quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

CBM#27: O irmão do Chico - Críticas

18:19 6 Comentários




Oi, gente! Sim, eu sei que sempre demoro para fazer as críticas da CBM. Mas como o foco do meu blog é a TMJ, eu meio que acabo negligenciando as histórias do Chico.

E cá entre nós, essa edição bem que merece uma crítica porque foi bem legal! Primeiro porque mostrou um sonho que muita gente tem: um clone para ajudar a fazer as tarefas. Isso não seria demais? Até me lembrou um filme da Disney chamado “o outro eu” , onde um garoto criou um clone de si mesmo por acidente ao fazer um trabalho de ciências. E como ele não era bobo nem nada, passou a usar esse clone para ir a escola e fazer tarefas chatas enquanto ele ficava no quarto jogando vídeo-game e lendo revistinhas. 

 
Se bem que na história o Chico não abusou do seu clone em momento algum. Passado o momento de susto, os dois acabaram se entendendo e dividindo as tarefas. Até fiquei bem surpresa ao ver como eles passaram a se dar tão bem e confiando um no outro. Depois de um tempo, eles meio que ficaram como irmãos gêmeos de verdade, se entendendo perfeitamente bem e se ajudando. 

Uma coisa que eu gostei na história foi que em determinado ponto cheguei a ficar com dúvidas sobre quem era o Chico verdadeiro. A aparência era a mesma, assim como a personalidade, as memórias, tudo! Aí acabei ficando na dúvida: quem era o Chico de verdade? Podia ser o que apareceu primeiro, mas também podia ser o outro. Como saber se eles eram iguais e agiam da mesma forma?

Mas é claro que nem tudo são flores, né gente? Eles podiam dividir os estudos, trabalho, tarefas, o quarto, a família e até as cuecas. Mas tem certas coisas que não dá para dividir e a Rosinha é uma delas. Tudo ia bem até que o encontro com a Fran criou um dilema para eles.

O Chico 1 achou que o Chico 2 podia ficar com a Fran, assim ela largaria do pé dele e todos ficariam felizes. Uma boa idéia, não? Não. Como eles são exatamente iguais, também tem as mesmas memórias e sentimentos. Daí o Chico 2 também ama a Rosinha e é claro que não quer ficar com outra garota como prêmio de consolação. É nessa hora que o pau quebra e os dois brigam feio, muito feio.

Sério, foi muito tenso ver como o Chico 1 ficou com raiva, furioso mesmo e parecia querer matar o Chico 2. É a primeira vez que o vejo assim. Quer dizer, já li uma historinha nos gibis onde ele deu uma tremenda surra num almofadinha da cidade que tinha dado um beijo no rosto da Rosinha, mas depois de adulto é a primeira vez que o vejo tão violento.

Essa cena, tão dramática e até chocante, me fez pensar numa coisa: será que os roteiristas estão tentando desfazer a aura de bonzinho e perfeito dele? Sim, porque ultimamente tenho notado que ele anda fazendo algumas coisas que teoricamente não deveriam fazer parte da natureza dele. Vejam bem:

Na ed. 20 ele traiu a rosinha para ficar com a Lisandra. Sim, para mim foi traição porque ele não terminou o namoro, não conversou como uma pessoa civilizada deveria fazer. Logo, foi traição.

Na ed. 21 ele meio brigou com a Rosinha porque ela tinha achado ruim do atraso dele. Sua postura foi a de que não estar importando muito em passar mais tempo com ela.

Na 22 ele deu um soco no Genesinho, que mesmo apanhando achou graça de ver o Chico perdendo sua pose de bonzinho.

Na 25 ele xeretou as coisas da Sofia, algo que normalmente ele não faria porque sempre foi muito respeitador. E na 26 meio que ficou aquela dúvida: ele fez ou não fez alguma coisa com aquele sujeito para roubar as suas chaves? Será? Será?

Pode ser só impressão minha, mas acho que eles perceberam que o Chico estava perfeitinho demais e agora querem deixá-lo um pouco mais humano. Bem... mesmo que eu discorde de algumas atitudes dele e até fique indignada com algumas coisas, confesso que gosto dessa mudança. Fica algo mais real, mais perto das pessoas de carne e osso.

Voltando a história, quando os ânimos acalmaram o Chico 1 percebeu (e se arrependeu muito) o que tinha feito, chegou até a chamar o Chico 2 de irmão. Então eles perceberam que alguma coisa estava errada porque era para a briga ter ficado empatada, com os dois batendo e apanhando igualmente. Só que não ficou porque o Chico 2 apanhou bastante.

Então veio a resposta: o Chico 2 na verdade é um clone criado por acidente pelo Chico que sem querer cuspiu num caldo meio esquisito e dali sai um clone. Não sei se realmente gostei dessa justificativa. Quer dizer, saiu meio forçado um clone ter nascido num laboratório de uma mistura feita numa faculdade de agronomia. Nem sabemos o que era aquela coisa. Pelo menos levantou uma questão interessante sobre a clonagem: o que aconteceria se clonassem um ser humano de verdade?

As memórias seriam as mesmas ou teríamos um novo indivíduo? Já que isso nunca foi feito antes (pelo que se sabe), cada autor tem liberdade para colocar o que poderia acontecer. Mas particularmente não acho que seja possível que um clone tenha as mesmas memórias que o original. Isso vem do nosso aprendizado, experiências, etc. Não é algo que pode ser transmitido geneticamente. Se fosse, nós teríamos ao menos uma parte da memória dos nossos pais e isso não acontece. Mas enfim...

Como o Chico 1 disse, só podia haver um deles e isso foi resolvido facilmente fazendo o clone degenerar mais rápido que uma pessoa normal. Assim o Chico 2 teve que ir embora, já que não dava mais para continuar vivendo a mesma vida que o Chico 1 porque já estava velho. Então o jeito foi botar a viola no saco e caçar rumo.

Foi um final bonito, porém triste porque fiquei imaginando o Chico 2 morrendo sozinho em um canto qualquer. Ele não podia mais viver a vida do Chico 1 e nem ficar com a Rosinha. Nem mesmo pode dar um abraço nela, já que os dois escolheram não falar nada.

Pensando bem, talvez a opção do clone tenha sido melhor, pois não daria para fazer a mesma coisa se fosse um Chico do futuro, um descendente ou alguém vindo de uma realidade paralela. Parece que eles estão tocando em assuntos mais... maduros nas histórias da CBM como morte, traição, gravidez indesejada, etc. Vocês sabem, coisas que seria interessante de se ver na TMJ. 

Essa foi a crítica do mês. A próxima ed. vai ser qualquer coisa de o Chico passando a noite numa cabana perto de um lago com os amigos, mas aí coisas estranhas acontecem, etc. parece que tem qualquer coisa a ver com japoneses, talvez segunda guerra ou o Titanic afundando, sei lá. Vamos ver o que essa história reserva para nós. E prometo que não vou demorar tanto com a crítica dela dessa vez. Claro, só vai sair quando eu ler, né?

Para mais críticas e opiniões, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:


E aqui tem os palpites para a ed. 28:

domingo, 20 de dezembro de 2015

TMJ#89: Sangue Fresco - palpites

17:27 43 Comentários


Quando vi a capa da ed. 89, cheguei a pensar que fosse desenho de algum fã, mas não era. É a oficial mesmo. Vocês devem ter percebido que fiquei decepcionada, né? Sim, eu fiquei.

Sei lá, pode parecer chatice minha, mas quando uma história é centrada em um ou mais personagens, sou da opinião de que esses personagens deveriam aparecer na capa, certo? Acho que isso é mais que óbvio. Foi por isso que fiquei assim meio decepcionada, porque decidiram colocar o conde Drácula no lugar da Magali.

Ainda assim estou bem curiosa com essa edição porque, pela primeira vez em... sei lá, vários meses, vamos ter Magali e Cascão como protagonistas. Acho que a última vez em que eles receberam algum destaque foi na ed. 67. É bom ter uma história que não gire ao redor de Mônica-Cebola-DC. Tô ficando enjoada desses três, é sério!

A sinopse diz que uma bebida energética causará efeitos estranhos na turma e Cascão e Magali terão que se unir para resolver o mistério. O nome da história? Sangue fresco. Um tanto macabro, não acham? Tipo, será que vai ter banho de sangue? Pouco provável.

Bem, apesar de não ter gostado muito da presença do conde Drácula na capa (ele teria ficado melhor na segunda capa), até que ajuda a dar um suspense. Quer dizer, ele é responsável pela bebida bizarra ou é alguém que vai ajudar a resolver o mistério? Quais seriam os efeitos estranhos que a bebida vai causar na turma?

