sábado, 27 de julho de 2013
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Alguém aí já fez isso?
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Estou fazendo uma nova fanfic e gostaria de colocar uma pequena prévia aqui. É um pedaço do primeiro capítulo e gostaria que me dissessem qual é a primeira impressão. Estou tentando fazer algo diferente e essa história é tipo uma continuação de sombras do passado. O título é, inicialmente, "Olhai os lírios do campo", mas não é definitivo e pode mudar no futuro.
____________________________________________________
Chegando em casa, Penha mandou que a empregada lhe
preparasse um chá calmante e foi diretamente para seu quarto. Seus nervos
estavam em frangalhos e cada dia para ela se arrastava como um rio lamacento.
Depois que a empregada lhe trouxe o chá, ela deu alguns goles e foi trocar de
roupa.
No grande espelho do seu quarto, ela pode ver seu reflexo. Seus
cabelos aparentemente estavam em ordem, bonitos e sedosos como sempre. Mas
aqueles não eram seus cabelos. Num gesto brusco, ela tirou a peruca e jogou no chão
com toda raiva. Era uma peruca de excelente qualidade, feita com cabelos
importados da Europa e confeccionada de forma a imitar seus antigos cabelos. E o
resultado tinha ficado tão bom que a princípio ela pensou que a situação
estivesse remediada. Só que não estava.
Ela chorou de raiva ao constatar que seus cabelos não tinham
alcançado nem dois centímetros de altura. Uma pequena cicatriz ainda estava
evidente no lado da sua cabeça, lembrando-a constantemente o motivo de todo o
seu ódio. Mônica.
Naquela noite tudo parecia correr muito bem. Seu plano de
vingança estava funcionando perfeitamente e ela estava a um passo de destruir
completamente sua inimiga. Só que tudo deu errado. Mônica invadiu sua casa,
Sofia lhe traiu e no fim Paulete era apenas Denise disfarçada. Para piorar,
todos tinham descoberto sua farsa, fazendo-a passar a maior vergonha da sua
vida. Isso até que foi contornável porque bastou seu pai assinar alguns cheques
para que o caso fosse abafado.
Sua infelicidade começou depois que Agnes foi sugada pelo
céu. Ao se ver sozinha e com o plano fracassado, no auge do seu desespero ela
pegou a espada daquele anjo e partiu para cima da Mônica numa tentativa de
acabar com ela. Até isso deu errado e ela acabou caindo do penhasco, indo parar
no barco que Mônica deixou ancorado. E tudo ficou escuro.
Ela só foi acordar dias depois numa cama de hospital. Seu
corpo doía e ela estava grogue por causa dos remédios. Passado o torpor
inicial, Penha descobriu que a queda gerou um coágulo no céu cérebro, sendo por
isso, necessário fazer uma cirurgia. E para fazer a cirurgia, seus cabelos
tiveram que ser raspados.
Nunca, em toda sua vida, tantas lágrimas foram derramadas ao
descobrir que seus lindos cabelos estavam perdidos para sempre. Ia levar muito
tempo até que voltassem ao tamanho normal. Mesmo para aplicar mega hair ela
teria que esperar muito. Tudo aquilo por culpa da Mônica.
E como se isso não bastasse, todos acabaram descobrindo seu
segredo apesar dos seus esforços em escondê-lo. Certo
dia, publicaram na internet uma foto sua ajeitando a peruca e na reportagem
diziam que ela tinha feito cirurgia e por isso raspado a cabeça. Quem contou
aquilo para aquele repórter? O pior era que nem adiantava processar ninguém por
causa da maldita liberdade de expressão.
Enquanto isso, ela sabia que aquela desgraçada vivia sua
vida feliz como se nada tivesse acontecido. Um gosto amargo invadiu sua boca ao
pensar na enorme injustiça que estava sofrendo. Não, não era justo! Ela deveria
pagar o mal que lhe fez, sofrer muito, lamentar até por ter nascido.
