domingo, 29 de novembro de 2015

CBM#26: Zona de Contágio Parte 2 - Críticas



Hora da crítica! Sim, eu sei que estou atrasada. Mas tem hora que me bate aquele bloqueio para escrever e aí não tem jeito. Vamos ver se consigo soltar alguma coisa desta ed. que foi excelente a meu ver. Eu pensei que fosse difícil outra história no mesmo nível que a aventura no pantanal e fico feliz que tenham conseguido outra tão boa quanto. Oficial: as histórias da CBM ficam melhores quando divididas em sagas.

Esta história foi a continuação da anterior. Chico e Sofia andavam pela cidade a procura da Rosinha e fugindo dos zumbis. Foi algo meio The Walking Dead, mas sem pessoas sendo devoradas vivas pelos zumbis, que nessa história são chamados de infectados porque não estavam mortos. Houve também uma pitadinha de Guerra Mundial Z, que eu gostei bastante.

Eu particularmente adorei a história, sério. Realmente gostei. Teve drama, mistério, foi bem tenso quando a Rosinha foi infectada e mais tenso ainda quando Chico a viu naquela situação.

A relação do Chico com a Sofia começou meio conturbada, mas foi melhorando e se fortalecendo ao longo do caminho, apesar de algumas discussões aqui e ali entre eles. Uma das maiores razões é o jeito muito certinho dele, com o qual ela implicou. Mesmo em situações extremas, ele não perdia aquela pose de bom moço.
Uma surpresa para mim foi terem desenhado vários roteiristas da TMJ vivendo o papel de bandidos, ou baderneiros. Teve o Emerson, Flávio, Petra, Cassaro e Wagner. Sério, eu não reconheci nenhum quando vi na primeira vez. Nem o Emerson que estava super na cara com a barbicha, bigode e chapéu. Sim, essa minha eterna mania de olhar mais os balões que as imagens. E nessa história eles foram bem cruéis, mas gostei assim. Tempos de crise podem despertar o melhor nas pessoas e o pior também. E como não tem polícia, nem lei, tem gente que pode ficar até pior que os zumbis (no caso, os infectados).

Desta vez os bandidos também não a viram e aí comecei a ficar desconfiada de que ela fosse mesmo um fantasma.   

Parece que nesta história o roteirista quis criticar um pouco o jeito de eterno bonzinho do Chico. Na discussão dele com a Sofia por ter espiado a mochila dela isso é mostrado quando por causa de algo bobo ele ficou muito chateado, sofrendo por antecipação.

Um momento que para mim foi de bastante tensão foi quando o Chico viu o funcionário da Savert dentro da lanchonete e entrou para tirar as chaves dele. Depois de um tempo ele saiu com uma expressão muito séria, calado e pouco disposto a falar. O que será que aconteceu de verdade? Muita gente deve ter ficado na dúvida, certo? Será que ele matou o funcionário ou conseguiu tirar as chaves dele sem machucá-lo? Parece que o roteirista decidiu deixar essa parte para a nossa interpretação, então acho que no momento não há resposta certa.

Por um lado, o Chico parecia muito aborrecido, sério demais. E este episódio aconteceu logo depois de ele ter sido criticado por sua postura muito certinha. Talvez, num momento de desespero, ele tenha mesmo matado o sujeito. E se matou? Será que acabou aí ou isto vai voltar para assombrá-lo no futuro?

Porém... ele falou que não fez isto. Ele pode ter sido meio mentiroso na infância, mas acredito que tenha se tornado mais sincero depois de adulto.

Enquanto Chico e Sofia tentam sobreviver, o resto da turma estava no centro de pesquisa tentando ajudar a encontrar a cura, o que não estava nada fácil. Nessa parte nós tivemos mais informações sobre os infectados e as explicações foram boas: conseguiram ser “científicas” sem serem chatas. Eu não sei que tipo de maluco iria criar algo para deixar soldados mais agressivos, sem compaixão e loucos por sangue, mas não ficaria surpresa se existisse uma pesquisa assim na vida real. Aos poucos o mistério foi descortinando, apesar de o pesquisador parecer esconder alguma coisa.

