quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Quer brincar comigo?

19:57 3 Comentários
Quer brincar comigo? Prometo ser sua melhor amiga. Eu cuidarei de você, irei pentear seus cabelos, dar comida, arrumar suas roupas e te dar muito amor. Você será minha querida bonequinha e brincaremos juntas todas as noites.

Então, quando a brincadeira acabar, pegarei o que sobrar de você e guardarei muito bem no fundo do armário, onde ninguém irá lhe encontrar. Será o meu tesouro secreto.

Sim, essa vai ser sinistra, então segurem-se nas suas cadeiras! 

Com vocês, minha nova fanfic de halloween: quer brincar comigo? 


Também tem PNG e quebra-cabeça. 

Tem duas versões da Magali. Uma com o olho estranho e outra com dois olhos normais. Aí vocês escolhem.



terça-feira, 27 de outubro de 2015

O mistério de Sofia

13:26 6 Comentários

Estava olhando os comentários do blog e percebi que o pessoal costuma falar coisas bem interessantes, algumas eu nem tinha notado na história. Sim, sou ruim para perceber detalhes e sutilezas. Especialmente se estiver nas imagens, já que eu foco mais no texto. A primeira é sobre a verdadeira identidade da Sofia:



Pois é. Ela ser ignorada pelos infectados até que tem lá alguma explicação. Lembram quando eu falei do filme Guerra Mundial Z? No filme, os zumbis não atacavam pessoas doentes. Então pode ser que na história aconteça a mesma coisa ou então Sofia esteja vacinada ou seja imune. Talvez ela até seja o paciente 0, não sei.

Mas confesso que não encontro explicação para a passagem do posto de gasolina, onde o atendente pareceu não tê-la visto. Releiam essa parte e vão perceber isso:



Tem outra coisa que eu não tinha reparado no início quando vi o desenho dela. A mãe com asas de anjo eu já tinha visto, conforme falei. Só que eu não tinha reparado na roupa de hospital que ela estava usando. E também não tinha reparado que a criança do meio também usava roupa de hospital igual a da mãe. Outra coisa é que a criança do desenho não parece com a Sofia. Na verdade, tem cabelos de menino, não de menina. Talvez seja o irmão mãos novo dela que também esteja doente. 



As asas de anjo na mulher podem significar que ela já morreu, sobrando apenas o menino. O homem de jaleco pode ser o pai dele tentando encontrar a cura. Porém... tem um pequeno furo aí:

Quando uma criança desenha sua familia, ela geralmente se inclui no desenho. Mas só tem três pessoas nesse desenho. Muitos devem ter pensado que a criança era a Sofia, eu também pensei isso até reparar melhor e ver que a criança tem cabelo de menino. Se fosse a Sofia, o desenho teria aquela franja partida, com duas mechas caindo pelo rosto e o rabo de cavalo no alto da cabeça.

Então tá. Por que a Sofia iria desenhar a família dela sem incluir a si mesma? Então pensei em duas coisas:

1 – O desenho não foi feito por ela. Lembram da parte onde ela fala onde ela fala “eu e o homem de branco”? Por que ela não disse “eu e meu pai”? E por que ela sempre desconversa quando o Chico pergunta sobre os pais dela?
2 – O desenho pode ter sido feito pelo menino, não por ela. Aí vem outra intrigante e instigante pergunta: como o desenho foi parar nas mãos dela?

A alternativa mais fácil é pensar que o menino seria o irmão mais novo dela, que ainda está doente. Talvez seja por isso que ela esteja contando com a ajuda do Chico, para ajudar o homem de branco a salvar o menino. Só que ainda tem algumas peças soltas. Por que ela iria querer salvar o menino?

Como falei antes, se fosse a família dela, ela estaria incluída no desenho também. Mas aparentemente não está porque a criança não parece com ela.

Então quem é a Sofia e por que esforça tanto para ajudar essa família? Porque está sem memória? A tal luz que ela tinha visto era só do farol do carro do Chico ou seria algo mais? Então vem minha teoria maluca:

Lembram quando foi levantada a hipótese de ela ser um fantasma? Pois é. E se ela for mesmo um fantasma? E se ela for, na verdade, a mulher do desenho que foi feita com asas de anjo? Acompanhem.

Era uma vez uma família feliz com um casal e um filho pequeno. Mas a mãe e o filho adoecem e o pai tenta desesperadamente encontrar a cura. Só que a mulher acaba morrendo, sobrando somente o menino. Esse pai trabalha para uma organização poderosa que financia sua pesquisa e ele trabalha para salvar o que restou da família sem saber que na verdade está trabalhando para uma organização bem sinistra. Lembrem do tal olho-que-tudo-vê.

Essa mulher que morreu deve ter chegado no outro lado e visto o perigo que seu marido e filho estavam passando e por isso resolveu voltar para ajudá-los. Só que por ter morrido, sabe lá o que aconteceu, ela deve ter perdido a memória de quem foi em vida, por isso a Sofia só estava lembrando de alguns fragmentos. O desenho que ela carregava na mochila devia ser do filho dela que ela pegou por alguma razão.  

Tá, mas por que ela voltou como uma criança? É um pequeno furo difícil de resolver. Talvez para ter mais facilidade em conseguir ajuda, já que as pessoas tendem a ter mais compaixão por uma criança do que por um adulto. Por outro lado, ficou subtendido que ela estava procurando especificamente pelo Chico e nós sabemos que ele a teria ajudado mesmo sendo adulta.

Talvez ela tenha sido transformada em criança porque perdeu a memória e esqueceu de quem era, não sei. Ou simplesmente não é a mulher do desenho no fim das contas. Talvez a irmã mais velha do menino que morreu antes de ele nascer e por isso o garoto não a incluiu no desenho porque não a conhecia. Ou alguma entidade interessada em proteger a família.

Tudo isso, claro, supondo que ela seja um fantasma. No fim das contas ela pode ser humana mesmo.