Era preciso castigá-la, fazê-la sofrer até o limite das suas
forças e talvez um pouco mais além. O problema era que nenhuma das suas idéias
era boa o suficiente. Qualquer sofrimento por que Mônica passasse seria apenas
uma mísera gota d'água comparada a sua enorme sede de vingança.
- Aquela cretina ainda vai me pagar! – ela falou olhando
para si mesma no espelho. – Nem que seja a última coisa que eu faça na minha
vida!
Não dava mais para continuar vivendo daquele jeito e Penha
sabia que nunca mais ia ter paz enquanto Mônica estivesse esboçando um único
sorriso. Mas para vencer sua inimiga, ela primeiro teria que conhecer seus
passos, saber o que ela estava fazendo, falando e estar por dentro de toda sua
rotina e seus problemas. Só assim para começar a traçar um novo plano que
daquela vez não ia dar errado.
E para isso ela precisava de alguém que pudesse vigiar a Mônica
vinte e quatro horas por dia, o tempo inteiro. Nenhum detetive, por melhor que fosse,
conseguiria tal façanha. Ela só conhecia uma única pessoa que podia fazer isso:
Agnes. Mas para seu azar, ela não tinha conseguido invocar novamente o fantasma
da amiga desde que aquele anjo a mandou embora. Era por isso que Penha devia
contar com uma ajuda extra para trazer sua amiga de volta. Tudo estava
encaminhado e no dia seguinte ela ia colocar seu plano de vingança em ação.
Eu adoro memes, mas confesso que não tenho lá muita criatividade para criá-los. Ainda assim não custa tentar, certo? Mas quem quiser tentar também e tiver mais imaginação que eu (e mais tempo), pode criar também. Já adicionei as imagens na galeria de png's. Divirtam-se!
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Essa é para quem gosta de tirar fotos com o celular. Quem nunca passou por isso, né?
terça-feira, 23 de julho de 2013
Meldels! Finalmente consegui terminar a imagem da Ed 59. Foi
uma maratona, já que normalmente eu não desenho tantos personagens de uma vez só.
Os rapazes eu precisei completar a parte de baixo, não sei se ficou bom.
Eis aí um final que teria sido mais adequado para a história,
não aquela coisinha boba e previsível de “Cebola pisa na bola, Mônica perdoa e
tudo fica bem”. Tá, ela deu um pouco de chilique, disse que não ia esquecer tão
cedo, comprou um jogo para meninas, mimimi, nhenhenhe. E daí? No fim, tudo
ficou na mesma.
Claro que eu adorei o que ela falou para ele no início e
confesso que até fiquei surpresa. Então o final não foi de todo ruim. Agora resta
a Ed. 60 e confesso que ultimamente essas historias sobre namorados tem andado
meio repetitivas demais. Quer dizer, o enredo é basicamente o mesmo:
Rapaz briga com a moça, corre para outra, a mocinha sofre e
chora um monte enquanto ele não está nem aí. Então, mais para perto do fim da
história, ele “cai na real” e volta correndo para seu “verdadeiro amor”. Ela
perdoa, eles fazem as pazes e fim. Ai, não! Chega! Cansou! Já deu!
Eu quero as histórias de antigamente, com muita ação,
aventura, viagens para outros mundos e dimensões. Caramba, ultimamente eles mal
estão saindo da cidade! E cadê os supervilões? Cadê os monstros, alienígenas, naves
espaciais ou criaturas místicas? Cadê a emoção, o humor, as boas tiradas? Agora
é só draminha de namorados! Ah, nem!
Se eu não adorasse a TMJ de paixão já teria deixado de lado
há muito tempo. ainda continuo lendo porque tenho esperanças de que as histórias
voltem a melhorar igual aconteceu com Lulu Teen. Antes, as histórias da Lulu
passaram por um período negro, mas agora voltaram a melhorar quando eles
deixaram de lado essa bobagem de espremer duas histórias numa revista só. Então
eu espero que o mesmo aconteça com a TMJ, que eles melhorem as histórias e as
grandes aventuras retornem para nós.