Eu achei muita graça quando o Zé e o Bombeta foram buscar o material necessário. Eles deram um ótimo alívio cômico para a história e acho que deveriam atuar mais juntos futuramente porque ficaram hilários. Sério, eu rachei de rir quando o Zé tentou imitar um zumbi por causa da cara que ele fez. E talvez o disfarce tivesse funcionado se o Bombeta não estragasse tudo. Essa passagem até lembrou um pouco o TWD, quando Rick e Glen se disfarçaram de zumbis, só que nesse caso eles tomaram banho de sangue e se enrolaram com tripas. Funcionou por um tempo, mas aí choveu e estragou tudo.

Voltando a história, ainda havia um mistério sobre o tal paciente zero, já que o doutor só tinha revelado sobre um deles. Então vem o entrelaçamento de eventos que ficou lindo e muito bem feito. No exato momento em que o doutor ia mostrar ao pessoal quem estava por detrás de uma cortina, a cena é cortada e mostram o Chico e a Sofia andando num belo campo de flores.

O momento que eles passaram juntos foi tão fofo e pacífico, como se tudo estivesse muito bem. Então começa a parte triste. Finalmente Sofia se lembra de tudo, de onde veio, como foi encontrar o Chico.

Depois veio aquela confusão, do carro aparecendo do nada e tirando o Chico dali enquanto uma horda de infectados passava pela Sofia sem nem olhar para ela. Esta cena também foi muito bonita porque ela sorria para ele, pois já sabia de tudo e acreditava que aquilo ia ter um final feliz.

Eu tive que reler esta parte mais de uma vez porque a seqüência de eventos foi bem rápida, quase frenética. Num segundo Chico estava no campo de flores, em outro dentro de um avião. O corte foi incrível, tipo uma montanha russa emocional. Momento de cala numa página, tensão nas páginas seguintes.

Outra coisa de que gostei na história é a forma como o mistério foi sendo revelado aos poucos, partes por vez. A última parte que faltava foi revelada quando Chico chegou ao laboratório e pode falar com o doutor, que já imaginávamos ser o pai de Sofia.

Um leitor do blog sugeriu que Sofia poderia estar em coma e a menina que estava andando com o Chico era o espírito dela. Sabe... na hora eu nem acreditei muito, mas não é que acertou? Eu falei sobre isto neste post:

Pois é. O mistério foi revelado e realmente surpreendeu. Eu achava que ela também tinha morrido infectada junto com a mãe e que talvez houvesse um irmão mais novo no laboratório tentando se recuperar. Algo assim. È que a criança do desenho realmente não ficou parecida com ela, por isso me confundi.

Também gostei do choque entre o Chico e o doutor, muito cético e acostumado apenas com o que podia ver e comprovar, por isso ele não acreditou quando o Chico falou que esteve com a filha dele, mas aos poucos suas crenças foram desmontadas e ele teve que enxergar a realidade. Ainda mais depois que o Chico tinha falado para ele lhe ver como era realmente.

A partir daí foi tudo tranqüilo. O médico examinou o sangue do Chico, encontrou a cura, salvou os infectados esguichando remédio neles (essa parte é que ficou meio exagerada para mim, mas entendo que foi necessária) e tudo terminou bem. Ou quase bem.

A parte triste é quando Sofia morre. É a primeira vez que isso acontece na CBM e achei bem triste mesmo. Triste, porém necessário. O Chico sempre acha que pode salvar a todos e desta vez precisou aceitar que algumas coisas são inevitáveis, como a Rosinha disse. O apoio dela foi bem tocante, achei lindo a postura tranqüila e madura naquele momento de aflição dele. Pelo menos ele pode encontrar um pouco de paz quando viu Sofia no campo de flores com a mãe dela. Está provado que o Chico tem mesmo sensibilidade para ver essas coisas. Nem deveria ficar surpresa, já que ele vê seres do outro mundo desde criança. A Rosinha também via, mas pode ter perdido essa capacidade a medida que foi crescendo.

Então começa o mistério quando uma limusine passa perto dele e vemos alguém familiar dentro dela: aquele careca malvadão da ed. 23.

Sabe, quando li a ed. 23 não tinha dado muita coisa por ela porque não sabia que era o começo do que pode ser a mega-saga da CBM. Gente, já pensou que legal? Temos a grande saga de sombras do passado na TMJ e agora temos essa na CBM! Se for, eu adorei a idéia.

Um mestre trevas que tudo vê (será por isso o olho?), sete príncipes decaídos, o careca malvado que agora quer ser chamado de Escuridão... e ainda temos o sangue do Chico incrementado com cinco elementos que dá um poder misterioso e muito mais! Agora assim fiquei ansiosa para saber como vai ser o resto da história!

Bom, muita gente deve ter associado esses sete príncipes decaídos com os filhos de umbra, mas acho que não tem nada a ver porque são sagas diferentes. A não ser que o Emerson tenha concordado em misturar parte da saga dele com a CBM. Afinal, o Chico apareceu na história dos herdeiros da Terra, então existe uma chancezinha de a Serpente ser o tal mestre chamado de treva. Claro que é só uma hipótese, gente.

O mais provável é que as sagas sejam separadas, cada uma com seu próprio “mestre das trevas malvadão que quer destruir o mundo”, personagens, desenvolvimento, etc. Mas não vou negar que seria bem interessante se esses dois caminhos se encontrassem. Talvez o mestre trevoso seja algum primo da serpente (brincadeira). Vamos ver como isso vai ficar no futuro. Só esperando para saber, certo?

Bem... essa foi minha crítica. Agora vamos esperar a próxima ed. que parece ser sobre um clone que está zanzando pela faculdade e sendo confundido com o Chico. Um clone que faz trabalhos escolares? Queria ter tido um desses nos tempos da faculdade...

Pelo menos não parece um clone maligno, o que de certa forma é uma pena. Embora meio clichê, seria divertido ter um Chico malvado andando por aí e fazendo confusão para o lado do Chico bonzinho.

Uma coisa que me ocorreu foi que essa história podia ser uma adaptação do príncipe e o mendigo e que talvez o sósia do Chico podia ser um riquinho cansado de ser rico tentando experimentar a vida de pobre ralando todo dia para viver, mas mudei de idéia quando esse clone do Chico entregou um trabalho da faculdade no nome dele. Quem seria esse outro Chico?

Lembram do primeiro crossover do Chico com a turma? Eles viajaram no tempo e o Chico viu a versão dele do passado. Será que ficaram dois Chicos no mesmo tempo e um deles ainda não tinha ido embora? Se sim, por que eles ainda não se encontraram? Onde ficou esse outro Chico durante todo esse tempo? Ou será que ambos estão levando existências paralelas, tipo convivendo no mesmo espaço, mas de forma alternada sem que um visse o outro?

Ou então pode ser algum espírito amigo querendo ajudá-lo a não ficar tão sobrecarregado. É outra hipótese também. De repente, tem algo a ver com o lobo guará que o guarda e protege desde a ed. 23, ou então algum outro fantasma ou entidade que resolveu ajudá-lo como retribuição por alguma gentileza do passado. Esse fantasma, entidade, figura mitológica, whatever pode ter assumido a forma dele para ajudá-lo em suas tarefas.

Bem, vamos esperar para ver, certo?

Aqui termina minha crítica que ficou enorme para uma ed. da CBM! Obrigado por terem acompanhado até aqui. Eu refiz aquelas imagens do Chico correndo pelo campo de flores com a Sofia sendo observados pelo lobo-guará e transformei em quebra-cabeça. Espero que gostem!



E quem quiser ouvir outra crítica da história, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:

2 comentários:

  1. Cara, que história maravilhosa!!! Essa edição de CBM foi a melhor do ano!!! Estou muito ansioso para saber o que são os sete príncipes decaídos, a treva que tudo vê, etc. Tomara que essa seja o início de uma SuperSaga em Chico Moço, assim como a TMJ tem uma. Seria espetacular!!!

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  2. A propósito Mally, parabéns pela crítica, está excelente. Só mais uma coisa: queria saber quando sai a continuação da fanfic "Universo em Desequilíbrio". Estou muito ansioso pq suas fanfics são sempre ótimas, então tenho certeza que a continuação vai ser tão boa quanto a anterior!

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