quarta-feira, 14 de agosto de 2013

TMJ#60: Os opostos se atraem - Críticas

Eu sei que estou super atrasada com a crítica da ed. 60, mas aconteceram tantas coisas esse mês! O fim da Gibiteca realmente me deixou bolada. Mas vamos tentar seguir em frente, né?

Bem, confesso que a história foi bem interessante. Uma coisa que eu gosto muito é de esperar uma coisa e vir outra para me surpreender. Coisas previsíveis demais não têm graça nenhuma.

Sejam sinceros: quando falaram em “os opostos se atraem”, em quem vocês pensaram? Uns devem ter pensado no Cascão e na Cascuda. Outros na Carmem e no Cascão. Mas será que eles não estariam falando da Carmem e da Cascuda? Considerando que elas se mostraram opostas durante a história, acabei chegando a conclusão de que o título falava delas.

E será que alguém esperava que ELAS iam fazer o trabalho em dupla? Eu também não. Estava imaginando que ia ser a Carmem e o Cascão. Ponto positivo, adorei esse desfecho inesperado.

Sabe, uma coisa que gostei na história é que vi bastante de mim na Cascuda. Como ela, eu era meio caxias na escola e detestava o falatório que o pessoal fazia durante as aulas. O pior era que nem adiantava falar nada, porque sempre vinha a mesma resposta: “os incomodados que se retirem”. Pois é. E nem adiantava continuar discutindo porque senão dava briga. Era um saco mesmo.

Se bem que eu já tive uma professora de química que nem ligava para a bagunça, mas na hora da prova castigava sem dó. Aí só dava neguinho desesperado pedindo cola.

Voltando ao assunto, confesso que esperava um pouco mais da participação do Licurgo. Esperava que ele tivesse feito algo realmente maluco, extraordinário e sem pé nem cabeça. Mas tranqüilo, acho que a trama precisava ser centrada mais na Carmem e na Cascuda do que nele.

Outra coisa que me trouxe muitas lembranças na história foi o lance do trabalho em dupla, que eu sempre detestei. Aliás, eu nunca gostei de trabalho em grupo, dupla ou qualquer coisa parecida. Sempre preferi trabalhar sozinha. Agora, colocar toda a nota do semestre num trabalho só foi bem tenso, heim? Agora que todo mundo já tirou a nota, ninguém vai querer prestar atenção nas aulas dele daqui em diante. A propósito, ele dá aula de que mesmo? Até hoje eu não sei!

E que dupla eles foram formar, heim? Juntaram uma aluna esforçada com uma patricinha desmiolada. No lugar da Cascuda, eu teria ficado estressada também, apesar de achar que ela exagerou bastante ao mostrar tanta hostilidade assim logo de cara, sem nem ao menos tentar melhorar as coisas com a Carmem.

E por uns instantes até cheguei a ficar com pena dela, porque a Cascuda levou tudo muito a ferroe fogo. Escrever os trabalhos não é mole não, eu detestava fazer isso porque minha letra sempre foi horrorosa.

Agora, a briga da Cascuda com o Cascão e a Carmem foi bastante tensa, não foi? Ela até parecia a Mônica, que foi logo soltando fogo sem deixar ninguém se explicar. Quanta confusão! Bem... quem nunca agiu por impulso na vida? Acontece até com as pessoas mais racionais.

O que aconteceu logo em seguida não foi exatamente original porque já tinham usado antes a idéia da Carmem entrando no meio de briga de casal. Mas pelo menos o desfecho foi bem diferente e fiquei surpresa ao ver a Carmem sendo capaz até de bolar um plano inteligente para juntar os dois. É como a Mônica disse: ela não é má ou tonta o tempo inteiro. Só na maioria das vezes, mas de vez em quando seus dois neurônios servem para alguma coisa. Claro que ela geralmente precisa de uns dois ou três quadrinhos para entender alguma coisa, mas tudo bem.

O que eu mais gostei nessa história foi terem dado mais ênfase em personagens que normalmente não aparecem tanto, como a Carmem e a Cascuda. Geralmente elas só fazem papéis secundários e não vemos muito a personalidade delas. Foi interessante terem aprofundado mais na Cascuda e mostrado melhor seu perfil. E uma coisa que ela falou é realmente verdade:

Todo mundo estranha uma garota ser estudiosa e esforçada, mas acha normal ela ser fútil, fofoqueira e cabeça de vento. É como se ninguém esperasse ver uma garota se esforçando nos estudos para ser alguém na vida. Sei como é isso.

E confesso que achei a Mônica assim meio... intrometida por ter se incomodado demais com o problema dos dois. Mas no fim ela acabou dando aquela força para eles e até sacou o lance da Carmem. Também, né! Depois de anos convivendo com o Cebola, é normal que ela consiga farejar planos de longe.

Ler essa história me lembrou de outra que eu tinha lido há um tempo atrás no gibi. Não me lembro o título, mas nessa história a Cascuda usou um perfume novo e ficou com raiva porque o Cascão não percebeu. Então, para agradá-la, ele resolveu aprender mais sobre perfumes e se meteu em confusão.

A Carmem percebeu isso e se prontificou a ajudar o Cascão dizendo que a Cascuda era sua amiga. Parece que na infância o relacionamento entre elas era melhor, já que alguém como a Carmem nunca pareceu ser do tipo que se preocupa com os outros a ponto de fazer algo assim. Por isso eu estranhei um pouco eles terem colocado as duas apenas como pessoas que se toleram por causa das amizades em comum.

Outra coisa que eu também não estou conseguindo entender é ficarem falando que a Cascuda usa água oxigenada sendo que nos gibis ela sempre foi loirinha e não faz o menos sentido uma garotinha de 7 anos tingir os cabelos.

A propósito, o que o Titi e o Jeremias estavam fazendo na sala da Mônica? Eles não são mais velhos que o resto da turma? Ou será que regrediram uma ou duas séries? Acho que colocaram os dois só para fazer volume mesmo, mas que ficou estranho ficou.

Tem outro erro também. Quando a Mônica vai na casa da Carmem conversar com ela, na página 120 a Carmem aparece sem a mochila nas costas. Depois a mochila aparece na página 121 e depois desaparece nas páginas seguintes. Aliás, eu achei que o desenho da Carmem ficou muito diferente, inclusive o cabelo que não tem aquela franja.

Eu ainda vou fazer alguns pngs, só que vai levar um tempinho. Tem umas imagens na revista que achei legais e vou refazê-las. Mas no mês que vem eu não sei como vai ser porque como sabem, a Gibiteca saiu do ar e era dali que eu pegava as edições. Uma grande perda para todos.