Então chega o fim
de mais uma saga. Uma saga tão esperada após meses só com mimimi de
adolescente (tirando a Ed. 63, claro).
Comparando com as
histórias anteriores, essa foi realmente muito boa porque saiu do lugar comum.
Eles foram para o espaço, enfrentaram uma vilã para lá de cruel, teve lutas,
massacres, muitos tiros, etc.
A história já
começou com a Mônica e a Magali quebrando o pau na taverna e dando uma surra
nos piratas. Engraçado foi aquela piadinha do sujeito reclamando que não podia
dormir sossegado depois de pilhar um planeta honestamente. Mas é folgado, hein?
E sabe, a primeira coisa que eu pensei ao ver aquelas garçonetes foi que a
roupa delas parecia um pouco com a da D. Morte. Até que achei original.
Em cenas assim,
eles sempre mostram as garçonetes de outros planetas, com aparência de
alienígena e muitas vezes roupas bem reveladoras. Dessa vez fizeram diferente,
como outras partes nessa história. Eles até mostraram algumas coisas que até
então são inéditas na TMJ.
Uma delas, claro,
foi a Cabeleira Negra cuspindo sangue por causa de uma doença grave e sem cura.
Quer dizer, mostraram uma pessoa que estava quase com o pé na cova, era só
questão de tempo.
Outra novidade foi
terem mostrado o extermínio daquele povo do planeta dos monges. Claro que não
mostraram tudo explicitamente, mas deu a entender que muitos estavam sendo
mortos. Não, eu não sou sádica para gostar de ver pessoas morrendo, mas
confesso que isso é novo na TMJ.
A parte boa começa
quando ela resolve destruir o planeta dos monges num ataque descontrolado de
fúria. Então a Mônica não agüenta mais ver isso e decide agir. Finalmente uma
boa ação com muita luta, drama, suspense, tiro e pancadaria!
E foi
impressionante ela estar pilotando aquele robozão sozinha e conseguir controlar
numa boa. Viram como ela também é inteligente? Como sempre, o Cebola ficou de
mimimi “ain, meu plano, vai estragar, nhenhenhe”. Sempre os planos, sempre!
Pois é, se o plano desse errado, como ele ia fazer gracinhas para a Xabéu?
Para dar mais
impacto, a Xabéu também aparece para ajudar com outro robô bem diferente. Aí
começa o sofrimento para a Mônica que vê o Cebola se derretendo todo para ela.
Doloroso foi ouvi-lo falar que sempre estaria com a Xabéu, esquecendo até da
presença dela.
Muitas coisas ficam
bem tensas nessa história, como o Franja passando aperto por não poder invadir
todas as naves e Magali se oferecendo para se sacrificar por todos ligando o
sinal anti-quântico. Devo dizer que foi bem dramático mesmo, inclusive as
lágrimas dela com o pensamento de que pode ser a última vez que irá ver seus
amigos.
E o drama não pára
por aí não! quando a coisa fica feia e a Xabéu é atingida, o Cebola vai
correndo ajudá-la, fazendo com que a Mônica sofresse mais ainda. Rapaz, foi
sinistro mesmo. Será que ele chegou a fazer respiração boca-a-boca nela?
Imagino como deve
ficar a cabeça de uma garota ao ver o rapaz de quem gosta se preocupando tanto
com outra e nem dando bola para ela. Entendo que isso deu mais drama, mas
também confesso que foi de embrulhar meu estômago já tão enjoado do drama
desses dois.
O pior é que eu
cheguei a ficar com a esperança de que depois disso, a Mônica finalmente fosse
tomar vergonha na cara. Sim, sou muito otimista apesar de tudo.
Enquanto isso,
Magali se sacrificou para ligar a onda anti-quântica e foi de partir o coração
vê-la sendo atingida em
cheio. Tem que ter coragem para se sacrificar assim.
Falando em
sacrifício, para mostrar que a Mônica não é uma pessoa egoísta e nem vingativa,
ao ver que os dois estavam em perigo, ela se colocou na frente deles para receber
o tiro. Deve ter sido nessa hora que o Cebola caiu na real. Nessa hora até
fiquei surpresa por ele ter deixado a Xabéu de lado para ir até ela.
Só que ele é
capturado pela Cabeleira, que achou que ele era alguém importante (sic). Aí as
coisas, que pareciam estar bem encaminhadas, desandam de vez. Magali está muito
mal e com dor, Mônica foi abatida, as naves iam se recuperar dentro de algum
tempo e Cabeleira estava por cima da carne seca de novo. E agora? Fim?
Mas então algo
acontece. Quando a nave pirata suga as relíquias do planeta, a Mônica vai
junto. Só não entendi direito o que ela murmurou enquanto estava sendo sugada.
Não sei se foi algum problema na impressão, mas não entendi o que quer dizer
“Descla...”. E será que ela era mesma ou era nessa hora que o Tesouro estava
tomando conta do seu corpo talvez falecido?
Ah, e quem mais
achou fofo o Astronauta se preocupando com a Xabéu e um início de clima
surgindo entre os dois? Até rolou uns abraços mais para frente! Confesso que torço
pelos dois.