Outros leitores também observaram coisas interessantes:




Eu nem tinha percebido o lance de ler de trás para frente. E já tinha esquecido da CBM 23, que eu li meio na pressa e não pude prestar atenção a muitos detalhes. Pelo visto essa tal Savert tem mais mistérios do que aparenta. Quer dizer, na ed. 23 tinha uma criatura trevosa trabalhando para ela, então sabe-se lá o que eles andam escondendo? A ed. 26 tem tudo para não ser só uma história de zumbi (que na verdade nem são zumbis mesmo). 

Outro detalhe que perceberam é que parece ter um errinho no desenho da Sofia:  



Pode ser apenas o volume da blusa, mas realmente ficou estranho. 
Geralmente eu não costumo fazer teorias sobre as histórias do Chico, mas essa foi bem interessante, não acham?


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Nostalgia: Ed. 09 - O príncipe perfeito

12:00 8 Comentários



Meldels, parece que finalmente saiu a animação da TMJ. Quando vi, nem acreditei. Pensei que fosse só o anúncio, sei lá. Então eu resolvi fazer uma crítica da ed. 9 – o príncipe perfeito, antes de comentar a animação.

Essa história foi bem lá no início da TMJ, edição 9. Bem antiga mesmo, né? Até os traços eram diferentes.

Tudo começou quando a escola resolveu fazer uma apresentação de Romeu e Julieta. Como queria ser a Julieta, Mônica resolveu fazer o teste junto com o Cebola, que como era de se esperar, chegou atrasado porque estava jogando. Sim, Cebola fazendo cebolice desde sempre. Por causa disso, a Carmem ficou com o papel de Julieta enquanto a Mônica terminou furiosa com as mancadas do Cebola, desejando que ele fosse diferente.

Nessa edição a gente já vê que o relacionamento entre eles sempre foi complicado e sem nenhuma perspectiva de melhorar. A Magali já tinha percebido isso há bastante tempo: que o Cebola era vacilão por natureza, então a Mônica tinha que aceitar ou pular fora.

Afinal, o relacionamento entre os dois estava meio que no início, talvez saindo da fase em que ela dava coelhadas para começar a adolescência. Então ele ainda devia ter algum medo dela, sei lá.

Por causa desse incidente, os dois se afastaram. Mônica porque ficou chateada e ao tentar fazer as pazes, ele fugiu. E ele por medo, já que ainda vivia com a cabeça no passado e não percebeu que ela tinha crescido.

Então aparece o Toni, um garoto aparentemente perfeito em todos os aspectos. Ótimo aluno, excelente atleta, se dava bem com todo mundo e era gentil com a Mônica. Engraçado o Cebola ter ficado tão desconfortável com essa última parte. Acho que a cabeça dele não conseguia entender que era possível um rapaz não ter medo da Mônica. Sim, ainda ia levar muito, mas muito tempo até que ele enxergasse que a Mônica tinha crescido e superado muitos defeitos.

E, claro, ele estava com ciúmes. Aos poucos os sentimentos deles estavam sendo definidos e fortalecendo, superando as brigas da infância e gradualmente saindo da fase de amizade para entrar na de eterna enrolação.

Bom, confesso que eu realmente fiquei meio que com o pé atrás com o Toni quando li essa história. Não por suspeitar da perfeição dele em si, mas por saber que quando algo é bom demais para ser verdade em uma história, geralmente é. Estava só esperando a hora em que o Toni ia revelar sua verdadeira face.

Mas até que foi engraçado ver o Cebola tomando meio que um susto ao ver que era possível a Mônica se interessar por outro rapaz e tentando fazer algo para mostrar que ele não era tão perfeito assim só para ver se ela o deixava de lado. Claro que os planos foram meio infantis, mas vá lá. Valeu a intenção.  

As coisas entre eles ficaram bem tensas em determinado momento quando ele chegou atrasado e acabou sendo substituído pelo Toni. Nessa hora, a Mônica foi bem dura com ele e eu achei que foi merecido. Sim, ele precisava cair na real. E tem uma frase dela que eu achei ótima e acho que agora vemos o quanto ela faz sentido:

“E se ele não mostra interesse, não pode ficar chateado por ser substituído.”

Seria algum tipo de profecia? Quem sabe?

Numa reviravolta (bem esperada, eu diria), Mônica acabou ficando com o papel de Julieta e Toni de Romeu. E Cebola com cara de quem chupou limão. Só que no fim da peça o Toni acabou se revelando e então descobrimos que ele não era um personagem novo e sim o primeiro a retornar dos gibis (além da turma): o Tonhão da rua de baixo. Sim, eu nem imaginava isso.

Ele queria se vingar da Mônica pelas surras que tinha levado (outro rancoroso), mas seu plano falhou porque Cebola descobriu tudo. Então o Toni se dá mal, Mônica faz as pazes com o Cebola e tudo termina bem.

O que eu gostei na história foram os diálogos. A conversa da Mônica com o Toni sobre a palhaçada que ele tinha feito, de que não era necessário tudo aquilo porque só bastava conversar, foi muito boa. Acho que ela devia ter falado algo parecido com o Cebola também para ver se ele refletia um pouco sobre essa neura em derrotá-la.

Sem falar que ela sempre reconheceu seus defeitos quando questionou se merecia um príncipe perfeito, já que ela tinha muitas falhas e não podia exigir perfeição de ninguém. Já o Cebola mostrou muita maturidade ao criticar a atitude do Toni. Afinal, ele também levou coelhada a vida inteira e não partiu para a vingança como o Toni tinha feito. Se bem que ficou com aquela eterna neura em derrotá-la e isso causou sofrimento para ambos, mas é outra história.

E foi interessante o que o Cebola tinha falado com o Toni sobre confundir os sentimentos, só que isso acabou trazendo um efeito colateral que ia lhe dar dor de cabeça no futuro: no fim, Toni descobriu que gostava da Mônica.

O Toni começou como um Zé ruela fingido que só queria derrotar a Mônica. Eu achei que ele nunca mais fosse aparecer, mas depois foi aparecendo em outras edições. No início era só um vacilão, mas aos poucos foi se consolidando como vilão, cafajeste, machista, tosco, grosso, etc. etc. etc. A personalidade dele mudou um pouco, ele deixou de lado o lance de príncipe perfeito e foi aceitando sua fama de mau.

