terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Monica jovem Ed. especial: críticas

Finalmente a crítica do especial em cores da Mônica!

A primeira coisa que me chamou a atenção foi a qualidade. Não sei se é impressão minha, mas o desenho e as cores ficaram melhores que as das edições anteriores. Ah, se todas as edições fossem assim! De repente, eu até animaria em voltar a comprar. Mas claro que não pode, senão aumentaria demais o preço da revista.

Agora vamos a história. Essa edição deve ter sido um desafio para os leitores mais novos e os que não acompanham muito os gibis da turma da Mônica. Cada cena que se passou nas lembranças da Mônica se referiam a uma história do gibi.

Na verdade, essa idéia não é exatamente original. Eles fizeram mais ou menos a mesma coisa na edição 500 da Mônica. Essa história também foi uma aventura onde os personagens percorriam histórias antigas da Mônica.

Tem até uma parte, no gibi, onde o vilão chama a Mônica de piegas quando ela começa a falar um monte de coisas melosas. O mesmo aconteceu no especial em cores. Então eles meio que reproduziram essa idéia no especial em cores da Mônica. Só que dessa vez, tudo se passava dentro da cabeça dela, onde estavam as lembranças.

A primeira de todas, como não podia deixar de ser, foi a primeira aparição da Mônica quando Cebolinha brincava de equilibrista num passeio. Só que nesse caso, deram um final mais amistoso entre os dois. Ficou bem mais fofo que o original. Depois aparece o coelho amarelo que já sabemos ser a origem da força da Mônica.

Muita gente deve ter boiado quando Zé Luiz chama Mônica de irmã. É que numa tira do Cebolinha de 1963, ele diz mesmo que ela é irmã dele. Só que depois isso foi deixado de lado.

Por ser uma história que se passa nas lembranças da Mônica, foram feitas muitas referencias a histórias antigas, como “A ermitã”, “emoções bárbaras”, “os azuis”, “Mônica é Daltônica?” e muitas outras.

Eu gostei de como as coisas foram evoluindo, com ela explorando suas memórias pouco a pouco. No início, ela não lembrava nem do próprio nome. Depois foi se lembrando como que pegando cada pedaço de memória aqui e ali e juntando tudo. Não sei se estou me fazendo entender, é que essas memórias foram ao mesmo tempo lembranças e também parte de uma história maior. É como se tudo fosse se conectando e fazendo sentido.

Então, a meu ver, as coisas evoluíram bem. Enquanto isso, no lado de fora, somos apresentados a vilã por detrás disso tudo, embora ainda sem saber quem é e porque faz isso. E também aparece a pessoa que está procurando pela Mônica para salvá-la, mostrando uma perseguição espacial.

Agora, nunca vi a Mônica com tantas roupas diferentes numa mesma história. Vocês devem ter reparado que a cada parte, ela aparecia com um figurino diferente. E bem estiloso, diga-se de passagem. O meu preferido é aquele que ela usou enquanto conversava com a entidade da história “emoções bárbaras”. Confesso que até ficou tipo uma curiosidade: ele era só uma lembrança dela ou era a própria entidade?

Para quem não conhece a história, trata-se de um ser no último grau de evolução que resolveu voltar a ter um corpo humano para experimentar nossas emoções. Então, se é um ser tão evoluído assim, poderia ter entrado nas memórias dela para ajudá-la. É viagem, eu sei, mas para mim faz sentido e gostei do novo visual que deram a ele.

Então, de lembrança em lembrança, a Mônica vai aos poucos descobrindo quem é. E nós vamos relembrando histórias antigas que até já tínhamos esquecido. Enquanto isso, vai ocorrendo uma batalha do lado de fora entre a vilã e a heroína misteriosa que foi ao resgate de todos.

No clímax da história, temos uma batalha que há muito tempo não se via na TMJ. no meio de toda essa confusão, Cebola se liberta e consegue trazer Mônica de volta com um beijo (awww). E quando ela acorda, resolve colocar ordem no barraco e fala a letra da sua música, aquela que todos conhecem. Também foi uma boa sacada, devo acrescentar.

Agora confessem: aposto que vocês devem ter lido essas falas no ritmo da música, não é verdade? Comigo foi assim. Então acaba o plano da vilã, que tem seu aparelho hipnotiozador quebrado e finalmente sua identidade é revelada: trata-se de Tonica, prima do Cascão. Uma garota que foi derrotada pela Mônica nos gibis e retornou para se vingar. Pobre Cascão, teve que passar vergonha outra vez por causa dos seus parentes...

Agora vem a bomba: a misteriosa heroína se revela e vemos que é uma garota igual a Mônica, exceto por uma mecha branca nos cabelos. É aí que o barato fica bem doido. Duas Mônicas? Como assim? Quem é a 5.0?

