quinta-feira, 18 de julho de 2013

TMJ#60: Os opostos se atraem - Palpites

Turma da monica ed. 60 - os opostos se atraem


Crendeuspai! Quando saiu a capa da TMJ 60 eu juro para vocês que levei um baita susto com a cara da Mônica! Sei lá, a primeira coisa que eu vi foi os dentes dela que parecem prontos para morder. A cara do Licurgo então, acho que vou ter pesadelos essa noite!

Sabem... pode parecer estranho, mas apesar do susto eu amei essa capa. Acho que ficou uma das melhores de todos as edições. E se não me engano, é a primeira vez que a Cascuda aparece numa capa. Agora, só tem um pequeno porém: os olhos da Carmem saíram verdes sendo que são azuis. E as sobrancelhas dela ficaram mais escuras que o cabelo. Fora isso, ficou muito bom.

Agora sim estou doida para ler a história, porque essa promete. Aposto que todo mundo deve estar de cabelo em pé ao ver o Cascão junto com a Carmem todo cheio de dengo. O que será que aconteceu para que ele resolvesse ficar com ela? Mais importante: o que deu nela pra ficar com ele? Sim, porque uma patricinha como a Carmem dificilmente ia se interessar por alguém como o Cascão.

Quando falaram que o título seria os opostos se atraem, pensei que estivessem falando do Cascão e da Cascuda porque de certa forma eles tem personalidades bem diferentes. Eles me pegaram de surpresa quando botaram ele com a Carmem.

Mas vamos com calma. O Licurgo fazendo essa cara de doidão está sugerindo que alguma coisa maluca deve ter acontecido para esses dois acabarem junto. Difícil acreditar que tenha acontecido assim, do nada. É provável que os dois tenham brigado feio, terminado e tudo. Mas algo de diferente deve ter rolado depois disso. Algo que envolve o Licurgo.

O fundo da capa está cheio de códigos binários e fórmulas químicas. Códigos binários são aquelas seqüências de 0’s  e 1’s. É basicamente a linguagem que o computador entende e na verdade representam os impulsos elétricos. Quando o impulso é alto, o código é 1. Quando baixo, é 0.

Esse tipo de código só aceita duas possibilidades. Ou é zero, ou é um, ligado ou desligado. É o uso desses dois códigos que faz o computador funcionar. Deve ser essa a razão do titulo da história.

Na capa também tem fórmulas químicas. Lembram até as aulas de química orgânica que eu tive no ensino médio. Parecem aqueles hidrocarbonetos que a gente tinha que decorar. Era legal até. Talvez seja para dizer que o casal pode ser oposto, mas o que importa é a química entre os dois. Ô viagem!

E sabem o que eu gosto mais? É não saber o que esperar. Na última edição, tudo foi muito previsível. Essa é diferente. Quer dizer, a gente sabe que alguma coisa vai acontecer com Cascão e Cascuda e ele vai pender para o lado da Carmem. E só. Não consigo imaginar como isso teria acontecido embora tenha um palpite de que tenha alguma doideira do Licurgo no meio desse angu de caroço.

Claro que estou com um pouquinho de medo. Será que eles vão avacalhar outro casal? Tomara que não, né? Apesar de muita gente torcer por Cascão x Magali, eu acho que ele com a Cascuda fica bem bonitinho. Bom, é apenas um medinho bobo, né? Porque é bem provável que eles vão se entender no final.

É bem provável que essa história tente passar a lição de que apesar das diferenças e defeitos de cada um, é possível conviver e ser feliz mesmo ambos tendo personalidades opostas.

Ah, sim... a velha crença de que os opostos se atraem. O que eu acho? Que isso funciona muito bem com ímãs, mas seres humanos costumam ser mais complicados do que isso. Não existe uma única formula definida dizendo quem vai se atrair por quem.

Aliás, observando por aí podemos ver que a tendência é nos juntarmos a pessoas semelhantes, não opostas. Quem gosta de rock não vai se interessar por grupo de sertanejo ou funk.

Agora, por que acontece de pessoas com personalidades tão opostas se atraírem? Aí entra um pouco de psicologia no meio. Vou tentar não complicar. Acontece que temos a tendência de procurar nos outros aquilo que falta em nós. Pessoas muito tímidas podem procurar as extrovertidas e por aí vai. É uma forma que a gente acha de compensar nossas próprias falhas, acreditando que ficar com a outra pessoa vai nos dar aquilo que nos falta.

Só que não funciona. Com o passar do tempo, as diferenças podem se tornar um problema se os dois não souberem lidar com isso. No início do namoro tudo é lindo e a gente passa por cima dos defeitos e dos antagonismos. Só que esse encantamento acaba e aquilo que antes nos atraía, passa a irritar. Então essa idéia de que opostos se atraem pode funcionar no início, mas com o tempo não se sustenta.

Temperamentos e gostos antagônicos dificultam a vida em comum. Pode dar certo, claro, mas para isso tem que ter muito jogo de cintura, diplomacia, diálogo, um cede aqui, outro cede ali... é preciso uma maturidade que a maioria dos casais simplesmente não tem. Por isso geralmente é mais fácil quando os dois têm gostos semelhantes.

“Ain, mas nas comédias românticas e histórias da TMJ isso funciona muito bem!” sim, no universo fictício isso funciona que é uma beleza. Mas no mundo real eu aconselho um pouco mais de cuidado.

Sem falar que essa idéia esconde uma armadilha: se opostos se atraem, então será que uma pessoa desonesta pode se dar bem com uma honesta? Uma pessoa perversa daria bem com uma que é bondosa? Um preguiçoso daria bem com um trabalhador? Pensem nisso, crianças.

No mais, eu acho que vai ser uma boa história e certamente terá um final feliz, com os dois se entendendo e prometendo conciliar melhor as diferenças. Aliás, eu adoro as participações do Licurgo, porque ele parece doido, mas as vezes tem mais cabeça que as pessoas ditas normais. Quer dizer, pelo menos eu espero que ele vá participar, né? Porque na Ed. do rei dos trolls, o DC apareceu na capa e desapareceu na história. Espero que eles não façam isso com o Licurgo.

Mas eu confesso que apesar de não saber o que esperar dessa história, estou aqui me perguntando por que a Carmem está envolvida nessa crise do Cascão com a Cascuda. Antes foi com Mônica e Cebola, depois com Titi e Aninha, agora é com Cascão e Cascuda? Ponto negativo por essa repetição, mas tudo bem.

Ainda assim estou achando meio chato ver os garotos da TMJ dando de cima das outras garotas, xavecando aqui e ali enquanto as meninas tem que ser puras, recatadas e fiéis. O machismo está correndo solto, heim? Alguém avisa para os roteiristas que estamos no século 21, por favor!

Eu também tentei fazer um fundo parecido com o da revista. Não sei se ficou bom, mas acho que dá para quebrar o galho. Está disponível para download na página de png's.