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Enfim chega o grande baile
Era noite e toda a mansão dos Aguiar estava bem iluminada para a
festa. Os convidados chegavam a todo instante e os manobristas corriam
de um lado para outro estacionando aqueles carros de luxo.
No
jardim, várias mesas tinham sido montadas, todas com lindos enfeites e
arranjos florais. Uma música suave tocava ao fundo enquanto garçons e
garçonetes iam e vinham levando bandejas com salgados finos e bebidas
para os convidados.
Sr. e Sra. Frufru chegaram e foram saudados
pelos repórteres e fotógrafos das colunas sociais. Era o tratamento
adequado ao casal mais rico do estado.
- Que decoração linda! Simples, mas de muito bom gosto! – a mulher elogiou.
- E parece que tem muitos convidados!
- Você trouxe o cartão não é querido? Vamos fazer uma doação bem generosa!
- Sim, tudo pelas crianças!
Eles
foram recebidos pelos anfitriões da festa, que os trataram com toda
gentileza possível, da mesma forma como faziam com os outros convidados.
- São muitas pessoas! Nem posso acreditar! – Rebeca falou tentando conter a empolgação.
- E são muitos cartões de crédito! Céus, nem consigo ver nada direito!
- Por quê?
- Tem cifrões nos meus olhos!
Os
dois riram discretamente com a piada e continuaram a receber os
convidados. Os membros da banda Super Zoom também circulavam pela festa
dando autógrafos e posando para fotos sob as instruções do seu
empresário. Eles respondiam perguntas e procuravam se mostrar muito
interessados naquela causa nobre sendo que na verdade só se importavam
com sua autopromoção.
Na cozinha, Marlene corria de um lado para
outro preparando o jantar daquela noite. Ela cozinhou durante o dia
inteiro e ainda havia bastante coisa para se fazer. Felizmente Carmem
tinha conseguido que Magali e Cascuda lhe ajudassem nos preparativos,
pois sozinha ela não teria dado conta. Rebeca estava ocupada demais com a
festa para notar aquela pequena invasão em sua cozinha.
-
Magali, calma! Não vai ter uma crise agora! – Cascuda falou ao ver que a
amiga estava com aquela cara de fome olhando para a comida. – Anda, vai
lá fora esfriar a cabeça!
- Ai ai! Que comida deliciosa! Minha nossa, meu estômago tá até roncando!
Ela saiu um pouco para se acalmar e Marlene perguntou.
- Ela sempre se descontrola assim com a comida?
- De vez em quando! E a sua tem um cheiro tão bom! Até eu tô ficando meio doida aqui! Já pensou em abrir um restaurante?
- Penso nisso todos os dias. O que falta é dinheiro para investir.
Cebola,
Cascão e Mônica acompanhavam de longe a preparação dos recursos
audiovisuais para a apresentação da Carmem. Um grande telão foi
instalado no palco e havia um rapaz tomando conta dos preparativos. Eles
só precisavam esperar a hora certa para agir, mas tinham que distrair
aquele sujeito antes. Cebola já tinha uma boa idéia.
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Creuzodete
andava entre os convidados usando um vestido preto muito elegante. Ela
sentou-se numa mesa e observou ao seu redor. Ali tinha uma bela visão do
palco.
“Será que aquela garota vai ter coragem de fazer isso? Estou pagando para ver!”
A
noite estava bonita, com o céu limpo e estrelado. Ela olhou um pouco
para o céu e arregalou os olhos. Aquilo era mesmo verdade? Impossível!
-
Bolinhos de bacalhau? – uma voz feminina falou, chamando sua atenção.
Carmem quase derrubou a bandeja ao reconhecer a mulher. Creuzodete
também levou um susto.
- Você não vai se apresentar e fazer o discurso? – a mulher falou tentando disfarçar o embaraço.
- Preciso ajudar minhas colegas antes. Tá apertado pra elas. Daqui a pouco vou trocar de roupa.
