Finalmente a crítica do especial em cores da Mônica!
A primeira coisa que me chamou a atenção foi a qualidade.
Não sei se é impressão minha, mas o desenho e as cores ficaram melhores que as
das edições anteriores. Ah, se todas as edições fossem assim! De repente, eu
até animaria em voltar a comprar. Mas claro que não pode, senão aumentaria
demais o preço da revista.
Agora vamos a história. Essa edição deve ter sido um desafio
para os leitores mais novos e os que não acompanham muito os gibis da turma da
Mônica. Cada cena que se passou nas lembranças da Mônica se referiam a uma
história do gibi.
Na verdade, essa idéia não é exatamente original. Eles
fizeram mais ou menos a mesma coisa na edição 500 da Mônica. Essa história
também foi uma aventura onde os personagens percorriam histórias antigas da
Mônica.
Tem até uma parte, no gibi, onde o vilão chama a Mônica de
piegas quando ela começa a falar um monte de coisas melosas. O mesmo aconteceu
no especial em cores. Então
eles meio que reproduziram essa idéia no especial em cores da Mônica. Só que
dessa vez, tudo se passava dentro da cabeça dela, onde estavam as lembranças.
A primeira de todas, como não podia deixar de ser, foi a
primeira aparição da Mônica quando Cebolinha brincava de equilibrista num
passeio. Só que nesse caso, deram um final mais amistoso entre os dois. Ficou
bem mais fofo que o original. Depois aparece o coelho amarelo que já sabemos
ser a origem da força da Mônica.
Muita gente deve ter boiado quando Zé Luiz chama Mônica de
irmã. É que numa tira do Cebolinha de 1963, ele diz mesmo que ela é irmã dele.
Só que depois isso foi deixado de lado.
Por ser uma história que se passa nas lembranças da Mônica,
foram feitas muitas referencias a histórias antigas, como “A ermitã”, “emoções
bárbaras”, “os azuis”, “Mônica é
Daltônica?” e muitas outras.
Eu gostei de como as coisas foram evoluindo, com ela
explorando suas memórias pouco a pouco. No início, ela não lembrava nem do
próprio nome. Depois foi se lembrando como que pegando cada pedaço de memória
aqui e ali e juntando tudo. Não sei se estou me fazendo entender, é que essas
memórias foram ao mesmo tempo lembranças e também parte de uma história maior.
É como se tudo fosse se conectando e fazendo sentido.
Então, a meu ver, as coisas evoluíram bem. Enquanto isso, no
lado de fora, somos apresentados a vilã por detrás disso tudo, embora ainda sem
saber quem é e porque faz isso. E também aparece a pessoa que está procurando
pela Mônica para salvá-la, mostrando uma perseguição espacial.
Agora, nunca vi a Mônica com tantas roupas diferentes numa
mesma história. Vocês devem ter reparado que a cada parte, ela aparecia com um
figurino diferente. E bem estiloso, diga-se de passagem. O meu preferido é
aquele que ela usou enquanto conversava com a entidade da história “emoções
bárbaras”. Confesso que até ficou tipo uma curiosidade: ele era só uma
lembrança dela ou era a própria entidade?
Para quem não conhece a história, trata-se de um ser no último
grau de evolução que resolveu voltar a ter um corpo humano para experimentar
nossas emoções. Então, se é um ser tão evoluído assim, poderia ter entrado nas
memórias dela para ajudá-la. É viagem, eu sei, mas para mim faz sentido e
gostei do novo visual que deram a ele.
Então, de lembrança em lembrança, a Mônica vai aos poucos
descobrindo quem é. E nós vamos relembrando histórias antigas que até já tínhamos
esquecido. Enquanto isso, vai ocorrendo uma batalha do lado de fora entre a
vilã e a heroína misteriosa que foi ao resgate de todos.
No clímax da história, temos uma batalha que há muito tempo
não se via na TMJ. no meio de toda essa confusão, Cebola se liberta e consegue
trazer Mônica de volta com um beijo (awww). E quando ela acorda, resolve
colocar ordem no barraco e fala a letra da sua música, aquela que todos conhecem.
Também foi uma boa sacada, devo acrescentar.
Agora confessem: aposto que vocês devem ter lido essas falas
no ritmo da música, não é verdade? Comigo foi assim. Então acaba o plano da
vilã, que tem seu aparelho hipnotiozador quebrado e finalmente sua identidade é
revelada: trata-se de Tonica, prima do Cascão. Uma garota que foi derrotada
pela Mônica nos gibis e retornou para se vingar. Pobre Cascão, teve que passar
vergonha outra vez por causa dos seus parentes...
Agora vem a bomba: a misteriosa heroína se revela e vemos
que é uma garota igual a Mônica, exceto por uma mecha branca nos cabelos. É aí
que o barato fica bem doido. Duas Mônicas? Como assim? Quem é a 5.0?