Sim, porque esse negócio de draminha adolescente já está
dando no saco. Um pouco disso ainda vá lá, mas ficar só nisso enjoa.
domingo, 21 de julho de 2013
História: Insanidade
Autora: A Narradora
Classificação: +13
Gêneros: Romance, Amizade, Mistério
Avisos: Tortura
Sinopse: Esta é uma história estranha. Ora essa, o amor é um sentimento estranho... E poderoso. Certo vilão descobrirá isso da forma mais radical possível.
Querem ver um casal diferente e que ninguém pensou ainda? Então
leiam Insanidade. Eu estava de olho nessa fanfic há um tempo e quando ela
terminou, não perdi tempo. E não me arrependi de esperar porque a história é
muito boa, mostrando um casal bem diferente de Mônica x Cebola ou Mônica x DC.
A princípio, todos irão estranhar e talvez até torcer o
nariz achando que os dois não tem nada a ver. E normalmente não teriam, mas do
jeito que a autora escreve a gente acaba simpatizando e até torcendo pelos
dois.
A história tem magia, mistério, aventura e... claro...
romance. Para os românticos de plantão, a história fala da redenção pelo amor.
O melhor de tudo é que não ficou aquela coisa forçada. Pelo menos
eu achei que não. Vale a pena ler porque a história prende mesmo.
Sem mais delongas, aqui está a história: Insanidade
Sem mais delongas, aqui está a história: Insanidade
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Crendeuspai! Quando saiu a capa da TMJ 60 eu juro para vocês que levei um baita susto com a cara da Mônica! Sei lá, a primeira coisa que eu vi foi os dentes dela que parecem prontos para morder. A cara do Licurgo então, acho que vou ter pesadelos essa noite!
Sabem... pode parecer estranho, mas apesar do susto eu amei
essa capa. Acho que ficou uma das melhores de todos as edições. E se não me
engano, é a primeira vez que a Cascuda aparece numa capa. Agora, só tem um
pequeno porém: os olhos da Carmem saíram verdes sendo que são azuis. E as
sobrancelhas dela ficaram mais escuras que o cabelo. Fora isso, ficou muito
bom.
Agora sim estou doida para ler a história, porque essa
promete. Aposto que todo mundo deve estar de cabelo em pé ao ver o Cascão junto
com a Carmem todo cheio de dengo. O que será que aconteceu para que ele
resolvesse ficar com ela? Mais importante: o que deu nela pra ficar com ele?
Sim, porque uma patricinha como a Carmem dificilmente ia se interessar por
alguém como o Cascão.
Quando falaram que o título seria os opostos se atraem,
pensei que estivessem falando do Cascão e da Cascuda porque de certa forma eles
tem personalidades bem diferentes. Eles me pegaram de surpresa quando botaram
ele com a Carmem.
Mas vamos com calma. O Licurgo fazendo essa cara de doidão
está sugerindo que alguma coisa maluca deve ter acontecido para esses dois
acabarem junto. Difícil acreditar que tenha acontecido assim, do nada. É provável
que os dois tenham brigado feio, terminado e tudo. Mas algo de diferente deve
ter rolado depois disso. Algo que envolve o Licurgo.
O fundo da capa está cheio de códigos binários e fórmulas
químicas. Códigos binários são aquelas seqüências de 0’s e 1’s. É basicamente a linguagem que o
computador entende e na verdade representam os impulsos elétricos. Quando o
impulso é alto, o código é 1. Quando baixo, é 0.
Esse tipo de código só aceita duas possibilidades. Ou é
zero, ou é um, ligado ou desligado. É o uso desses dois códigos que faz o
computador funcionar. Deve ser essa a razão do titulo da história.
Na capa também tem fórmulas químicas. Lembram até as aulas
de química orgânica que eu tive no ensino médio. Parecem aqueles
hidrocarbonetos que a gente tinha que decorar. Era legal até. Talvez seja para
dizer que o casal pode ser oposto, mas o que importa é a química entre os dois.
Ô viagem!