- Imagino que será uma apresentação e tanto!
- Pode esperar que sim.
- Pois bem, não vou atrapalhar seu trabalho. Acho que aquele casal ainda não foi servido!
Ela
olhou para a direção que a vidente apontava e tremeu de emoção ao ver
seus pais em uma mesa próxima. Foi exatamente por causa deles que ela
pegou aquela bandeja de bolinhos para servir os convidados, já que não
era essa a sua função e sim dos garçons.
“Papai... mamãe... que saudade!” ela pensou se esforçando para não chorar.
-
Escuta, será que eu deveria mesmo... heim? Ela sumiu? – Creuzodete
tinha desaparecido, deixando a moça confusa. Como ela conseguia
desaparecer daquele jeito? – Aff, deixa pra lá. Vou lá servir eles.
Tomara que não fiquem com medo de mim!
Meio hesitante, ela se aproximou do casal e falou com a voz um tanto trêmula.
- Bolinhos de bacalhau? Estão quentinhos!
Os dois a olharam com surpresa e um pouco de constrangimento.
- Como vai indo no trabalho? – sua mãe perguntou servindo-se de um bolinho.
-
Estou indo muito bem, senhora. – ela falou num tom formal e o casal
relaxou ao ver que ela não insistia em achar que eram seus pais.
- E você está bem agora? – seu pai perguntou.
- Estou sim senhor. Hoje eu também vou fazer uma apresentação depois do show da Super Zoom.
-
Vai apresentar a instituição? Que maravilhoso! Vejo que está refazendo
sua vida agora! – ela falou satisfeita ao ver que aquela garota tinha
tomado um rumo.
- Estou sim...
A mulher olhou para Carmem por um tempo. Engraçado... havia algo de familiar naquela garota.
- Algum problema, senhora?
- Não, nada querida.
Como tinha outras coisas para fazer, Carmem teve que se afastar. Se pudesse, ficaria ali com eles durante a festa inteira.
- Espero que aproveitem bem a festa! – ela falou e saiu dali com os olhos molhados.
Quando a moça se afastou, Sra. Frufru disse.
- É impressionante! Ela se parece muito comigo quando eu tinha a idade dela!
- A semelhança é incrível. – seu marido concordou. - Acho que se fosse nossa filha, não ia parecer tanto!
- Verdade. E até que ela é bem encantadora.
Carmem
entrou na mansão e foi até o banheiro dos empregados para chorar. Ter
seus pais tão perto e não poder abraçá-los doía demais. Mesmo eles tendo
sido simpáticos, o tratamento continuou sendo formal. Agora ela não era
mais a filha deles. Era apenas uma empregada. O problema é que ela não
sentia assim, pois ainda os via como seus pais. Ela estava disposta a
aceitar tudo naquela nova vida, exceto essa parte. Não dava para se
acostumar a vê-los como estranhos.
- Carmem? Está tudo bem aí? – Marlene perguntou batendo na porta.
- Tá tudo bem sim, já vou sair! – ela enxugou as lágrimas rapidamente e saiu para ajudar as colegas.
O jantar já estava bem encaminhado e ia ser servido na hora certa. Marlene estava exausta, porém orgulhosa do seu trabalho.
- Obrigada por ter mandado essas meninas. Elas ajudaram bastante.
- De nada! Agora tá tudo pronto?
- Sim. Quando chegar a hora, os garçons vão servir.
- E aí, Carmem? Tudo bem? – Cascuda perguntou entrando na cozinha.
- Tudo. E a Magali?
- Tá lá fora. Não posso deixá-la aqui dentro, senão ela devora tudo!
Marlene não acreditou.
- Que exagero, ninguém come tanto assim... come? – as duas deram uma risada. Se ela soubesse o quanto sua amiga podia comer!