A relação dele com os estudos também mudou muito já que na ed. 9 ele era excelente aluno e na 86 tinha a maior preguiça de estudar e estava sempre enrolando. Ninguém na sala, tirando o DC, queria fazer trabalho com ele.

Nessa história vemos que o relacionamento da Mônica com o Cebola vai caminhando aos poucos, um vai tomando mais consciência do que sente pelo outro mas nenhum dos dois toma uma atitude. Mônica espera que ele faça alguma coisa, mas o Cebola ainda tem aquela neura por causa do passado e não consegue superar (acho que até hoje não conseguiu).

Lembram quando a Mônica disse que se o Cebola não tinha interesse, não podia importar em ser substituído? Engraçado que na época a gente achava que ela estava meio que falando do Toni, tipo substituir o Cebola por ele, que mostrava mais interesse e comprometimento. Mas...

Agora fico pensando com meus botões... será que naquela época eles já não tinham planos de fazer a Mônica desistir do Cebola e ficar com o DC? No início, eu pensei que o namoro da Mônica com o DC fosse apenas porque todo mundo já estava de saco cheio do eterno chove e não molha do Cebola, mas não queriam decidir as coisas tão cedo. Afinal, eles só tinham duas alternativas: continuar com a eterna enrolação (e desagradar os fãs até que ninguém agüentasse mais e parasse de comprar a revista) ou dar um jeito de reatar o namoro deles. Só que nenhuma das duas alternativas era viável.

A primeira por motivos óbvios e a segunda porque é o eterno drama deles que, em parte, faz com que os leitores continuem comprando revistas. Se o drama acabar, o que sobra? Daí decidiram fazer com que a Mônica desistisse do Cebola e ficasse com o DC e assim ganhariam mais tempo.

Só que lendo essa frase fiquei pensando se eles já não tinham isso em mente desde o início. Afinal, o sentimento do DC não surgiu da noite para o dia. Apesar de não ter recebido o devido destaque, já que o DC só mostrava gostar da Mônica uma vez na vida e outra na morte, dá para ver que já era um sentimento mais antigo. Talvez não tanto quanto o do Cebola, mas ainda assim já tinha bastante tempo.

A gente pensava que era só para fazer triangulo amoroso, mas quem sabe eles já não tinham a intenção de juntar os dois? É só uma teoria, não sei. Pode ser que tenham decidido isso de repente, já que o Emerson tinha sido pego de surpresa e acabou tendo que mudar algumas coisas de Umbra. Ainda assim é para se pensar.

Bom, eu resolvi fazer a crítica por causa da animação da TMJ que finalmente saiu (eu pensei que ia ser para 2020, por aí).

Não vou falar muita coisa porque acho que é o primeiro episódio e espero que vá melhorando com o tempo porque esse ficou bem ruinzinho e sei que podia ter sido melhor.

A história foi dividida em várias partes e eles alteraram algumas coisas, cortaram outras e mudaram a seqüência de alguns acontecimentos, o que eu achei uma pena. Mas entendo que para televisão tem que adaptar alguma coisa mesmo. Pelo menos as vozes ficaram boas.

Agora, fico imaginando se algum dia farão a animação de sombras do passado, Umbra ou festa na praia. Será que vão fazer com herdeiros da Terra também? Mal posso esperar! Ou então a estranha história de Sarah, a saga do circo macabro... tem muita história boa que eu gostaria de ver sendo animada, espero que eles façam com todas, mas estou com algumas dúvidas, afinal eles começaram na ed. 9 e pularam as outras não sei porque. Deviam começar desde o início mesmo. Vamos ver como a animação evolui. Tomara que dêem continuidade. 

Para finalizar,  tem duas imagens que eu tinha feito com a capa a um tempo atrás. Eu adaptei a capa com o Cebola e o DC, não sei se alguém se lembra. Aqui tem a imagem com o DC. Os pngs estão na galeria.


Aqui também tem a crítica feita pelo Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:


domingo, 25 de outubro de 2015

CBM#25: Zona de Contágio - Críticas

18:25 9 Comentários



E aí, beleza? Hora de fazer a crítica da ed. 25 da CBM. O que acharam da história? Eu adorei.

Foi tensa, movimentada e com algumas referencias a filmes e séries. Aliás, a história foi animada praticamente desde o começo, com o pessoal batendo papo dentro dos carros, tensão entre Rosinha e Chico por causa da Fran (que está se tornando um pé no saco), Zé Lelé se entendendo bem com os rapazes...

E a piada do Jácomo sendo um zumbi que ao invés de cérebro prefere um dogão também foi muito legal e também um prelúdio do que estava por acontecer.

Bem... a história me lembrou a série the walking dead e também o filme guerra mundial Z. Acho que o roteirista pegou elementos dos dois.

A semelhança com TWD vem da jornada do Chico e da Sofia juntos pela estrada tentando fugir dos zumbis e encontrar a Rosinha. A série foca nessa caminhada de sobrevivência, lutando um dia de cada vez para se manter vivo em meio a uma multidão de zumbis que vem de todos os lados.

Mas também vi elementos do filme guerra mundial Z.

 1 – Os zumbis não comem gente. Eles apenas perseguem as vítimas para transmitir o vírus e fazem isso através da mordida. Depois que mordem, vão embora e quando a pessoa já está infectada, eles a ignoram.
2 – A infecção é rápida tal qual acontece no filme. Em TWD pode levar até dias até que a pessoa morra e vire um zumbi. Em guerra mundial Z, é coisa de poucos minutos e dependendo do caso, alguns segundos.
3 – Em determinada parte da história, vemos ampolas onde está escrito Z-Vírus.
4 – Os zumbis são atraídos pelo cheiro do medo das pessoas, enquanto no filme são atraídos por som. O ponto em comum é que alguma coisa os atrai, mas o roteirista deve ter feito diferente para não parecer uma imitação.

As principais semelhanças com o filme são essas. Eu falo sobre esse filme aqui: Guerra Mundial Z quem quiser, pode dar uma olhada.

No filme, o galã acaba resolvendo tudo, então acho que o Chico também irá salvar o dia, como sempre.

