quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Cinderela às avessas - capítulo 28: Todos conspiram contra a bruxa

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É isso aí, pessoal! A fanfic está nos finalmentes. Faltam somente seis capítulos para acabar. Contagem regressiva!




Todos conspiram contra a bruxa


Aos poucos, a Rebeca foi comprando os ingredientes para o jantar que ia ser servido na grande festa. Tudo do mais fino e requintado. Marlene ficou encarregada de cozinhar tudo, o que ia ser um grande sacrifício porque ela não ia ter ajuda de ninguém. Cassandra e Carmem ficaram encarregadas de ajudar na arrumação da festa e uma empresa foi contratada para cuidar da decoração enquanto outra ficou de fornecer salgados e bebidas.

Um palco também ia ser montado no jardim onde todos podiam ver e ouvir a banda Super Zoom. Tudo parecia perfeito.

Enquanto isso, Cebola pesquisava sobre o casal com a ajuda de Franja que procurava em bases de dados da polícia federal.

- Olha quanta coisa eu tô achando! – ele falou olhando para a tela. - Parece que eles andaram aplicando muitos golpes e são procurados pelo país inteiro!

Várias fotos deles foram mostradas com visuais diferentes, especialmente o da mulher que aparecia com cabelos castanhos, loiros, ruivos, pretos, curtos, compridos, enrolados, lisos, cacheados... eles sabiam se disfarçar muito bem e criar identidades falsas. No momento, eles usavam os nomes de Afonso e rebeca Aguiar, mas seus nomes verdadeiros eram José silva e Marta Ribeiro. Dois golpistas profissionais que ganhavam a vida lesando pessoas que entravam em seu caminho.

- Eles já aplicaram golpes de milhões de reais! – Cebola falou. – Rapaz, é tanto crime que se a polícia botar a mão neles, vão ficar presos por um século!
- Parece que temos provas suficientes para uma denúncia. O resto vai ser com a polícia.
- Não seria melhor esperar a tal festa?
- Vamos denunciá-los o quanto antes. Além do mais, a polícia vai precisar de um tempo para reunir provas e conseguir um mandado de prisão, essas coisas. Não vamos deixar para a última hora, ainda mais que eles planejam fugir.

Mesmo contrariado em saber que eles não iam ser presos no meio da festa, Cebola ficou feliz com o desfecho da história. Ainda assim ele preparou uma boa apresentação caso a festa acabasse ocorrendo. Assim Carmem poderia desmascará-los durante a apresentação. Era uma forma de não deixar que as pessoas fossem lesadas por esses dois.

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Carmem varria o chão ao redor da piscina e estava perdida em seus pensamentos. Rafael tinha lhe dado um recado de Cascuda onde ela dizia que Franja denunciou o casal a polícia. Eles iam ser investigados por alguns dias e depois seria dada a voz de prisão. Como ela e os outros empregados iam ficar depois disso? Os outros três ainda tinham boas chances de arrumar outro emprego, mas e ela?

“Será que eu vou pra rua de novo? O que vou fazer? Será que alguém vai me dar outro emprego?” ela parou de trabalhar e ficou remoendo as preocupações. Sem a proteção que Creuzodete lhe dava, tudo ia ficar mais difícil. Cascuda tinha lhe falado que ia dar um jeito de lhe ajudar pedindo a seus pais que a deixasse ficar uns dias na sua casa até achar outro trabalho. Aninha ficou de procurar outro emprego ou talvez uma instituição que pudesse acolhê-la. Cebola se comprometeu a lhe dar aulas de informática, Mônica combinou com as meninas de lhe arrumar mais roupas também pensou em procurar a direção do colégio Limoeiro para ver se eles davam uma orientação sobre como ajudá-la melhor.

“Eles estão sendo tão legais comigo! Não sabia que eram tão gente boa assim!” Durante muitos anos, ela conviveu com a turma e nunca se deu conta dos excelentes amigos que tinha. Mesmo não a conhecendo, eles se preocupavam em ajudá-la. E pensar que ela tinha sido tão chata com todos! Especialmente com Mônica e Cascuda e no entanto, elas eram as que mais se preocupavam em ajudá-la.

Quando terminou o seu trabalho ali, Carmem foi cuidar da próxima tarefa sentindo-se mais segura com relação ao futuro. Saber que não estava sozinha lhe dava mais forças para enfrentar as dificuldades que estavam por vir.

Com o tempo e muito trabalho, ela ia refazer sua vida e ser independente. Talvez nem fosse tão ruim assim. Pelo menos agora ela tinha um objetivo a seguir, diferente da sua vida anterior que girava ao redor de fofocas e compras. Agora tudo parecia diferente, mais sólido e verdadeiro. Ela finalmente entendeu o valor do dinheiro e como era errado esbanjá-lo de forma tão leviana. E entendeu também as dificuldades pelas quais tantas pessoas passavam para ganhar a vida. Por que havia tanta desigualdade? Ninguém devia viver daquele jeito.

Atrás de uns arbustos, Creuzodete observava Carmem com um leve sorriso no rosto. Quem poderia acreditar que aquela pirralha era capaz de aprender algo? Se continuasse daquele jeito, em breve ela não ia mais precisar da sua proteção, pois teria mais condições de andar com as próprias pernas.