Vai fazer com que ajam de forma esquisita? Vão se transformar em vampiros? Eu não sei porque, mas ao ver essa capa lembrei daquela historinha dos gibis “amor dentuço”, onde um vampiro se apaixona pela Mônica e tenta transformá-la em vampira também. O nome dele era Vampolfo e no fim ele a deixou ir embora porque ela não queria ficar com ele se tivesse que virar morcega. Imagino que não deve ter nada a ver, já que o Vampolfo tinha cabelo preto e o conde Drácula da capa tem cabelos brancos. Mas enfim... as vezes imagino como seria legal se o Vampolfo voltasse numa dessas histórias tentando conquistar a Mônica de novo.

Voltando ao assunto, resta saber por que alguém faria um energético para deixar todo mundo doidão. Se o título da história é sangue fresco, essa bebida seria uma forma de sugar, sei lá, o sangue (sangue de jovem deve ser bem fresco) ou a energia vital dos jovens? É meio viajado, mas a bebida pode deixá-los vulneráveis para que algum vampiro os ataque depois. Talvez seja alguma bebida da moda, aí todos vão querer tomar e ficar malucões.

Mas por algum motivo, Cascão e Magali não bebem (ou a bebida não faz efeito, sei lá) e por isso observam como todos ficam estranhos. Como falei antes, pode ser que todos comecem a virar, ou pelo menos agir como vampiros. Vocês sabem: evitando a luz, querendo dormir de dia e ficar acordado a noite, fugindo de alho, crucifixo, água benta... se bem que de água benta o Cascão fugiria de qualquer jeito, né?

Claro que é só uma das possibilidades. Pode ser que a bebida deixe todos fracos, já que suga ou possibilita que alguém sugue o sangue/vida de todo mundo. Ou então é apenas algo que causa dependência em todo mundo com o objetivo de gerar lucro e enriquecer.

Eu tenho certa tendência a interpretar as coisas literalmente, mas existe a possibilidade de o conde Drácula da capa nem ser vampiro de verdade e sim alguém fantasiado, talvez o garoto propaganda do energético ou o dono da marca. Afinal, parece que o lance de vampiro ainda está na moda e fascina muita gente, então usar essa imagem pode atrair bastante consumidores entre os jovens. Se for isso, então os efeitos estranhos da bebida podem não ser propositais e sim um efeito colateral de alguma substância que cause dependência nas pessoas e as faça consumir mais.

É isso que Cascão e Magali terão que descobrir e para isso trabalharão juntos. É agora que todo mundo começa a ficar bem assanhado! Sim, porque não é de hoje que os leitores esperam alguma definição desses dois: vai dar namoro ou chegarão a conclusão de que são só amigos e nada mais? E quanto a Cascuda e o Quim? O que vão pensar ao vê-los tão próximos e trabalhando juntos depois do mal entendido da ed. 67?

Apesar de nunca ter acontecido nada entre eles, vocês lembram que rolou um clima, certo? Mesmo depois de tudo ter acabado bem, imagino que ainda deve ter ficado alguma pulga atrás da orelha do Quim e da Cascuda (especialmente dela!)

Como eles vão lidar com isso enquanto resolvem o mistério? Vai rolar mais algum clima entre eles ou agirão apenas como amigos? Vai rolar ciúmes? Vocês devem ter notado que Cascuda tem andado assim um tanto chata ultimamente. Será que isso vai fazer com que Cascão fique de saco cheio e resolva terminar com ela? Mas e o Quim? Apesar de tudo, ele é bom namorado (apesar do que rolou na ed. da festa na praia) e não tem enchido o saco da Magali com ciúmes e broncas. Mas sabemos que o pai dele não vai com a cara dela e isso pode acabar desencadeando o fim do namoro. Aí eles ficam livres.

Não... é muita coisa para acontecer numa história só e isso faria com que as coisas ficassem muito corridas e espremidas. Por isso acho que não vai acontecer nada demais. Ou, no máximo, será apenas o começo de algo que irá se definir no futuro.

Vocês devem estar perguntando o que eu acho desse casal. Francamente? Eu prefiro a Magali com o rapaz da história Reencarnação, como falei antes. Simpatizei bastante com o garoto na história, que parecia combinar muito bem com ela e os dois tinham uma afinidade muito boa. Eles gostavam das mesmas coisas, se divertiram muito juntos e nesse meio tempo Magali nem pensou em comida.

Então acho que esse seria um excelente namorado para ela. O Cascão é gente boa, não nego. Mas é um tanto avoado e não conseguiria lidar com alguém tão sensível como Magali. Lembram na ed. 67 quando ele marcou um encontro com ela e só chegou uma eternidade depois? Ela não consegue tolerar esse tipo de coisa. Acho que para ele, Cascuda é bem melhor porque tem mais pulso firme e o mantém na linha. Ao mesmo tempo, ela o incentiva, ajuda e tem mais paciência com seus defeitos (incluindo seu fedor).

O problema é que fazer a Magali terminar com o Quim tem duas implicações:

1 – Desfazer mais um casal na turma. Para mim isso não tem problema porque sei que é assim mesmo. Nem sempre namorados de infância ficam juntos a vida inteira. É a vida. Mas muitos leitores podem ficar sentidos.
2 – Se ela for ficar com o garoto de Reencarnação, isso significa adicionar mais um personagem a turma e eles mal conseguem administrar os que já tem. Vai ser mais um para aparecer só de vez em quando e atuar como coadjuvante. Se bem que seria bom eles adicionarem um rapaz para variar. Se a Magali ficar com o Cascão, vai acarretar um clima bem ruim na turma por causa da Cascuda. Esse lance de ficar com ex de amiga costuma ser bem tenso. Muitas garotas acham isso um crime hediondo. Se bem que para mim não tem nada a ver. Acabou, acabou. Cada um segue sua vida.

Bem, vamos esperar para ver, certo? Pelo menos parece que vamos ter bastante saltos do Cascão, pelo que vimos na capa. Quem sabe Magali não se anima a saltar também? Para ser sincera, estou mais interessada em vê-los atuando juntos do que na história por si mesma. Espero que eles nos façam uma boa surpresa. 

Para mais palpites e teorias, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

TMJ#88: Somos todos nerds - críticas

21:27 27 Comentários

Oi, gente, como vai? Pois é, hora da crítica!

Como vocês perceberam, a ed. foi feita meio que como uma forma de homenagear e promover a Comic Con. Foi algo do tipo “entendedores entenderão” porque teve referências, muitas referências. Fomos inundados por elas durante toda a história. Acho que citar todas iria render um texto gigante. Se bem que eu não pesquei todas, então tranquilo.

A história é simples. Mais do que eu imaginava. Sei lá, esperava que houvesse algo mais emocionante, mas foi uma coisa assim meio... morna, arrastada até. O pai do Cascão resolve persegui-lo porque não quer ver o jogo sem ele, mas no final acaba entendendo que o filho está crescendo, tendo suas próprias preferências e precisa do seu espaço respeitado. No fim eles acabam se divertindo juntos.

Pelo menos tiraram o DC do hospital e dá para ver que fizeram um trabalho excelente porque ele ficou novinho em folha. E o mesmo sem noção de sempre. Preferiu ficar de molho esperando a van enquanto os outros seguiram para a Comic Con de bicicleta. Simples.

Chegando lá, cada um tem um plano diferente:

A Mônica queria o autografo da sua autora preferida do livro “jogos divergentes” (duas referencias numa só!)
O Cebola quer ir ao lançamento de um jogo (nossa, que novidade, meldels!)
A Magali queria qualquer coisa a ver com Melancia Bonitinha. Acho que era um boneco, sei lá.
E o Cascão tinha vários planos, entre eles participar de um concurso de cosplay.

Mas algumas coisas dão errado aqui e ali, como sempre. eles se separaram, se juntaram, separaram de
novo... Cebola teve que conseguir o autografo para a Mônica, ela conseguiu o jogo para ele ganhando do Toni, Cascão comprou a Revista n. 0 da Melancia Bonitinha para Magali, que por sua vez conseguiu Tauó n. 0 para ele... coisas assim. A história não foi ruim, mas também não foi algo assim memorável. Acho que valeu pelas referencias porque foi legal ir olhando as páginas e identificando várias delas.

A primeira coisa que me chamou a atenção, e deve ter chamado a de vocês também, foi a Mônica com gesso no braço. No início pensei que fosse parte da fantasia, mas parece que ela quebrou o braço mesmo (alguém sabe como? Acho que entrei em coma e perdi essa parte). O Flávio Teixeira disse que foi para referenciar a história Lições, da graphics MSP, onde a Mônica tinha quebrado o braço também. Tranqüilo, achei a referência válida, legal, etc. Mas ainda assim achei esquisito não terem falado como ela quebrou o braço (quer dizer, a Mônica é super forte, como isso foi acontecer?). E mais esquisito ainda vai ser ela aparecer na próxima edição com o braço curado e sem gesso. Espero que ao menos isso eles mantenham coerente. Se bem que já aconteceu de ela cortar o cabelo numa história e aparecer com ele sem o corte na história seguinte.

Uma pequena observação:

Eu sei que eles não podem colocar as histórias totalmente ligadas porque isso pode desencorajar novos leitores, que desistiriam de comprar a revista se pensassem que para entender a ed. atual teriam que ler as anteriores. Essa desculpa até que colou por um tempo. Mas...