E sabem o que eu gosto mais? É não saber o que esperar. Na
última edição, tudo foi muito previsível. Essa é diferente. Quer dizer, a gente
sabe que alguma coisa vai acontecer com Cascão e Cascuda e ele vai pender para
o lado da Carmem. E só. Não consigo imaginar como isso teria acontecido embora
tenha um palpite de que tenha alguma doideira do Licurgo no meio desse angu de
caroço.
Claro que estou com um pouquinho de medo. Será que eles vão avacalhar
outro casal? Tomara que não, né? Apesar de muita gente torcer por Cascão x
Magali, eu acho que ele com a Cascuda fica bem bonitinho. Bom, é apenas um
medinho bobo, né? Porque é bem provável que eles vão se entender no final.
É bem provável que essa história tente passar a lição de que
apesar das diferenças e defeitos de cada um, é possível conviver e ser feliz
mesmo ambos tendo personalidades opostas.
Ah, sim... a velha crença de que os opostos se atraem. O que
eu acho? Que isso funciona muito bem com ímãs, mas seres humanos costumam ser
mais complicados do que isso. Não existe uma única formula definida dizendo
quem vai se atrair por quem.
Aliás, observando por aí podemos ver que a tendência é nos
juntarmos a pessoas semelhantes, não opostas. Quem gosta de rock não vai se
interessar por grupo de sertanejo ou funk.
Agora, por que acontece de pessoas com personalidades tão
opostas se atraírem? Aí entra um pouco de psicologia no meio. Vou tentar não
complicar. Acontece que temos a tendência de procurar nos outros aquilo que
falta em nós. Pessoas
muito tímidas podem procurar as extrovertidas e por aí vai. É uma forma que a
gente acha de compensar nossas próprias falhas, acreditando que ficar com a
outra pessoa vai nos dar aquilo que nos falta.
Só que não funciona. Com o passar do tempo, as diferenças
podem se tornar um problema se os dois não souberem lidar com isso. No início
do namoro tudo é lindo e a gente passa por cima dos defeitos e dos
antagonismos. Só que esse encantamento acaba e aquilo que antes nos atraía,
passa a irritar. Então essa idéia de que opostos se atraem pode funcionar no
início, mas com o tempo não se sustenta.
Temperamentos e gostos antagônicos dificultam a vida em comum. Pode dar certo,
claro, mas para isso tem que ter muito jogo de cintura, diplomacia, diálogo, um
cede aqui, outro cede ali... é preciso uma maturidade que a maioria dos casais
simplesmente não tem. Por isso geralmente é mais fácil quando os dois têm
gostos semelhantes.
“Ain, mas nas comédias românticas e histórias da TMJ isso
funciona muito bem!” sim, no universo fictício isso funciona que é uma beleza.
Mas no mundo real eu aconselho um pouco mais de cuidado.
Sem falar que essa idéia esconde uma armadilha: se opostos
se atraem, então será que uma pessoa desonesta pode se dar bem com uma honesta?
Uma pessoa perversa daria bem com uma que é bondosa? Um preguiçoso daria bem
com um trabalhador? Pensem nisso, crianças.
No mais, eu acho que vai ser uma boa história e certamente
terá um final feliz, com os dois se entendendo e prometendo conciliar melhor as
diferenças. Aliás, eu adoro as participações do Licurgo, porque ele parece
doido, mas as vezes tem mais cabeça que as pessoas ditas normais. Quer dizer,
pelo menos eu espero que ele vá participar, né? Porque na Ed. do rei dos
trolls, o DC apareceu na capa e desapareceu na história. Espero que eles não
façam isso com o Licurgo.
Mas eu confesso que apesar de não saber o que esperar dessa história, estou aqui me perguntando por que a Carmem está envolvida nessa crise do Cascão com a Cascuda. Antes foi com Mônica e Cebola, depois com Titi e Aninha, agora é com Cascão e Cascuda? Ponto negativo por essa repetição, mas tudo bem.
Ainda assim estou achando meio chato ver os garotos da TMJ dando de cima das outras garotas, xavecando aqui e ali enquanto as meninas tem que ser puras, recatadas e fiéis. O machismo está correndo solto, heim? Alguém avisa para os roteiristas que estamos no século 21, por favor!
