudo dar errado em sua vida, atrapalha relacionamentos
e sugere pensamentos ruins a pessoa, lhe influenciando a fazer coisas que normalmente
não faria. Muitas vezes a pessoa acaba até adoecendo por causa disso.
Mas isso não acontece ao acaso, aleatoriamente. Um obsessor
só consegue atacar a pessoa se tiver alguma afinidade com ela. Pensamentos de ódio,
rancor, mágoa, etc. podem atrair espíritos assim porque as vibrações são iguais.
Semelhante atrai semelhante. Se o Dante foi atacado pelo Telepax, é porque também
estava alimentando sentimentos de ódio e rancor. Ele nunca demonstrou
arrependimento por nada, nunca tentou ser uma pessoa melhor. Então sua vibração
baixa acabou permitindo o ataque do telepax.
Ta, mas o que fazer no caso de ser atacado por um obsessor?
Se foram as vibrações baixas que o atraíram, então será o oposto que irá fazê-lo
ir embora. Vibrações de amor, luz, paz, gratidão e outros sentimentos elevados acabarão
com essa afinidade entre os dois se acabe e o obsessor terá que ir embora porque
não conseguirá atacar a pessoa. Simples e difícil, porque nem sempre
conseguimos ter esses sentimentos elevados.
E alguns casos são tão graves que a pessoa precisa procurar
ajuda, pois não consegue se libertar sozinha. Mas isso já é outro assunto que não
cabe nesse post.
Outra coisa interessante mostrada na história é a
brincadeira do copo, algo que não aconselho ninguém a fazer. Pode parecer
bobagem, talvez nem dê em nada. Mas algo pode dar errado também. Eu não tenho religião
nenhuma, mas tenho cá minhas crenças. Acredito que quem morre vai para algum
lugar e que essas pessoas podem continuar interagindo com a gente do jeito que
podem.
Alguns têm o que se chama de mediunidade, que é a capacidade
para se comunicar com os espíritos e interagir com eles de alguma forma. Uns
tem mais, outros tem menos. Se a pessoa tiver, pode ou não desenvolver, vai da
vontade de cada um. Mas se uma pessoa que tiver mais mediunidade resolver fazer
essa brincadeira, poderá atrair espíritos não muito amigáveis porque ela não vai
saber lidar com isso, falta conhecimento e experiência. É um assunto bem
interessante para ser estudado.
Eu gostei de ver o Victor participando mais, sempre agindo
como conselheiro da Sarah. Às vezes ele pode parecer meio chato com aquele papo
de nunca interferir, mas não tiro a razão dele. É comum a gente cometer o erro
de achar que sabe o que é melhor para as pessoas e acabar fazendo algum estrago.
Nem sempre aquilo que julgamos ser o melhor é realmente o melhor para a pessoa.
É difícil, mas temos que respeitar o livre arbítrio de cada um e aceitar que a
pessoa tem o direito de seguir o caminho dela, mesmo. Sim, eu sei que é difícil
fazer isso, ainda mais quando acreditamos que ela vai se lascar de pai e mãe.
Mas sabe... isso pode ou não acontecer. Pode dar certo ou
errado. De qualquer forma, a pessoa precisa passar por isso porque faz parte do
seu aprendizado. Mas ainda assim, por várias razões que deixariam esse post
super longo, é algo difícil de se fazer. Eu mesma não consigo sempre.
E não vamos esquecer da participação do Cascão e da Magali,
que tiveram destaque de verdade, não só aquela coisa de coadjuvante. Foi engraçado
ver o Cascão tentando ser o caça-fantasma e a Magali passando o maior aperto
quando desafiou o fantasma e rolou aquele poltergeist maroto que todo mundo
respeita.
Essa foi uma boa história porque estava sentindo falta da Sarah
e do Victor, e de bônus tivemos uma continuação do Circo Macabro e a promessa de
que ainda vamos ter noticias do Sr. Dante. Será que vamos ter noticias do
pessoal do circo também?
Quem sabe uma história onde ele tenta tomar o circo de volta
e escravizar os atores? Ou será que ele vai tentar fazer algum mal para a Mônica?
Quem sabe as duas coisas? Ele pode conseguir tomar o circo de volta por um
tempo e chantageá-la para lhe obrigar a trabalhar para ele.
Na cabeça dele, ela tirou tudo o que ele tinha. Então a
vingança dele pode tentar fazer o mesmo com ela e para isso, ele a levaria de volta
ao circo e dessa forma ela ia perder a família, amigos, tudo. Será que vamos
ter algo assim? Mistério!
O desenho foi feito pela Roberta Pares. Mesmo sem saber quem
foi o desenhista dá para saber que foi ela porque seu estilo é fácil de reconhecer,
embora dessa vez eu tenha ficado com a impressão de que ela tentou diminuí-lo
um pouco, deixar mais no padrão que conhecemos na TMJ. Eu gosto quando ela faz
os desenhos porque os personagens não ficam com uma cara esquisita. Sem falar
que ela faz os melhores chibis de todos.
Adorei a perspectiva de quando a Sarah foi fazer a leitura
das cartas para a Mônica (pag. 13). Tipo, o destaque aí foram as mãos dela
prontas para escolher uma das cartas mostrando como isso é importante para o
desenrolar da história.
Eu adoro as roupas dela e do Victor, ficam bem legais
naquele estilo vitoriano. Mas as vezes me pergunto se ela não fica com calor
usando aquelas blusas de manga comprida. Sei que ela faz isso para esconder as
cicatrizes, mas deve ser muito chato se prender a isso e não poder usar uma
roupa de manga curta no calor.
Bem, essa foi a crítica da ed. 108, espero que tenham
gostado! A próxima será a da CBM, que está bem atrasada.
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