Quem lê mangá e outras HQ’s já deve ter notado que as histórias são costuradas e tem uma sequência, certo? E por acaso as editoras se preocupam com isso? Parecem ter medo de que os novos leitores não queiram ler porque não vão entender nada e terão que ler as edições anteriores? Acho que não. Aliás, a essa altura qualquer um que começar ler a TMJ agora vai ficar sem entender muita coisa de qualquer jeito porque muitos eventos atuais são consequência de algo que aconteceu lá atrás, como a Mônica namorando o DC. E nas histórias do Emerson, que começaram lá na ed. 51, os eventos são ainda mais costurados.



O que eu quero dizer é: já existe sim uma certa sequência nas histórias da TMJ. Será que faz sentido eles terem todo esse receio de concatenar tudo só porque acham que os leitores não vão comprar? Se isso fosse verdade, as outras revistas só seriam compradas por quem começou a ler da primeira edição. Nunca teriam novos leitores. Sei lá, essa desculpa não está colando mais. Sorry.

Voltando a história, eu também não sei se gostei da Mônica beijando o Cebola duas vezes. Tudo bem, foi como amigo, um simples beijinho na bochecha não quer dizer nada e não acho que ela tenha feito isso porque ainda o ama e quer voltar para ele. Vamos lembrar que se ela quisesse voltar para o Cebola, já teria feito. Ele correu atrás, ela que não quis.

O problema que eu vejo nisso é que pode despertar a esperança dos fãs que ainda torcem por esse casal. Tá, se eles pretendem reconciliá-los no futuro, então tranquilo. É até bom que criem expectativas, esperanças, que vá preparando o coração de todo mundo. Mas se eles não fizerem isso nunca? É justo criar tanta expectativa para no final não dar em nada? Se bem que na vida real costuma ser assim, né... nem sempre vamos ter o que queremos. Pensando bem... é até bom as crianças irem se acostumando com isso.

Só que tem outro problema: muita gente não consegue levar a sério o namoro da Mônica com o DC. Muitos ainda acham que ela tá com ele por pirraça e no fundo ama o Cebola. Então, ficar colocando esse tipo de cena só vai atrapalhar mais ainda. Se querem mesmo que esse casal dê certo e tenha aceitação dos fãs, precisam parar de criar cenas e climas entre a Mônica e o Cebola, precisam parar de passar a falsa ideia de que ela ainda o ama e quer voltar para ele. É isso.

Outra coisa que achei muito engraçada na história foram o Xaveco e a Denise. Sério, gente, dei muita risada quando a Denise apareceu usando sutiã de conchas e um rabo de peixe enorme acoplado a bermuda. Hilário mesmo foi a Mônica zoando com a cara dela (para variar, já que normalmente é o contrário). Pelo menos ela e o Xaveco saíram saltitando de mãozinhas dadas e felizes da vida, o que dá alguma esperança aos fãs de que eles acabem ficando juntos no final.

Também achei muito fofo ver a Mônica e o Cebola se esforçando para conseguir o que o outro queria. Claro que isso é amizade, mas outros podem interpretar de outra forma. Enfim... foi legal ver a Mônica jogando bem e vencendo o idiota do Toni. Claro que isso não faz exatamente parte do perfil dela, que nunca gostou de jogos. Mas pode ser que ela tenha mudado isso depois que conheceu Diana (a namorada virtual do Cebola) e com isso tenha aprendido a gostar e a jogar mais.

Também teve maior proximidade com Magali e Cascão e creio que isso foi preparação para a edição do mês que vem. No fim, depois de muita confusão, tudo deu certo, eles se divertiram, deram risadas, até o pai do Cascão entrou na brincadeira e eles foram felizes para casa. E, claro, o DC fez jus a sua fama de contrariado ao chegar por último na Comic Con e achar as portas fechadas. Vai entender a criatura...

Como falei antes, a história foi boa. Mas não excepcional. Acho que foi mais para homenagear a Comic Con e levar um pouco dessa experiência para os leitores. E também para exaltar mais o mundo nerd, tentando passar a ideia de inclusão e tolerância com as diferenças ao dizer que todos eram nerds. Eu sempre tive vontade de ir a Comic Con, qualquer ano desses eu me animo. Deve ser legal. 

Essa foi a crítica do mês. Agora vamos esperar a próxima edição que será centrada na Magali e no Cascão. Até lá!

Antes que eu me esqueça, aqui tem um glossário das várias referências que teve na história:

Para mais críticas, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:



sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Sugestão de leitura - Desventuras em Série

21:54 3 Comentários



Sim, sim... eu sei que o objetivo desse blog é falar sobre a TMJ. Poréeemmmm

1 – TMJ e CBM só saem uma vez por mês. Durante o resto do tempo não há muito o que falar.
2 – Não sou como os outros fãs que sempre acompanham as novidades de perto. Basicamente, me concentro mais em falar sobre as histórias que leio todo mês.
3 – Eu leio muito. Gosto de ler. De repente, assim do nada, pensei: por que não falar dos livros que eu leio? Parece interessante, não?

Então vou fazer uma crítica dos livros que mais me chamaram a atenção, mas vou tentar fazer isso com o mínimo de spoilers e sem revelar o final. Ainda assim, estejam atentos porque alguma coisa vai sempre acabar vazando.

Agora falta escolher o primeiro livro de que gostaria de falar. Só um me vem a cabeça. Na verdade, treze. Como é? Sim. Treze livros: desventuras em série. Imagino que vocês tenham ao menos ouvido falar desse título, talvez assistido o filme.

A história, para quem não conhece, é a seguinte:

Três irmãos, os órfãos Baudelaire, perdem os pais num incêndio. A partir daí a vida deles vira do avesso e de cabeça para baixo numa série de desventuras, um azar após o outro. Essas três crianças são muito inteligentes e cada um tem um talento especial.

A mais velha se chama Violet, tem quatorze anos e é inventora. Ela é especialista em dispositivos, engenhocas, é capaz de criar várias coisas com poucos recursos disponíveis. Basicamente um MacGyver de vestido e fitinha nos cabelos.

O irmão do meio, Klaus, tem doze anos é um grande leitor. Não só um grande leitor como também pesquisador. Tem um vocabulário imenso, parece saber o significado da maioria das palavras e é capaz de pesquisar em vários e vários livros sem ficar maluco ou confuso. Sem falar que tem uma memória excelente.

A mais nova se chama Sunny, tem três anos e por enquanto adora morder objetos. Ela se comunica com sons de bebê que só seus irmãos entendem. Mas não a subestimem, ao longo da série seu talento de morder ajudou várias vezes.

Bom, o objetivo aqui é fazer uma crítica do livro, não uma sinopse. Quem quiser saber mais sobre o enredo do livro, pode olhar aqui: (Desventuras em Série)
Sabe, inicialmente a história parece meio inocente. Órfãos herdeiros de uma imensa fortuna são constantemente perseguidos por um parente ganancioso (Conde Olaf) que quer botar a mão na grana deles. Conde Olaf sempre aparece com disfarces ridículos que qualquer um com meio neurônio na cabeça seria capaz de perceber. Mas parece que tirando as crianças, grande maioria dos personagens desse livro não tem nem meio neurônio.

E é isso que torna a história tão interessante: ela é absurda. Livro após livro, as crianças enfrentam situações absurdas, surreais, ridículas e muitas vezes injustas. Ninguém os escuta, ninguém os leva a sério porque são crianças.

Sempre que tentam contar aos adultos que Conde Olaf estava atrás deles com um disfarce ridículo, ninguém acreditava. Só percebiam quando era tarde demais e o vilão acabava fugindo.

E como as histórias são sempre absurdas e muitas vezes exageradas, as crianças sempre eram colocadas em situações surreais, coisas que a gente nunca imaginaria ver uma criança fazendo. E os adultos ao redor pareciam achar tudo normal.

Outro detalhe interessante no livro é o grau de alienação, burrice e falta de noção das pessoas. Pelo visto, só as crianças pensavam realmente. O resto se deixava levar pelas leis, regras, senso comum e especialmente pela mídia. Tipo, se algo aparecia no jornal, as pessoas automaticamente tomavam como verdade absoluta e nunca questionavam.

De livro em livro, as crianças são levadas de um lugar para outro na esperança de encontrarem um bom tutor, mas um acaba sendo pior que o outro, com exceção do tutor do segundo livro que era muito gente boa e realmente se importava com as crianças. Mas... não vou falar. Isso seria spoiler.

No início eu pensei que as histórias eram repetitivas e iam sempre seguir o mesmo padrão. Mas a partir do sétimo livro elas começam a tomar outro rumo e é aí que ficam mais legais e prendem nossa atenção.

O Conte Olaf é algo que merece ser falado. Ele parece um vilão cômico no início, mas com o tempo vemos que é um homem sinistro, um tanto violento e muito perigoso. Ele não está aí para brincadeiras e é capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer. Sua especialidade para infernizar a vida das crianças é fora do comum e ele as persegue com uma tenacidade impressionante. Não importa para onde elas vão, ele sempre as acaba encontrando.

