sexta-feira, 9 de maio de 2014

CBM#08 - Mistério na roça: críticas



Há um tempo eu estava devendo a critica da ed. 8, então vou publicar de uma vez antes que saia a 9. Assim fico em dia.

Essa edição teve como foco maior os pais do Chico e suas dificuldades por causa da geada que destruiu a plantação e causou prejuízos para eles e também para os vizinhos. E como eles têm um filho na faculdade, as preocupações ficam ainda maiores.

O próprio Chico também está bastante preocupado e faz o possível para não sacrificar tanto seus pais, já que as coisas para ele estão bem difíceis. Aqui faço apenas uma observação: estou achando um tanto exagerado essa quantidade de empregos e trabalhos que ele está arrumando. Agora ele trabalha na faculdade, dá aulas particulares, faz bicos nos fins de semana... e os estudos, como ficam?

Outra pequena observação, parece que a Violete está cada vez mais caidinha pelo Chico

Ao que parece, essa edição deve fazer referencia a alguma história dos gibis porque em determinado momento, ele sonha consigo mesmo quando menino e dá de cara com o fantasma da geada na janela do seu quarto. Mas não tenho certeza porque não me lembro de nenhuma história dele falando em geada. Se alguém já tiver lido...

Um dos maiores mistérios foi a bela garota da capa. Houve muitas especulações. Uns acharam que era Mariana, a irmãzinha do Chico que morreu quando era bebê. Outros acharam que era o próprio fantasma da geada disfarçado em uma bela garota. Afinal, ela aparece na capa cercada por coisas que parecem flocos de neve, embora a pena na mão dela tenha confundido um pouco.

Foi uma surpresa descobrir que ela não era nenhuma das duas coisas. Ela aparece apenas como uma moça sem teto pedindo abrigo por um tempo. E como os pais do Chico são muito gente boa e hospitaleiros, eles resolveram ajudá-la de boa vontade apesar das grandes dificuldades que estavam passando.

Então vem outro mistério quando ela aparece com um tecido muito valioso e ao vendê-lo, o pai do Chico consegue uma boa quantia suficiente para ter o carro de volta, comprar alguns itens necessários e até ajudar outras pessoas, o que deixou Aurora muito impressionada e comovida por causa da generosidade e desapego que o casal mostrou.

Realmente, qualquer um na situação dele teria pensado só em si mesmo. Eu mesma teria usado o dinheiro para resolver minha próprio situação primeiro. Depois, o que sobrasse (se sobrasse), eu usaria para ajudar os outros. Sim, sou egoísta as vezes, mas acho que um pouco disso é necessário. Mas enfim, gostei da atitude altruísta deles. Talvez ele tivesse percebido que podia comprar o suficiente para amenizar sua crise e por isso não havia problemas em ajudar os outros.

Aí fica a lição da história: aprender a dividir, desapegar dos bens materiais e não deixar que eles nos dominem a ponto de fechar nossos olhos para o sofrimento dos outros.

Ao ver como eles eram desapegados e tinham dividido o que ganharam com os mais necessitados, Aurora resolveu fazer outro tecido que poderia resolver de vez os problemas financeiros da família. Mas Chico veio de surpresa e quando foi entrar em seu quarto, todos descobriram a chocante verdade que leitor nenhum esperava: Aurora era, na verdade, uma espécie de ave mística chamada de ave do paraíso. Na verdade, essa espécie existe mesmo todas as espécies vivem na Nova Guiné, na costa norte da Austrália e em algumas ilhas da região. Somente os machos tem essa plumagem vistosa e bonita, mas a história não precisa ser totalmente correta, né? É uma ave mágica, então pode quebrar as leis da natureza numa boa.

Como ela foi descoberta antes de finalizar o tecido, a ave teve que ir embora, mas deixou com a família um pedaço do pano que era feito com suas plumas. Esse final também foi bonito e mostrou que para a família Bento, a verdadeira riqueza não se tratava de bens materiais. Por isso a mãe do Chico não quis vender o tecido, porque tinha um valor muito grande para eles.

E ao que parece, o paninho é mágico e até multiplicou os pães da cesta. Caramba... eu bem que ia gostar de ter um desses em cima da minha carteira. Tá, tá, agora falando sério, parece que esse paninho vai mudar muito a vida deles e vamos torcer para que tudo dê certo.

Foi uma história bem bonita que tocou nosso coração, não foi? Solidariedade, desapego, amizade, dar valor as pessoas amadas... são coisas que as pessoas deveriam aprender um pouco mais hoje em dia.

Agora, o que me chamou a atenção foi o “um dedo de prosa” no fim da revista, onde se fala de energias, ação e reação e um pouco de lei da atração. Recomendo que dêem uma boa olhada nessa parte porque esse lance de energias é importante e existe mesmo. dizem que tudo nessa vida é energia, inclusive aquilo que vemos como matéria sólida. Sei que esse assunto é meio complicado para a maioria de vocês, por isso não vou me alongar muito.

Mas seria interessante se vocês entendessem uma coisa: Pensamentos também são energia. Quando pensamos, emitimos energia. E como semelhante atrai semelhante, então vocês irão atrair pessoas, coisas e situações que são semelhantes a energia que vocês emitem. Então cuidado com o que vocês andam pensando.

Claro que isso é um pouco mais complicado e não dá para explicar tudo em poucas linhas. Ainda assim, aprendam a vigiar a si mesmos e suas emoções, pensamentos, tentem ver que tipo de energia estão emitindo. Tudo sempre volta para nós, toda ação tem uma reação. À medida que forem crescendo, pesquisem. Vale a pena.

Para finalizar, um desenho da Ed. 7 que eu refiz criando um momento fofo para a Violete, Zé Lelé e a Oncivarda. Será que eles vão ser um casal no futuro? Tenho a sensação de que isso pode render uma boa história!

Já tem png e quebra cabeça.