Como
estava quente na cozinha, elas resolveram sair um pouco para respirar
ar fresco e descansar. No jardim dos fundos, Cassandra e Rafael tinham
se acomodado para curtir um momento romântico.
- Olha os dois pombinhos! – Marlene falou bem humorada.
- Oh, ti fofo! Quando vai ser o casamento? Posso ser a dama de honra? – Cascuda perguntou só para deixar o primo encabulado.
- Dá um tempo!
- Hahaha! Que tempo que nada! Você até falou que vai levar ela pra conhecer seus pais!
- Ele falou isso? – Cassandra levou um susto e o jovem ficou com o rosto vermelho.
- Ei! Era pra eu contar!
- Tarde demais!
Todos
deram risadas e Cassandra beijava o rosto do namorado várias vezes.
Carmem sentou-se numa das cadeiras que tinha no jardim dos fundos e
ficou olhando para o céu tentando afastar a tristeza de momentos antes.
Os outros continuaram conversando.
- Sua comida está cheirando até aqui! – Cassandra falou respirando fundo.
(Rafael) – Todo mundo vai adorar!
- Será que teria algum dono de restaurante entre os convidados? Até que seria bom! Como eu queria uma chance!
Carmem olhava para o céu com um olhar vidrado, como se alguma coisa lhe prendesse.
- É esse o seu desejo? – Ela perguntou distraidamente.
- ???
- Se pudesse fazer um desejo, seria esse?
- Claro! Adoraria me tornar chefe de cozinha. Quem sabe um dia não abro meu próprio restaurante?
- Bom, se eu pudesse fazer um pedido, com certeza seria poder tocar para algum dono de gravadora e conseguir um bom contrato!
Alguma coisa começou a despontar no céu e Carmem firmou a vista para ver melhor.
(Cascuda) – Por que você não toca com Cassandra? Os dois dão tão certo juntos!
- Er... nunca pensei em ser cantora, nem estudei para isso...
No início, era um brilho pequeno e discreto que aos poucos foi aumentando e lhe prendendo cada vez mais.
- Mas tem talento e uma voz linda. A Cascuda está certa, nós dois formamos uma boa dupla! Quem sabe não pode dar certo?
- Esse seria meu desejo então: que nós possamos tocar juntos e fazer muito sucesso!
O
brilho foi se tornando mais forte e ela mal podia ver as outras
estrelas. Era tão bonito, parecia mesmo uma grande jóia no céu.
Espera... uma jóia no céu? Seria mesmo possível?
“Ai meu santo! Eu não posso acreditar!”
A
estrela brilhava com todo seu esplendor, lhe convidando a pedir
qualquer coisa que seu coração desejasse. A solução para todos os seus
problemas estava bem ali a sua frente. Era por isso que ela vinha
esperando há várias semanas. Não dava para desperdiçar aquela chance. A
sua chance!
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Cinderela às avessas - capítulo 29: Enfim chega o grande baile
by
Mally Pepper
on
19:50
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Oie! Eu fiz um desenhos da Ramona e do Nimbus há umas semanas e queria pedir sua opinião e algumas dicas para melhorar...
ResponderExcluirEu fiz o desenho no papel, refiz as linhas e colori no Photofiltre Studio X e apliquei sombras no Photoshop. Eu até vi seus vídeos sobre as linhas e colorir, mas decidi usar o Photofiltre porque já estou acostumado.
Estou treinando a pen toll e etc para ver o que vou conseguindo...
Sobre a Fanfic, está ótima! Eu ia até fazer um clipe trailer ( sério ), mas estou meio atolado em coisas para a escola e o blog... :P, talvez eu faça... E estou curioso para ver o pedido da Carmem. Será que ela terá coragem de pedir?
PS: O desenho é
Excluirhttp://3.bp.blogspot.com/-g_xiSRk5EG0/Ut70FvlNpOI/AAAAAAAALh4/U7aH_euByXw/s1600/Ramonimbus+-+Sombras.png