sexta-feira, 6 de setembro de 2013

TMJ# 61 - A nova Mônica: Críticas

Eu estava esperando passar um tempo para ver se conseguia gostar da história. Mas acho que se for esperar por isso, vai demorar muito, mas muito mesmo.

Sei que muita gente deve ter gostado, mas eu vou ser sincera: a meu ver, é a história mais fraca do ano inteiro. Acho que ela valeu mais pela mensagem que passou do que pelo roteiro em si.

A história quase não teve ação, somente a lenga-lenga da Mônica tentando mudar o tempo inteiro para no fim continuar do jeito que era. E, claro, sempre falando sobre os zilhões de defeitos da Mônica, que ela é isso, aquilo, aquilo-outro, blábláblá... tipo assim, é como se todos da turma fossem deuses perfeitos e a Mônica a única mortal defeituosa cheia de problemas e falhas.

Quando comecei a ler, de cara me senti mal ao me deparar com o eterno dramalhão entre a Mônica e o Cebola. Sei lá, senti uma coisa ruim no estômago, uma espécie de enjôo. Foi bem desagradável porque eu, como muitos leitores, estou cansada desse drama que não se resolve nunca.

Caramba, eles repetiram a mesma coisa da Ed. 59 quando eles começaram a história brigando! Será que eles vão ficar pendurados nesses dois a vida inteira?

Se bem que meus olhos até iluminaram um pouco quando o Cebola “terminou” tudo com a Mônica. Confesso que fiquei alegre por um tempo achando que finalmente iam acabar com esse eterno mimimi.

Eu também gostei de ver que, diferente as outras edições, a Mônica não ficou de chorume pelos cantos. Ela pareceu ter aceitado numa boa o fim e até se permitiu gostar de outras pessoas. Sejamos justos: nesse ponto eles mandaram muito bem. Pode ser que meu sonho de vê-la tomar vergonha na cara se realize algum dia. Quem sabe?

E numa coisa eu concordo com a Magali em gênero, número e grau: as coisas entre eles já está começando a dar no saco mesmo! Os dois não se entendem nunca, sempre brigando e trocando farpas. Sentimento nenhum, por maior que seja, suporta esse tipo de coisa. E ela está totalmente certa ao falar que nem os leitores agüentam isso. Pelo visto, o pessoal da TMJ já sabe muitíssimo bem que todo mundo está começando a ficar de saco cheio desse eterno drama que nunca se resolve.

Claro que eles saberem é uma coisa, fazer algo a respeito é outra muito diferente. Afinal, uma coisa eu tenho que admitir: é esse drama que faz vender revista. Eles não são loucos de matar a galinha dos ovos de ouro, certo?

O conselho que ela deu para a Mônica (esquecer quem não a merece), foi perfeito. Claro que isso nunca vai acontecer, mas que o conselho foi bom, foi sim.

Ao que parece, o foco da história é a crença de que mudar o visual muda o interior da pessoa. Por um lado, pode até mudar o humor e o estado de espírito. Mas mudar a pessoa realmente a ponto de eliminar seus defeitos, isso não acontece. A Mônica precisou aprender que mudar o visual não muda sua personalidade.

Foi bem interessante ela tentar se diferente, mas parece que cometeu o erro de achar que garotas delicadas e meigas são frescas, choronas e burras. Fresca porque ela começou a se comportar como uma donzela indefesa a ponto de o Cascão preferir ela como antes. ninguém agüenta gente chorona.

E burra porque ela achou que ser delicada e sensível é ser boba e tapada. Ela tentou ser delicada com a Carmem e acabou fazendo o maior papel de trouxa. Aliás, isso é até uma boa lição para os leitores.

Ser bom não é ser bobo. Não podemos deixar que as pessoas abusem de nós. Mesmo quando erramos, isso não é desculpa para que as outras pessoas pisem em cima sob o pretexto de estarmos compensando nossos erros.

E ser delicada também não é ser capacho como aconteceu com ela e o Toni. Por pouco ela não vira uma retardada submissa sem vontade própria. Se bem que numa coisa eu concordei com o Toni: o pessoal da turma reclama da Mônica, fala que ela é isso e aquilo, mas na hora do aperto vai todo mundo atrás dela para pedir ajuda. O Dudu, por exemplo, quando teve o dinheiro roubado, foi logo atrás da Mônica para pedir ajuda e ainda agiu como se ela tivesse obrigação de fazer alguma coisa.

Talvez estivesse na hora de ela aprender a colocar alguns limites mesmo, não deixar que todo mundo a faça de burro de carga.

Ainda bem que o DC apareceu para fazê-la abrir os olhos e perceber a roubada onde estava se metendo, caindo mais uma vez na lábia do Toni. Vamos ver se agora ela aprende que esse aí não vale nada. Aliás, faz tempo que ele não tem uma participação expressiva. Esse "triângulo" entre a Mônica, Cebola e ele está me saindo muito mixuruca. Já vi melhores.

O final foi previsível com o Cebola indo procurá-la para resolver as coisas. Só fiquei surpresa ele ter levado a Irene, mas pelo menos as duas pareceram ter feito as pazes. Quer dizer, assim espero, né? Porque na Ed. 50 elas se entenderam no final e nas próximas a picuinha voltou de novo. Espero que eles sejam mais coerentes nas próximas edições.

Por falar em coerência, eu já vi que na próxima edição a Mônica vai aparecer com o cabelo antigo. Será que ela vai passar algum tônico de crescimento acelerado nos cabelos para eles crescerem tão rápido? Sim, porque ao que parece, eles não pretendem manter essa mudança. Ela mesma falou no fim da história que vai usar esse estilo de vez em quando.

Agora, alguém consegue me explicar como se usa um corte de cabelo num dia e depois faz voltar tudo ao normal no outro? Acho que um pouco de coerência não faz mal a ninguém, certo? se um personagem corta o cabelo numa história, o correto seria que ele aparecesse com o mesmo corte na história seguinte, porque no mundo real cabelos não crescem tanto num dia para outro.

Enfim... tirando a participação da Denise, hilária e divertida como sempre, e a do DC que não aparecia há várias e várias edições, eu achei essa história bem fraquinha. Na verdade, a pior do ano. A mensagem que tentaram passar foi boa, não nego. Mas sei lá... continuo sentindo falta das historias antigas.

Antes que eu me esqueça... alguém aí além de mim sentiu que faltou alguma coisa nessa história? Tipo assim, eles puseram a Xabéu abraçando o Cebola junto com a sinopse dessa edição e nada dela aparecer. Sei lá, foi bem estranho. 

A propósito, estou esperando ansiosamente pela continuação de sombras do passado, porque pelo visto vai ser a única história realmente boa que teremos esse ano.

Eu ainda vou fazer um png dessa edição, só que ainda estou encalhada no desenho do Chico Moço. Estou fazendo um curso que ocupa boa parte do meu tempo livre, então as coisas poderão demorar um pouco mais de o normal.