Eu também tentei fazer um fundo parecido com o da revista. Não sei se ficou bom, mas acho que dá para quebrar o galho. Está disponível para download na página de png's.
Mas eu confesso que apesar de não saber o que esperar dessa história, estou aqui me perguntando por que a Carmem está envolvida nessa crise do Cascão com a Cascuda. Antes foi com Mônica e Cebola, depois com Titi e Aninha, agora é com Cascão e Cascuda? Ponto negativo por essa repetição, mas tudo bem.
Ainda assim estou achando meio chato ver os garotos da TMJ dando de cima das outras garotas, xavecando aqui e ali enquanto as meninas tem que ser puras, recatadas e fiéis. O machismo está correndo solto, heim? Alguém avisa para os roteiristas que estamos no século 21, por favor!
Eu também tentei fazer um fundo parecido com o da revista. Não sei se ficou bom, mas acho que dá para quebrar o galho. Está disponível para download na página de png's.
terça-feira, 16 de julho de 2013
Sabe, eu costumo ser meio estranha as vezes. Fiquei de escrever
uma fanfic sobre a Marina e estou escrevendo outra história que não tem nada a
ver. O problema é que eu só consigo escrever o que me inspira, me vem a cabeça.
Não é algo que eu consigo controlar conscientemente. Então a fanfic da sub-Marina
vai demorar mais que o previsto.
sábado, 13 de julho de 2013
Muitos devem ter estranhado eu demorar tanto para fazer a
crítica. Bem... acontece que eu gosto de ler a história duas vezes antes de
falar qualquer coisa. Assim pego melhor os detalhes. O problema é que nesse caso
eu custei a ler uma vez só, imaginem duas.
Sabe... no mês passado eu pensei que tinham pegado toda a
chatice do Cebola e juntado numa revista só. Me enganei. Parece que eles
deixaram um bocado para o mês seguinte. Aff... eu não sei o que eles ganham deixando
esse personagem tão antipático assim sendo que ele tem muitas qualidades e sabe
ser legal quando quer. Mas enfim... tem gosto para tudo.
Por outro lado, essa história me lembrou uma série que eu de
vez em quando assistia há muito tempo atrás. Se chama Welcome to Paradox e era
uma série de ficção científica que se passava numa cidade futurística chamada
“Betaville”. Essa série abordava temas sobre o impacto das novas tecnologias no
corpo e na mente humana. Um episódio em particular me chamou bastante a atenção
e tem tudo a ver com a edição desse mês.
Resumindo, a história fala de um cara insatisfeito com o seu
casamento que resolve comprar um robô para substituir a esposa de carne e osso.
No início, parecia a mulher perfeita. Sempre sorridente, nunca brigava e nem
questionava, sempre concordava com tudo, se desdobrava para agradá-lo e nunca o
contrariava em nada.
Qualquer bobagem que ele fizesse, ela achava lindo.
Mas no fim ele percebe que tudo aquilo era artificial. O
robô só fazia aquelas coisas porque era programado, não porque queria fazer. Todo
o carinho, dedicação e amor eram artificiais e não havia nada espontâneo ali.
Então o sujeito resolveu fazer as pazes com a esposa que apesar de ser
imperfeita, o amava de verdade, com todas as qualidades e defeitos.
Foi meio o que aconteceu com a história desse mês e creio
que o objetivo seja mostrar que computadores e hologramas podem até ser
perfeitos, mas as emoções são falsas e nunca serão capazes de substituir a
convivência com gente de verdade.
Muitas vezes as pessoas preferem trocar as relações humanas
pelo mundo virtual, jogos e personagens porque não conseguem conviver com o
defeito das pessoas. Confesso que de vez em quando eu também me canso das
pessoas e suas chatices. É... conviver com pessoas reais não é mole não,
crianças!
E sabem uma coisa que eu acho interessante no Cebola? É que
ele ilustra perfeitamente aquela frase bíblica: “Hipócrita, tira primeiro a
trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.
