Sinopse:
“No mundo de Tana existem cidades rodeadas por muros são as
Coldtowns. Nelas, monstros que vivem no isolamento e seres humanos ocupam o
mesmo espaço, em um decadente e sangrento embate entre predadores e presas.
Depois que você ultrapassa os portões de uma Coldtown, nunca mais consegue
sair. Em uma manhã, depois de uma festa banal, Tana acorda rodeada por
cadáveres. Os outros sobreviventes do massacre são o seu insuportavelmente doce
ex-namorado que foi infectado e que, portanto, representa uma ameaça e um rapaz
misterioso que carrega um segredo terrível. Atormentada e determinada, Tana
entra em uma corrida contra o relógio para salvar o seu pequeno grupo com o
único recurso que ela conhece: atravessando o coração perverso e luxuoso da
própria Coldtown. A Menina Mais Fria de Coldtown, da aclamada Holly Black,
é uma história única sobre fúria e vingança, culpa e horror, amor e
ódio.” Skoob / Orelha
de Livro
Interessante, não? Pois bem. Eu achei a sinopse bem legal e
resolvi ler o livro achando que era uma aventura bem fantástica em outro mundo.
Qual não foi o meu choque ao ver que na verdade era história de (blargh!)
vampiro!
Confesso que nunca gostei muito desse gênero. Meio chatinho,
sei lá. Criaturas que se alimentam de sangue, não podem ver a luz do sol e nem
comer um bolo de chocolate? Tô fora! Mas confesso que acabei até gostando do
livro apesar de tudo. É uma história de vampiro sim, mas contada de um jeito
diferente.
Para começar, o vampirismo é tipo uma doença que é
transmitida quando um vampiro morde um ser humano. Quando a pessoa é mordida, em
72h ela desenvolve os sintomas da gripe e começa a ter um desejo incontrolável
por sangue humano. Se ela conseguir passar uns oitenta dias sem tomar sangue,
acaba sendo curada. Porém... se beber sangue, se transforma num vampiro para
sempre. E num daqueles vampiros clichês, que nem podem sair durante o dia
porque se queimam com o sol.
Esquisito, mas original e até que gostei.
Como a infecção estava se espalhando, o governo criou
lugares de quarentena chamados Coldtowns, para onde os infectados eram mandados
para não continuarem espalhando a doença. Só que algumas dessas cidades
acabaram se transformando em
grandes BBB e várias pessoas começaram a ir para lá não só
porque foram infectadas e sim porque queriam fama, glamour e algumas queriam
até se transformar em vampiros.
É para uma dessas Coldtowns para onde vai Tana após a
tragédia que aconteceu ao seu redor. Ela leva consigo o seu ex-namorado que não
passa de um tremendo traste e um vampiro que ela encontrou preso dentro de
casa. Outras pessoas vão se juntando a ela durante a jornada.
Esse vampiro que ela tirou da casa guarda um segredo bem
sinistro e aos poucos vamos conhecendo esse personagem. Confesso que acabei
gostando mais dele do que do ex-namorado mala-sem-alça dela.
A história narra a jornada de Tana e seus amigos até a
Coldtown mais famosa de todas, as dificuldades que enfrentam pelo caminho e
todo um mistério ao redor do vampiro que foi junto com ela. Ela luta para
sobreviver dentro dessa cidade que parece ser tão bonita e atraente, mas que na
verdade esconde muitos perigos e pode ser bem sombria.
Há tantos vampiros como humanos vivendo nessa cidade,
tentando manter um equilíbrio entre predadores e presas. Afinal, se todo mundo
virar vampiro, eles vão se alimentar do quê?
As pessoas veem essas cidades de fora, pela internet.
Existem fóruns, comunidades, toda uma legião de fãs que acompanham o quotidiano
de um vampiro muito famoso que vive nessa cidade. Imagino que para uns pode ser
meio bobo, mas eu achei interessante. Quer dizer, o ser humano pode ser bem
espírito de porco as vezes. Uma infecção grave que transforma as pessoas em
vampiros se espalhou e povo só quer saber de BBB vampiresco? Pensando bem,
confesso que é para dar risada mesmo.
Tana é corajosa, uma guerreira mesmo. Acaba enfrentando
vampiros e até matando alguns em nome da sobrevivência.
O livro é narrado em terceira pessoa, misturando fatos do
presente com lembranças de Tana do passado, inclusive algo triste que aconteceu
na sua infância. Esses flashbacks podem ser meio chatinhos, mas são importantes
para entender como a sociedade chegou ao ponto em que ficou e também entender o
passado de Tana.
Não tem assim aquele banho de sangue que se espera em
histórias de vampiro, nem muita adrenalina. Tem alguma, mas acho que os fãs
desse gênero de história geralmente gostam de muito mais, de crueldade,
sadismo, sangue, essas coisas. Ainda assim é uma boa leitura, eu diria que é
até bem leve. Dá para entreter e passar o tempo.
O final não foi bem o que eu gostaria, mas foi bom assim
mesmo. Pelo menos deixou alguma esperança e até daria uma brecha para fazer a
continuação do livro, mas o autor ficou só nesse mesmo.
Para quem quer uma história diferente de vampiros, eu
recomendo “a menina mais fria de Coldtown” da autora Holly Black.
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