Outra surpresa foi
ver o Cebola chorando por causa da Mônica, para variar. Geralmente é ela quem
chora por ele. Finalmente equilibraram um pouco as coisas! Até fiquei com um
pouquinho de pena dele. Bem, um pouquinho só. E devo admitir que minha
antipatia até diminuiu um pouco ao ver como ele se mostrou arrependido pela
forma como a tratou.
Enquanto isso, na
sala do tesouro, alguma coisa estava saindo das pilhagens. Parecia o corpo da
Mônica, mas alguma coisa tinha acontecido. Mais suspense, apesar de a gente já
ter imaginado que devia ter algo a ver com o tesouro. Afinal, a nave sugou tudo
o que o planeta tinha de valioso e a Mônica foi junto, não é?
Até o Cebola
percebeu como ela era importante. E nobre também. Enquanto ele só se preocupa
consigo mesmo e seus planos, ela se importa com as outras pessoas e até se
sacrifica por elas.
Também gostei de
ver como ele tomou vergonha e tentou lutar de verdade ao invés de ficar só nos
planinhos e enfrentou a Cabeleira cara a cara, apesar de ela ser forte demais
para todos eles.
Então, quando tudo
estava quase perdido, eis que a Mônica entra de forma dramática e impactante
como deve ser numa boa história de ação. Só que não era exatamente a Mônica,
apesar de ter o corpo dela. Parecia um ser de energia.
Outra surpresa. Eu
imaginava que o tesouro fosse algo assim mais abstrato, mas pelo visto era uma
entidade viva e pensante. Algo que de qualquer forma a Cabeleira não ia saber
identificar.
O final, com o
Tesouro dando lição de moral na cabeleira e explicando o porque ela estava
doente, foi mesmo de arrepiar. E ele tem razão, sabiam? Maldade, sentimentos
ruins, fazer mal aos outros, tudo isso volta para nós mesmos em forma de
doenças e várias outras coisas. Tudo tem retorno nessa vida. Pensem bem nisso.
Quando soube que a
cura estava em ter mais compaixão pelas pessoas e reparar o mal que tinha
feito, a Cabeleira quase teve um treco e morreu ali mesmo. Mas, como a vontade
de viver parece maior do que qualquer outra coisa, parece que ela vai mesmo
tentar se redimir.
Se bem que isso não
deixa de ser um equivoco. Quer dizer, é bom ela reparar o mal que fez, fazer
boas ações, etc. Mas se isso não for sincero, se for com um interesse por
detrás, não sei se vai adiantar de muita coisa para ela. o que importa é a
mudança de mentalidade, algo que vem de dentro. Mas esse pode ser um bom
começo. Afinal, ninguém muda de uma hora para outra.
Quem sabe ela não
volta em outra edição e a gente fica sabendo se houve ou não mudança?
No fim, eu pensei
que o Tesouro fosse trazer a Mônica de volta, mas parece que dessa vez ela
morreu mesmo. Realmente uma coisa inédita! Primeira vez que um personagem chega
a morrer de verdade. E nesse caso, nem o Cebola conseguiu bolar um plano para
resolver tudo. foi preciso que o Cascão usasse o cérebro (Uia! Ele tem
cérebro!) e desse uma boa solução.
Claro que para isso
o Cebola teve que passar por um pequeno teste. Desejar conquistar o mundo ou
ter a Mônica de volta? Escolher o mundo teria acabado com toda a TMJ, já que a
Mônica não ia voltar nunca mais, certo? Então ele a escolheu e também desejou
que tudo voltasse ao normal e... tchan! Tudo voltou ao normal mesmo!
Os cinco voltaram
ao limoeiro, Magali recuperou dos ferimentos, Mônica “ressuscitou” e tudo ficou
numa boa, com Cebola prometendo que não ia perdê-la de vista nunca mais. Bom...
pelo menos até outra garota mais bonitinha aparecer, né? Sem querer ser estraga
prazeres, mas todos nós sabemos que daqui a umas edições tudo vai se repetir.
Acho até que esse
drama dos dois pode ser dividido em 6 fases:
Fascinação: Cebola fica babando pela outra garota, ignorando os ciúmes da Mônica.
Distanciamento: por pensar só na outra garota, ele deixa a
Mônica de lado sem se importar com os sentimentos dela.
Ciúme e sofrimento: a Mônica sofre, sente ciúmes e até briga,
mas não adianta nada.
Conformidade: ela resolve não lutar mais e deixar de
lado. Nesse momento até pensamos que ela tomou vergonha.
Caindo na real: alguma coisa acontece e Cebola acaba
voltando para ela.
Reconciliação: ela perdoa, os dois fazem as pazes e tudo
fica bem.
Depois de algumas
edições, o ciclo recomeça...
Agora, para ser
sincera esse final ficou meio... Dragon Ball, quando eles faziam um desejo para
as esferas do dragão, todos ressuscitavam e tudo ficava bem. Uma solução mágica,
mirabolante, mas ainda assim foi boa e convincente.
Bom, agora que essa
fase acabou, mês que vem temos uma história centrada na Magali e no Cascão.
Será que vai rolar alguma coisa? Será? Falarei mais disso quando lançar meus
palpites sobre a Ed. 67. Aguardem!