Outro detalhe no filme (foi mal o spoiler) é que os zumbis ignoravam pessoas doentes ou muito feridas e no final usaram isso para inventar uma vacina que funcionava como camuflagem que fazia com que a pessoa parecesse estar doente. Mas não acho que vão usar isso na história, seria muita imitação.
Eu gostei muito do andamento, sempre dinâmico e movimentado. De um lado, Chico encontrou uma garotinha assustada no início, mas que depois se mostrou corajosa e de personalidade muito forte. A discussão deles sobre voltar para pegar o ursinho foi muito engraçada. Tipo, o Chico se fez de mandão e segundos depois estava se contorcendo na janela do banheiro para pegar o ursinho. E ainda teve que pedir desculpas para que a Sofia o salvasse.

A menina é meio pentelha, mas ao mesmo tempo é forte, tem personalidade e parece que sabe de alguma coisa, mas sua memória foi bloqueada pelo trauma. Só ficou aquele papel que o Chico tinha achado na mochila dele com o desenho dela com os pais e aquele olho misterioso.

A propósito, vocês notaram que o desenho da mãe dela tem asas de anjo? E que o tal ursinho aparece entre elas? Isso pode significar que a mãe da Sofia morreu e que o ursinho Bilu foi um presente dela, por isso a Sofia tinha tanto apego por ele.

Seu pai pode ser o típico viúvo que perde a esposa e se afunda no trabalho para esquecer a dor, por isso se comprometeu tanto com aquele laboratório. Quando começou a infecção, ele deve ter ajudado a filha escapar na esperança de que a praga fosse contida lá dentro e não saísse para o exterior. Assim ela estaria salva. Mas algo deve ter dado errado e o vírus se espalhou. Ou então ela escapou sozinha, não sei.

Outro detalhe é o tal “olho-que-tudo-vê” que é um dos símbolos dos Ilumminati. Para quem não sabe, Illuminati é o nome de um grupo secreto que tem como objetivo dominar o mundo através da fundação de uma Nova Ordem Mundial. Há várias teorias sobre eles, umas negando, outras comprovando. Quem quiser saber mais, tem muito material pela net afora. Acredita-se que eles são um grupo muito grande e poderoso, que tem muita influência e controla muitas coisas, por isso o tal olho que tudo vê. Outro detalhe é que esse olho é também símbolo da maçonaria, porque eles acreditam que estão sendo sempre vistos por alguém.

Deve ser tipo uma brincadeira com as teorias da conspiração que muita gente acredita. E também um ótimo símbolo para uma corporação poderosa e influente como essa tal de Savert deve ser.

De outro lado, temos Rosinha liderando os rapazes para procurar o Chico. Impressionante como ela foi forte e inteligente, mas ao mesmo tempo usou charme e meiguice para levar o guarda e o motorista do caminhão na conversa. Quem resiste toda aquela seduzência?

Legal foi que graças a ela, eles conseguiram entrar no laboratório. Uma pena ela ter sido infectada depois, mas acho que foi para dar mais drama a história. Aposto que o Chico vai ficar de coração partido quando ver que ela foi transformada em zumbi. E a cara de zumbi dela ficou realmente muito boa, deu até um medinho!

O laboratório todo destruído já respondeu uma parte do mistério: uma experiência deu errado e o vírus saiu se espalhando para todo lado. Só não sabemos que tipo de experiência era aquela e porque fizeram aquele vírus maluco.

A história acaba com os rapazes contendo a Rosinha para ela não infectar mais ninguém enquanto Chico e Sofia estão presos no carro com uma horda de zumbis ao redor. A próxima edição será a conclusão da saga e mal posso esperar.

Zumbi não é o meu gênero preferido, mas de vez em quando, uma vez ou outra, eu gosto. Eu adorei o filme guerra mundial Z porque saiu um pouco do clichê de zumbis comedores de gente. E por algum tempo também assisti TWD, apesar de ter perdido o interesse lá pela quarta temporada. Sei lá, acabou perdendo a graça.

Mas eu não sei se os infectados dessa história podem ser chamados de zumbis. Normalmente zumbis são mortos que andam e nessa história as pessoas infectadas ainda devem estar vivas e o vírus pode ser curado. Tem que ser assim porque senão a Rosinha vai morrer de vez. E é uma história do Chico Moço, né? Tem que ter final feliz onde tudo se resolve, os infectados são curados, Sofia reencontra seu pai, o laboratório é fechado, a experiência nunca mais será retomada e a turma continua seu caminho para Vila Abobrinha.

Agora, cá entre nós... é impressão minha ou a Rosinha tem andado muito zicada ultimamente? Primeiro ela é esfaqueada na ed. 18, depois passa mais da metade da ed. 21 morrendo. Aí vem a história dos herdeiros da Terra onde ela engole sombra líquida e é levada embora para o planeta Tumba. E agora foi zumbificada.

Querem saber? Eu até que estou gostando. Calma, não sou sádica e não quero o mal da Rosinha. O que eu estou gostando é de vê-la sendo mais atuante e não somente como a personagem bonitinha cuja única função é ser namorada do Chico. Apesar de tudo, ela tem se mostrado forte, ativa e inteligente ao longo das edições e estou adorando ver isso. Eu sei que o foco das histórias é o Chico, mas acho que ela merece mais protagonismo também.  

Sei que não devia estar falando assim, mas a diferença entre ela e a Fran até agora é gritante. Rosinha é forte e corajosa enquanto Fran é fraca, chorona e mimizenta. Mas até que seria bom se as duas deixassem essa briguinha por causa do Chico de lado e se tornassem amigas. Mulher não tem que ficar estapeando uma com a outra por causa de homem. Elas precisam entender que não compensa perder a dignidade nem mesmo por um rapaz como o Chico.  

