Oi, gente! Hoje é dia de outra crítica! Sei que andei
demorando, foi mal. É que meu computador andou bugando todo e tive que formatar
e começar do zero. Aí é aquele trabalhão para copiar os arquivos importantes
(tenho desenhos da TMJ que ainda nem terminei, já pensaram se perco tudo?),
formatar o computador, instalar o Windows, depois instalar todos os programas
novamente...
Nessa edição o Cebola teve que aprender a lidar com o ciúmes
que tinha da Monica enquanto se empenhava para descobrir porque geral andava
tão deprimida. Foi uma história boa, embora não diria que foi excepcional.
O que mais gostei de ver foi o Cebola provar um pouquinho do
próprio veneno. Ah, nada como um dia após o outro, né? Quer dizer, não era ele
quem andava com a Irene e ainda achava ruim quando a Monica ficava com ciúmes?
O que será que ele achou de estar no lugar da Monica? Pois é.
Não me entendam mal, não sou contra o Cebola ter amigas, não
é nada disso. É que ele não teve sensibilidade para entender por que a Mônica
se sentia tão insegura com a amizade dele, pois vivia enrolando e ainda
xavecava outras garotas na frente dela. Mas vá lá, isso é passado e vamos
tentar acreditar que ele mudou mesmo. Não vale a pena ficar remoendo isso. Mas
que foi engraçado vê-lo dando piti por causa de ciúmes foi. Pelo menos agora a
Mônica sabe como ele se sentia quando ela dava os chilique dela também (embora
os dela fossem justificados).
Mas tem uma coisa com a qual eu não concordei. Quando o
Cebola mostrou o post da Denise falando que eles estavam juntos, a Monica disse
que isso não era da conta dele. Tipo assim, ele é namorado dela, não é? Então
como assim não é da conta dele?
E tem uma coisa que me preocupa bastante: é a Denise sair
tirando fotos das pessoas e publicando intrigas. A insinuação dela foi ridícula
e ainda causou uma situação desconfortável para a Mônica. E não é a primeira
vez que isso acontece e o pior é que não há conseqüência nenhuma para ela. Uma
hora isso pode dar ruim, muito ruim.
Falando da história propriamente dita, gostei do
desenvolvimento. Foi bom como as coisas evoluíram sem ser corrido ou muito
devagar. Apesar da má vontade inicial, Cebola trabalhou bem com o Nico embora
fosse um tantinho afobado e não parasse para ouvir quando necessário. Ainda
assim foi legal ver os dois trabalhando juntos.
Só achei um pouco forçado a gravação do Feio jogando poeira
nas pessoas pelo celular da Denise. Quer dizer, foi muita coincidência ela ter
gravado isso, mas entendo que foi necessário para a história, não dava para
estender muito com mistérios e investigações.
Foi legal ver outros personagens ainda que não tivessem
grande participação. É bom quando outras pessoas aparecem na história e não
somente os quatro. Sem falar que gosto quando fazem referências a histórias
anteriores, como as quatro primeiras edições quando a Yuka apareceu (ela bem
que podia voltar qualquer hora dessas).
O Capitão Feio foi agiu como o de sempre. Gosto dele como
vilão e o fato de ser um tanto clichê não atrapalha em nada, pois é aí que está
a graça nele. Mas gente, vou ser sincera: desde aquela saga, não consigo vê-lo
de outra forma. Tipo, qualquer coisa que ele fizer para dominar o mundo para
mim vai ser uma tentativa de prepará-lo para a volta da serpente. Ainda assim
fico feliz que ele continue sendo o vilão bobo de cabeça fraca de sempre, que
derrete quando em contato com a água e sempre perde tempo se gabando dos seus
planos infalíveis. A cena do Cebola e Nico o confrontando foi muito boa, embora
tenha achado um tanto curta, sei lá. Não teve assim muita luta e perseguição.
Já o desenho... bem... digamos que eu prefiro mais o estilo
da Roberta Pares. O desenho dessa edição ficou bom, não nego, mas teve uma cena
em que a cara da Mônica ficou bem esquisita, como se suas bochechas estivessem
inchadas demais. Já o desenho do Feio ficou bom, igual ao do fim da torre
inversa quando ele perdeu seus poderes por um tempo e voltou a ser o tio do
Cascão. E pensando bem, ele até que não é assim tão feio, só desmazelado. Ai
ai... fico pensando se algum dia será possível acabar com a maldição e fazê-lo
voltar ao que era antes. Sonhar não custa, é?