Ele parece ser muito intolerante com os defeitos dos outros (especialmente os
da Mônica), mas simplesmente não enxerga os próprios e não faz nada para
melhorar. Esse é um dos defeitos que prejudica muito a convivência entre as
pessoas, porque geralmente enxergamos só os defeitos dos outros e ignoramos os
nossos.
Aliás, eu acho muito contraditório ele falar que quer
derrotar a Mônica para estar a altura dela, mas ao mesmo tempo criticar tanto
seus defeitos. Ora, para querer estar a altura de uma pessoa, é preciso
admirá-la. Mas como admirar uma pessoa vendo somente os defeitos dela e
ignorando suas qualidades? Tem como?
E o Cebola não apenas gosta de apontar os defeitos da
Mônica, como é capaz de se afastar dela por causa de qualquer problema. Ainda que
por um tempo, os sentimentos dele por ela ficaram abalados por causa das
garotas do game, porque elas eram sempre perfeitas. Sinto muito, mas para mim
isso não é amor.
Quando eu dou meus palpites sobre as histórias, geralmente
erro muito e acerto pouco. Nesse caso eu até que acertei bastante, mas não
estou nem um pouco feliz. Preferia ter errado tudo e me surpreendido com uma
bela história. Para mim, foi apenas mais do mesmo: Cebola se encantando com um
game, ignorando e maltratando a Mônica, depois ele se decepciona e volta para
ela com o rabinho entre as pernas.
Se bem que pelo menos dessa vez ela pareceu ter tomado um
pouco de vergonha na cara, mas no fim acabou aceitando ele de volta do mesmo
jeito. Daqui a umas edições, a novela mexicana começa de novo: ele vai
aprontar, ela vai chorar e sofrer um monte e no fim os dois vão fazer as pazes
e blábláblá o de sempre. Aparentemente ela deu o troco nele jogando o mesmo
game, mas isso não pareceu incomodá-lo em nada. Ele até achou graça.
Tá, eu sei que é isso que faz vender revistas (e no fim, é
só o que interessa mesmo). Mas sei lá... ando sentindo falta das aventuras de
antigamente, quando eles não se penduravam tanto no drama da Mônica com o
Cebola e mesmo assim faziam ótimas histórias. Sem falar que o Cebola precisa
amadurecer um pouco e parar de se apaixonar por jogos e robôs, né? Fala sério!
A Mônica tinha toda razão por ficar chateada com ele. Se ele
tivesse se apaixonado por outra garota, ainda vá lá. É direito dele. Agora,
tratá-la como lixo por causa de um joguinho? Por causa de alguém que nem
existia de verdade? Por nada? Isso é para vocês verem como é grande o amor que
ele sente por ela.
Pelo menos ele foi capaz de enxergar as próprias
contradições no fim da história ao ver que as qualidades citadas pela Hortência
não tinham nada a ver com o que ele demonstrava na vida real. Acho que um pouco
de semancol ele ainda deve ter, então esse crédito ele merece.
E ainda tem as personagens virtuais, que até que dariam boas
personagens reais apesar as personalidades delas terem saído um pouco
estereotipadas: a meiguinha delicada e cheia de insegurança, a descolada
impulsiva e cheia de atitudes e, claro, a garota perfeita que também é uma
narcisista arrogante. O nome Narcisa não foi escolhido a toa, né?
O que eu achei mais curioso foi o Cebola ter escolhido
justamente a mais tímida e insegura. No início da TMJ, ele parecia ser do tipo
que preferia garotas fortes e decididas. Aliás, naquela história do gibi onde
ele chegou a namorar a Penha, ele próprio falou que gostaria de namorar uma
menina mais segura e confiante. O que deu nele agora para preferir as choronas
mimizentas? Ou será que o ego frágil dele não suporta ter ao lado uma garota
com vontade própria que não vive por conta só de agradá-lo?
Ah, sim... essa é a parte complicada de se conviver com
outras pessoas. Nem sempre elas farão o que a gente quer e muitas vezes farão
exatamente o que a gente não quer. Paciência, é assim mesmo. Tanto ele quanto a
Mônica precisam aprender isso. sim, porque a Mônica é controladora, mas ele
também não fica atrás porque se desgasta muito facilmente com os erros dos
outros e costuma ser radical para julgar e condenar.