Bom, essa foi a crítica e confesso que fiquei surpresa porque escrevi mais do que a média da maioria das histórias. Mas foi porque eu realmente gostei da edição, aí acabo tendo mais coisas para falar. Também gostei muito da capa da edição porque ficou bem aquela coisa de terror, especialmente com o Chico de roupa suja com manchas que parecem sangue. Assustador, não? A capa da ed. 26 também ficou ótima e gostei bastante do Chico e da Rosinha querendo ficar juntos, mas sendo separados por causa da praga Zumbi. O desenho até lembra um pouco aquela pintura "a criação de Adão", de Michelangelo. A diferença é que na capa os braços deles estão entrelaçados, mas ainda tem aquela pegada meio barroca. Geralmente vemos as pessoas sendo carregadas por anjos nas pinturas, só que nesse caso são zumbis. A cena até poderia ser romântica por causa da expressão deles e o céu de crepúsculo ao fundo, com o sol brilhando entre as nuvens de fim de tarde.

E vocês repararam que um dos zumbis tem cabelo rosa? Ela meio que parece Atena, mas também pode ser Diana ou a enfermeira bonitinha da TMJ 87. Huahuahua!

Aproveitando o lance dos zumbis, refiz essa imagem do DC todo estropiado da TMJ 86, só que zumbificado e segurando um tomate na mão. Sim, gente. É um tomate. Por quê? Simples: é o DC. Zumbi comedor de carne humana ou cérebro é clichê e nós sabemos que ele odeia os clichês e pretende ser do contra até o final. Então virou um zumbi comedor de tomates, verduras e hortaliças. Sinistro, não? 


 Essas foram as críticas desse mês. Não deixem de conferir a crítica do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem. É sempre bom ver pontos de vista diferentes:


sábado, 24 de outubro de 2015

Zumbi contrariado

11:22 0 Comentários
O que aconteceria se o DC virasse um zumbi? Normalmente zumbis comem carne ou cérebro, então é de se esperar que ele resolva contrariar e ir na direção contrária, certo?

Aqui está o nosso zumbi contrariado num novo quebra-cabeça:



Vocês podem montar o quebra-cabeça aqui: DC Zumbi Contrariado

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

TMJ#87: Emergência Médica - Palpites

20:34 31 Comentários



A capa da TMJ 87 já saiu faz tempo, mas só agora consegui escrever alguma coisa. sabe... confesso que não tenho assim muito o que falar dessa história.

No face o pessoal levantou a teoria de que Cebola e Mônica vão visitar o DC no hospital e então ficam presos ali tentando lidar com uma praga. Basicamente isso.

O tal médico rabugento deve ser o mesmo da ed. 86 que é uma paródia do Dr. House.

E, claro, tem a enfermeira bonitinha do cabelo rosa pela qual o Cebola vai ficar babando feito um mané. Pelo menos desta vez (eu espero) a Mônica não vai se descabelar de ciúmes.

Primeiro: que praga é essa? Algum experimento que deu errado? Algum tratamento que teve efeito colateral nos pacientes e virou uma praga? Ou seria um vírus de computador que evoluiu e adquiriu a capacidade de infectar seres humanos? Eu pensei nisso por causa do robô na capa. O que seria esse robô? Talvez a central de controle do hospital? Ele pode ser uma inteligência artificial encarregada de controlar o sistema do hospital, mas saiu do controle e acabou criando esse vírus que se tornou uma praga.

Ele pode ser uma entidade real e material, ou então pode ser apenas uma imagem dentro do computador (tipo a Diana) que adquiriu inteligência e vontade própria. Pelo menos essa é a alternativa mais óbvia, porque existe a possibilidade de o roteirista ter criado algo diferente e no fim o robô não ser o responsável pela praga e sim alguém tentando contê-la. Quem seria o responsável então?

O segundo suspeito é a enfermeira bonita do cabelo rosa. Eu ainda não sei se ela é humana ou outra inteligência artificial. O mais provável é que seja humana mesmo, talvez uma médica ou enfermeira tentando ajudar a conter o vírus. Mas é claro que fica a possibilidade de ela ter disseminado a praga por algum motivo, talvez uma experiência dela que deu errado ou então foi intencional mesmo, sei lá. De repente ela infectou as pessoas porque queria testar alguma coisa ou achou que estava fazendo algo bom.

Então, Mônica e Cebola vão ter que trabalhar juntos para dar um jeito nessa praga, coisa que o DC não vai gostar muito. Mas é provável que não aconteça assim muita coisa porque a história não é da Petra, então não vai ser dessa vez que a Mônica irá terminar com o DC e voltar para o Cebola. Sorry (SQN).

Ainda assim pode causar alguma tensão entre os dois, já que o DC sabe que a Mônica tem uma longa história com o Cebola e ainda não está acostumado a lidar com os ciúmes. Ele fala que confia nela, mas até onde vai essa confiança? É forte o bastante ver os dois trabalhando juntos e em cumplicidade? E se eles ficarem sozinhos em alguma sala em determinado momento? Será que o Cebola vai tentar algo? O DC vai confiar que realmente não houve nada? Mistéeeerio!

Bom, o desfecho a gente sabe: a praga vai ser contida, descobrirão o verdadeiro culpado, o relacionamento da Mônica com o DC vai ficar mais fortalecido (ou abalado), o Cebola vai sair com cara de quem chupou limão por mais um dia sem conseguir nada com a Mônica, fim.

No início eu até pensei que alguém fosse arrumar uma namorada humana para o Cebola, mas duvido que a médica tenha idade para ficar com ele, apesar de ela ter a aparência jovem. Só mesmo se for uma estagiária, ainda assim ela seria mais velha que ele. Acho que ele vai ficar encalhado por mais um tempo.

À princípio eu tenho esperanças de que não coloquem a Mônica se descabelando de ciúmes por causa da médica. Mas pode acontecer de ela ficar desconfiada e tentar alertar o Cebola, mas ele vai achar que é ciúmes e vai ficar fazendo pirraça, tentando provocá-la, talvez esnobar e no fim irá quebrar a cara e pedir desculpas. É algo que eu gostaria de ver.

Quanto à capa, eu gostei bastante apesar de a cara da Mônica ter ficado assim meio estranha. E mais uma vez temos outra garota misteriosa de cabelo rosa que talvez esconda algum segredo. Sério, não podiam pensar em outra cor para o cabelo dela? Tem sempre que ser rosa? Foi isso que me fez duvidar um pouco de que ela fosse humana. A não ser que seja a Diana com alguma mudança na imagem.