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Na casa da Aninha, Mônica e Magali provavam os uniformes de garçonete que ela tinha lhes arranjado.

- Foi um custo pra conseguir esses uniformes. Tomem cuidado pra não rasgar, viu?
- Pode deixar. – Mônica falou olhando seu reflexo no espelho. Não era tão gracioso quanto os uniformes de animes. Aliás, não era nem parecido. Tratava-se de uma camisa de mangas compridas na cor branca coberta por um colete preto e uma gravatinha borboleta. Para combinar, calça e sapatos pretos. Ainda assim era bem elegante.
- Será que vai ter muito salgadinho na festa? Nham nham!
- Magali, a gente não vai lá pra comer!
- Ah, Mô! Um pouquinho só não vai matar ninguém!

Tendo provado seus uniformes, Mônica colocou tudo em uma sacola, juntamente com os do Cebola e Cascão. Como queria ajudar também, elas tinham conseguido um uniforme para Cascuda.

- Eu também consegui uns crachás pra vocês, só tomem cuidado para não serem descobertos antes da hora.

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Os dias foram passando rapidamente, junto com os preparativos para a festa. O casal Aguiar tinha feito muita propaganda e por todas as partes se falavam naquela grande festa. Todos queriam conhecer a instituição Criança Feliz e também ajudar. Tanto que eles estavam até recebendo doações adiantadas, para a felicidade deles.

Rebeca fez o discurso e Carmem tinha que decorar tudo sob o olhar exigente da patroa que a corrigia pelos menores erros.

- Lembre-se de que isso lhe custa uma carreira promissora de modelo, querida! Nosso sucesso será seu sucesso também! – ela lhe lembrava a toda hora.

Carmem tinha desenvoltura para falar em público quando queria, sabia se comportar, tinha a postura certa e podia ser até carismática e engraçada. Do que aquela chata estava reclamando? Vai ver estava com inveja da sua beleza e dos seus cabelos loiros naturais. Desde que chegara ali, aquela mulher vivia implicando com seus cabelos mesmo estando devidamente presos.

Sua preocupação era ver o tempo passar e nenhum sinal da polícia. Isso sim era preocupante. E se eles não fizessem nada? E se aqueles dois acabassem fugindo? Se a polícia não aparecesse, ela pretendia desmascará-los naquela festa de qualquer forma. Impunes eles não iam ficar.

Era dia vinte e oito de janeiro quando os membros da banda Super Zoom e seu empresário chegaram na BMW conduzida por Rafael. Todos foram recebidos alegremente por Afonso e rebeca.

- Sejam bem vindos a nossa humilde casa! – ele falou recebendo-os de braços abertos.
- Espero que apreciem sua estadia! – a mulher também completou.

Rafael levou as bagagens para os quartos preparados especialmente para eles. Foi com muito desgosto que o casal precisou providenciar roupas de camas, toalhas, sabonetes, etc. para que eles ficassem confortáveis. Ainda assim procuravam não reclamar, pois pagar o cachê deles teria saído muito mais caro.

Carmem acompanhava os rapazes junto com Rebeca, ajudando-os a guardar suas roupas e fazendo grande esforço para não ter o típico chilique de fã. Sério mesmo que ela estava tão perto daqueles rapazes maravilhosos?

“Ah, se a Denise me visse agora! Ia morrer de inveja! Hahaha!” depois que eles foram devidamente instalados, ela foi para a cozinha e viu Rafael meio deprimido com Cassandra tentando consolá-lo.

- Esses pirralhos não tocam nada e são tratados como se fossem o Papa!
- Não fica assim, amor! Sei que você é bem mais talentoso do que eles!
- Hunf! Mas isso não é suficiente para esses arrogantes! Se eu tivesse ao menos uma chance! Só uma chance!
- Todos nós queremos uma chance. – Marlene falou com seu jeito tranqüilo de sempre. – Eu queria uma chance para mostrar meus talentos culinários e ser chefe de cozinha. A Cassandra também adoraria ter a chance de cantar.
- Mas parece que só a Carmem vai ter alguma chance. – Rafael falou mostrando visível desgosto.
- Acho que não. – ela falou dando um susto no jovem que não tinha percebido sua presença.
- Como assim?
- Não quero fazer parte disso. Se a polícia não aparecer, vou desmascarar esses dois sozinha!

Marlene tentou colocar juízo na cabeça dela.

- Se fizer isso, vai jogar sua chance fora!
- Tenho amigos que vão me ajudar. Mas não vou deixar esses dois enganar todo mundo assim não! É muito desaforo!
- Você tem coragem para uma princesinha mimada. – Cassandra falou tentando disfarçar que estava começando a sentir alguma admiração por Carmem.
- Nhé!
- Foi mal o que falei antes. Você tem coragem mesmo!

Cada um foi cuidar dos seus afazeres enquanto Carmem pensava consigo mesma no que estava prestes a fazer. Era mesmo coragem ou ingenuidade? Ela não sabia, mas pretendia seguir seu coração. Pela primeira vez, ela não sentia mais aquele incômodo desagradável. Sua consciência não doía mais.

Um comentário:

  1. Mais ja esta chagando nos finais? Que pena... Por outro lado to curtindo a história, sei como é dificil escrever algo tão legal no nyah - ja tive conta lá, mais exclui, não tinha tempo-

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