Uma coisa que o livro ressalta bastante são seus olhos muito brilhantes que sempre se destacam não importando qual seja o disfarce. Ele sempre aparece como uma pedra no sapato, um flagelo pronto para tornar a vida das crianças ainda mais miserável do que já é, sempre estragando tudo.

Falando em estragar tudo, o título “desventuras em série” não é apenas um título. É basicamente o estilo de vida dos órfãos. É um azar após o outro. Para cada coisa que dá certo para eles, pelo menos cinco dão errado. Quando tudo parece bem encaminhado, algo desanda e eles continuam com o mesmo azar de sempre. Em cada livro, a única vitória deles é escapar do Conde Olaf e continuarem vivos. Fora isso, é uma zica atrás da outra. Se forem ler esses livros, tenham em mente que verão a Lei de Murphy em funcionamento na mais pura essência.

E como se essa sequência de azares não fosse suficiente, ainda temos o mistério sobre a morte dos pais deles, uma misteriosa organização cuja sigla é CSC que ao longo dos livros tem vários significados. Muitas informações, mistérios, pistas e charadas.  Tudo vai se emaranhando aos poucos. Para cada pergunta respondida, outras dez ficarão sem resposta. Preparem-se para ver muitos, mas muitos fios soltos nessa história.

A forma de narrativa é boa, uma espécie de mistura de primeira com terceira pessoa. Existe um narrador onipresente que conhece toda a história e narra tudo, mas ele também fala de si mesmo e da própria vida. Aliás, o narrador costuma ser bastante cínico em várias partes, um tanto prolixo em outras e repetitivo também. sempre que aparece uma nova palavra, supostamente desconhecida, ele diz algo assim: “uma palavra que aqui significa…”

Seu humor é sombrio e ele fala constantemente que a história será triste, miserável, um mar de lágrimas e sempre nos aconselha a deixar o livro de lado e procurar algo mais alegre. Legal, não nego, mas as vezes meio irritante por causa da freqüência. Mas talvez seja isso que dá um tempero a mais ao livro. Ele conta a história acrescentando fatos aqui e ali que aparentemente esclarecem o mistério, mas no fim levanta mais perguntas.

O clima da história é um tanto sombrio também, se passando num mundo que pareceu bastante distópico para mim. Eu jamais iria querer viver nesse tipo de lugar que me pareceu tão sem esperança, não sei. As pessoas são muito alienadas, a justiça praticamente é uma piada e constantemente temos a impressão de que não existe para onde correr. Os órfãos estão sozinhos para resolverem seus problemas porque as pessoas que teoricamente deveriam ajudá-los sempre falhavam, decepcionavam ou viravam as costas. 

A essa altura, vocês devem estar se perguntando por que eu gostei tanto desses livros. Bem... a história é interessante, desperta a curiosidade e apesar do que o narrador dizia, eu continuava a ler na esperança de que lá no finalzinho eles pudessem ter um final feliz ou algo que se parecesse com isso.

Eu gostei da personalidade das crianças, que de bobas não tinham nada. Eram apenas crianças, não nego, mas muito inteligentes. Gostei especialmente de terem colocado uma garota no papel de inventora. Geralmente colocam meninos para esse tipo de coisa. Violet é inteligente, consegue desvendar dispositivos complicados, pode montar engenhocas com o que tem disponível e sempre tem boas idéias para ajudar a ela e aos irmãos.

Klaus é meio nerd, mas não parece um nerd. É um bom garoto, não mostra arrogância e é muito fiel e preocupado com as irmãs. Sunny é um bebê fofo, muito inteligente e apesar de tão nova, procura ser independente para não dar trabalho aos irmãos e ao longo da série vai crescendo, se tornando mais forte e aprendendo novos talentos.

E não é só ela que cresce como também as outras crianças, que vão aos poucos adquirindo mais e mais independência quando percebem que ninguém vai cuidar delas. Eles são muito unidos, cuidam uns dos outros e não me lembro de nenhuma briga ou discussão entre eles. Afinal, eles só tem uns aos outros e é essa união tão forte que os fez vencer todos os desafios. Tudo podia desmoronar e dar errado, mas eles sempre permaneciam juntos a todo custo.

Claro que ao longo das histórias eles precisavam se virar de todo jeito para sobreviverem e muitas vezes acabavam questionando a si mesmos porque ficam confusos sobre conceitos de certo e errado. Os adultos ao redor são confusos, contraditórios e não oferecem nenhum tipo de apoio. Logo, é normal que eles também percam um pouco o rumo e muitas vezes se perguntem se não estão se tornando vilões.

Para quem está lendo é fácil dizer que eles agiram de determinadas maneiras por causa do desespero, sobrevivência e porque não tinham escolhas. Eles sempre eram colocados em situações surreais e quase não tinham ajuda. Especialmente no penúltimo livro, onde ao invés de levar as crianças a um lugar seguro e protegê-las, os adultos dão a elas uma tarefa absurda onde tinham que lidar com as situações e fazer julgamentos sozinhas, sem nenhum tipo de ajuda ou orientação.


É fácil se perder em um mundo tão confuso e de certa forma, eles se sentiram meio perdidos. Por fim, resolveram chutar o balde já que tinham o mundo inteiro contra eles, ninguém ouvia, todos só acusavam e não havia mais nada a se fazer. Só lendo a história para entender do que eu falo.

Embora pareça uma história inofensiva para crianças, ela não é. Pode ser lida por crianças, claro, mas por adultos também. Não é algo que a gente lê passivamente. Temos que raciocinar um pouco, ir ligando os pontos e entender os enigmas. E mesmo assim... ops, sem spoiler!

Mas uma coisa é certa: o autor criou um mundo que mostra bem os defeitos do nosso, ainda que ampliados e bem evidentes. A alienação, pessoas que acreditam em algo só porque saiu nos jornais, o gosto por violência e sangue, o apego estrito as leis sem importar com as particularidades da situação, crianças vivendo em situação miserável sem que quase ninguém se importe e um vilão que ninguém conseguia deter. Praticamente o mundo real.

Minha conclusão é que os livros valem a pena. Sim, eu sei que são treze livros e isso pode assustar um bocado. Mas são todos pequenos a meu ver. Acho que dá para acabar com todos em um mês. Vale a pena.

Também tem o filme, que aborda os três primeiros livros e até já falaram em uma série que seria produzida pela NetFlix, mas que ainda não saiu do trailer. O filme ficou legal, acho que Jim Carrey deu um excelente Conde Olaf apesar de ter roubado um pouco a cena e saído mais cômico do que deveria. Alguns eventos foram trocados de lugar para adaptar ao filme e infelizmente o tempo não foi suficiente para colocar tudo o que tinha nos três livros. Sem falar que o Violet saiu um tanto inexpressiva sendo que no livro ela é uma personagem mais forte, inteligente e atuante.

No primeiro livro, foi ela mesma quem se salvou de uma situação horrível agindo com inteligência e pensando rápido, mas no filme ela acabou sendo salva por Klaus e eu não gostei dessa mudança.

Eu prefiro o livro e sei que vocês vão gostar também. Especialmente porque a história é bem incerta, não dá certeza de um final feliz. A gente tem que ler cruzando os dedos para que ele aconteça.

Aqui tem o suposto teaser para a série baseada no livro, mas dizem que foi apenas um fandom (trabalho feito por fã). Vou ficar na torcida para que a série realmente saia um dia.


domingo, 29 de novembro de 2015

CBM#26: Zona de Contágio Parte 2 - Críticas

19:25 2 Comentários


Hora da crítica! Sim, eu sei que estou atrasada. Mas tem hora que me bate aquele bloqueio para escrever e aí não tem jeito. Vamos ver se consigo soltar alguma coisa desta ed. que foi excelente a meu ver. Eu pensei que fosse difícil outra história no mesmo nível que a aventura no pantanal e fico feliz que tenham conseguido outra tão boa quanto. Oficial: as histórias da CBM ficam melhores quando divididas em sagas.

Esta história foi a continuação da anterior. Chico e Sofia andavam pela cidade a procura da Rosinha e fugindo dos zumbis. Foi algo meio The Walking Dead, mas sem pessoas sendo devoradas vivas pelos zumbis, que nessa história são chamados de infectados porque não estavam mortos. Houve também uma pitadinha de Guerra Mundial Z, que eu gostei bastante.

Eu particularmente adorei a história, sério. Realmente gostei. Teve drama, mistério, foi bem tenso quando a Rosinha foi infectada e mais tenso ainda quando Chico a viu naquela situação.