O resto foi tranqüilo. Cebola e Nico descobriram como fazer
todo mundo voltar ao normal e todos ficaram felizes no fim.
Uma coisa que eu gostei foi a mensagem que a história
passou. Foi bem didática, mas a gente nem percebeu porque foi bem sutil. Só no
fim é que pudemos juntar as peças e entender os quatro passo para realizar os
sonhos. Educação financeira é muito importante e até penso que deveria ser
matéria nas escolas. Mas é claro que os bancos não iam curtir nem um pouco.
É que com educação financeira adequada, as pessoas iam fazer
menos dívidas, pegar menos empréstimos, pagar menos juros... adivinhem quem ia
ganhar menos dinheiro? Pois é. Por isso é muito bom aprender a administrar o
dinheiro, coisa que nem todo mundo consegue. As vezes as pessoas se
descontrolam com os gastos, contraem dívidas e depois chegam perto de vender um
rim para quitar tudo.
Nunca é cedo demais para aprender a administrar o dinheiro.
Mesmo quem não trabalha e vive de mesada pode ir começando. Aliás, eu diria que
vocês tem uma vantagem grande: só podem gastar aquilo que tem. Adultos podem
recorrer ao cartão de crédito (que pode ser uma armadilha), podem usar cheque
especial, empréstimos... mas jovens e crianças só podem gastar aquilo que tem.
Se não tiver dinheiro e os pais não derem mais, então
acabou. Por que isso é importante? Simples: em se tratando de dinheiro, há dois
conceitos que vocês precisam ter em mente: ativo e passivo. De forma simples,
ativo é o que faz o dinheiro entrar no nosso bolso, a renda. Passivo é o que
faz o dinheiro sair dos nossos bolsos. Gastos, dívidas, etc.
Então de forma simples e bem resumida, a gente deve fazer
com que o passivo seja sempre menor que o ativo. Estou falando de gastar
menos do que ganhamos e assim poder reservar algum. Sei que é bastante
simplista e que na vida real pode acontecer muitas coisas que não podemos
controlar, mas é um bom começo para quem quiser aprender a controlar as finanças.
O que complica é o imediatismo. Toda nossa cultura nos
incentiva a isso. Não somos ensinados a poupar, a esperar mais um pouco para
realizar nossos sonhos. O curto prazo acaba sendo mais importante e perdemos a
visão a longo prazo. Queremos tudo agora, nesse instante. Exemplo: comprar
aquele doce ou revista ao invés de poupar para comprar um tênis, pois isso
significa adiar a recompensa, sacrificar o que queremos agora e que nos dará
prazer imediato em nome de algo que queremos no futuro e que vai levar tempo.
Aliás, já ouviram falar do experimento do marshmallow? Foi um estudo realizado no fim da década de
60, começo da de 70. Era bem simples. Eles colocavam um marshmallow (ou um
biscoito, etc) na frente de uma criança e davam a ela duas opções: comer o doce
agora ou esperar por 15 minutos. A criança que comesse o doce logo de cara não
ia ganhar nada, mas a que conseguisse esperar ia ganhar outro doce. Para nós 15
minutos pode parecer pouca coisa, mas para uma criança é tipo uma eternidade.
Dizem que as crianças que esperaram foram as que tiveram
mais sucesso na vida uns dez anos depois. Por que? Porque tiveram autocontrole,
foram capazes de superar o imediatismo e sacrificar o que queriam agora em nome
de algo melhor no futuro.
De certa forma a historia passa essa mensagem. Lembram
quando o Cebola recebeu a conta do sorvete e disse que ia cancelar o próximo?
Foi um bom exemplo. Ele abriu mão do sorvete naquele momento para economizar e
comprar um laptop novo.
Foi por isso que gostei da história, passou uma boa mensagem
didática sem ficar chata. No fim da revista fala sobre o idealizador dos quatro
passos para realizar os sonhos. Vocês fariam bem em pesquisar mais sobre ele.
Tem muita coisa que pode ser útil.
Essa foi minha crítica, espero que tenham gostado. Sei que
estou devendo um palpite da ed. 15, mas eu ainda nem li a 14, então fica
difícil. Estou levando mais tempo para ler as novas edições, então as críticas
podem demorar um pouco mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário