Oiê! Pensam que eu esqueci do Chico? Não, não esqueci. Só
estava esperando sair a capa da ed. 33.
Sabiam que essa ed. foi tipo uma pegadinha para mim? Pois é.
A sinopse falava em segredo terrível rondando a região, depois o título falando
em onça e ouriço. Daí juntei as coisas e fiquei pensando que era algo
sobrenatural tipo alguma lenda ou história de fantasmas, etc. Por isso fiquei
surpresa ao ver que não era nada disso.
A história apenas falava sobre o tráfico de animais e o
quanto isso é cruel. Acho que foi por isso que gostei da ed., eu esperava uma
coisa e veio outra bem diferente.
O desenvolvimento da história foi bom embora eu não tenha
gostado muito da forma como a Rosinha recebeu o Chico apesar de entender a
situação dela. Chegar de surpresa nem sempre é bom porque ela não podia largar
tudo de lado só para ficar com ele. Sei lá, ela ao menos podia ter tentado
ajudá-los a encontrar algum lugar para dormir.
Quando ela foi visitá-lo, ele teve o cuidado de arrumar um
lugar para ela dormir. Será que não tinha nenhum amigo para quebrar esse galho?
Tirando isso, gostei bastante porque mostrou um pouco mais da vida dela, seu
trabalho na faculdade e as colegas de classe. E rachei de rir com a colega
maluca que a empurrava para o lado toda vez e aparecia algum animal
interessante.
Eles bem que poderiam fazer mais histórias mostrando a vida
dela. Por exemplo, já vimos que a tia dela é uma bruxa, então ela deve estar
tendo dificuldades em casa, tendo que fazer todo trabalho doméstico para uma
mulher chata, azeda e que nunca está satisfeita com nada.
Tem o Paulo, que nunca mais ficamos sabendo dele, e aquele
fotógrafo maluco. São coisas que
ficaram no ar e nunca mais ninguém falou a respeito.
A história tocou no assunto do tráfico de animais e também
em como é errado colocar animais silvestres nas mãos de pessoas que não sabem
ou tem condições de cuidar deles, como no caso do garoto com o ouriço. Esses
animais não são como gatos e cachorros, eles têm necessidades especiais que nem
sempre as pessoas sabem como suprir.
Eu particularmente sou contra ter animais silvestres como
bichos de estimação. A meu ver, só gato e cachorro servem para viver dentro de
casa. Mas como sei que as pessoas não vão deixar de ter animais exóticos só por
causa da minha opinião, pelo menos deveriam cuidar direito, o que nem sempre
acontece.
É aí que chegamos a outro assunto abordado e que nos pegou
de surpresa: a Oncivalda, onça de estimação do Zé Lelé. Ain, gente, fiquei tão
triste por terem tirado a bichinha dele! Sim, eu sei que foi a coisa certa a
fazer. Onça não é bicho para ficar tratando feito gatinho fofo. Mas ainda assim
fiquei triste porque sei que o Zé gosta muito dela e nós ficamos acostumados a
vê-la de vez em quando nas histórias. Sei lá, eu me senti como se tivessem
tirado um personagem da revista.
Pois é, já que a história aborda o tráfico de animais, claro
que tinha de ter um traficante e o bandido foi bem bolado, homem perigoso,
capaz de matar, malandro e que não importava nem um pouco com os animais e sim
em lucrar em cima deles mesmo sabendo que muitos iam morrer no meio do caminho.
Ainda bem que ele acabou sendo preso, mas infelizmente tem muitos soltos por
aí.
Também fiquei feliz por o garoto ter se conscientizado de
que não podia cuidar do ouriço e aceitou abrir mão dele, o que foi melhor. E
adorei ele ter criado coragem para dizer onde ficava o esconderijo do
traficante e assim puderam salvar o Chico. Até a Oncivalda ajudou, mostrando o
seu lado selvagem.
Acho que é por isso que apesar da tristeza, sei que foi
melhor levarem a Oncivalda. Ela era tão mansa que o traficante não teve
dificuldade nenhuma em
levá-la. Uma onça assim, tão bobona, certamente daria um bom
dinheiro e outra pessoa poderia acabar capturando para vender.
O final foi feliz e foi bonitinho ver o Chico tentando ter
um momento romântico com a Rosinha e sendo levado embora pelo Zé, que não
estava com bom humor para romances. Ah, e vocês viram que fofo o Chico pedindo
a Rosinha em casamento enquanto dormia? Foi tipo um momento “ounnnn”.
E fim. A história foi boa pelo tema que abordou. O andamento
foi bom, não vi furos no roteiro e tivemos um final mais ou menos feliz dentro
das possibilidades da história.
Agora temos a ed. 33 onde o Chico vai parar na Patagônia.
Bem... depois de ele ter ido para um planeta que fica em outro universo e quase
ser morto pelos servos da serpente, a Patagônia é tipo ali na esquina. Mas acho
que vai ser interessante vê-lo tendo contato com a neve e encarando um frio de
lascar. Eu não lembro de nenhuma história no gibi onde ele tenha visto neve,
alguém lembra?
Fora isso, acho que eles vão ter que enfrentar animais
selvagens, talvez criminosos ou o tal reality show vai colocar alguma armadilha
doida para deixar o programa mais emocionante. Imagino que ele vai com os
colegas da faculdade, será que a Fran vai continuar dando de cima e o Vespa vai
continuar sendo... Vespa? Isso nunca falta nas aventuras em que esse pessoal
participa. Vamos ver no que vai dar.
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