A crítica de hoje é sobre a ed. 35 do Chico Moço. Parece que
ele finalmente cedeu aos encantos dos jogos digitais e se envolveu muito em um
jogo que é bem a sua cara: cuidar de terras e plantações, vencer pragas, etc.
Chico não é do tipo jogador, mas ele acabou gostando do jogo
e até se dando muito bem nele, tanto que atraiu uma legião de fãs e até passou
a ganhar dinheiro para jogar, fazer testes e atrair mais fãs ainda.
A história foi boa, na média. A melhor parte foi ver os pais
desesperados ao saber que o filho estava “ganhando dinheiro no jogo”.
Eu nunca fui muito de jogos online. Às vezes jogo o Amor
Doce e só. Sei lá, tomam muito tempo e não rendem nada. Acho que não tenho
paciência mesmo.
O desenvolvimento da história foi bom e natural ao meu ver. Mostrou
que não há nada de errado em gostar de jogos contanto que a pessoa não deixe de
viver sua vida por causa disso. Foi meio difícil para o Chico se sentir atraído
para o jogo porque é tudo virtual. Apesar de ser algo que trabalha com a terra,
nada era feito manualmente, não despertava nele a mesma satisfação que mexer na
terra lhe trazia.
Como cresceu sem vídeo-game e outras modernidades, o Chico
não dava muita importância e preferia coisas mais práticas, como interagir com
o mundo real ao invés de ficar com a cara colada no computador. Mas interagir
virtualmente também é bom, contanto que as pessoas não fiquem só nisso.
Aos poucos ele foi aprendendo a gostar do jogo, atraiu fãs e
ficou famoso na internet. E ele estava até ganhando dinheiro e ajudando seus
pais, o que era melhor ainda. Mas com o tempo ele foi percebendo que as pessoas
estavam deixando de viver só para ficar em função do jogo.
A atitude dele de deixar tudo terminar foi bem rebelde e
surpreendente. Diria que foi muito corajosa porque se tratava do seu ganha pão.
Ele teve que ser forte para não se deixar levar pela opinião dos outros para
passar a sua mensagem.
O bom é que as pessoas entenderam sua mensagem e não houve
uma rebelião geral contra ele por ter deixado tudo se acabar.
Mas tudo terminou bem porque a dona do jogo entendeu e lançou outra versão do jogo que controlava
o tempo em que a pessoa ficava online, o que era bom pois impedia o jogador de
se exceder e ficar só no jogo.
E o Chico seguiu sua vida, preferindo ficar no real mesmo.
Mas ele não abandonou a internet de todo, pois resolveu virar youtuber
ensinando a mexer com a terra. Seria bom se desenvolvessem mais isso no futuro,
quem sabe transformar em algo rentável para ele.
A história foi legal, os cenários do jogo ficaram muito bons
pois conseguiram criar um ambiente virtual bem bacana para os jogadores. Gostei das versões tecnológicas das ferramentas, do fazendeiro e até do gafanhoto destruidor de mundos. E
gostei que a dona do jogo não fosse uma criatura gananciosa que só pensa em
ganhar dinheiro acima de tudo, mas alguém preocupada com o bem estar dos jogadores
também. Pelo menos fugiram do clichê empresário/olho grande/fominha/ganancioso.
Ah, e vocês repararam na participação especial do Xaveco?
Bem, pelo menos o cabelo parece bastante, não é?
Espero que tenham gostado da crítica. Daqui a pouco tem
mais!
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