Lembram de quando falei do livro A hora do Vampiro? Pois
é. Eu gostei tanto que acabei me animando a ver o filme. Mas não
foi um filme só não, foram 3! Mas como?
Bem, é que primeiro tem a versão de 1979 que na verdade foi
uma minissérie. Depois tem outro filme Os
Vampiros de Salem´s Lot – O Retorno feito em 1987 que teoricamente seria uma
continuação do primeiro. E por ultimo tem o filme produzido em 2004. Vamos por
partes:
A mansão Martesn
(1979) – Esse me fez lembrar o porquê de eu preferir ver primeiro o filme e só
depois o livro. Sempre que faço o caminho inverso, me decepciono. Vejam bem: eu
entendo que não dá para fazer o filme 100% fiel ao livro. Algumas coisas vão
precisar ser mudadas/cortadas. Quando o enredo sofre alterações, mas mantém o
essencial e as principais passagens, ainda vá lá. O problema é quando mudam
tanto a história que a gente quase não reconhece. Basicamente, criaram uma
história diferente usando os nomes dos personagens. Acho que a única coisa que
permaneceu mais ou menos foi o final.
Só nunca consegui
entender por que mudaram a aparência do chefe dos vampiros, já que no livro ele
até tinha boa aparência, mas no filme ficou parecendo uma toupeira zumbi.
Os Vampiros de
Salem´s Lot – O Retorno (1987) – Nada a ver com o livro ou o primeiro filme.
Basicamente, o diretor só aproveitou o nome e a capa para atrair o público, mas não há
menção nenhuma a história original, nem a casa Marsten (peça central sem
dúvida). Ficou até estranho porque os vampiros dizem que habitam a cidade há
uns 300 anos. Isso mostra desconexão total com o livro.
A história não é
complicada. Um homem leva seu filho chato reclamão adolescente de
volta à sua cidade natal em busca de uma vida mais calma. Mas acabam
descobrindo que Salem's Lot é um lugar com mais vampiros do que pessoas. Mas
por enquanto os dois estão seguros porque os vampiros querem que o
protagonista, um antropólogo com experiência em escrever sobre os costumes de
outras sociedades, escreva uma espécie de bíblia para ser publicada
dentro de uns 200 anos. Nessa bíblia teria a história dos vampiros contada pelo
ponto de vista deles para mudar a forma como as pessoas os vêem.
Nessa sociedade, os vampiros criam vacas para viverem do
sangue delas. Há até algumas pessoas que trabalham na cidade, que eles chamam
de “zangões” e fazem serviços que precisam ser feitos durante o dia. É uma
sociedade organizada e quase tão normal como qualquer outra, com a diferença de
que os vampiros trocam o dia pela noite.
Só que nem tudo são flores. Os vampiros não atacam os
humanos o tempo inteiro, pois tem as vacas. Mas fazem isso em ocasiões
especiais para relembrar os velhos tempos. E eles parecem ver os humanos como
criaturas inferiores. Tanto que até questionam se humanos são capazes de amar.
É um filme interessante porque tem nele um caçador de
nazistas que também mata vampiros. Percebem a analogia? Fora isso, o filme é
bem fraquinho. O roteiro é lento, pouco desenvolvimento e os efeitos são bem
tristes, parecem aquela coisa de filme trash. Tem um vampiro que fica com cara
de monstro quando se enfurece e dá para ver claramente que é só uma máscara de
borracha. Muito mal feito.
A mansão Marsten (2004) – dos três é o melhor porque segue
mais o livro ainda que tenha várias diferenças. A maior dela é a história se
passar por volta de 2004 ao invés de 1979. Até que ficou bom assim porque fica
mais familiar para as pessoas.
Os efeitos desse filme também ficaram melhores. Claro que
também tiveram que mudar muitas coisas, alguns personagens nem apareceram,
outros foram modificados demais. Mas pelo menos eles mantiveram os principais
eventos do livro e fiquei feliz em ver no filme cenas da história de que tinha
gostado.
Um dos poréns é um personagem chamado Mark, um garoto bem
esperto para sua idade e com uma capacidade incrível de se manter calmo em
momentos que deixariam qualquer adulto louco. O Mark do filme não representou
muito bem o do livro, mas acho que quiseram ser mais realistas deixando-o mais
próximo de um adolescente comum.
O final é basicamente o mesmo, mas o fim que o protagonista
levo foi diferente e confesso que não gostei muito desse desfecho. Se bem que
determinado personagem do livro também se lascou e achei que foi merecido.
Eu só vi esses filmes porque tinha gostado bastante do
livro. Até que valeu a pena e foi uma boa experiência. Eu recomendo as duas
versões, a de 1979 e a de 2004. Já o de 1987 é meio que perda de tempo porque
não fala nada da história original.
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