A relação do Chico com a Sofia começou meio conturbada, mas foi melhorando e se fortalecendo ao longo do caminho, apesar de algumas discussões aqui e ali entre eles. Uma das maiores razões é o jeito muito certinho dele, com o qual ela implicou. Mesmo em situações extremas, ele não perdia aquela pose de bom moço.
Uma surpresa para mim foi terem desenhado vários roteiristas da TMJ vivendo o papel de bandidos, ou baderneiros. Teve o Emerson, Flávio, Petra, Cassaro e Wagner. Sério, eu não reconheci nenhum quando vi na primeira vez. Nem o Emerson que estava super na cara com a barbicha, bigode e chapéu. Sim, essa minha eterna mania de olhar mais os balões que as imagens. E nessa história eles foram bem cruéis, mas gostei assim. Tempos de crise podem despertar o melhor nas pessoas e o pior também. E como não tem polícia, nem lei, tem gente que pode ficar até pior que os zumbis (no caso, os infectados).

Desta vez os bandidos também não a viram e aí comecei a ficar desconfiada de que ela fosse mesmo um fantasma.   

Parece que nesta história o roteirista quis criticar um pouco o jeito de eterno bonzinho do Chico. Na discussão dele com a Sofia por ter espiado a mochila dela isso é mostrado quando por causa de algo bobo ele ficou muito chateado, sofrendo por antecipação.

Um momento que para mim foi de bastante tensão foi quando o Chico viu o funcionário da Savert dentro da lanchonete e entrou para tirar as chaves dele. Depois de um tempo ele saiu com uma expressão muito séria, calado e pouco disposto a falar. O que será que aconteceu de verdade? Muita gente deve ter ficado na dúvida, certo? Será que ele matou o funcionário ou conseguiu tirar as chaves dele sem machucá-lo? Parece que o roteirista decidiu deixar essa parte para a nossa interpretação, então acho que no momento não há resposta certa.

Por um lado, o Chico parecia muito aborrecido, sério demais. E este episódio aconteceu logo depois de ele ter sido criticado por sua postura muito certinha. Talvez, num momento de desespero, ele tenha mesmo matado o sujeito. E se matou? Será que acabou aí ou isto vai voltar para assombrá-lo no futuro?

Porém... ele falou que não fez isto. Ele pode ter sido meio mentiroso na infância, mas acredito que tenha se tornado mais sincero depois de adulto.

Enquanto Chico e Sofia tentam sobreviver, o resto da turma estava no centro de pesquisa tentando ajudar a encontrar a cura, o que não estava nada fácil. Nessa parte nós tivemos mais informações sobre os infectados e as explicações foram boas: conseguiram ser “científicas” sem serem chatas. Eu não sei que tipo de maluco iria criar algo para deixar soldados mais agressivos, sem compaixão e loucos por sangue, mas não ficaria surpresa se existisse uma pesquisa assim na vida real. Aos poucos o mistério foi descortinando, apesar de o pesquisador parecer esconder alguma coisa.

Eu achei muita graça quando o Zé e o Bombeta foram buscar o material necessário. Eles deram um ótimo alívio cômico para a história e acho que deveriam atuar mais juntos futuramente porque ficaram hilários. Sério, eu rachei de rir quando o Zé tentou imitar um zumbi por causa da cara que ele fez. E talvez o disfarce tivesse funcionado se o Bombeta não estragasse tudo. Essa passagem até lembrou um pouco o TWD, quando Rick e Glen se disfarçaram de zumbis, só que nesse caso eles tomaram banho de sangue e se enrolaram com tripas. Funcionou por um tempo, mas aí choveu e estragou tudo.

Voltando a história, ainda havia um mistério sobre o tal paciente zero, já que o doutor só tinha revelado sobre um deles. Então vem o entrelaçamento de eventos que ficou lindo e muito bem feito. No exato momento em que o doutor ia mostrar ao pessoal quem estava por detrás de uma cortina, a cena é cortada e mostram o Chico e a Sofia andando num belo campo de flores.

O momento que eles passaram juntos foi tão fofo e pacífico, como se tudo estivesse muito bem. Então começa a parte triste. Finalmente Sofia se lembra de tudo, de onde veio, como foi encontrar o Chico.

Depois veio aquela confusão, do carro aparecendo do nada e tirando o Chico dali enquanto uma horda de infectados passava pela Sofia sem nem olhar para ela. Esta cena também foi muito bonita porque ela sorria para ele, pois já sabia de tudo e acreditava que aquilo ia ter um final feliz.

Eu tive que reler esta parte mais de uma vez porque a seqüência de eventos foi bem rápida, quase frenética. Num segundo Chico estava no campo de flores, em outro dentro de um avião. O corte foi incrível, tipo uma montanha russa emocional. Momento de cala numa página, tensão nas páginas seguintes.

Outra coisa de que gostei na história é a forma como o mistério foi sendo revelado aos poucos, partes por vez. A última parte que faltava foi revelada quando Chico chegou ao laboratório e pode falar com o doutor, que já imaginávamos ser o pai de Sofia.

Um leitor do blog sugeriu que Sofia poderia estar em coma e a menina que estava andando com o Chico era o espírito dela. Sabe... na hora eu nem acreditei muito, mas não é que acertou? Eu falei sobre isto neste post:

Pois é. O mistério foi revelado e realmente surpreendeu. Eu achava que ela também tinha morrido infectada junto com a mãe e que talvez houvesse um irmão mais novo no laboratório tentando se recuperar. Algo assim. È que a criança do desenho realmente não ficou parecida com ela, por isso me confundi.

Também gostei do choque entre o Chico e o doutor, muito cético e acostumado apenas com o que podia ver e comprovar, por isso ele não acreditou quando o Chico falou que esteve com a filha dele, mas aos poucos suas crenças foram desmontadas e ele teve que enxergar a realidade. Ainda mais depois que o Chico tinha falado para ele lhe ver como era realmente.

A partir daí foi tudo tranqüilo. O médico examinou o sangue do Chico, encontrou a cura, salvou os infectados esguichando remédio neles (essa parte é que ficou meio exagerada para mim, mas entendo que foi necessária) e tudo terminou bem. Ou quase bem.

A parte triste é quando Sofia morre. É a primeira vez que isso acontece na CBM e achei bem triste mesmo. Triste, porém necessário. O Chico sempre acha que pode salvar a todos e desta vez precisou aceitar que algumas coisas são inevitáveis, como a Rosinha disse. O apoio dela foi bem tocante, achei lindo a postura tranqüila e madura naquele momento de aflição dele. Pelo menos ele pode encontrar um pouco de paz quando viu Sofia no campo de flores com a mãe dela. Está provado que o Chico tem mesmo sensibilidade para ver essas coisas. Nem deveria ficar surpresa, já que ele vê seres do outro mundo desde criança. A Rosinha também via, mas pode ter perdido essa capacidade a medida que foi crescendo.

Então começa o mistério quando uma limusine passa perto dele e vemos alguém familiar dentro dela: aquele careca malvadão da ed. 23.

Sabe, quando li a ed. 23 não tinha dado muita coisa por ela porque não sabia que era o começo do que pode ser a mega-saga da CBM. Gente, já pensou que legal? Temos a grande saga de sombras do passado na TMJ e agora temos essa na CBM! Se for, eu adorei a idéia.

Um mestre trevas que tudo vê (será por isso o olho?), sete príncipes decaídos, o careca malvado que agora quer ser chamado de Escuridão... e ainda temos o sangue do Chico incrementado com cinco elementos que dá um poder misterioso e muito mais! Agora assim fiquei ansiosa para saber como vai ser o resto da história!

Bom, muita gente deve ter associado esses sete príncipes decaídos com os filhos de umbra, mas acho que não tem nada a ver porque são sagas diferentes. A não ser que o Emerson tenha concordado em misturar parte da saga dele com a CBM. Afinal, o Chico apareceu na história dos herdeiros da Terra, então existe uma chancezinha de a Serpente ser o tal mestre chamado de treva. Claro que é só uma hipótese, gente.

O mais provável é que as sagas sejam separadas, cada uma com seu próprio “mestre das trevas malvadão que quer destruir o mundo”, personagens, desenvolvimento, etc. Mas não vou negar que seria bem interessante se esses dois caminhos se encontrassem. Talvez o mestre trevoso seja algum primo da serpente (brincadeira). Vamos ver como isso vai ficar no futuro. Só esperando para saber, certo?

Bem... essa foi minha crítica. Agora vamos esperar a próxima ed. que parece ser sobre um clone que está zanzando pela faculdade e sendo confundido com o Chico. Um clone que faz trabalhos escolares? Queria ter tido um desses nos tempos da faculdade...

Pelo menos não parece um clone maligno, o que de certa forma é uma pena. Embora meio clichê, seria divertido ter um Chico malvado andando por aí e fazendo confusão para o lado do Chico bonzinho.

Uma coisa que me ocorreu foi que essa história podia ser uma adaptação do príncipe e o mendigo e que talvez o sósia do Chico podia ser um riquinho cansado de ser rico tentando experimentar a vida de pobre ralando todo dia para viver, mas mudei de idéia quando esse clone do Chico entregou um trabalho da faculdade no nome dele. Quem seria esse outro Chico?