O robô ficou bem legal e aquelas minhocas saindo dele dão um aspecto de que ele infecta as pessoas, espalha vírus, sei lá. Por um instante eu cheguei a pensar que fosse aquele robô que apareceu na ed. 77, mas a cara dele é diferente.

Bem, vamos ver se a história será boa mesmo. Às vezes acontece de eu não dar muita coisa pela história e ela acabar me surpreendendo. Espero que seja esse o caso da ed. 87.

Dessa vez, como é Halloween, eu fiz uma capa, digamos, diferente para o blog. Espero que não fiquem muito assustados. Já tem PNG e quebra-cabeça. Também estou escrevendo uma fanfic para publicar no dia das bruxas. Alguém consegue ter alguma idéia do que seja?


Para quem quiser mais palpites, confira o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:


sábado, 17 de outubro de 2015

TMJ#86: A estranha história de Sarah - Conclusão - Críticas

21:04 30 Comentários

E aqui temos a conclusão da estranha história de Sarah. Que história tensa, não? Pois é!
Não foi só a história principal como também outras pequenas coisas acontecendo ao mesmo tempo, o que enriqueceu o roteiro e não deixou tudo focado numa coisa só. Gosto bastante desse tipo de narrativa.

Mas sabe... confesso que ao ler a história, especialmente a primeira parte, uma coisa me pareceu estranhamente familiar. Então eu pensei, refleti e finalmente me toquei que a história dela tem muitos pontos em comum com um filme que todos devem conhecer ao menos de nome: Edward Mãos de Tesoura. Masoquê? Sim, algumas coisas nessa história me lembraram o filme.

Veja bem:

Edward
Sarah
É diferente de todos por causa das suas mãos.
É diferente por causa das cicatrizes de queimaduras.
Vive isolado.
Se isola dos outros e geralmente foge das pessoas.
Tem uma incrível habilidade com suas mãos que o torna capaz de fazer lindas esculturas com arbustos, gelo e também de cortar cabelos.
Tem uma habilidade sobrenatural de prever o futuro através das cartas de tarô.
Por causa das suas habilidades, passou a ser adorado por todos (e usado por alguns). Ficou famoso, todos queriam seus serviços e por um tempo ele se sentiu aceito e admirado. A família que o adotou passou a ganhar dinheiro à custa dele.
Por causa da sua habilidade de prever o futuro, ela ficou popular na escola, todo mundo lhe procurava para fazer previsões e de certa forma os alunos pareciam mais preocupados na sua habilidade do que na sua amizade propriamente dita. E ela também foi usada pela Denise, que ganhava dinheiro à custa dela.
Quando algo deu errado, todos passaram a virar o rosto para ele e até a hostilizá-lo. Então ele deixou de ser interessante para se tornar um monstro perseguido por todos.
Quando as previsões da Sarah começaram a não dar o resultado que as pessoas queriam, todo mundo ficou de cara virada com ela e uns até brigaram. Então ela deixou de ser interessante e popular.


Assim como Edward, Sarah só queria ser aceita, levar uma vida normal e ter amigos. Mas ela não é igual a todos, não é uma garota dentro dos padrões e isso acaba dificultando sua vida. Ela sabe que é diferente, mas não sabe o que fazer com seu dom, por isso acaba cometendo alguns erros no início da história. Afinal, pela primeira vez ela se sentiu aceita e admirada. Para quem viveu em isolamento por tanto tempo, isso foi uma tentação muito grande. Mas infelizmente a maioria das pessoas que se aproximaram dela eram apenas interesseiras, a começar pela Denise.


Gente, foi mal, mas acho que a Denise só presta nas histórias do Emerson. Nas mãos dos outros roteiristas, ela vira uma fofoqueira fútil e sem respeito por ninguém. Sim, porque até então ela nem falava com a Sarah direito e de repente passou a se achar dona do poder dela, já estava agendando consultas (sem nem perguntar se podia ou não), lhe sobrecarregava e duvido que dava a ela alguma parte do pagamento.

Acho que de amigos de verdade ela só teve a Mônica, DC e Cebola (apesar do medo inicial dele). Especialmente a Mônica, que pelo menos tentava protegê-la dos outros alunos que lhe procuravam para fazer previsões mesmo ela falando que estava cansada.

Sabe, eu achei bem interessante as previsões que a Sarah fez para o Xaveco, Titi e Jeremias. E meldels! O Jeremias apareceu em mais que uma página! Teve mais falas! Nossa, acho que nessa edição ele bateu o recorde em participação nas histórias. Voltando ao assunto, eu não acredito em prever o futuro. Acho que no máximo algumas pessoas mais sensíveis conseguem prever aquilo que tem mais probabilidade de acontecer, mas não é uma ciência exata e nem tem como ser, porque o futuro pode mudar a todo instante.

O problema de uma pessoa ter a capacidade de prever o futuro mais provável é todo mundo achar que ela deve ser capaz de prever tudo. Se acontece qualquer coisa que a pessoa não pode prever, povo já se acha no direito de brigar.

No caso do Xaveco, bem... ele é azarado mesmo, então não havia muito o que a Sarah pudesse fazer. Ela previu uma situação perigosa que podia acontecer no caminho normal dele para casa, mas não tinha como saber que poderia haver mais gente perigosa circulando pelo bairro. Talvez no caso dele fosse algo que não tinha como evitar. Ou então ele devia ter tentado procurar outro caminho, talvez chamar um dos pais para lhe buscar.

O do Jeremias foi bem interessante porque nesse caso tivemos um efeito pigmaleão, ou profecia auto-realizável. É tipo: se achamos que algo vai acontecer, nossa expectativa acaba fazendo com que realmente aconteça. No caso do Jeremias, ele decidiu que não ia fazer nada e foi esta atitude que causou a derrota do seu time.

A previsão da Sarah não estava errada, somente incompleta. Mas é exatamente esse o problema de quem prevê o futuro. É muito raro alguém capaz de fazer previsões completas e com exatidão. Ela não viu o quadro todo, de que o time do Jeremias ia perder caso ele não participasse.

