Bom,
eu demorei para fazer essa crítica porque... sabe... digamos que eu tinha
outras expectativas para a ed. 100.
Por
um lado eu vivia falando que iam deixar a ed. 100 para a reconciliação da
Mônica e do Cebola, mas eu também achava que ia ter uma aventura bacana
envolvendo os quatro. Ao invés disso, tivemos uma história romântica envolvendo
somente Mônica e Cebola.
E
até que foi bom eu adiar a crítica porque tive a chance de ler o ask da Petra e
tem muitas explicações do por que as coisas terem saído como saíram. Ela tinha
uma idéia (ótima, por sinal), mas a direção da MSP (muito chata e mimizenta)
achou que ia ser uma história violenta para uma ed. histórica e foram mudando
tantas coisas até dar no que deu. A idéia original da Petra é essa aqui:
Eu não sei de vocês, mas essa história teria sido espetacular. Ação, drama, talvez Cascão e Magali tendo mais destaque e no fim os cebônicos iam ter o tão sonhado beijo da Mônica e do Cebola. Acho que tinha tudo para dar certo porque ia ter uma pegada de jogos vorazes, que é muito popular entre os jovens. Mas nãaaoooo! A direção tinha que estragar tudo!
“Ain,
mas tem violência, mimimi-mómómó” . Aff, quanta frescura! Para começo de
conversa, eles deveriam ser capazes de adaptar uma história desse tipo para a faixa
etária do público, logo não ia ter o mesmo nível de violência que jogos
vorazes. Para mim, eles desperdiçaram uma história que poderia ter sido
excelente só para enfiarem um provável filho da Mônica e do Cebola no meio.
Outra
coisa que incomodou o pessoal é que a volta deles foi um tanto precipitada. A
Petra explicou que era para a Mônica ter terminado com o DC a mais tempo, só
que foram colocando outras edições na frente e acabou ficando na 96. Mas é para
a gente considerar que no tempo da revista se passaram alguns meses, sei lá.
É
que o Maurício e a Alice queriam de qualquer jeito fazer com que a Mônica
voltasse com o Cebola na ed. 100, por isso apressaram tudo. Eu não tenho nada
contra (nem a favor) eles voltarem, mas acho que a direção da MSP deveria ter
planejado melhor as coisas.
Quer
dizer, ficou estranho a Mônica, de repente, descobrir que ainda tinha
sentimentos pelo Cebola e do nada pular no pescoço dele e tudo acabar num
beijo. Sim, eu sei que é possível ainda ter sentimentos pelo ex que ficam
adormecidos, bláblá, etc. e tal, mas ainda assim ficou estranho porque pareceu
para mim que a Mônica vai passar o resto da vida atrelada ao Cebola.
Quando
ela desistiu dele e foi namorar o DC, de certa forma eu achei que ia ser a
libertação dela, entendem? Achei que ela ia ficar com o coração livre para amar
e ser feliz com outras pessoas. Se ela fosse amar o Cebola novamente, seria um
sentimento novo que ele foi cultivando. Esperava que as coisas fossem feitas
aos poucos, que de forma gradual o Cebola fosse despertando novos sentimentos
nela, que ela fosse vendo as qualidades dele, o quanto ele amadureceu e as
coisas que os dois sempre tiveram em comum.
Então
ia surgindo um clima aqui, uma situação romântica ali até no fim ela acabar
vencendo seus medos e aceitado que está amando ele de novo. Sim, eu sei que
isso ia ser demorado e que não ia dar tempo de colocar a reconciliação deles na
ed. 100, mas acho que teria sido mais natural.
Mas
as coisas são o que são. A história já foi lançada e não dá para voltar atrás.
Mas eu até que gostei apesar dessas restrições. A introdução foi muito boa e
mostrou como é complicado escolher algo. Eu sempre tive esse pensamento de que
o que dificulta fazer escolhas não é o medo de escolher errado e sim o fato de
que quando decidimos por algo, estamos abrindo mão do resto muitas vezes de
forma irreversível.
Quer
dizer, no caso da Magali, ela ainda pode voltar para a sorveteria e escolher
outro sabores, mas há muitas situações em que isso não vai acontecer. Eu também
gostei da parte em que foram mostrando várias alternativas tipo Cebola com
Denise (essa todos já esperavam), Carmem com Quim (mas heim?), Mônica gordinha,
ou então ela trocando de lugar com a Magali...
