Há tempos estávamos esperando uma boa saga com aventura de
verdade. Ainda bem que a MSP resolveu atender as nossas preces.
O começo da história meio que me deu arrepios porque vi logo
de cara Cebola e Mônica. Mas fiquei aliviada ao ver que pelo menos não estavam
brigando. Era uma noite linda, eles estavam observando as estrelas para fazer
um trabalho para o Licurgo e tudo parecia bem. A propósito, o Licurgo dá aula
de quê mesmo? Parece que ele sempre dá esses trabalhos malucos. Astronomia? Só
ele mesmo!
Pelo menos a lenga-lenga não demora muito, porque com a
queda da nave da Xabéu, tudo começa a ficar emocionante. Nessa parte, o Cascão
foi muito engraçado com sua neura de alienígenas dominadores de cérebro. E a
Magali complementou bem fazendo a piada com o cérebro dele. Poxa, será que é
tão pequenininho assim?
Tudo estava indo bem até... argh! Começar o eterno
mimimi-dramalhão-ridículo-de novela-mexicana entre a Mônica e o Cebola.
Confesso que meu estômago até embrulhou nessa hora e se não fosse uma saga de
aventura, eu teria abandonado a leitura no meio do caminho.
Mas como a história prometia ser boa, resolvi ignorar esse
tropeço. Afinal, vocês sabem tanto quanto eu que vai ser a mesma coisa: Cebola
se engraça com outra garota, ignora a Mônica, ela morre de ciúme, sofre um
monte e no fim os dois se entendem. Fim. A mesma palhaçada de sempre, sem tirar
nem por.
Continuando, o desenvolvimento foi bom e gostei da
dramaticidade transmitida pelo relato da Xabéu, de como Cabeleira Negra atacou
a nave e ela teve que fugir as pressas. Sem falar que achei mega-fofo o
Astronauta ter mentido sobre o problema na comunicação só para convencê-la a
fugir. Awww! Será que vai rolar? Será? Uia!
Agora, eu achei que a parte do Xaveco sendo ignorado saiu
meio assim... forçado demais. Quer dizer, é engraçado ele ser o personagem
secundário e tudo, mas ser tratado como um ser inexistente até pela própria
irmã? Forçaram a amizade, hein?
Foi bem pensada a confusão e surpresa dos soldados que
vigiavam a nave ao ver aqueles jovens sendo autorizados a examiná-la. Pois é,
os tempos estão mudando! Só achei que o Franja foi assim meio grosseiro ao
deixar os outros três de fora. Ora, então por que os levou? Para enfeite?
Ah, claro, mais mimimi-lenga-lenga da Mônica com o Cebola.
Vou pular essa parte desagradável e ir logo para a mais emocionante: quando o
Cascão (só podia ser!) ligou a nave por acidente e a fez decolar. Depois ficou
num aperto tão grande que chamou até o Capitão Feio! Como era de se esperar,
Mônica e Magali deram um jeito de pegar uma carona e no fim todos foram
colocados dentro da nave. Uma bela forma de ir parar no espaço. Aí foi só a
nave ser capturada por um dos capangas da Cabeleira Negra e pronto. Simples e
fácil!
Sejam sinceros, foi ou não foi engraçado o alienígena chamar
todos eles de larvas? Sei lá, acabei imaginando um monte de larvinhas se
contorcendo.
Eu fiquei curiosa com o tal mercenário que aprisionou os
três. Para não tê-los desintegrado, é capaz que tenha algum traço de bondade
nele, pois ele não quis machucá-los por serem “larvas”. Será que ele ai
aparecer na próxima edição? Seria um bom personagem para aproveitar. Curioso que
olhando através do visor do capacete, dá para ver que ele tem olhos humanos.
Bom, tudo parecia perdido quando a Mônica resolveu enfiar o
pé na jaca e detonar com os piratas de uma vez. Ah, nada como ver a boa e velha
Mônica em ação! Sim, porque já estava dando no saco vê-la praticamente inerte
por causa daquele papo de que não resolve mais as coisas com força bruta.
Depois disso foi planejar o próximo passo para conseguir
mais naves e enfrentar a frota da Cabeleira Negra. Ainda não sei como irão
fazer isso só com quatro naves, mas como são os mocinhos, sabemos que tudo vai
dar certo no fim. Pelo menos coragem e disposição eles têm.
Agora vem a parte mais interessante, quando aparece a
Cabeleira Negra junto com o Astronauta. Eles conseguiram transformá-la numa boa
vilã, bem cruel, fria, gananciosa, sem limites e nem respeito por ninguém.
Aposto que o Capitão Feio ia ficar bem caidinho por ela que nem na Ed. 3!
Aliás, nessa mesma edição ela também apareceu, só que com outra roupa e com uma
personalidade até meio engraçada. Agora ela não tem nada de engraçada, muito
pelo contrário.
E finalmente a cena que deixou todo mundo bem curioso:
quando ela tosse e aparece aquela mancha na mão dela. A primeira vista, parece
sangue. Talvez ela estivesse com algum tipo de doença muito grave. Mas também
pode ser alguma outra coisa que esteja tomando conta do corpo dela. De repente,
ela está sendo consumida pela própria maldade que agora está até vazando para
fora.
Essa parte realmente me surpreendeu por uma razão bem
simples: é a primeira vez que eu vejo sangue numa edição da TMJ. Pelo menos, eu
não lembro de ter visto em nenhuma outra edição. Os personagens ralam, se
machucam aqui e ali, mas sangue mesmo eu não lembro de ter visto hora alguma.
Isso me faz pensar que esse tal tesouro seja algo com poder
de cura. De repente, ela está para bater as botas (chamem a D. Morte!) e
precisa desse tesouro para salvar sua vida. Pode ser algo que dê imortalidade,
grande poder, etc. Pelo menos nisso eu estou bastante curiosa.
Ah, e para fechar com chave de ouro, os quatro começaram a
invadir outras naves. Pelo visto, a próxima edição promete bastante.
Eu também reparei no fala Maurício e vi que eles já
perceberam o que os fãs pensam. Finalmente resolveram atender nosso pedido por
uma saga com mais aventuras, arre! Eu não estava mais agüentando aqueles
mimimis de adolescentes.
Por que eles estão evitando as sagas? São as que tem as
melhores aventuras! Se eles realmente se importam com a nossa opinião (e não só
com o nosso dinheiro para comprar as revistas), deveriam nos escutar mais e
voltar com as aventuras de antigamente. Foi isso que consagrou a TMJ, não esses
malditos draminhas e muito menos essa lenga-lenga da Mônica com o Cebola que
está ficando enjoativo.
Acho que se eu me deparar com mais uma edição com eles
brigando logo na primeira página, é capaz de eu vomitar. Os fãs estão cobrando
que eles mudem o comportamento do Cebola e eu concordo com isso. Não precisa
reatar o namoro dos dois agora, mas sei lá, pelo menos fazer com que a Mônica
desencane do Cebola, não fique sofrendo feito uma idiota retardada! Deixem que
ela siga sua vida, conheça outros rapazes, etc.
Por que só ele pode xavecar com outras garotas enquanto ela
chupa o dedo? Pior: por que toda vez que a Mônica tenta seguir em frente com
outro rapaz, acaba quebrando a cara no final? Sinto cheiro de machismo no ar.
Talvez um pouco de misoginia também.
Pode parecer chatice minha, mas detestei colocarem esse
drama dos dois no meio da história. A meu ver, foi totalmente desnecessário e
ocupou espaço valioso que poderia ter sido usado para enriquecer a drama. Será
que faltaram idéias e resolveram colocar isso só para encher espaço? Detestei.