sexta-feira, 5 de julho de 2013

TMJ #31 - Divisão por dois

Esses dias eu refiz o desenho do Titi daquela capa da ed. 31, divisão por dois. Só agora estou tendo um tempinho pra postar o png. Bom, quanto a edição, confesso que gostei bastante porque foi o dia em que Aninha se libertou.

Antes era a garota dominada, que tinha as roupas controladas pelo Titi que não a deixava vestir e nem fazer o que gostava. E até então ela não se rebelava e nem questionava, talvez porque não conhecia nada diferente.

Foi preciso uma grande perda para impulsioná-la para a frente. Perder o namorado de infância deve doer. Talvez mais pelo apego do que pelo sentimento de amor. Ela ficou sem rumo, desnorteada e com aquela sensação de que faltava um pedaço. Isso sempre acontece quando a mulher vive por conta do seu parceiro e não tem vida e nem objetivos próprios.

Quando uma mulher se anula, deixa de pensar por conta própria e segue apenas o que o namorado quer, ela perde sua identidade, não sabe mais quem é e nem do que gosta. Aí quando o cara vai embora, ela fica perdida e sem rumo como aconteceu com Aninha.

No caso dela, foi preciso se redescobrir, fazer coisas diferentes e perceber que ninguém deve ser o centro das nossas vidas. Nem homem, nem ninguém. Primeiro somos nós. Isso não é egoísmo, é autopreservação. Só quando nos respeitamos e pensamos em nós mesmos é que poderemos ser felizes com os outros.

E essa estratégia deu certo, tanto que ela passou a nem sentir mais falta do Titi e nem sofria quando o via passeando com a Carmem. O bobalhão parou no tempo e continuou sendo o mesmo idiota, mas ela evoluiu, amadureceu e ficou mais segura de si mesma ao perceber que não precisa de um homem a tira colo para ser feliz.

Tanto que quando ele quis voltar, ela não aceitou porque não queria mais ser apenas “a namorada do Titi”, uma garota sem identidade e nem vida própria.

A meu ver, Aninha foi a personagem que mais evoluiu e até merece ser mais explorada. Acho até que a Mônica devia seguir o conselho dela ao invés de ficar por aí se descabelando por causa do Cebola.

Ainda estou aguardando uma edição centrada nesses dois, vai ser bem interessante ver como esses dois irão se resolver. Afinal, Aninha não irá mais tolerar um namorado que dá de cima de todas as garotas e nem vai aceitar que ele diga o que ela deve ou não vestir. Já o Titi deu mostras de ser machista e controlador, então vai ser difícil para ele bater de frente com uma garota que não aceita ser dominada. Eu, particularmente, fugiria dele como o diabo foge da cruz. Morro de medo de homens controladores porque podem virar agressores no futuro.

Agora, sem mais delongas, o desenho do Titi. Achei interessante refazer o desenho dele e procurei fazer aquela cara bem cafajeste, como ele merece. Tem png e quebra-cabeça.

3 comentários:

  1. Bom, também acho que foi uma das melhores edições pelo fato da Aninha ter finalmente se libertado daquela prisão chamada Titi.
    Finalmente ela abriu os olhos, que ele não era bom para ela, que com ele,com ele ela nunca conseguiria ser feliz de verdade, ela só iria andar pata trás, e nunca progredir. Acho que a Monica poderia tomar a mesma atitude adulta da Aninha e se libertar do Cebola, mais, nem tudo é perfeito não é
    E sim, o Titi é um cafageste, acho que até na imagem, você conseguiu deixar isso bem claro, mais mesmo assim, está simplesmente perfeita, como sempre Mallagueta

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu! Eu também penso dessa forma. A monica bem que podia aprender uma coisa ou duas com a Aninha.

      Excluir
    2. Bom, também acho que se eu estivesse no lugar da Monica, na primeira decepção, já teria jogado tudo para o alto e chutado o balde. Deixaria ele perceber que eu não sou a trouxa que ele pensa que eu sou, e que eu sou sim, muito capaz de arrumar alguém 70 mil vezes melhor que ele, mais, as vezes a Monica é tão burra, sei lá

      Excluir