Teoricamente
existem muitas possibilidades para um mesmo evento, embora nem todas sejam
viáveis. Talvez exista mesmo alguma dimensão por aí em que essas possibilidades
estejam acontecendo ao mesmo tempo, mas aqui no mundo físico somente uma delas
pode ter lugar.
Só
que tem uma coisa da qual eu discordei um pouco: sim, o namoro da Mônica com o
DC acabou. Mas não acho que tenha sido uma escolha errada. Só porque um
relacionamento acabou não quer dizer que não deu certo. Esse namoro serviu para
que a Mônica se libertasse do Cebola e dá para ver que apesar de tudo, ela foi
feliz com o DC. A própria mãe dela falou que nunca tinha visto a filha tão
feliz. E na ed. da estranha história de Sarah vimos a Mônica se cuidando mais,
não vivendo mais com o constante estresse que ela tinha com o Cebola. Então,
sim, o namoro deles deu certo enquanto durou. Se não deu, foi porque apesar de
tudo eles não eram compatíveis.
Quanto
a criança, eu a achei bem fofinha. Só que o cabelo loiro ficou bem esquisito. E
acho que em poucas páginas já deu para imaginar que era o filho deles tentando
juntá-los. Até aí não teve assim muito mistério.
O
primeiro contato deles na história foi bem tenso, com direito a coelhadas
virtuais e tudo. Só não gostei dos dois se enrusgando um com o outro. Sei lá,
tivemos isso durante décadas, acho que já deu né?
Se
bem que dessa vez o Cebola procurou ser gentil e ficar bem com ela, pena que a
Denise apareceu para atrapalhar tudo. E essa parte deixou muita gente com
raiva.
O
pessoal acha que a Petra desvirtua a personalidade da Denise, transformando-a em vilã. Sim, na cabeça de
muita gente, toda vez que um personagem aparece chato ou comete algum erro, ele
se transformou em vilão. Eu
sempre acho que levo tudo a ferro e fogo, mas esse pessoal ganha em disparada!
Tá,
a Denise foi chata. E daí? Acho que o pessoal se acostuma tanto a vê-la como
heroína nas histórias do Emerson que acabam esquecendo de que a Denise nunca
foi santa, desde os gibis. Aliás, eu gostei bastante dessa resposta que a Petra
deu no ask:
Logo, ela não está desvirtuando a Denise em nada, só mostrando outro lado da sua personalidade que não vemos nas histórias do Emerson porque roteiros diferentes tem necessidades diferentes. O Emerson precisou de uma Denise mais heróica, a Petra precisou dela mais maldosa na história. Mas em momento algum ela foi vilã.
Tá
na hora de vocês pararem com essa mania de achar que um personagem está sendo
vilanizado só porque não agiu como um perfeito anjo de pureza e bondade. Isso
não existe.
Outra
coisa de que gostei foi da aparição do Ângelo. Sabe, quando ele apareceu na
primeira vez, todo misterioso, cheguei a pensar que fosse um agente da DI.NA.MI.CA. Só
que quando vi as botas dele na pág. 26 acabei lembrando da ed. amor de anjo,
onde ele usava botas parecidas. Claro que durante um tempo fiquei na dúvida,
mas ao longo da história ele foi se revelando.
E
pelo menos Magali e Cascão apareceram. Como coadjuvantes, quase secundários,
mas apareceram. Foi interessante a Mônica tê-los chamado porque tinha medo de
ficar sozinha com o Cebola. E o que a Magali falou tem sentido: duas pessoas
não tem que ficar juntas só porque todo mundo acha que deve ser assim. Talvez
fosse um recado para os leitores que querem os dois juntos a qualquer custo,
qualquer preço, nem que seja na marra. As coisas precisam acontecer de forma
natural.
Quanto
ao desenvolvimento da história, bem... acho que não dá para falar assim muita
coisa. Mônica babando pelo Nick, Cebola com ciúme, a criança tentando juntá-los
e criando confusão, Mônica brigando com o Cebola por causa das confusões que o
provável futuro filho deles tinha criado... Cebola aos poucos perdendo as
esperanças e desistindo... um comecinho de triângulo amoroso na história...
algumas partes engraçadas com o Ângelo sofrendo com as confusões que a criança
levada criava...
