segunda-feira, 11 de novembro de 2013

TMJ#63: O dia das Bruxas - Críticas

Ah, sim... finalmente pude ler a tão esperada continuação de sombras do passado. Confesso que precisei de um tempinho para poder fazer a crítica porque... digamos... fiquei sem saber o que falar.

Quer dizer, eu adorei a história, sério! Foi a melhor do ano. Mas para ser sincera, confesso que esperava um pouquinho mais. Enfim, acho que sou meio reclamona mesmo.

Pois é. O clima já começou com um pouco de suspense ao aparecer a Madame Creuzodete para contar a história. E ela começou cheia de mistério, dando margem a mais revelações futuras ao dizer que esse não era o verdadeiro nome dela.

O Emerson disse que na verdade ela é negra, mas o desenhista a colocou parecendo ser branca. Vamos ver como irão resolver isso mais tarde. Pra mim não faz diferença, mas acho que os outros leitores vão estranhar um pouco se o desenho dela mudar demais.

A primeira história foi bem assustadora e uma coisa que eu achei legal foi que capricharam nas cenas de terror. O Cascão vestido de zumbi com um machado na cabeça e correntes pelo corpo arrasou, ficou bem melhor que a fantasia da Ed. 39.

E quem não levou um susto quando a Penha apareceu montada nas costas da Mônica com o cabelo estilo Samara? Viram como ficou agarradinha nela? Ah, é muito amor não acham?

Sem falar que Magali começa a desenvolver sua sensibilidade e percebe coisas estranhas ao seu redor. Parece que ela tem lá seu lado místico. Deve ser muito assustador ver coisas que ninguém mais vê porque a gente tenta falar e ninguém acredita.

Denise, como sempre, trolando geral e eu gostei da fantasia dela também. Já o desenho da Sofia ficou meio desleixado no início da história. Depois é que a desenharam direito.

E o terror não para aí. A janela se quebra, a luz apaga, todo mundo fica apavorado e é aí que a Penha começa a tocar o terror. Quando cada um se separa e os cucos vão para cima do Cascão, eu nem imaginava que eles podiam ser a Mônica e o Cebola transformados. História boa é assim: pega a gente de surpresa.

Especialmente quando a Penha ganha habilidade de possuir corpos e vai controlando um a um. Somente Magali podia vê-la em sua forma verdadeira. A cena em que ela usa o corpo da Sofia para jogar o Cascão pela janela foi um pouco forte e violenta, mas eu gostei mesmo assim. Bem dramática, cheia de ação e movimento.

Sem falar que o lance ficou mais doido ainda quando Magali viu que Penha tinha dominado o corpo do cascão. Num instante ele estava desmaiado. Em outro olha para ela com um olhar e sorriso perverso. Aí o fantasma aparece. Dá para imaginar o susto?

Depois outra surpresa: vemos Magali de cabelos soltos, coisa muito rara de se ver. E os cabelos dela ficaram iguais aos da Penha, até o olhar mudou já que estava possuída. Engraçado que brinquei com isso quando comentei sobre a quarta capa onde Magali aparecia, mas nem imaginei que podia ser verdade.

A segunda história, e a minha preferida, foi a da casa maluca. Essa foi genial. Os eventos aconteciam e se repetiam sob outro ponto de vista, se entrelaçando um com o outro. Quando na capa apareceu outra Mônica dentro da casa, a gente nem imaginava que podia ser uma loucura dessas.

Deve ser enlouquecedor ver os eventos indo e vindo, com o passado e futuro se misturando com o presente e acontecendo simultaneamente. Afinal, essa casa ficava fora do tempo. Einstein dizia que o tempo é na verdade uma ilusão. Em muitos momentos pode depender de como o percebemos. Quando nos divertimos, passa depressa. Quando estamos morrendo de tédio, passa devagar.

Essa passagem foi bem engraçada, com o Cebola passando o maior aperto ao ver que a Mônica estava em apuros, a confusão com os eventos estranhos da casa e finalmente os dois se transformando em cucos e depois saindo em debandada se encontrando novamente com eles entrando dentro da casa sem saber que os cucos eram eles transformados. Confuso, né?

Agora, apesar de ter gostado muito dessa parte, confesso que eu achei meio... deslocado. Quer dizer, como essa história se encaixa com o resto? Teria sido somente para transformar Mônica e Cebola em cucos para depois reverter o feitiço quando eles trombaram com a Magali?   

Mais uma coisa... quantas casas mal-assombradas tem no bairro do Limoeiro? Primeiro tinha a da Bianca, agora essa... bairro mais estranho esse.

Por fim temos a conclusão, quando a brincadeira fica mais interessante e a Penha se revela ao descobrir que ficou forte e poderosa supostamente graças ao medalhão. Imaginem como deve ficar uma pessoa como a Penha diante de tanto poder. Só que sua alegria dura pouco quando ela é expulsa do corpo da Magali em outra cena muito bacana.

As cenas da Penha se decompondo foi bem filme de terror mesmo. É a primeira vez que vemos isso na TMJ, pelo que eu me lembro. Carne morta se soltando, ossos, etc. E de quebra, zumbis atacando a todos. A cena da Penha com cara de caveira naquela parte em que eles lutam contra os zumbis respondeu a pergunta sobre quem era o caveirão que aparecia na capa. Realmente não era a D. Morte.

Nessa história, o destaque maior foi dado a Magali que parece ter poderes mágicos, já que sua tia mexia com bruxaria e tal. Já a Mônica apanhou um bocado. Primeiro da Penha, depois da Sofia. Dessa vez ela não foi a heroína, o que ajudou a variar um pouco.

Muita gente fala que o destaque é todo dado a ela, agora não podem reclamar porque deram poderes mágicos a Magali. E poderes de verdade, com direito a sortilégios, efeitos luminosos e tudo! Depois de tanto suspense, luta e magia, eu rachei de rir da Denise dizendo que ficou com mais medo da Magali que da Penha. Hahaha, sempre a Denise!

Por fim vemos a explicação de toda aquela loucura quando descobrimos que a Penha estava em coma no hospital. até aí tranqüilo porque o próprio Emerson falou sobre isso.

O que me causou um pouco de confusão foi saber que um ano se passou desde o dia da queda. Como assim um ano? Quer dizer que agora eles têm 16? É a primeira vez que vejo o tempo passar dessa forma. Geralmente as histórias eram meio que atemporais.  

Isso pode ser meio que complicado. Quer dizer, se o tempo passar dessa forma, daqui a pouco estarão todos com dezessete anos e prontos para entrar na faculdade.

Bom, depois dessa história vamos ter outras nove até completar a saga. Ano que vem teremos mais quatro edições. Legal, né? Como vai ficar a Penha depois que sair do coma? Vai continuar com essa fixação de vingança ou finalmente deixar a Mônica em paz? Será que a Magali vai enfrentar a Agnes? E qual é o mistério por detrás da madame Creuzodete? Só esperando para saber.