Lembram do primeiro crossover do Chico com a turma? Eles viajaram no tempo e o Chico viu a versão dele do passado. Será que ficaram dois Chicos no mesmo tempo e um deles ainda não tinha ido embora? Se sim, por que eles ainda não se encontraram? Onde ficou esse outro Chico durante todo esse tempo? Ou será que ambos estão levando existências paralelas, tipo convivendo no mesmo espaço, mas de forma alternada sem que um visse o outro?

Ou então pode ser algum espírito amigo querendo ajudá-lo a não ficar tão sobrecarregado. É outra hipótese também. De repente, tem algo a ver com o lobo guará que o guarda e protege desde a ed. 23, ou então algum outro fantasma ou entidade que resolveu ajudá-lo como retribuição por alguma gentileza do passado. Esse fantasma, entidade, figura mitológica, whatever pode ter assumido a forma dele para ajudá-lo em suas tarefas.

Bem, vamos esperar para ver, certo?

Aqui termina minha crítica que ficou enorme para uma ed. da CBM! Obrigado por terem acompanhado até aqui. Eu refiz aquelas imagens do Chico correndo pelo campo de flores com a Sofia sendo observados pelo lobo-guará e transformei em quebra-cabeça. Espero que gostem!



E quem quiser ouvir outra crítica da história, confiram o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

TMJ#88: Somos todos nerds - palpites

18:09 18 Comentários


Meldels, finalmente saiu a capa da ed. 88! Tá bom, antes tarde do que nunca. Pelo menos a capa ficou bonita, bem colorida, vários elementos interessantes e o fundo ficou bem diversificado, sendo que os fundos antigamente eram bem ruinzinhos e algumas vezes até brancos. Acho que foi um dos fundos mais bonitos que fizeram.

O traço dos personagens também ficou bem diferente, especialmente o da Mônica. Acho que tentaram deixar um pouco mais para o mangá, o que é bom.  

Quanto a história, acho que vai ser do tipo “entendedores entenderão”, com muitas referencias a mangás, filmes, etc. que eu certamente não vou pegar de primeira (nem na sétima). Aliás, sou um pouco ruim para perceber detalhes e referências.

Eles irão para a Comic Con, o que me deu certa invejinha porque eu sempre quis ir. O que vai acontecer lá? Nem faço idéia! Vão combater algum vilão maluco? Será uma aventura com um elemento fantástico/sci-fi/sobrenatural ou será algo mais do dia a dia? O título diz “somos todos nerds” e com isso penso que a história vai tratar de como cada um gosta, em maior e menor grau, dessas nerdices de jogos, filmes, desenhos, whatever.

Pode ser que os problemas que a turma vai enfrentar seja com o pessoal mais “ortodoxo” da CC, que talvez não aceitem pessoas que estejam abaixo de determinado grau de nerdice. Então caberá a turma ensinar um pouco mais de tolerância e respeito, mostrar que todos podem ser bom apreciadores do mundo nerd mesmo com suas diferenças e formas de expressar.

O Cascão e o Cebola certamente devem estar bem empolgados. Mônica e Magali eu não sei, porque elas nunca foram muito dessas coisas. Pode ser que elas acabem enfrentando mais discriminação que os rapazes, já que nesse meio as mulheres são muito discriminadas apesar de serem um público bem expressivo. Aliás, as mulheres têm reclamado bastante do machismo e desrespeito na CC. Os homens deste meio sempre acham que mulheres nunca sabem de nada e só estão ali para chamar a atenção. Isso sem falar das grosserias e até apalpadas. Sim, o machismo chega a ser nojento.

Não sei se vão tratar deste assunto na história, mas até que seria bem interessante. Se for história da Petra, acho que existe uma chance. Talvez este seja um dos propósitos do título “somos todos nerds”, para ensinar a não segregar e discriminar as pessoas por causa das diferenças.

Então, depois de muita confusão, treta, barraco e gritaria, o pessoal vai se entender e todos curtirão o resto da CC numa boa. Fim.

Sei, sei... não falei muita coisa. Acontece que não tenho assim muitos palpites para a história. Quer dizer, eles se reúnem para ir a CC, se fantasiam de alguma coisa (o gesso no braço da Mônica é fantasia ou ela quebrou mesmo?), pode ser que elas não se interessem muito no início, mas acabem indo. Ou pode ser que se interessem logo de cara e os rapazes ficam céticos achando que isso não é “coisa de garota”. Não sei.

Bom, pelo visto o DC continua de molho no hospital e acho que vão deixá-lo assim por um tempo para que a turma possa ter suas aventuras no estilo turma clássica. Será que o Cebola vai continuar investindo na Mônica ou vai gastar o tempo babando pelas garotas bonitinhas da CC? Só espero que ele não haja como um babaca. Só porque a garota está fantasiada, não quer dizer que os homens tenham direito de apalpar e agarrar. Coisa mais triste ter que ficar explicando isso, viu... mas enfim...

Eles vão ver muita gente fantasiada, várias e várias referências para todos os lados e se a história for da Petra, quase certeza que vão encaixar o Doctor Who em algum lugar. Talvez a Agente Carter. Vamos ver como eles irão reagir diante de tanta gente fantasiada.

Bem... confesso que não estou assim muito empolgada com a história, mas vamos esperar para ver. Já aconteceu de eu não esperar muita coisa e acabar me surpreendendo.

Eu estava esperando a capa sair para fazer a capa do meu blog, já que o objetivo inicial era fazer os quatro com as cores certas. Mas aí eu lembrei que natal é mês que vem e fiz algumas alterações que ficaram assim meio toscas, mas encaixam um pouco mais no tema de natal. Tem png quebra cabeça.

Sei que ainda estou devendo a critica da CBM, mas confesso que me deu assim um travamento na hora de escrever apesar de ter gostado muito da história. Vamos ver se amanhã sai. 




Para mais palpites, confira o vídeo do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Sugestão de leitura - Sóis de pólvora negra

19:24 6 Comentários


E aí, gente? A Élis Mariângela, leitora do meu blog, publicou um livro recentemente. Legal, né? A capa foi feita por ela mesma. A história começou como uma fanfic da TMJ, mas com o tempo os personagens foram mudando, amadurecendo e agora são criação totalmente dela. Mas é bom saber que alguém criou e publicou um livro que tenha começado com uma fanfic da TMJ. Aliás, ela é a primeira! Mas é assim que começa. A gente vai escrevendo, criando fanfics até começar uma história solo que um dia acaba sendo publicada.

O trabalho dela foi longo, levou tempo, mas valeu a pena. O livro está publicado e pode ser encontrado aqui: Sóis de pólvora negra: gelo - Sóis de pólvora negra: gelo

E aqui vai a sinopse do livro:

Dois mundos. Dois reinos. Dois povos: uma guerra.

Antes dos humanos, duas culturas distintas ergueram-se no sistema solar, e, em busca do mesmo precioso bem, lutaram o mais sangrento e longo combate que o sol já presenciara: a guerra pela água.

Congelado, esse precioso bem repousava em um planeta especial, que se tornaria o campo de batalha da luta dos dois povos, porém esse mundo não presenciaria só o sangue derramado das nações, mas também uma paixão proibida que surgiria entre duas pessoas de seus povos inimigos.

Sob um sol dourado extasiante, um pacífico firmamento azul e um horizonte deserto de gelo, Soleth, a princesa dos olhos estrelados, descobriu a liberdade e viveu os mais aterrorizantes e encantadores dias da sua vida, enquanto o pano de fundo da guerra se descortinava ao seu redor e a conduzia para o destino inevitável que lhe determinaram as estrelas.


Tem tudo para ser uma ótima leitura, não tem? Então não deixem de conferir. Vamos incentivar o talento nacional! 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

TMJ#87: Emergência médica - Críticas

19:53 81 Comentários

E aí? Quem já leu a TMJ 87? Pois é. Foi uma história bem... interessante. Quer dizer, não foi algo que eu amei de paixão, mas também não odiei. Teve umas coisas legais, outras previsíveis, algumas me saíram forçadas... mas vá lá.

A história começa meio parecida com a ed. 55 – meu futuro, onde os alunos são levados a pensarem no que querem fazer um dia. Só que dessa vez o Licurgo mandou cada um listar o que é mais importante e seu computador “ultra-potente-de-última-geração” definiu para onde cada um deveria ir: para o hospital da cidade. Tudo a ver com todos eles, né?

Sei lá, confesso que achei um tanto forçado. Quer dizer, a Mônica até que conseguiu dizer onde as aptidões de cada um (exceto o Cebola) se encaixariam na medicina, mas ainda assim não acho que seja o sonho do Cascão e da Magali seguirem essa carreira.

Magali quer que todos comam melhor, não só os pacientes dos hospitais. E Cascão gosta de praticar esportes, colocar a mão na massa. Não faz parte do jeito dele ficar parado e só dando suporte aos outros atletas. Já a Mônica tem mais perfil para ser médica ou cirurgiã por causa do seu desejo de ajudar as pessoas. Aí sim encaixa bem no perfil dela.