Ela disse que é a Mônica amanhã, mas o que isso significa? É realmente uma versão da Mônica no futuro? Uma descendente? Alguém de um universo alternativo? Pois é, o roteirista resolveu nos deixar na curiosidade mesmo porque ela não revelou nadinha. Buáaaaaa! Mas no final vemos todas as versões da Mônica, desde o primeiro desenho até a versão jovem atual. Então, de repente, essa 5.0 pode ser mesmo uma versão futura da Mônica, embora eu tenha ficado bem curiosa com aquela mecha clara nos cabelos. Foi só para diferenciar as duas ou o cabelo da Mônica vai mesmo ficar assim?

E o mistério maior ficou para o final, quando eles apresentam a M. Mater. É uma velhinha parecida com a Mônica, mas isso não respondeu muita coisa. Tipo assim, é a Mônica do futuro? Uma versão alternativa dela? O que é essa irmandade do coelhinho?

A M. Mater fala em multiversos. Seriam universos alternativos? Será que ela é alguma Mônica alternativa do futuro? A original dentro de alguns anos? Ou seria a matriz de todas as Mônicas e por isso chamada de M. Mater? Parece que isso ainda vai dar bastante pano para manga. E tomara, né? Eles criaram um mistério muito legal, algo que pode render boas histórias. Espero que saibam explorar isso bem.

Eu gostei bastante da história. Foi algo assim meio psicodélico, surreal. Claro que ter lido a maior parte das histórias apresentadas ajudou muito, mas acho que quem não conhece todas elas também pode aproveitar bem a história.

Agora vem a ironia das ironias. Eu li boa parte das histórias apresentadas, exceto uma e talvez a mais importante: a que aparece a Tonica. Dá para acreditar? Pois é. Por isso eu meio que boiei um pouco no final, porque fiquei tipo... “PQP! Mas quem é essa garota?”

Acho que o pessoal deve ter soltado spoiler, mas nesse caso meio que me distanciei das discussões exatamente para não ser pega de surpresa com alguma revelação feita antes da hora. Então eu realmente fiquei com cara de quem não entendeu nada. Ao pesquisar sobre a história da Tonica, tudo fez sentido e eu fiquei numa boa.

Sem falar que ela nos pegou direitinho. Eu, como um monte de gente, pensei que fosse a Cabeleira Negra. Aí saiu a sinopse da Ed. 64 e todo mundo ficou sem entender nada. Será que ela ia aparecer nas duas edições ou a vilã da Ed. a cores era outra pessoa? Essa deve ter pego todo mundo de surpresa. Ponto para quem fez a história.

Então é isso, pessoal. Essa foi uma boa história, realmente valeu a pena esperar por um ano pela Ed. especial a cores. 


Para finalizar, eu estava dando uma olhada nas imagens a procura de algo bem legal para fazer. As da Mônica são bonitas, mas queria algo mais interessante, então refiz essa aqui, espero que gostem. Tem png e quebra-cabeça. Fiz no estilo daquele pôster da Mônica e Cebolinha no mundo de Romeu e Julieta só para entrar no clima da nostalgia.


9 comentários:

  1. Parece legal. Mas não sei onde ler :/

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    1. Se você quiser você me dá o seu email e eu te mando o link da história.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Não é mais necessário, eu já encontrei ! *u*

      Mas obrigada, de qualquer jeito. Você é muito gentil ! ^-^

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  2. A edição foi maravilhosa, mesmo tendo partes que eu nem entendia eu gostei porque me lembrei da maioria das aventuras da turma. As coisas que me chamaram a atenção foi a qualidade do dezenho e as cores, pois no mangá mesmo sendo a preto e branco o dezenho é mais diferente, e também fizeram bem de não colocar as brigas do CexMô e sim um romance com beijo e acção. E eu até que estava certa quando falei que a 5.0 é uma Mônica do futuro.

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  3. Mallagueta, não sei se você notou mas na página 09 o Cebola fala "equilibrista", mas nas páginas a seguir ele fala de um jeito "englaçado" agora eu penso se foi um erro ou colocaram aquilo propositalmente.

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  4. Eu gostei da edição, mas eu não li muito daquelas histórias. Eu li "Os Azuis", "Mônica é Daltônica?" e as outras, menos a da Tonica, eu tbm fiquei assim "Quem é essa garota?"

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  5. Mallagueta tenho que confessar que em algumas partes boiei, mais na maioria entendi tudo, a Tônica também foi assim mais depois de uma pesquisa consegui saber mais detalhes sobre a personagem.

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  6. Alguém sabe onde tem desta edição? Eu consegui a TMJ completa com a Comix e a Estante Virtual e 5 edições especiais, mas esta não tem em nenhuma das duas e o Google não ajudou.

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