Bom... é isso. Acho que não consegui escrever nada legal
esse mês porque a história realmente não me inspirou. Se bem que eu até
consegui fazer um desenho mostrando o final que teria sido mais adequado, só
que vai levar um tempinho para sair porque ainda nem comecei a colorir. Eu meio
que aproveitei alguns desenhos da revista para fazer esse, espero que fique
bom.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Sabe, nos últimos dias eu tenho observado uma coisa: toda
vez que alguém fala algo contra a TMJ, logo aparece um para achar ruim. Peraí...
achar ruim é pouco. Tem gente que parte para baixaria mesmo. Acho que se estivéssemos
pessoalmente, a coisa ia acabar em agressão física. No facebook, teve uma usuária
que me soltou um “cala o seu...” vocês sabem o quê. Oi? Pois é. E tudo isso só
porque eu estou cometendo a audácia de não achar tudo lindo, perfeito e
maravilhoso. Vê se pode?
Na cabeça dessas pessoas só existem duas alternativas: ou a
gente gosta de tudo, ou não gosta de nada. Oito ou oitenta, preto ou branco. Sabiam
que isso tem até um nome? Não? Se chama Maniqueísmo. Heim? Não, pessoal. Maniqueísmo não é nenhum
estudo sobre as máquinas e robôs.
Esse nome esquisito
e meio complicado de dizer é uma filosofia que divide tudo entre bem e mal. Só existem
essas duas opções, dois extremos. Pessoas maniqueístas não conseguem enxergar
nuances e variações.
Não é com todo
mundo, claro, mas tenho observado que alguns fãs estão mostrando uma tolerância
extremamente baixa a qualquer critica feita a TMJ. Essas pessoas não suportam quando alguém fala mal das histórias. Não,
nem pensar! Quem se diz fã tem que achar tudo lindo, maravilhoso
e não falar nada que demonstre o contrário!
Qualquer um que se atreva a fazer uma critica ou
simplesmente dizer que não gostou ou achou uma porcaria é alvo de pedradas,
insultos infantis e até palavrões. Claro que isso não me ofende. Eu respondo na
mesma moeda e pronto. Não vou me deixar intimidar por pirralhinhos mimados
criados a leite com pêra. Mas depois eu fico pensando em que tipo de adultos
essas crianças irão virar amanhã. Hoje elas agridem por causa de uma história em quadrinhos. Amanhã
será pelo quê?
Se elas não conseguem tolerar opiniões diferentes
relacionadas a uma simples história, será que irão respeitar opiniões sobre religião,
política, etc? Será? Medo.
Pois bem, vou dizer uma coisa: ser fã não é ser cego, não é
idolatrar tudo incondicionalmente sem nenhum senso critico. Ser fã não é
aceitar tudo, concordar com tudo, achar que tudo está lindo, perfeito e
maravilhoso. Isso não é ser fã. É ser fanático religioso. E vocês sabem o que os
fanáticos religiosos fazem? Em muitos casos, podem agredir e até matar. É isso
que vocês querem? Certamente não.
Eu não preciso concordar com tudo para ser fã. Ninguém precisa.
Aliás, se eu não fosse fã da TMJ, nunca teria criado esse blog e jamais faria
esses desenhos que consomem tempo e energia. Se eu não fosse fã, não estaria
sequer lendo as revistas. Estaria fazendo outra coisa e o mundo continuaria
girando do mesmo jeito. Fim.
Agora, só porque eu sou fã e adoro a TMJ não quer dizer que
eu deva concordar com tudo, né? Tem coisas que eu adoro, mas tem coisas que eu
detesto também! E mesmo tendo coisas que eu detesto ainda continuo lendo e
prestigiando. Só que eu também falo o que não gosto, o que não concordo e o que
não me agrada. Eu elogio, mas também critico e às vezes até meto o pau.