Só faltou ela dizer onde o Cebola encaixava naquilo tudo, mas pelo visto ele pareceu não importar por causa da sua arrogância de achar que só os sonhos dele são grandiosos enquanto os dos outros são medíocres. Sério, achei isso uma total falta de respeito. Não cabe a nós julgar qual é o tamanho e a importância dos sonhos das pessoas. Acho que qualquer dia desses, alguém devia dar nele uma pequena lição de respeito e humildade.

Ah, não podemos esquecer da garota bonitinha de cabelo rosa que o fez, magicamente, passar a adorar estar no hospital e se interessar pela medicina: Nadine. Acho que foi essa a parte que todos esperavam, a hora em que ela ia aparecer e deixar a Mônica se mordendo de ciúme. Só que muita gente deve ter decepcionado quando a Mônica não se descabelou, gritou, chorou, babou e nem rolou no chão. Pois, gente, não se pode ter tudo.

Mas numa coisa a Mônica tem razão: o Cebola não pode mesmo ver mulher. Credo, parece o Titi! Foi só aparecer uma garota bonitinha para ele ficar todo babão! Calma lá, eu não estou achando ruim dele xavecar outra garota porque agora ele não deve satisfação a mais ninguém. Apenas fica a reflexão: se o rolo entre os dois ainda estivesse de pé, o que iria acontecer nessa história? A mesma coisa. O Cebola ia ficar babando pela garota, querendo se mostrar e a Mônica ia sofrer, morrer de ciúme, etc. mas no final acabaria perdoando a mancada dele.

Isso sem falar que ele ainda poderia criticá-la, jogar os defeitos na cara dela e fazer comparações com a Nadine. Só que nada disso aconteceu, ainda bem. Então posso dizer que eu nunca fiquei tão feliz por ela ter desencanado do Cebola quanto ao ler essa história. Sério, foi um alívio muito grande não ter o mesmo mimimi-dramalhão-ridículo-de-novela-mexicana novamente. Até o ar ficou mais leve ao meu redor.

Voltando a história, nós também tivemos a participação daquele médico rabugento paródia do Dr. House. Uma confissão: nunca assisti um único episódio do Dr. House na vida, então não posso falar muita coisa dessa paródia. Mas pelo que me lembro dos comerciais, acho que ficou bem parecido. O cara é chato, mala sem alça e com grande problema em falar com as pessoas. Um médico do qual eu iria querer distância. Se bem que eu quero distância de qualquer médico, mas isso é outra história. A turma logo achou ruim, só Nadine ficou feliz por encarar o chato rabugento.

Apesar de tudo, não tenho assim muita coisa para falar a respeito da história. Só que algumas situações ficaram bem forçadas. A maior delas foi o tal robô super realista que parecia mesmo ter tripas humanas. Quando Nadine falou que o sangue dele poderia até ser usado em transfusões, a primeira coisa que eu pensei foi: “mas por que não usaram um robô desses para conseguir o sangue que o DC precisava”? Aliás, se eles são capazes de fabricar sangue artificial que pode ser usado em humanos, por que não fizeram um bom estoque de tipos raros que podiam ser usados no DC?

Sei, sei, as duas histórias foram feitas por roteiristas diferentes, mas acho que deveria ter ao menos um pouco de coerência entre as edições, uma costura entre elas, entendem? Outra coisa que eu estranhei bastante foi a Mônica ter ficado um tempão no hospital e não ter dado nem uma passadinha no quarto do DC. Tipo assim, será que ele já recebeu alta? Creio que não, caso contrário teria aparecido na sala de aula junto com os outros.

Voltando ao robô, confesso que também achei forçado o hiper-realismo dele, tão real a ponto de simular todas as funções humanas e até desenvolver anticorpos. Mas tudo bem, é uma HQ, então exageros podem ser permitidos.

O Cebola xavecando a Nadine foi clichê e previsível. Claro, ele sempre irá atrás da garota bonitinha. Vou ser sincera: confesso que parte de mim shipou ele com a Sarah. Sim, sei que é doideira, mas imaginei que um dia podia rolar algo entre eles, por que não? Mas acho que o Cebola jamais iria se apaixonar por uma garota fora dos padrões (gordinha, gótica, cabelos azuis e ainda com cicatrizes de queimadura). Alguém como ele, que olha a aparência física antes de tudo, só poderá se sentir atraído por garotas dentro dos padrões. Que pena... Se bem que essa história é do Cassaro, não sabemos se ele tem autonomia para arrumar outra namorada para o Cebola.

Nós sabemos que só a Petra pode mexer no casal Mônica e DC, mas não sabemos se o mesmo se aplica ao Cebola, já que ele faz parte do drama.

O que eu achei da Nadine? Bem... uma personagem plana, um tanto perfeitinha, sei lá. Nada que realmente chamasse a atenção. Parece boa pessoa, que já tem um sonho definido e é apaixonada por ele. É inteligente, já sabe bastante coisa e adora desafios, o que acabou atraindo o Cebola (em segundo lugar depois da aparência). Mas tipo assim... Não foi uma personagem que realmente me intrigou como aconteceu com a Diana.

E também existe a chance de ela nunca mais aparecer no futuro, de ter sido somente aquela personagem que aparece numa única edição para nunca mais voltar. Se bem que o final foi promissor, então quem sabe dessa vez o Cebola desencalha? Pelo menos a garota é humana, então já é um grande avanço.

A história foi bem educativa. Talvez um pouco demais, porque achei que tinha muita informação e pouca ação. E situações bastante inverossímeis como bactéria malucas surgindo do nada e infectando o hospital inteiro em poucos minutos. E mais inverossímil ainda foi um grupo de jovens inexperientes operando um robô-humano para salvar o hospital da bactéria.

Sei lá, um tanto forçado para mim toda aquela cena deles operando o robô para conseguir o sangue dele. Eles não tinham nenhuma experiência e mesmo assim se saíram muito bem, especialmente a Mônica. Eu nunca pensei que ela tivesse uma mão tão firme e ao mesmo tempo delicada capaz de fazer uma cirurgia com tanta precisão sem tremer um milímetro. Sabe, acho que ela daria uma ótima cirurgiã!

Apesar de tudo, confesso que gostei da parte em que o robô ficou doido e começou a soltar tripa e sangue para todo lado. Isso sim foi bem legal, pena que durou pouco. Até falar a criatura falou! Bem sinistro, na verdade. Algo assim poderia até começar a pensar, se tornar mais humano, raciocinar... isso, claro, se ele tiver algo que simule um cérebro.

Outra coisa que estranhei foi o sangue do robô ter sido capaz de curar as pessoas apenas pelo contato com a pele. Mas tranquilo, acho que não teria sido adequado o Cebola aplicar injeção.

Pelo menos tudo terminou (facilmente) bem. A praga foi erradicada, todo mundo foi curado, o Cebola ganhou uma paquera nova e talvez um novo sonho: medicina.

No início, quando vi o Cebola se mostrando tão interessado na medicina, eu logo estranhei bastante e achei muito forçado. Quer dizer, ele decidiu que gosta da área só porque uma garota bonitinha falou algumas coisas? Desafios ele pode ter em qualquer lugar, por que especificamente na área da medicina?
Poréeemmmm... eu me lembrei da ed. 48, a dos zumbots. O que isso tem a ver? Lembram do que o Cebola do futuro criou nessa edição? Os NANITAS. E o que os NANITAS fazem? Curam as pessoas de diversas doenças, algumas consideradas incuráveis. Na época eu estranhei um pouco ele ter criado um produto que atendia a área médica, mas agora isso está fazendo bastante sentido.

Se ele por acaso estudar medicina e se formar, poderá unir esse conhecimento a área de tecnologia e criar os tais NANITAS. Se vai ou não detonar a humanidade é outra história e não vem ao caso. Bem, claro que não sabemos se ele vai continuar interessado em medicina, mas pelo menos tivemos uma costurinha bem pequenininha entre as Ed. 48 e 87. Talvez fique só nisso mesmo, vamos ver o que vem pela frente.

Essa foi minha crítica. No geral gostei da história, mas não foi algo que realmente me empolgou. A atuação do médico rabugento avesso a contato humano foi boa, gostei de ver os quatro trabalhando em equipe, da força que a Mônica deu ao Cebola nos seus momentos de dúvida e, principalmente, no fato de ela vê-lo xavecar a Nadine e não se descabelar de ciúme. Nessa história eles eram apenas amigos, não rolou nenhum clima e o Cebola pareceu ter desencanado, só não sei se é definitivo porque, como falei antes, o roteirista é diferente. Mas espero que continue assim.

Sei que um dia os dois vão voltar, mas acho que por enquanto é melhor que sigam como amigos sem nada de mais no meio. Se querem mesmo que os fãs aceitem a separação deles, o ideal é não criar muitas situações onde pareça ter sentimentos entre os dois ou ninguém nunca vai levar isso a sério.