A história
até que fluiu bem. A Mônica conseguiu chamar a atenção do Nick, apesar de ter
sido pela sua força. Acho que isso meio que lembrou ela e o DC, que também se
sentiu atraído por ela por causa das suas peculiaridades. Não sei se teria dado
certo com o Nick porque talvez ele a veja mais como heroína de game do que como
garota.
Depois
de muita confusão, desencontro e Cebola de coração partido, finalmente a Magali
resolve colocar alguma lucidez na cabeça da Mônica: a de que ela precisa dar um
voto de confiança para o Cebola e não ficar mais pensando que tudo que ele faz
tem segundas intenções.
Só
que é difícil, gente. Dizem que confiança é que nem vaso: quando quebra, não
tem mais jeito. Depois de sofrer tanto, a Mônica perdeu a confiança no Cebola.
E como ela ainda sentia algo por ele, estava usando essa desconfiança como
escudo para não sofrer mais.
Aí
chegamos na tão sonhada reconciliação: quando ela vê que o Cebola realmente
amadureceu e já não monta mais esquemas e planos como antigamente, ela resolveu
deixar o medo de lado e dar uma segunda chance para ele. E a criança foi salva
aos 45 do segundo tempo. Ufa!
O
beijo deles foi... bonitinho. Impulsivo, não nego, mas foi bonito. O Cebola
levou um tempão para acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo. Por um
instante cheguei a pensar que ele fosse afastar a Mônica e dizer que não dava
mais, não sei. Sim, pessoal, a Mônica não é a única que desconfia do Cebola. Eu
ainda tenho aquele pensamento de que ele vai aprontar algo para fazê-la sofrer
apesar de ter prometido que não ia mais dar motivos para ela ter medo. Aham.
Sei.
O
fala Maurício deixou claro que esse namoro ainda vai ter muito drama e mimimi,
logo vocês não devem ficar muito tranqüilos. Não duvido nada que eles voltem a
terminar o namoro mais para frente. Se bem que eu errei quando disse que o
namoro da Mônica com o DC não ia durar muito, talvez eu esteja errada nisso
também.
Sabe,
eu não fiquei triste nem feliz com a volta deles. Na verdade, eu não senti
nada. Há muito tempo eu desisti deles como casal por causa do maldito dramalhão
irritante que estavam fazendo com eles. Aí, para não passar mais raiva, acabei
deixando de lado. O que a MSP decidir, é isso mesmo.
O
meu único medo é que com a volta deles, a gente seja obrigado a tolerar esse
maldito drama de novo. Tá, eu sei que o Cebola mudou, blábláblá... mas eu ainda
não consigo confiar nele. Por exemplo: será que ele não vai voltar a olhar
outras garotas enquanto está com a Mônica? Não vai voltar a babar por qualquer
garota bonitinha que aparecer na frente, deixando a Mônica com ciúmes? Nós já
sabemos como ele fica diante de garotas bonitas e até agora não foi dado nenhum
indício de que ele tenha mudado esse traço na sua personalidade.
Ele
pode ter mudado no lance dos planos, já no resto ninguém garante. Sem falar que não sabemos se a Mônica voltou a confiar no Cebola de fato. Até algumas páginas antes do fim, ela estava até paranoica com ele.
Além
do mais, a volta deles tão repentina e meio impulsiva meio que me deixou
preocupada. Quando eles namoraram pela primeira vez, a coisa toda foi meio que
por impulso. O namoro da Mônica com o DC também começou com um gesto impulsivo
dela. E agora o retorno deles me pareceu a mesma coisa. Nas duas primeiras
vezes o namoro terminou. Quem me garante que a terceira vai ser diferente?
E se
não me engano, a próxima ed. vai mostrar algum problema no namoro dele por
causa de uma carta que o Cebola vai receber. Eita, já começou o drama!
Sim,
pessoal, eu sei que não existe namoro perfeito e que todo casal tem problema.
Só que quando fica dramático demais, problemático demais, com muitas brigas,
lágrimas e sofrimento, então não é um relacionamento saudável, não importa o
quanto o casal se ame. Relacionamento sem problemas não existe, só que com
problemas demais fica desgastante, cansativo, acaba fazendo mal. Espero que a
MSP consiga explorar o namoro deles sem transformar em algo dramático e
doentio.
E
espero também, principalmente, que eles parem de dar tanto foco aos dois e se
lembrem de que existem outros personagens na revista, tipo Magali e Cascão.