E mesmo criticando e vendo tantas falhas, eu ainda continuo
gostando. Isso sim é ser fã: continuar acompanhando o trabalho, gostando e
apoiando mesmo não sendo perfeito, mesmo tudo não sendo como gostaríamos que fosse.
Qualquer um é capaz de devoção cega, mas continuar gostando de algo apesar de não
ser perfeito é para poucos.
Bom, para que vocês vejam o quanto eu sou fã, fiz dois
desenhos usando aquela capa da Ed. 36 – o show deve continuar. Vocês sabem que eu
não gosto do Cebola, mas isso nunca me impediu de desenhá-lo e me esforçar para
que fique bom. Aqui vai duas versões: uma da Mônica com o Cebola para os
tradicionais e outra dela com o DC para os alternativos.
Já tem png e quebra-cabeça. Divirtam-se!
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Esses dias eu refiz o desenho do Titi daquela capa da ed. 31,
divisão por dois. Só agora estou tendo um tempinho pra postar o png. Bom,
quanto a edição, confesso que gostei bastante porque foi o dia em que Aninha se libertou.
Antes era a garota dominada, que tinha as roupas controladas
pelo Titi que não a deixava vestir e nem fazer o que gostava. E até então ela não
se rebelava e nem questionava, talvez porque não conhecia nada diferente.
Foi preciso uma grande perda para impulsioná-la para a
frente. Perder o namorado de infância deve doer. Talvez mais pelo apego do que
pelo sentimento de amor. Ela ficou sem rumo, desnorteada e com aquela sensação de
que faltava um pedaço. Isso sempre acontece quando a mulher vive por conta do
seu parceiro e não tem vida e nem objetivos próprios.
Quando uma mulher se anula, deixa de pensar por conta própria
e segue apenas o que o namorado quer, ela perde sua identidade, não sabe mais
quem é e nem do que gosta. Aí quando o cara vai embora, ela fica perdida e sem
rumo como aconteceu com Aninha.
No caso dela, foi preciso se redescobrir, fazer coisas
diferentes e perceber que ninguém deve ser o centro das nossas vidas. Nem homem,
nem ninguém. Primeiro somos nós. Isso não é egoísmo, é autopreservação. Só quando
nos respeitamos e pensamos em nós mesmos é que poderemos ser felizes com os
outros.
E essa estratégia deu certo, tanto que ela passou a nem
sentir mais falta do Titi e nem sofria quando o via passeando com a Carmem. O bobalhão
parou no tempo e continuou sendo o mesmo idiota, mas ela evoluiu, amadureceu e
ficou mais segura de si mesma ao perceber que não precisa de um homem a tira
colo para ser feliz.
Tanto que quando ele quis voltar, ela não aceitou porque não
queria mais ser apenas “a namorada do Titi”, uma garota sem identidade e nem
vida própria.
A meu ver, Aninha foi a personagem que mais evoluiu e até
merece ser mais explorada. Acho até que a Mônica devia seguir o conselho dela
ao invés de ficar por aí se descabelando por causa do Cebola.
Ainda estou aguardando uma edição centrada nesses dois, vai
ser bem interessante ver como esses dois irão se resolver. Afinal, Aninha não irá
mais tolerar um namorado que dá de cima de todas as garotas e nem vai aceitar
que ele diga o que ela deve ou não vestir. Já o Titi deu mostras de ser
machista e controlador, então vai ser difícil para ele bater de frente com uma garota
que não aceita ser dominada. Eu, particularmente, fugiria dele como o diabo
foge da cruz. Morro de medo de homens controladores porque podem virar
agressores no futuro.
terça-feira, 2 de julho de 2013
Bem, ultimamente eu venho refazendo o desenho da capa da Ed. 36, o show deve continuar e também a Ed. 31 divisão por dois. Estou completando o desenho com as partes que faltam. Aqui vai um preview:
Não sei se acertei nas proporções das pernas e o Cebola parece estar menor do que a Mônica porque está atrás dela e também porque ela está de salto alto.
Daqui a uns dias eu posto o desenho completo.