sábado, 3 de março de 2018

TMJ#7 - Apatia: Críticas




Oi, gente! Hoje é dia de outra crítica! Sei que andei demorando, foi mal. É que meu computador andou bugando todo e tive que formatar e começar do zero. Aí é aquele trabalhão para copiar os arquivos importantes (tenho desenhos da TMJ que ainda nem terminei, já pensaram se perco tudo?), formatar o computador, instalar o Windows, depois instalar todos os programas novamente...

Nessa edição o Cebola teve que aprender a lidar com o ciúmes que tinha da Monica enquanto se empenhava para descobrir porque geral andava tão deprimida. Foi uma história boa, embora não diria que foi excepcional.

O que mais gostei de ver foi o Cebola provar um pouquinho do próprio veneno. Ah, nada como um dia após o outro, né? Quer dizer, não era ele quem andava com a Irene e ainda achava ruim quando a Monica ficava com ciúmes? O que será que ele achou de estar no lugar da Monica? Pois é.

Não me entendam mal, não sou contra o Cebola ter amigas, não é nada disso. É que ele não teve sensibilidade para entender por que a Mônica se sentia tão insegura com a amizade dele, pois vivia enrolando e ainda xavecava outras garotas na frente dela. Mas vá lá, isso é passado e vamos tentar acreditar que ele mudou mesmo. Não vale a pena ficar remoendo isso. Mas que foi engraçado vê-lo dando piti por causa de ciúmes foi. Pelo menos agora a Mônica sabe como ele se sentia quando ela dava os chilique dela também (embora os dela fossem justificados).

Mas tem uma coisa com a qual eu não concordei. Quando o Cebola mostrou o post da Denise falando que eles estavam juntos, a Monica disse que isso não era da conta dele. Tipo assim, ele é namorado dela, não é? Então como assim não é da conta dele?

E tem uma coisa que me preocupa bastante: é a Denise sair tirando fotos das pessoas e publicando intrigas. A insinuação dela foi ridícula e ainda causou uma situação desconfortável para a Mônica. E não é a primeira vez que isso acontece e o pior é que não há conseqüência nenhuma para ela. Uma hora isso pode dar ruim, muito ruim.

Falando da história propriamente dita, gostei do desenvolvimento. Foi bom como as coisas evoluíram sem ser corrido ou muito devagar. Apesar da má vontade inicial, Cebola trabalhou bem com o Nico embora fosse um tantinho afobado e não parasse para ouvir quando necessário. Ainda assim foi legal ver os dois trabalhando juntos.

Só achei um pouco forçado a gravação do Feio jogando poeira nas pessoas pelo celular da Denise. Quer dizer, foi muita coincidência ela ter gravado isso, mas entendo que foi necessário para a história, não dava para estender muito com mistérios e investigações.

Foi legal ver outros personagens ainda que não tivessem grande participação. É bom quando outras pessoas aparecem na história e não somente os quatro. Sem falar que gosto quando fazem referências a histórias anteriores, como as quatro primeiras edições quando a Yuka apareceu (ela bem que podia voltar qualquer hora dessas).

O Capitão Feio foi agiu como o de sempre. Gosto dele como vilão e o fato de ser um tanto clichê não atrapalha em nada, pois é aí que está a graça nele. Mas gente, vou ser sincera: desde aquela saga, não consigo vê-lo de outra forma. Tipo, qualquer coisa que ele fizer para dominar o mundo para mim vai ser uma tentativa de prepará-lo para a volta da serpente. Ainda assim fico feliz que ele continue sendo o vilão bobo de cabeça fraca de sempre, que derrete quando em contato com a água e sempre perde tempo se gabando dos seus planos infalíveis. A cena do Cebola e Nico o confrontando foi muito boa, embora tenha achado um tanto curta, sei lá. Não teve assim muita luta e perseguição.

Já o desenho... bem... digamos que eu prefiro mais o estilo da Roberta Pares. O desenho dessa edição ficou bom, não nego, mas teve uma cena em que a cara da Mônica ficou bem esquisita, como se suas bochechas estivessem inchadas demais. Já o desenho do Feio ficou bom, igual ao do fim da torre inversa quando ele perdeu seus poderes por um tempo e voltou a ser o tio do Cascão. E pensando bem, ele até que não é assim tão feio, só desmazelado. Ai ai... fico pensando se algum dia será possível acabar com a maldição e fazê-lo voltar ao que era antes. Sonhar não custa, é?