Alguém aí lembra deles? Pois é. Há quanto tempo eles não têm uma edição só para
eles? Tirando as histórias do Emerson, eles não recebem grande destaque desde a
ed. 67. (corrigindo: eles tiveram protagonismo na ed. 87 - sangue fresco. Mas ainda assim são poucas edições).
Acho
que o problema maior nisso tudo é a ed. ser mensal. Não dá para ficar
desenvolvendo ou ficar dando muito destaque a todos os personagens porque só
tem uma história por mês. Doze edições significam um ano inteiro para a gente,
por isso não dá para fazer com que os personagens evoluam mais naturalmente,
tem que ir apressando as coisas. E também não dá para atender a todos os
personagens da turma.
Só
que colocar duas ed. por mês não seria viável. Muita gente já tem dificuldade
em comprar uma só, duas pode ser impossível. Então acho que não tem muita coisa
que se possa fazer a não ser aceitar a TMJ do jeito que está.
De
qualquer forma, eu gostei da história sim. Claro que eu preferia que tivesse
sido de outro jeito, a idéia da Petra parece excelente e tomara que algum dia
ela tenha a chance de desenvolvê-la. Mas isso não quer dizer que essa história
alternativa e romântica tenha sido ruim. Vamos ver como as coisas vão seguir
daqui para frente.
Não vamos esquecer do Nick. O que eu achei dele? Bom, por enquanto não dá para dizer muita coisa porque ele não mostrou toda sua personalidade. Sabemos que vai ter um filme da TMJ e ele está sendo introduzido para que os leitores se acostumem com ele.
Só acho meio chatinho é que a primeira vista, me parece que estão querendo manter um triângulo amoroso, só que dessa vez com o Nick tomando o lugar do DC. Espero que esteja errada, mas tudo leva a crer que ele ainda vai continuar atrás da Mônica e não sei se gostei muito dele para ser namorado dela. Deu para ver que ele ficou fascinado pela força dela, não por sua personalidade ou qualidades. Acho que a Mônica merece alguém que goste dela pela pessoa que ela é, não por sua força sobre-humana ou por ela ser diferente das outras garotas.
O bebezinho também foi fofo e achei engraçado ver as confusões que ele(a) criou tentando juntar a Mônica com o Cebola. A participação do Angelo também foi legal. Ele participou da ed. 50 e agora da 100, sempre aturando nos bastidores da união dos dois.
Também gostei do desenho, ficou bem feito apesar de gostar mais do estilo da Roberta Pares. Infelizmente, nem todo leitor gosta do estilo dela, o que é uma pena.
Não vamos esquecer do Nick. O que eu achei dele? Bom, por enquanto não dá para dizer muita coisa porque ele não mostrou toda sua personalidade. Sabemos que vai ter um filme da TMJ e ele está sendo introduzido para que os leitores se acostumem com ele.
Só acho meio chatinho é que a primeira vista, me parece que estão querendo manter um triângulo amoroso, só que dessa vez com o Nick tomando o lugar do DC. Espero que esteja errada, mas tudo leva a crer que ele ainda vai continuar atrás da Mônica e não sei se gostei muito dele para ser namorado dela. Deu para ver que ele ficou fascinado pela força dela, não por sua personalidade ou qualidades. Acho que a Mônica merece alguém que goste dela pela pessoa que ela é, não por sua força sobre-humana ou por ela ser diferente das outras garotas.
O bebezinho também foi fofo e achei engraçado ver as confusões que ele(a) criou tentando juntar a Mônica com o Cebola. A participação do Angelo também foi legal. Ele participou da ed. 50 e agora da 100, sempre aturando nos bastidores da união dos dois.
Também gostei do desenho, ficou bem feito apesar de gostar mais do estilo da Roberta Pares. Infelizmente, nem todo leitor gosta do estilo dela, o que é uma pena.
Muita
gente ficou confusa porque vão zerar a TMJ de novo. Bom, se não me engano isso
costuma acontecer quando as revistas atingem o n. 100. Por mim não tem
problema. Eles não vão resetar todo o universo da TMJ, só vão mudar a numeração
mesmo, mas os eventos irão continuar seguindo o tempo da revista.
Bem,
essa foi a crítica do mês. Para mais opiniões, confiram o vídeo do Canal Opinião
Turma da Mônica Jovem:
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