E para piorar, ele ainda colocou a culpa nela sendo que a decisão de não participar do jogo foi dele. A Sarah deu a previsão, mas cabia a ele escolher o que fazer a respeito. Ele poderia ter dado mais motivação ao time, ter se esforçado para ver se mudava alguma coisa, só que decidiu não fazer nada. Então o erro foi dele, não dela.

O caso do Titi, vou ser sincera, me deu um pouco de medo. Pode parecer exagero meu, mas ele se comportou como esses ex-namorados que não se conformam com o fim do namoro e perseguem as mulheres achando que são donos dela. É esse o sentimento que ele tem pela Aninha: de posse. Tanto que se achou no direito de querer brigar com o outro rapaz. Sabe, eu fico preocupada ao ver coisas assim sendo retratadas em revistas porque as garotas podem achar que é normal.

Mas não, gente, isso não é normal. Na vida real, casos assim costumam acabar na morte da mulher. Com essa cena, o Titi mostrou que tem potencial para se tornar agressivo e perigoso. Se hoje ele quis brigar com o rapaz, o que ele vai fazer amanhã? Vai bater na Aninha? Tentar ficar com ela à força? Então toda vez que ela tentar ficar com outro rapaz, ele vai aparecer para brigar e armar barraco? O pior é que ele não entendeu por que ela ficou tão zangada. Sério mesmo? Jura? E depois foi achar ruim com a Sarah como se ela tivesse culpa de algo.

Outro problema enfrentado pela Sarah foi as pessoas acharem que ela também tinha que resolver seus problemas, como no caso do Toni.

Acho que foi por isso que eu acabei lembrando do filme do Edward mãos de tesoura. No início, ele era novidade e todo mundo achou bacana, descolado, era moda. Mas quando as coisas começaram a dar errado, essas mesmas pessoas que o admiravam no início passaram a hostilizá-lo.

Era isso que Victor tentava dizer, mas claro que no início Sarah não deu ouvidos. Falando no Victor, o Emerson acertou em cheio: ele é mesmo um fantasma! Sério, eu nunca teria percebido sozinha. A participação dele foi muito legal nessa história, apesar de ele fazer o tipo misterioso e ninguém conhecer a história dele. E já que a Sarah vai ficar permanente, eu espero que ele também fique e um dia contem a história dele.

Bom, no início tudo parece ficar bem com a Sarah e depois de um tempo tudo começa a desandar a ponto de ela nem querer mais prever o futuro. Só que essa habilidade não estava nas cartas e sim nela mesma. Não tinha como fugir disso. Mesmo depois de ter jogado as cartas fora, ela ainda teve aquele sonho sinistro onde aparecem aqueles olhos raivosos e cheios de sangue culpando-a por algo muito ruim.

Essa parte me deixou muito intrigada, sabe? Quer dizer, no início eu pensei que esses olhos eram do Victor, mas depois eles apareceram num sonho prevendo que algo de ruim ia acontecer com o DC. Só que nesse sonho, a coisa culpava Sarah pelo que tinha acontecido. Aí fica a dúvida:

Aqueles olhos eram só uma imagem ou alegoria dos sonhos da Sarah ou representavam uma entidade real? É viagem na maionese, eu sei, mas poderia ser alguém do passado, talvez de outra vida, que tenha morrido com muita raiva da Sarah. Talvez o Victor. Eu acredito em reencarnação, então para mim não seria nenhum absurdo se eles tivessem se conhecido em uma vida passada e o Victor tivesse morrido porque ela se omitiu ou não soube usar seus poderes.

Depois de um tempo ele deve ter perdoado e decidiu andar junto com ela para ajudá-la. A princípio parece que o sonho era somente por causa do DC e por ela não ter contado o que podia acontecer com ele. Mas tem alguns poréns aí. Ela já tinha falado para Cebola e Mônica sobre a carta da morte e que algo ruim poderia acontecer caso eles continuassem andando com ela. Então o alerta já tinha sido dado.

O sonho aconteceu depois que ela não quis mais fazer previsões e uma voz a culpava por tudo. Só que não faz sentido culpá-la pelo acidente do DC. Qualquer um que atravesse uma avenida movimentada sem olhar para os lados está sujeito a ser atropelado.

Por isso eu deduzi que o sonho não se tratava só de DC e sim de alguma culpa que ela poderia ter no passado, em outra vida, quando deixou alguém morrer porque não quis ou não soube usar seus poderes.

Bom, essa foi minha viagem na maionese, vamos voltar a história. O DC, coitado, se lascou bonito. Acho que namorar com a Mônica dói um bocado. Primeiro foi na história do circo, onde ele foi feito de escravo e até levou algumas chicotadas (se bem que isso foi meio que culpa dele). Depois, em herdeiros da Terra, ele foi raptado pelos aliens do planeta Tumba, feito de cobaia, torturado e deixado pendurado com correntes estilos Hellraiser (isso foi culpa dele também). Agora ele foi atropelado. Será que a Denise está certa? Será que a Mônica só traz zica? Hahaha, só estou zoando, gente. Acho que não tem nada a ver com a Mônica. Ele só tá aparecendo um pouco mais, então é normal que mais coisas boas (e ruins) aconteçam com ele. 

Como é necessário algum drama na história, ele precisou de um tipo muito raro de sangue. E sim, gente, O negativo é super raro. Uma pessoa que tem esse sangue pode doar para todo mundo, mas só pode receber de quem tem do mesmo tipo. Sangue de RH negativo já é raro, o tipo O negativo é mais raro ainda. Sério, o DC tem mesmo que ser diferente em tudo? Nossa! A Mônica ralou um monte para conseguir sangue para ele e não conseguiu.

A ajuda só veio da pessoa mais improvável de todas. Ou não tão improvável assim, né? Tinha que ter alguma situação em que o Cebola faz algo para ajudar o DC. Mas antes, vocês repararam como o safadenho tentou se fazer de dengoso para consolar a Mônica? Sei lá, pela expressão dele não me pareceu que ele só queria oferecer o ombro amigo. Pelo menos dessa vez o roteirista fez a Mônica tomar a atitude certa: se afastar. O DC confia nela e não tem crises de ciúme, tanto que ficou de boa mesmo vendo os dois de mãos dadas, mas é sempre bom não abusar.