O resto foi tranqüilo. Cebola e Nico descobriram como fazer todo mundo voltar ao normal e todos ficaram felizes no fim.

Uma coisa que eu gostei foi a mensagem que a história passou. Foi bem didática, mas a gente nem percebeu porque foi bem sutil. Só no fim é que pudemos juntar as peças e entender os quatro passo para realizar os sonhos. Educação financeira é muito importante e até penso que deveria ser matéria nas escolas. Mas é claro que os bancos não iam curtir nem um pouco.

É que com educação financeira adequada, as pessoas iam fazer menos dívidas, pegar menos empréstimos, pagar menos juros... adivinhem quem ia ganhar menos dinheiro? Pois é. Por isso é muito bom aprender a administrar o dinheiro, coisa que nem todo mundo consegue. As vezes as pessoas se descontrolam com os gastos, contraem dívidas e depois chegam perto de vender um rim para quitar tudo.

Nunca é cedo demais para aprender a administrar o dinheiro. Mesmo quem não trabalha e vive de mesada pode ir começando. Aliás, eu diria que vocês tem uma vantagem grande: só podem gastar aquilo que tem. Adultos podem recorrer ao cartão de crédito (que pode ser uma armadilha), podem usar cheque especial, empréstimos... mas jovens e crianças só podem gastar aquilo que tem.

Se não tiver dinheiro e os pais não derem mais, então acabou. Por que isso é importante? Simples: em se tratando de dinheiro, há dois conceitos que vocês precisam ter em mente: ativo e passivo. De forma simples, ativo é o que faz o dinheiro entrar no nosso bolso, a renda. Passivo é o que faz o dinheiro sair dos nossos bolsos. Gastos, dívidas, etc.

Então de forma simples e bem resumida, a gente deve fazer com que o passivo seja sempre menor que o ativo. Estou falando de gastar menos do que ganhamos e assim poder reservar algum. Sei que é bastante simplista e que na vida real pode acontecer muitas coisas que não podemos controlar, mas é um bom começo para quem quiser aprender a controlar as finanças.

O que complica é o imediatismo. Toda nossa cultura nos incentiva a isso. Não somos ensinados a poupar, a esperar mais um pouco para realizar nossos sonhos. O curto prazo acaba sendo mais importante e perdemos a visão a longo prazo. Queremos tudo agora, nesse instante. Exemplo: comprar aquele doce ou revista ao invés de poupar para comprar um tênis, pois isso significa adiar a recompensa, sacrificar o que queremos agora e que nos dará prazer imediato em nome de algo que queremos no futuro e que vai levar tempo.

Aliás, já ouviram falar do experimento do marshmallow?  Foi um estudo realizado no fim da década de 60, começo da de 70. Era bem simples. Eles colocavam um marshmallow (ou um biscoito, etc) na frente de uma criança e davam a ela duas opções: comer o doce agora ou esperar por 15 minutos. A criança que comesse o doce logo de cara não ia ganhar nada, mas a que conseguisse esperar ia ganhar outro doce. Para nós 15 minutos pode parecer pouca coisa, mas para uma criança é tipo uma eternidade.

Dizem que as crianças que esperaram foram as que tiveram mais sucesso na vida uns dez anos depois. Por que? Porque tiveram autocontrole, foram capazes de superar o imediatismo e sacrificar o que queriam agora em nome de algo melhor no futuro.

De certa forma a historia passa essa mensagem. Lembram quando o Cebola recebeu a conta do sorvete e disse que ia cancelar o próximo? Foi um bom exemplo. Ele abriu mão do sorvete naquele momento para economizar e comprar um laptop novo.

Foi por isso que gostei da história, passou uma boa mensagem didática sem ficar chata. No fim da revista fala sobre o idealizador dos quatro passos para realizar os sonhos. Vocês fariam bem em pesquisar mais sobre ele. Tem muita coisa que pode ser útil.

Essa foi minha crítica, espero que tenham gostado. Sei que estou devendo um palpite da ed. 15, mas eu ainda nem li a 14, então fica difícil. Estou levando mais tempo para ler as novas edições, então as críticas podem demorar um pouco mais. 

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