Ela disse que é a Mônica amanhã, mas o que isso significa? É
realmente uma versão da Mônica no futuro? Uma descendente? Alguém de um
universo alternativo? Pois é, o roteirista resolveu nos deixar na curiosidade
mesmo porque ela não revelou nadinha. Buáaaaaa! Mas no final vemos todas as
versões da Mônica, desde o primeiro desenho até a versão jovem atual. Então, de
repente, essa 5.0 pode ser mesmo uma versão futura da Mônica, embora eu tenha
ficado bem curiosa com aquela mecha clara nos cabelos. Foi só para diferenciar
as duas ou o cabelo da Mônica vai mesmo ficar assim?
E o mistério maior ficou para o final, quando eles
apresentam a M. Mater. É uma velhinha parecida com a Mônica, mas isso não respondeu
muita coisa. Tipo assim, é a Mônica do futuro? Uma versão alternativa dela? O
que é essa irmandade do coelhinho?
A M. Mater fala em multiversos. Seriam
universos alternativos? Será que ela é alguma Mônica alternativa do futuro? A
original dentro de alguns anos? Ou seria a matriz de todas as Mônicas e por
isso chamada de M. Mater? Parece que isso ainda vai dar bastante pano para
manga. E tomara, né? Eles criaram um mistério muito legal, algo que pode render
boas histórias. Espero que saibam explorar isso bem.
Eu gostei bastante da história. Foi algo assim meio
psicodélico, surreal. Claro que ter lido a maior parte das histórias
apresentadas ajudou muito, mas acho que quem não conhece todas elas também pode
aproveitar bem a história.
Agora vem a ironia das ironias. Eu li boa parte das
histórias apresentadas, exceto uma e talvez a mais importante: a que aparece a
Tonica. Dá para acreditar? Pois é. Por isso eu meio que boiei um pouco no
final, porque fiquei tipo... “PQP! Mas quem é essa garota?”
Acho que o pessoal deve ter soltado spoiler, mas nesse caso
meio que me distanciei das discussões exatamente para não ser pega de surpresa
com alguma revelação feita antes da hora. Então eu realmente fiquei com cara de
quem não entendeu nada. Ao pesquisar sobre a história da Tonica, tudo fez
sentido e eu fiquei numa boa.
Sem falar que ela nos pegou direitinho. Eu, como um monte de
gente, pensei que fosse a Cabeleira Negra. Aí saiu a sinopse da Ed. 64 e todo
mundo ficou sem entender nada. Será que ela ia aparecer nas duas edições ou a
vilã da Ed. a cores era outra pessoa? Essa deve ter pego todo mundo de
surpresa. Ponto para quem fez a história.
Então é isso, pessoal. Essa foi uma boa história, realmente
valeu a pena esperar por um ano pela Ed. especial a cores.
Para finalizar, eu estava dando uma olhada nas imagens a
procura de algo bem legal para fazer. As da Mônica são bonitas, mas queria algo
mais interessante, então refiz essa aqui, espero que gostem. Tem png e
quebra-cabeça. Fiz no estilo daquele pôster da Mônica e Cebolinha no mundo de Romeu
e Julieta só para entrar no clima da nostalgia.
Parece legal. Mas não sei onde ler :/
ResponderExcluirSe você quiser você me dá o seu email e eu te mando o link da história.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirNão é mais necessário, eu já encontrei ! *u*
ExcluirMas obrigada, de qualquer jeito. Você é muito gentil ! ^-^
A edição foi maravilhosa, mesmo tendo partes que eu nem entendia eu gostei porque me lembrei da maioria das aventuras da turma. As coisas que me chamaram a atenção foi a qualidade do dezenho e as cores, pois no mangá mesmo sendo a preto e branco o dezenho é mais diferente, e também fizeram bem de não colocar as brigas do CexMô e sim um romance com beijo e acção. E eu até que estava certa quando falei que a 5.0 é uma Mônica do futuro.
ResponderExcluirMallagueta, não sei se você notou mas na página 09 o Cebola fala "equilibrista", mas nas páginas a seguir ele fala de um jeito "englaçado" agora eu penso se foi um erro ou colocaram aquilo propositalmente.
ResponderExcluirEu gostei da edição, mas eu não li muito daquelas histórias. Eu li "Os Azuis", "Mônica é Daltônica?" e as outras, menos a da Tonica, eu tbm fiquei assim "Quem é essa garota?"
ResponderExcluirMallagueta tenho que confessar que em algumas partes boiei, mais na maioria entendi tudo, a Tônica também foi assim mais depois de uma pesquisa consegui saber mais detalhes sobre a personagem.
ResponderExcluirAlguém sabe onde tem desta edição? Eu consegui a TMJ completa com a Comix e a Estante Virtual e 5 edições especiais, mas esta não tem em nenhuma das duas e o Google não ajudou.
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