Essa foi a crítica do mês. Confiram também as críticas do Canal Opinião Turma da Mônica Jovem:

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Nostalgia: Ed. 39 - Histórias de Arrepiar

19:30 8 Comentários


Vocês devem ter notado que estou escrevendo uma fanfic chamada “Quer brincar comigo?” onde aparece a Magali vestida de Maricota. Eu parei no capítulo 9 e só falta a conclusão. Aí eu pensei... que tal comemorar o encerramento da fanfic com uma critica da ed. 39, que me inspirou a história? Pois é. Hora da nostalgia!

Para quem não lembra, nesta edição o pessoal vai a uma festa a fantasia no dia das bruxas. Enquanto espera a festa começar, eles contam histórias de terror. Só que algumas coisas vão meio que dar errado mais para o fim.

Bom, para começar essa edição é dos bons tempos da TMJ em se tratando de traço e desenho, quando era um pouco mais puxado para o mangá e não tinhamos esses traços exagerados que vemos em algumas revistas atualmente.

O começo é simples: eles se reunem para ir a uma festa e acabam entrando numa casa de aparência velha e sombria. Lá eles conhecem a Bianca, aparentemente a pessoa que estava cuidando da festa. Os traços da bianca sempre me chamaram a atenção por causa dos olhos dela, que são bem parecidos com o estilo mangá e eu adorei os cabelos dela. E, claro, todos devem ter notado uma referência a Samara.

E devem ter notado também que a Bianca já cresceu o olho no Cebola, para desespero da Mônica. Pois é, naquela época ainda parecia haver alguma esperança para esses dois.

Como eles não tinham nada para fazer até a festa começar, todos decidiram sentar para contar histórias de terror. A da Mônica foi a primeira, só que acabou saindo tipo uma sátira da saga crepúsculo que saiu até bem engraçada com o Cebola de vampiro e DC de lobisomem contrariado.

O que eu achei engraçado nessa história foi o drama que o Cebola fazia da sua condição de vampiro enquanto a Mônica achava tudo legal e engraçado, especialmente a parte do brilho (e quando uma velhinha deu na cabeça dele com o guarda-chuva). Todo mundo sempre faz piada com o tal brilho do Edward que no final parecia mais uma fada com hábitos estranhos do que um vampiro. Sério, eu nunca consegui engolir esse lance de vampiro brilhar sob a luz do sol.

Tudo na história da Mônica foi zoação com essa saga, mas houve uma pequena mudança no final que na época não chamou assim muita atenção, mas hoje vejo que faz sentido: a parte em que o Cebola-Edward a dispensa e ela sai correndo pela floresta. Depois ele muda de idéia e corre atrás, mas chega tarde demais porque o DC-Lobo já estava com ela nos braços.

Claro que ninguém ficou assustado com a história exceto o Cebola, né? Será que isso não foi um aviso do que ia acontecer no futuro? Vejam bem: na ed. 09 do principe perfeito a Mônica diz que quem não tem interesse, não pode se importar em ser substituido. Agora temos a ed. 39 onde o Cebola, por fazer muito fiofó doce, dispensa a Mônica e quando se arrepende ela já está com o DC. Intrigante, não?

Mas como a história dela não assustou ninguém, chegou a vez do Cascão tocar um pouco de terror com uma história meio bizarra sobre um gêmeo maligno gerado pela sujeira que ficou na água da banheira. Nojento!

Esse clone maligno mostrou ser o lado sombrio do Cascão. Não tinha respeito por ninguém, agredia, vandalizava e não respeitava nem os pais. Esse lance de gêmeo do mal é bem usado na literatura, filmes, séries, etc. então eu não sei de onde, especificamente, o roteirista tirou a idéia.

A história dele teve um tom ligeiramente mais sombrio que o da Mônica, mais dinamismo e ação também com o Cascão correndo contra o tempo para derrotar seu gêmeo sujo e não desaparecer. Uma história bem a cara dele, com esse lance de ficção científica meio nerd.

No fim, ele se livrou do Cascão maligno graças a Cascuda, que o derrotou com água. Mas ficou a reviravolta no final: será que o Cascão que sobreviveu era mesmo o original ou a cópia maligna? A cara de mau dele deixou bastante dúvidas. Pode ter sido ele apenas tripudiando sobre o clone maligno que desapareceu, tipo cantando vitória. Ou então a personalidade do clone voltou para ele, que agora ficou com um lado bom e um ruim e no fim da história foi esse lado mau que falou. Ou então... são mil coisas, certo?

E agora temos a história da Magali, que me inspirou a escrever minha fanfic. A história aparentemente é simples, sobre uma menina que adorava sua boneca e estava sempre brincando com ela. Mas essa menina cresceu, foi esquecendo sua boneca e a lagou no fundo do armário. Então a boneca ganhou vida e voltou para se vingar. O de sempre. 

Essa foi minha história preferida, tanto que também tinha criado uma one-shot (dentro do armário) que foi tipo o começo e agora quer brincar comigo? Que foi a conclusão, onde eu dou minha própria versão de qual seria a verdadeira origem da Maricota. Foi uma história bem legal e com final triste.

Eu criei essa fanfic porque tinha reparado duas coisas nessa história:

1 – A fantasia da Magali é bem parecida com a da Maricota, com poucas diferenças. Talvez fosse uma forma de homenagear sua antiga boneca.

2 – Ao terminar de contar a história, Magali parecia realmente pesarosa e triste, como se ainda sentisse algum remorso pelo que tinha acontecido. Se era só uma história, por que ficar tão triste com o lance de “amigos que brigam, se magoam e nunca mais tem a chance de fazer as pazes”?

Claro que é apenas uma teoria, de repente não tem nada a ver e foi só uma história mesmo. Nós sabemos com a Magali é meio sentimental.

 Por fim, temos a história do Cebola que fechou o círculo de histórias e preparou para o terror que estava por vir. A história vocês já conhecem.

O que eu achei legal nessa história foi que os personagens estavm com a cara dos garotos da turma atual. Mas como sou muito distraída, acabei nem notando que a garota da história era a cara da Bianca. Vocês sabem, eu presto mais atenção ao texto do que nas imagens.

Por uma estranha coincidência inexplicável, o cafageste caloteiro tinha a cara do Toni. Nada a ver, né?

Uma pequena crítica a essa história são as roupas da bianca quando ela aparece dentro de casa sendo servida pelos criados. Se a história se passou a mais de cem anos (talvez final do seculo 19), então as roupas da Bianca não estavam corretas. Aliás, nem sei se aquele vestido grande também estava correto, mas enfim... as roupas da criada também não estavam corretas. Mulher nenhuma andaria com as pernas de fora no final do sec. 19.

Agora sabemos que essa história conta a origem da Bianca e que a roupa rasgada dela atualmente era o vestido de noiva que ela usava e se transformou em trapos. Que para que tudo ficasse ainda mais sinistro, ela cismou que o Cebola era seu amado e deu inicio a confusão onde ela quase sugou a vida dele.


Essa história pertence ao tempo em que o Cebola não era totalmente um zé ruela vacilão. Tanto que quando ele estava quase morrendo, pediu desculpas a Mônica por não ter conseguido derrotá-la e falou que a amava. Posso até estar enganada, mas se não me falha a memória essa foi a última vez que ele disse que a amava.

E foi exatamente por falar isso que Bianca resolveu mandá-lo embora junto com todo mundo. A cena dela na forma fantasma expulsando a todos foi de grande impacto, bem assustadora mesmo. Tanto que até virou capa do meu blog no mês de outubro e tem png dela na galeria.

A história foi boa. Eu não diria épica, mas gostei bastante. Tanto que até criei, tempos atrás, uma fanfic chamada Possessão que seria tipo a continuação dessa história.

Os personagens foram bem desenhados, gostei dos traços, pareciam ter mais detalhes e ao mesmo tempo mais puxados para o mangá. Gostei especialmente dos desenhos da Denise e da Marina no final da história. Ficaram lindos e bem feitos. O desenvolvimento foi bom e as cenas de ciúme da Mônica também foram engraçadas sem serem exageradas e partir para a briga.

Uma coisa que eu não entendi foi por que na ed. 69 o Cascão falou que o Cebola tinha xavecado a Bianca, sendo que nada disso aconteceu. Justiça seja feita: ela deu de cima dele sim, jogou charme, olhares e sorrisos, mas em momento algum ele correspondeu. Tanto que a Mônica nem brigou com ele. A hostilidade dela foi dirigida a Bianca, não ao Cebola.

Bom, essa foi minha crítica nostálgica. Ela demorou um pouco a sair porque eu estava refazendo o desenho da Bianca com aquele vestido, que eu sempre achei bonito e queria fazer a bastante tempo. Também fiz outras versões com a Mônica e a Magali. Tem png e quebra-cabeça.


Agora, sem mais delongas, o final da fanfic “quer brincar comigo?” - Descanse em paz, finalmente.

E não deixem de conferir a crítica do Canal Opiniao Turma da Mônica Jovem: