quinta-feira, 12 de abril de 2018

CBM#35: Social Game - Críticas



A crítica de hoje é sobre a ed. 35 do Chico Moço. Parece que ele finalmente cedeu aos encantos dos jogos digitais e se envolveu muito em um jogo que é bem a sua cara: cuidar de terras e plantações, vencer pragas, etc.

Chico não é do tipo jogador, mas ele acabou gostando do jogo e até se dando muito bem nele, tanto que atraiu uma legião de fãs e até passou a ganhar dinheiro para jogar, fazer testes e atrair mais fãs ainda.

A história foi boa, na média. A melhor parte foi ver os pais desesperados ao saber que o filho estava “ganhando dinheiro no jogo”.


Eu nunca fui muito de jogos online. Às vezes jogo o Amor Doce e só. Sei lá, tomam muito tempo e não rendem nada. Acho que não tenho paciência mesmo.

O desenvolvimento da história foi bom e natural ao meu ver. Mostrou que não há nada de errado em gostar de jogos contanto que a pessoa não deixe de viver sua vida por causa disso. Foi meio difícil para o Chico se sentir atraído para o jogo porque é tudo virtual. Apesar de ser algo que trabalha com a terra, nada era feito manualmente, não despertava nele a mesma satisfação que mexer na terra lhe trazia.

Como cresceu sem vídeo-game e outras modernidades, o Chico não dava muita importância e preferia coisas mais práticas, como interagir com o mundo real ao invés de ficar com a cara colada no computador. Mas interagir virtualmente também é bom, contanto que as pessoas não fiquem só nisso.

Aos poucos ele foi aprendendo a gostar do jogo, atraiu fãs e ficou famoso na internet. E ele estava até ganhando dinheiro e ajudando seus pais, o que era melhor ainda. Mas com o tempo ele foi percebendo que as pessoas estavam deixando de viver só para ficar em função do jogo.

A atitude dele de deixar tudo terminar foi bem rebelde e surpreendente. Diria que foi muito corajosa porque se tratava do seu ganha pão. Ele teve que ser forte para não se deixar levar pela opinião dos outros para passar a sua mensagem.

O bom é que as pessoas entenderam sua mensagem e não houve uma rebelião geral contra ele por ter deixado tudo se acabar.

Mas tudo terminou bem porque a dona do jogo entendeu  e lançou outra versão do jogo que controlava o tempo em que a pessoa ficava online, o que era bom pois impedia o jogador de se exceder e ficar só no jogo.

E o Chico seguiu sua vida, preferindo ficar no real mesmo. Mas ele não abandonou a internet de todo, pois resolveu virar youtuber ensinando a mexer com a terra. Seria bom se desenvolvessem mais isso no futuro, quem sabe transformar em algo rentável para ele.

A história foi legal, os cenários do jogo ficaram muito bons pois conseguiram criar um ambiente virtual bem bacana para os jogadores. Gostei das versões tecnológicas das ferramentas, do fazendeiro e até do gafanhoto destruidor de mundos. E gostei que a dona do jogo não fosse uma criatura gananciosa que só pensa em ganhar dinheiro acima de tudo, mas alguém preocupada com o bem estar dos jogadores também. Pelo menos fugiram do clichê empresário/olho grande/fominha/ganancioso.

Ah, e vocês repararam na participação especial do Xaveco? Bem, pelo menos o cabelo parece bastante, não é? 


Espero que tenham gostado da crítica. Daqui a pouco tem mais!



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