E para a surpresa geral, ele tinha o mesmo sangue que o Cebola, numa grande coincidência, e acabou fazendo a doação. É a primeira vez que ficamos sabendo da idade do Cebola desde a ed. 48. Esse lance de idade da turma é uma baita maçaroca, porque se formos contar pelas histórias do Emerson, o Cebola teria uns 17 anos, não quase 16. Tá, tá, não vamos pensar nisso.

Tudo terminou bem. O DC recebeu sangue, sobreviveu ao acidente, ficou com a Mônica ao lado dele toda cheia de dengo e o Cebola conseguiu reconquistar a confiança dela, ganhando muitos pontos que podem ser úteis no futuro.

A Sarah finalmente entendeu o propósito dela e como usar seus poderes sabiamente e ficou numa boa com o Victor. No fim, ele deu a entender que ela ainda ia descobrir mais sobre seus poderes com a ajuda dos amigos.

Interessante esse final e eu fiquei pensando... a Sarah sabe ou não que o Victor é um espírito? Quer dizer, ela conversa com ele como se fosse uma pessoa de carne e osso sem importar se os outros olham atravessado. E quando o Cebola diz que ela estava falando sozinha e ela respondeu que não, ficou parecendo que ela sabia sim que o Victor é um fantasma.

Se ela não soubesse, deveria ter estranhado as pessoas a olharem atravessado quando ela conversa com o Victor na rua. E o teria apresentado ao Cebola também, o que não aconteceu. Se ela não fez isso, então devia saber que ele é um espírito. Por outro lado, ele deu a entender que ela não sabia de todos os seus poderes ainda, o que pode ser uma pista de que ela também não sabe quem ele é.  

Ainda falando no Victor, confesso que eu o achei um tanto fatalista por acreditar em destino e dizer que não se pode ir contra ele. Eu não acredito em destino, acredito em possibilidades. Umas são mais possíveis do que as outras e podem mudar a qualquer instante. Não acho que nossa vida já esteja escrita no mármore e que nada possa ser mudado.

Outra coisa que achei muito legal na história foi a tensão entre Cascão, Cascuda e Magali. Repararam na fala da Cascuda dizendo que a Sarah não era a única a ter premonições. Será que isso é uma indicação de que o namoro do Cascão vai acabar no futuro e ele irá ficar com a Magali? O mais interessante é que ele parecia mais preocupado em saber quando sua perna ia sarar do que em resolver as coisas com a namorada dele. Já vi que isso vai render bastante no futuro e tomara que renda mesmo. Se bem que eu prefiro a Magali com o rapaz da história Reencarnação.

Sei lá, o Cascão é muito avoado para ela, que gosta de receber mais atenção. Sem falar que ele precisa de alguém com pulso firme ou não vai a lugar nenhum e Magali não é do tipo que pega no pé. A Cascuda é mais indicada para ele. Bem, vamos ver no que vai dar, certo?

Essa foi minha crítica. Sim, escrevi um texto enorme e muita gente deve estar até com medo de ler. Eu também fiz um desenho do Victor, tem Png e quebra-cabeça. Espero que gostem!



Para ouvir outra opinião, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

CBM#24: Câmera na mão - Críticas

19:54 4 Comentários


Ultimamente estava assim meio desanimada de ler a CBM. As histórias não me empolgam, não é aquela coisa de ir lendo sem perceber as páginas passando. A história desse mês não chegou a me dar essa sensação, mas posso dizer que a história foi boa.

Pelo menos mostrou algo diferente ao contar a história sob o ponto de vista de uma câmera, como algo que estava sendo assistido depois que tudo aconteceu.

Teve suspense, um pouco de mistério (o que eram aqueles bichos estranhos?) e até deu um pouquinho de medo do pessoal andando no meio do escuro. Sim, eu tenho medo de escuro.

O Vespa, como sempre, estava um chato. Mas acho que gostamos dele assim, né? Especialmente quando ele implica ainda mais com o Chico por causa da Fran. E até que a participação dele na história foi legal, especialmente na parte onde ele foi transformado em bicho e mesmo assim se preocupou em manter a Fran segura. Por outro lado, não foi explicado direito por que a picada de um dos bichos o transformou naquela coisa bizarra e nem como ele conseguiu voltar ao normal.

O clima foi um pouco de filme de terror, com os personagens sumindo um a um. Bem, até aí nada de novo. Eles morrem de medo, gritam, correm, procuram pelos desaparecidos, o Chico se desespera pensando que não vai conseguir salvar os amigos e no fim descobrem o mistério dos bichos estranhos, encontram o ninho, mata todos com água (devem ter o DNA do Cascão) e fim. Todos escapam com vida, felizes e contentes com um belo vídeo na mão.

Pelo menos o final foi engraçadinho com o Vespa chamando o Chico pelo nome. Será que existe chance de a treta acabar? Por um lado seria legal, mas por outro o Chico meio que precisa de um bom antagonista, ainda que não seja inimigo declarado.

Eu sei que o Vespa é meio Zé ruela, mas eu até que estou torcendo por ele, apesar de não gostar da Fran. Muito chatinha, cheia de nhenhenhe e ainda por cima desrespeita o Chico. Mas vá lá, de repente podem formar um belo casal.

A próxima ed. é com zumbis, o que eu adoro. Ainda não tive a chance de ler, mas quando puder eu faço a crítica. Aposto que a história vai ser ainda melhor, já que a ed. 24 não me deixou assim muito inspirada. Já a 25 promete uma boa história. Claro que não será nos moldes de the walkind dead, mas ainda assim teremos uma boa história. E pelo que sei, é de duas partes, o que adoro porque sagas costumam ser melhores.

Eu já li a ed. 86 da TMJ, só que o tempo foi passando e eu esqueci (pois é, esqueci) de fazer a crítica. Vou ver se publico amanhã.

Para quem quiser outra opinião sobre a ed. 24, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem: